STF marca para a próxima quarta-feira julgamento sobre porte de drogas para uso pessoal

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, marcou para o próximo dia 6 de março a continuidade do julgamento em plenário do recurso que discute se o porte de drogas para consumo próprio pode ou não ser considerado como crime.

O caso será retomado com o voto do ministro André Mendonça, que havia pedido vista (mais tempo para análise) em agosto do ano passado. O julgamento começou em agosto de 2015, mas foi interrompido quatro vezes por pedidos de análise mais detalhada dos autos.

Até o momento, há cinco votos que consideram ser inconstitucional enquadrar como crime o porte de maconha para uso pessoal e um voto que considera válida a criminalização prevista no artigo 28 da Lei de Drogas. O texto afirma que é crime punível com penas alternativas – como medidas educativas, advertência e prestação de serviços – “comprar, portar ou transportar drogas para consumo pessoal” e que também pode ser punido com penas alternativas quem “semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade”.

Quantidade para consumo

Durante os debates, a maioria dos ministros se inclinou a aceitar a proposta feita pelo ministro Luís Roberto Barroso, no início do julgamento, ainda em 2015, no sentido de fixar um critério objetivo de qual quantidade de maconha deve distinguir o tráfico do porte.

Isso porque, como a lei não faz essa distinção, a decisão sobre quanto é porte e quanto é tráfico de drogas, por exemplo, acaba sendo da Polícia durante a abordagem ou de cada juiz.

O relator do recurso, ministro Gilmar Mendes, inicialmente votou para descriminalizar todas as drogas para consumo próprio, mas depois alterou para se restringir à maconha e aderiu à proposta do ministro Alexandre de Moraes para fixação de presumir como usuárias as pessoas flagradas com 25g a 60g de maconha ou que tenham seis plantas fêmeas.

Como os ministros votaram

Os demais votos dados até o momento, dos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, também só tratam da maconha. Os ministros consideraram que criminalizar o consumo pessoal afronta a autonomia individual do cidadão e aumenta o estigma que recai sobre o usuário, além de dificultar o tratamento de dependentes.

O ministro Cristiano Zanin foi o único a se posicionar para manter a criminalização por considerar que isso contribuirá para agravar problemas de saúde relacionados ao vício. Ele sugeriu, porém, fixar a quantidade máxima de 25 gramas para se diferenciar usuário de traficante.

Mais novo integrante da Corte, o ministro Flávio Dino não participa do julgamento porque sua antecessora, a ministra Rosa Weber, já votou no recurso.

Na noite desta sexta-feira (1º), a Prefeitura de João Alfredo fez a maior entrega de material esportivo da história para os times do município. Em evento realizado no auditório da Faculdade Vale do Pajeú, mais de 350 atletas de 20 equipes receberam uniformes para disputar o Campeonato Municipal de Futebol, que este ano homenageia Zezinho de Ivo, professor conhecido na cidade pelas escolinhas e treinamentos.

A competição inicia neste domingo (3), com jogos espalhados por todas as regiões do município. O prefeito Zé Martins não pôde comparecer ao evento por motivo de força maior, mas destacou a ação da gestão municipal. “É prioridade do nosso governo descentralizar as nossas ações. Já fizemos um grande campeonato ano passado e neste ano o apoio está sendo ainda maior com os uniformes e também o aumento de sedes para os jogos”, pontuou.

O Governo de Pernambuco definiu, na noite desta sexta-feira (1º), o cronograma e o formato de extinção das faixas salariais da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e também do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE). Criadas em 2017, as faixas instituíram subdivisões dentro dos mesmos postos das corporações, permitindo diferentes níveis de progressão para agentes de uma mesma patente e que executam funções iguais.

O tema é um pleito antigo dos servidores militares. Em novembro do ano passado, quando lançou o Juntos pela Segurança, a governadora Raquel Lyra assegurou que iria enviar o projeto de lei de extinção das faixas para a Assembleia Legislativa até junho deste ano e concluir o processo até dezembro de 2026. As informações são da Folha de Pernambuco.

A novidade passa a valer a partir do mês de junho deste ano, tendo previsão de ser concluída em junho de 2026. A primeira fase terá a extinção da faixa “A”. Um projeto de lei será enviado pela governadora Raquel Lyra (PSDB) para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

“Após muito diálogo e planejamento, anunciamos o cronograma de extinção das faixas salariais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Estamos finalizando detalhes para o envio do Projeto de Lei. Esse é mais um passo decisivo para atendermos uma demanda histórica de quem faz nossas forças de segurança, reforçando o Juntos pela Segurança, que é uma prioridade”, ressalta a governadora.

Para a secretária de Administração de Pernambuco, Ana Maraíza, “o fim das faixas vai devolver a esses profissionais o princípio da hierarquia, ponto fundamental para o trabalho dos que fazem a segurança”, pontua.

Ela também ressalta que a nova configuração propiciará maior mobilidade em termos de progressão.

