Vereador cobra solução para falta de energia em Cumaru

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

O abastecimento regular de energia elétrica no município de Cumaru foi objeto de ofício encaminhado pelo vereador Gilvan Barbosa (PP) ao presidente da Neoenergia, Saulo Cabral e Silva. De acordo com o parlamentar, há mais de uma semana, diversas comunidades rurais do município estão sem energia, item essencial à dignidade da população.

O ofício foi também encaminhado como cópia para o presidente da Agência Regulação de Pernambuco (ARPE), Carlos Porto Filho, uma vez que uma das atribuições da agência é a fiscalizar e zelar pelos serviços públicos prestados no Estado.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

A desoneração da folha dos Municípios tem se tornado uma preocupação para os gestores municipais e a luta pela redução da alíquota de contribuição motivou o movimento municipalista, liderado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), a convocar uma nova mobilização municipalista para o dia 2 de abril. Os prefeitos e prefeitas devem desembarcar em Brasília em busca de uma solução definitiva para a questão.

“Essa redução dá um aporte de R$ 11 bilhões ao ano para os Municípios e é uma verba que não vai para o prefeito, isso fica nos cofres das prefeituras para políticas sociais, saúde, educação, assistência social”, explica o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski. A nova mobilização, segundo ele, é uma sequência de uma já realizada no último dia 6 e que levou à capital federal mais de 250 prefeitos em protesto.

Durante o evento, os líderes municipais dialogaram com parlamentares e apresentaram a nota do movimento municipalista sobre a desoneração da folha dos Municípios. A mobilização ocorreria no dia 26 de março, mas, em decorrência do feriado na semana, foi adiada para a semana seguinte.

Para a próxima mobilização, também estarão em pauta questões como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2013, que trata do parcelamento especial da previdência e precatórios; a ampliação da reforma da previdência, prevista na PEC 38/2023, as OS fora da despesa de pessoal (PLP 98/2023); e os debates em relação à regulamentação da reforma tributária.

O presidente da CNM diz que os deputados e senadores apoiaram a causa em prol dos Municípios, aprovando o Projeto de Lei 334/2023, que resultou na Lei 14.784/2023. No entanto, o governo federal vetou a proposta e, após derrubada dos vetos, revogou o benefício por meio da Medida Provisória (MP) 1.202/2023.

Após pressão de 17 setores produtivos, que também eram beneficiados na Lei, a União editou a MP 1.208/2024, mas restabeleceu o benefício apenas para eles, ignorando o pleito e tratativas anteriores com os Municípios.

Ziulkoski criticou a atitude do governo federal de revogar a conquista por meio de uma MP, esvaziando a decisão dos parlamentares que votaram e aprovaram o benefício.  “Há a tentativa do governo de nos tirar essa conquista. Vamos lutar, faremos uma mobilização muito maior em abril”, afirmou.

As inscrições no concurso para o cargo de analista bancário de nível médio no Banco do Nordeste (BNB) podem ser feitas até 16 horas do dia 11 de março de 2024, na página da Fundação Cesgranrio na internet. O certame está oferecendo 410 vagas imediatas, além de 300 vagas para cadastro de reserva. A data provável de realização das provas é 28 de abril.

Os interessados em participar do processo seletivo devem ter ensino médio completo e idade mínima de 18 anos no momento da admissão. A remuneração inicial é de R$ 3.788,16 para uma jornada de trabalho de seis horas diárias, totalizando 30 horas semanais.

Os candidatos contratados estarão subordinados à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre os benefícios oferecidos, destacam-se auxílio-refeição, auxílio cesta alimentação, 13ª cesta alimentação, auxílio-creche, seguro de vida, possibilidade de participação em plano de previdência complementar, de forma contributiva, e oportunidade de ascensão e desenvolvimento profissional.

O edital completo, com todas as informações necessárias para os candidatos, está disponível nos sites da organizadora do certame, a Cesgranrio, e do Banco do Nordeste.

O vereador delegado Rômulo Holanda anunciou, ontem, a retirada da sua pré-candidatura à Prefeitura de Belo Jardim e o fim da sua carreira política. A informação é de que a decisão veio após vereadores da oposição abandonarem o apoio a ele, devido a uma pesquisa de intenção de voto desfavorável. Além da baixa popularidade, o delegado enfrentava a forte aprovação do prefeito Gilvandro Estrela, o que tornava a sua pré-candidatura condenada ao fracasso desde o início.

“Após cuidadosa avaliação das circunstâncias atuais, tomei a decisão de retirar minha pré-candidatura ao cargo de prefeito de Belo Jardim para o próximo pleito. Da mesma forma, informo que encerrarei meu mandato como vereador de Belo Jardim e não buscarei reeleição. Sendo assim, irei apoiar o candidato indicado pela oposição”, disse o vereador em nota.

A morte do jornalista e cronista Paulo Pestana, na madrugada de hoje, comoveu Brasília. Em especial ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que, sensibilizado, disse ter perdido o seu “mentor político”. “Uma perda muito grande. Um excelente articulador, profissional excepcional. Perco um dos meus principais mentores políticos”, disse o governador. Leia a seguir a última crônica escrita por Paulo para o Correio Braziliense e publicada ontem no portal.

