STF retoma atividades na quinta-feira com julgamentos nos Plenários físico e virtual

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai abrir o Ano Judiciário 2024 em sessão marcada para a próxima quinta-feira (1º), às 14h. Após a solenidade, que deve contar com a presença de representantes dos três Poderes, da Procuradoria-Geral de República e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Plenário realiza sua primeira sessão de julgamentos do ano. Os prazos processuais, suspensos durante o recesso judiciário e as férias forenses, voltam a fluir no dia 1º.

O Plenário do STF terá seis sessões de julgamento em fevereiro. A pauta da primeira sessão retoma discussões iniciadas no ano passado, sobre temas como a imposição do regime de separação de bens para pessoas com mais de 70 anos (ARE 1309642) e a chamada “revisão da vida toda” para aposentadorias e benefícios de quem contribuía para a previdência antes de 29/11/1999 (RE 1276977).

Foi incluído na pauta de fevereiro o processo que discute se, em nome da liberdade religiosa, pode-se afastar a proibição do uso de boné, chapéu, óculos, lenços e outros adereços para fotos de documentos civis (RE 859376). Está previsto ainda o julgamento das ações da chama da “pauta verde” que cobram um plano de ação do governo federal para combater o desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Pantanal ( ADPFs 760, 743, 746, 857 e as ADOs 54 e 63).

Dois recursos que tratam da validade de provas em processo criminal também estão na pauta de fevereiro. O ARE 959620 discute a legalidade de provas obtidas mediante a revista íntima de visitantes que ingressam em estabelecimento prisional e a violação da dignidade humana. Já no ARE 1042075, o tema é a validade de prova obtida por meio de perícia em aparelho celular encontrado no local do crime e a eventual violação do sigilo das comunicações.

Por fim, também estão listadas para julgamento três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 2943, 3309 e 3318) questionando os poderes de investigação criminal do Ministério Público e a eventual ofensa à a autonomia dos estados e do Distrito Federal na aplicação das normas da Lei Orgânica do Ministério Público da União aos Ministérios Públicos estaduais.

Plenário Virtual

O STF também terá, em fevereiro, quatro sessões de julgamento do Plenário Virtual. A primeira, iniciada em dezembro, termina em 5/2. Há sessões ainda com início nos dias 2, 9 e 16/2, com mais de 600 processos em pauta. Entre os temas previstos estão o ingresso de mulheres nas polícias militares nos estados,a concessão de benefícios fiscais sobre produtos agrotóxicos e ações penais contra pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Posse

Está prevista para o dia 22 de fevereiro a posse de Flávio Dino como ministro do STF, na vaga decorrente da aposentadoria da ministra Rosa Weber. Flávio Dino foi juiz de carreira, presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) antes de ingressar na política. Foi eleito por duas vezes governador do Maranhão e depois para o cargo de senador, até ser nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública em janeiro de 2023 pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, na manhã desta sexta-feira (26), o decreto que regulamenta o programa Pé-de-Meia, que prevê uma bolsa de permanência no ensino médio para 2,5 milhões de alunos de baixa renda (até R$ 218 por pessoa na renda familiar). O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

“O grande objetivo é garantir o auxílio financeiro para que esses jovens permaneçam na escola e não tenham que optar entre ter um prato de comida e estudar, porque essa é uma idade que os jovens chegam que, muitas vezes, precisam trabalhar para ajudar a família. Não é questão de escolha, de opção, é questão de necessidade”, afirma o ministro da Educação, Camilo Santana.

O texto prevê um repasse total de até R$ 9.200 por aluno ao longo dos três anos do ensino médio. A intenção é reduzir taxas de evasão escolar. “O que queremos é envolver, numa cumplicidade educadora, a sociedade brasileira e, sobretudo, envolver pais e mães no processo educacional”, afirmou o presidente.

Segundo informações do Ministério da Educação (MEC), o investimento anual será de R$ 7,1 bilhões. A prioridade é para integrantes de famílias inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e jovens beneficiários do Bolsa Família. A estimativa do ministro Camilo Santana é de que a primeira parcela seja paga a partir de março de 2024.

Como funciona:

Efetuando a matrícula no início de cada um dos três anos letivos, o aluno recebe R$ 200, por parcela única. Com a matrícula efetuada nos três anos, são R$ 600.

Comprovando a frequência no mês ou na média do período letivo, o aluno recebe nove parcelas de R$ 200, um total de R$ 1.800 para o estudante assíduo por ano do ensino médio.

Ao concluir cada ano do ensino médio, o aluno recebe uma parcela única, no valor de R$ 1.000. O requisito é a aprovação e a participação em avaliações educacionais. Há também um pagamento adicional e único, no valor de R$ 200, aos alunos do 3ª ano que se inscreverem no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O saque deste valor só poderá ser feito após a conclusão do ensino médio.

Alcançando a graduação no ensino médio, o valor total que poderá ser recebido por aluno será de R$ 9.200.  

Por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o Museu Sinagoga Kahal Zur Israel abriu suas portas neste sábado (27) com uma programação especial para o público, com o propósito de não esquecer o genocídio em massa de seis milhões de judeus pelo regime nazista.

O dia foi implementado através da Resolução 60/7 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1º de novembro de 2005. A data marca a libertação, em 1945, pelas tropas soviéticas do maior campo de concentração nazista, Auschwitz-Birkenau, na Polônia, no final da 2ª Guerra Mundial. As informações são da Folha de Pernambuco.

O evento contou tanto com uma visita espontânea, assim como também com uma guiada na Sinagoga localizada na Rua do Bom Jesus, no bairro do Recife. Jader Tachlitsky, coordenador de comunicação da Federação Israelita de Pernambuco, ressaltou a importância desse dia e por que é crucial não esquecer os eventos que marcaram a humanidade.