Planejamento

O fim das faixas será materializado progressivamente, sendo extinta inicialmente a faixa “A”, em junho de 2024; a faixa “B”, em junho de 2025 e em junho de 2026, as demais faixas, inclusive possibilitando reajustes salariais variados.

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A Secretária Executiva do Direito dos Animais, Andreza Romero, e seu esposo, o deputado estadual Romero Albuquerque, denunciam que estão sendo ameaçados após realizarem ações para combater a circulação de veículos de tração animal no Recife. Ontem, Andreza enviou um ofício ao secretário da Casa Civil de Pernambuco, Túlio Villaça, solicitando proteção policial para ela e seus familiares.

Romero, por sua vez, pediu ao secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, providências para salvaguardar as vidas que estão sendo ameaçadas por bandidos. Segundo o deputado, recentemente entrou um cavalo dentro do Hospital Veterinário do Recife, localizado no Cordeiro, Zona Oeste da cidade.

Após ser acionada, a secretária Andreza Romero mandou resgatar o animal. No entanto, um homem – não identificado – teria chegado a trocar tiros para que o animal não fosse levado, sem sucesso.

Após o episódio, o homem enviou um áudio para Romero Albuquerque, ameaçando-o de morte. O parlamentar afirma que fez um boletim de ocorrência e ligou para o 190 para que a polícia mandasse um efetivo para o Hospital Veterinário, o que, segundo ele, ainda não foi atendido.

“Eu preciso de ajuda para que a SDS não negue novamente a proteção policial. Se algo acontecer com a minha família, a culpa será do governo que está negando proteção desde a gestão de Paulo Câmara”, reforça Romero. 

Ele é autor do projeto que proíbe a circulação de veículos de tração animal no Recife. No ano passado, um grupo de carroceiros chegou a fazer um protesto nas imediações da residência do deputado e da secretária. Na ocasião, segundo o próprio parlamentar, a manifestação teria acontecido após a apreensão de 50 cavalos que estavam soltos em vias públicas. 

“O histórico de protestos violentos, troca de tiros em instituições de guarda animal, ligação de muitos carroceiros com atividades criminosas, entre outros, nos leva à compreensão de que as ameaças não são tão vagas e demandam uma atenção especial dos agentes públicos de segurança. O cenário que se desenha tende a tolher a liberdade de atuação deste parlamentar e, consequentemente, efetivação das políticas públicas desenhadas com respeito a toda ordem pública”, disse Romero em ofício ao Governo do Estado.

Da Agência Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin repudiou na noite desta sexta-feira (1º) o ataque de soldados israelenses na Faixa de Gaza contra palestinos que aguardavam por ajuda humanitária, resultando em 104 mortes. Assim como o próprio governo brasileiro, Alckmin criticou a ação e afirmou que trata-se de uma situação “inconcebível”.

“Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimou dezenas de pessoas e feriu outras centenas. Obstar o acesso de indivíduos à ajuda humanitária é inconcebível sob qualquer perspectiva, e abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade”, escreveu em postagem nas redes sociais. Fazendo coro ao presidente Luiz Inácio Lula da Siva, Alckmin ainda fez um apelo à comunidade internacional por um cessar-fogo imediato.

“Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento. É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária”.

Mais cedo, Lula propôs que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) faça uma moção à Organização das Nações Unidas (ONU) pelo fim imediato do genocídio de palestinos na Faixa de Gaza, imposto pelo governo de Israel. Lula discursou durante a reunião de cúpula da Celac, em Kingstown, em São Vicente de Granadinas.

“A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante”, disse Lula.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira planos para um lançamento aéreo militar de alimentos e suprimentos em Gaza, um dia depois que as mortes de palestinos que faziam fila para receber ajuda chamaram a atenção para uma catástrofe humanitária que se desenrola no enclave costeiro.

As articulações para a eleição de presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2025 já começaram a causar, desde agora, atritos na bancada evangélica, uma das mais influentes da Casa.

O estopim para as desavenças foi um jantar promovido pelo deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) nesta semana com os três principais pré-candidatos à sucessão de Arthur Lira (PP-AL). As informações são da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

O encontro aconteceu na casa do deputado Gilvan Máximo (Republicanos-DF) na terça-feira (27), após a aprovação da PEC que amplia imunidade tributária a igrejas em uma comissão especial da Câmara.

Marcaram presença no convescote o líder do PSD, Antônio Brito (BA); o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA); e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), todos pré-candidatos à sucessão de Lira.

O jantar incomodou aliados do atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Eli Borges (PL-TO). A avaliação foi de que o encontro passou uma impressão errada de que a bancada estaria se envolvendo nas articulações.

Outro ponto que irritou integrantes da frente foi a informação que circulou após o jantar de que a bancada estaria negociando com o governo Lula acordos para a eleição da presidência da Câmara.