A música na revolução

Viver é ter histórias para contar. A vida de Tirso Saenz foi assim, quase uma saga, com muitas dessas histórias, que começa numa família musical, passa pela educação formal nos Estados Unidos, transforma-se ao servir a revolução socialista de Cuba e sossega ao lado da mulher, Maria Carlota, em Brasília.

Sossega, mas não muito. Seu Tirso Saens morreu aos 92 anos quando lançava a segunda edição do livro O ministro Che Guevara – testemunho de um colaborador, no Rio de Janeiro, cheio de memórias. O trabalho diário tinha acabado, mas a defesa intransigente da revolução cubana continuou até o fim.

Morando no Lago Norte nos últimos anos, ele aproveitava a aposentadoria depois de uma vida dedicada ao trabalho pela ideologia que acreditava, contando histórias, principalmente sobre sua relação com Che Guevara. Os detalhes ainda estavam frescos na memória.

Não foi um revolucionário de primeira hora, não desceu a Sierra Maestra para depor Fulgêncio Batista, embora deplorasse o ditador. Mas serviu à revolução com fervor, tanto que o pai – que havia impedido a desejada carreira musical – lamentou-se ao ver o filho sem poder dormir mais que três horas por noite de tanto trabalho.

Mas depois de uma vida inteira dedicada à revolução cubana, Tirso Saenz deixou de lado as crises do petróleo e das matérias-primas minerais e voltou a se dedicar ao que mais gostava: música. Mais precisamente, boleros, paixão juvenil que não abandonou nem depois de ter vivido tantas décadas.

Tudo poderia ser diferente se o pai, músico, não tivesse vendido o piano da casa depois de passar um ano tocando fora do país, longe da família, algo deprimido. Achava que a vida dos filhos seria melhor se fossem doutores. Tirso se formou engenheiro químico, voltou a Cuba comandando uma multinacional, entrou no ministério do governo cubano e fez a revolução.

A música nunca saiu do radar. Nas viagens oficiais, ele sempre achava um jeito de dar uma canja e entreter colegas de delegação, cantando os clássicos da canção cubana, temas que ajudaram a definir a música popular ocidental.

Em Brasília, realizou um sonho: gravou um disco, Recuerdos, com o melhor que os compositores cubanos já fizeram. Contigo em la distancia, de Cesar Portillo; Dos gardenias, de Isolda Carrillo; Quizás, quizás, quizás, de Oswaldo Farrés; de origem puramente cubana, juntam-se à argentina El dia que me quieras, de Gardel e La Pera, num desfile latino apresentado com a voz suave, que coube perfeitamente nos arranjos e produção de Jaime Ernest Dias.

O disco pode ser ouvido em todas as plataformas de streaming, graças ao trabalho de Gustavo Vasconcellos, um baterista de rock que decidiu abrir a gravadora GRV para promover artistas independentes e amantes da música.

As histórias que Tirso Saens colecionava e relatava com inegável prazer a quem se dispusesse a dividir uma dose de rum estão registradas em livros e até em algumas entrevistas. A admiração ao líder Che Guevara permaneceu intacta até o fim, mas Tirso Saenz foi além: nunca teve que endurecer; bastava cantar para mostrar toda sua ternura.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Sem uma política de atração de investimentos ainda consolidada, a economia pernambucana tem crescido a passos de tartaruga. A prova cabal se deu pela apresentação do resultado do PIB de 2023, na última sexta-feira. Em relação ao ano de 2022, cresceu apenas 1,4%, o que, de acordo com o presidente da Condepe/Fidem, Jaime Prado, demostra uma “reação da economia de Pernambuco”. 

Com desempenho de 1,6% ao longo de 2023, o setor agropecuário novamente evitou que o resultado fosse pior. O de serviços, que tem maior peso e, portanto, agrega mais valor para a economia local, teve desempenho de 1,4%, enquanto da indústria, apontou crescimento de 1,1%. 

Em outros tempos, além de divulgar o resultado do PIB, o Governo do Estado divulgava o total dos valores correntes em real, o que não ocorreu neste ano. Além disso, o resultado de 2023 foi inferior ao nacional, que teve crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões no ano passado.

Ao assinar a ficha de filiação ao Republicanos em ato que reuniu, ontem, lideranças políticas de várias regiões do estado e milhares de moradores de Canhotinho, a prefeita do município e pré-candidata à reeleição, Sandra Paes, reafirmou o compromisso de continuar trabalhando sem descanso pela população e honrando o legado do grupo político liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, seu esposo. 

“Esta parceria que está sendo selada com o Republicanos é baseada na confiança e no trabalho. Nosso grupo é conhecido por ouvir as pessoas, por atender às demandas do município, buscando recursos para resolver os problemas da população, honrando cada voto recebido. E é com esse mesmo compromisso que chegamos ao Republicanos”, disse. 

Realizada no pátio da antiga fábrica da Mucuri, centro de Canhotinho, a filiação contou com presença de deputados, prefeitos, vice-prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais. O presidente estadual, Samuel Andrade, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, principal nome da legenda em Pernambuco, deram as boas-vindas à prefeita.

Por Márcio de Freitas*

Milhões de venezuelanos choram há anos por terem sido obrigados a deixar seu país – uma nação submersa numa crise social, humanitária e econômica durante a ditadura de Nicolás Maduro, o presidente que controla o governo, o judiciário e o legislativo com o uso das forças militares. E abusa do poder para impedir seus opositores de disputarem, em condições de igualdade, as eleições no país.

As eleições venezuelanas são simulacros da democracia para tentarem legitimar o governo autoritário que é continuidade de Hugo Chavez. Algo que os brasileiros conheceram de perto depois de 1964, quando nomes como Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda foram impedidos de disputar as eleições e tiverem seus direitos cassados. Os brasileiros votavam regularmente em quem o regime de exceção permitia, pela sua régua curta para manter o país nas rédeas. Melhor mesmo nem rememorar esse assunto de golpes e esquecer o passado…

Tocando em frente, a Venezuela entrou no século XXI como o Brasil do Século XX: atrasada e subdesenvolvida. Condições que insistimos em perpetuar lá como cá. Uma elite perdulária foi banida do poder para dar lugar a outra elite, ainda mais autoritária e retrógrada. O povo venezuelano migrou: estimativas falam em até cerca de seis milhões deixaram o país de Maduro por conflitos políticos e ameaças sofridas durante seu governo, isso nos últimos anos. Fomentaram a favelização de cidades na Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Argentina, Chile e, Brasil… Os ricos que tinham alguma condição financeira melhor foram para Espanha ou Estados Unidos.

É fácil encontrar nos sinais de trânsito de cidades brasileiras o pedido de ajuda de cidadãos da Venezuela, obrigados a migrar para um país em que não dominam o idioma, têm dificuldades de conseguir empregos e se tornam mendigos. Alguns tiveram mais sorte, desde a Operação Acolhida, montada no governo de Michel Temer – que tentou receber esses seres humanos com um mínimo de dignidade.

Em Roraima, milhares atravessavam as fronteiras em busca dos direitos mais básicos em 2018. O primeiro direito reivindicado era continuar vivo. Mas isso causou o conflito social que, até hoje, alimenta a rejeição às políticas do governo federal. A xenofobia em Boa Vista surgiu contra os migrantes que lotavam as ruas da capital de Roraima, onde se ofereciam para executar trabalhos simples por preços menores que os brasileiros, e demandavam a divisão dos parcos recursos sociais dos governos. A rejeição e falta de solidariedade foi geral em todos países que receberam grandes contingentes de venezuelanos. 

A melhoria do preço do petróleo e a recuperação de atendimento social do governo da Venezuela, que depende fortemente dessa commodity, até provocou o fenômeno do retorno dos imigrantes. Mas a falta de democracia e a manutenção do regime autoritário ainda afasta milhões – expatriados que vivem subempregados, ilegais ou com reconhecimento provisório, com a esperança de que a Venezuela retorne ao caminho da democracia. Um caminho que só existirá de fato com eleições livres, com candidatos de oposição e com liberdade de expressão e informação – mercadorias em falta no mercado cívico da Venezuela. 

Ao que tudo indica, a próxima eleição da Venezuela será mais um simulacro. A farsa continuará a manter milhões longe de sua pátria, esperando um dia voltar. É uma história tão ruim que merecia ser queimada, como um livro póstumo de Gabriel Garcia Marques, o colombiano que não teve seu direito atendido pelos herdeiros. Há sempre alguém que tem intere$$e$ maiores que nossa triste e fantástica realidade.

*Analista político 

O coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presta novo depoimento à Polícia Federal, hoje. A expectativa é que ele forneça informações no inquérito que apura uma tentativa de articulação de um golpe de Estado, em 2022.

O ex-braço direito de Bolsonaro já fechou acordo de delação com a PF – os termos ainda são mantidos em sigilo. Por isso, é comum que seja chamado para prestar novos esclarecimentos após o avanço das investigações.

Os investigadores esperam que o depoimento de Cid esclareça ou reforce pontos das declarações do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes. O militar foi ouvido no dia 1º de março e, segundo o blog da Camila Bomfim, o conteúdo do depoimento foi considerado “esclarecedor” pelos policiais federais.

Por Juliana Albuquerque – repórter da Blog

Um episódio chamou a atenção nas redes sociais, ontem, quando um casal de usuários de drogas tentou invadir uma residência, localizada no bairro de Boa Viagem, e roubar objetos. A investida foi frustrada por um grupo de moradores que passava na hora e, na ausência de policiamento, terminou agindo por conta própria e rendendo os criminosos. Confira no vídeo.

O bairro de Boa Viagem tem ganhado as mídias, frequentemente, pelo aumento dos crimes na área. Há quase um mês, um turista carioca foi vítima de latrocínio, praticado por um morador de rua com o único objetivo de trocar por droga o objeto do furto, um celular. O crime chocou o Brasil e jogou os holofotes sobre a ausência de uma política de segurança pública eficaz tanto no bairro quanto em Pernambuco.