A irritação com o jantar foi tamanha que integrantes da frente cogitaram divulgar uma nota afirmando que a bancada não tinha envolvimento com o jantar nem com conversas com governo sobre sucessão na Câmara.

O documento, segundo apurou a coluna, afirmava ainda que o atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica é o único com autoridade para falar pela bancada evangélica sobre o assunto. Após conversas internas, entretanto, a nota acabou abortada. A avaliação foi de que a divulgação do documento poderia causar ainda mais confusão dentro da bancada evangélica.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou-se com o líder venezuelano Nicolás Maduro durante a Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) realizada em Kingstown, São Vicente e Granadinas, nesta sexta-feira (1º). Embora amplamente divulgado nas redes sociais por Maduro, o conteúdo completo da conversa entre os dois líderes não foi revelado. 

A reunião durou aproximadamente uma hora e dez minutos, com o ditador da Venezuela descrevendo-a como “maravilhosa” e expressando o desejo de reencontro em breve, além de enviar cumprimentos à família de Lula. De acordo com relatos da TV oficial venezuelana, os tópicos discutidos incluíram cooperação técnica em agricultura e pecuária, entre outros assuntos. Maduro enfatizou o interesse em ampliar a cooperação e os investimentos, além de promover um encontro de empresários. As informações são do Estadão.

A reunião ocorre em um momento de crescente repressão do regime chavista a críticos e opositores, algo que preocupa o governo brasileiro, embora evite críticas públicas. Maduro deu a Lula a palavra de que haverá eleições justas na Venezuela. Embora o pleito esteja previsto para o último bimestre, as datas ainda não foram oficialmente anunciadas pelo regime chavista. O líder venezuelano havia indicado possíveis desvios dos Acordos de Barbados, quando se comprometeu com eleições justas e observadores internacionais.

A ausência de líderes de direita e centro-direita, como Javier Milei, Daniel Noboa, Santiago Peña e Luis Lacalle Pou, contrastou com a presença maciça de líderes de esquerda na cúpula. Em relação à disputa entre Venezuela e Guiana pela região do Essequibo, Lula antecipou que não aprofundaria a discussão durante o encontro com Maduro. No entanto, reiterou a intenção do Brasil de mediar uma solução pacífica para o conflito, destacando a importância de evitar a violência. 

Durante a Cúpula da Celac, foram publicados vídeos nas redes sociais mostrando Maduro interagindo com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, indicando uma tentativa de diálogo entre os países. Antes da cúpula em São Vicente e Granadinas, Lula se encontrou com Ali em Georgetown, expressando o compromisso de trabalhar pela paz na América do Sul e evitar conflitos na região.

O deputado Dudu da Fonte, cacique-mor do PP em Pernambuco, abriu uma interlocução com o PT, através do seu principal líder no Estado, senador Humberto Costa. As tratativas são focadas na eleição municipal do Recife. Já teria o aval do presidente Lula, segundo o blog apurou. 

Dudu e Humberto tiveram o primeiro encontro esta semana, em Brasília. O PP está na base de sustentação do Governo Lula e tem tido uma postura de fidelidade nas votações cruciais para a gestão petista, principalmente na Câmara dos Deputados.

Mas em Pernambuco é aliado de Raquel, embora com reclamações de que não é muito prestigiado. Mesmo tendo a maior bancada na Assembleia Legislativa – oito deputados – o partido não está representado no primeiro escalão da governadora. 

Já o PT faz oposição a Raquel e ocupa espaços na gestão do prefeito do Recife, João Campos (PSB). E essas conversas de Dudu e Humberto podem resultar em alguma coisa? Segundo o blog apurou, a discussão inicial diz respeito à composição da chapa de reeleição de João. 

Como João está fechado em copas, o PP quer fortalecer o discurso do PT, de que tem as condições naturais para indicar o vice de João. E se João entender que seria melhor trazer o PP para a vice, com a anuência de Humberto, o partido e Dudu faziam a travessia do Palácio das Princesas, sede do Governo estadual, para o Palácio do Capibaribe, onde despacha João Campos. 

Caso isso não prospere nem de uma forma nem de outra, o PP estaria disposto a apoiar no Recife um candidato do PT. 

É dar tempo ao tempo!

Há pouco, no lançamento da pré-candidatura de Túlio Gadelha a prefeito do Recife pela Rede, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, que comanda o PDT a nível nacional, afirmou que o partido vai apoiar Gadelha. 

Por meio de um vídeo veiculado no evento, Lupi anunciou que estará no Recife brevemente para oficializar o apoio. O aceno pode resultar na saída de Wolney Queiroz, atual presidente estadual da legenda, e do seu pai, o ex-prefeito Zé Queiroz, pré-candidato a prefeito de Caruaru.

Isso porque Wolney já havia afirmado que o PDT apoiaria a reeleição de João Campos. E João irá a Caruaru, no próximo dia 8, anunciar o apoio do PSB a Queiroz.