 “Imagine que é um evento que não é tão antigo assim”, começa Tachlitsky. “Década de 30, 40, o surgimento do nazismo, eclosão da Segunda Guerra Mundial, o fenômeno do Holocausto. Se sabe que 6 milhões de judeus foram assassinados, dois terços dos judeus da Europa. Eles não foram mortos porque estavam lutando uma guerra. Eles foram mortos em cima de um regime nazista, que classificava a humanidade em raças superiores e inferiores e que primeiro segregou os judeus, como outros segmentos e depois partiu para uma política de extermínio propriamente dito.”  

A lembrança desse evento é fundamental para a compreensão da história e como um alerta contra a repetição de atrocidades similares. “A Alemanha no final foi derrotada na guerra. Se ela tivesse vencido aquela guerra, qual teria sido o desenrolar daquilo? Então esse marco histórico serve como uma referência fundamental para a reflexão e para a educação”, explica Tachlitsky. “É como se diz, que nunca mais se permita. Nós lembraremos sempre, justamente para impedir que fatos como esse se repitam”, afirma.

No entanto, apesar das lições do passado, Tachlitsky observa que o mundo contemporâneo ainda enfrenta desafios relacionados à discriminação e intolerância.

“Infelizmente, a gente percebe que a gente tá num mundo que continua se discriminando, se perseguindo. Teorias fascistas continuam sendo propagadas, falta de reconhecimento do próximo, falta de reconhecimento da identidade nacional ou da identidade religiosa de vários segmentos”, pontuou Tachlitsky.

Para combater essas tendências preocupantes, Tachlitsky destaca a importância de uma abordagem em duas frentes. “É um alerta permanente que a gente tem que trabalhar em dois sentidos. No sentido da lei, de coibir a ação de grupos que propagam esse tipo de ideal e ao mesmo tempo, tão ou mais importante, educando as novas gerações para compreender o que isso significa e trabalhar no sentido de que isso não possa acontecer.”

A visitante Paula Shinozaki compartilhou sua emoção, destacando a importância não apenas como uma lembrança do passado, mas também como um chamado à ação para construir um futuro de respeito.

“Fiquei tocada pela experiência de visitar a sinagoga durante o evento em homenagem às vítimas do Holocausto. Ver a comunidade reunida para prestar tributo às vítimas foi emocionante. Ficou evidente o compromisso de nunca esquecer os horrores do Holocausto e trabalhar incansavelmente pela tolerância e pela paz”, afirmou Paula Shinozaki.

Em todo o mundo foram rendidas homenagens a todas as vítimas do regime nazista: judeus, ciganos, testemunhas de Jeová, negros, homossexuais, dissidentes políticos, pessoas com deficiência.  

Da Agência Brasil

Para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a retomada da reforma agrária é uma forma de enfrentar a pobreza no Brasil. Segundo um dos membros da coordenação nacional do movimento, Jaime Amorim, a redistribuição de terras improdutivas poderia ser uma forma de garantir renda para famílias que atualmente vivem sem condições mínimas.

“A reforma agrária é uma alternativa para enfrentar a pobreza. Se o governo quiser, a forma mais barata, mais fácil de garantir trabalho para as pessoas é a reforma agrária. Não existe nenhuma política mais barata de geração de trabalho e de emprego”, disse neste sábado (27), durante o encerramento do encontro da coordenação nacional do MST, que ocorreu ao longo da semana.

O evento foi também uma celebração dos 40 anos de fundação do movimento social.

Esse modelo de produção rural tem, segundo Amorim, grande potencial de gerar ocupações e rendimentos que vão para além dos assentados.

“Porque quando você assenta [concede terras] uma família, você não está criando um trabalho. Você está empregando ou dando trabalho para toda a família. Além de que nas safras e nos plantios, nas colheitas, utiliza sempre força de trabalho das pessoas que vivem ao redor.”

Amorim criticou, no entanto, a falta, até o momento, de diretrizes para fazer a distribuição de terra para as famílias dispostas ao trabalho no campo. “Infelizmente, ainda não existe um programa de reforma agrária do governo que determina a meta, que determina a estruturação. Nós tivemos um ano muito ruim, sem verba para reforma agrária”, reclamou durante a entrevista coletiva em que a coordenação divulgou as visões do MST a partir dos debates dos últimos dias.

Violência

A organização de grupos armados para combater movimentos de camponeses e de populações indígenas é um ponto de preocupação para o MST.

“A gente precisa denunciar o que tem sido essa tentativa efetiva, não só uma tentativa, mas uma organização efetiva dessa milícia no campo brasileiro, que é esse movimento que eles têm denominado de Invasão Zero. Então isso é uma afronta contra a democracia, isso é uma afronta contra o direito legítimo da organização popular e da luta pela terra e das lutas populares no nosso país”, destacou Ceres Hadich, que compõe a direção nacional do MST.

No último domingo (21), uma comunidade pataxó hã-hã-hãe foi atacada por um grupo de homens que tentou retomar à força uma fazenda ocupada pelos indígenas e reivindicada como território tradicional. De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o ataque que resultou na morte de uma mulher foi planejado por um grupo autointitulado Invasão Zero.

Apesar da violência, o MST não demonstra a intenção de desistir dos métodos tradicionais de luta, como as ocupações de terras e as manifestações.

“Nós vamos continuar fazendo luta pela reforma agrária, fazendo ocupações massivas. Vamos para a estrada, vamos fazer caminhada para dizer primeiro, existe terra improdutiva e muitas”, enfatizou Jaime Amorim.

Diálogo com a sociedade

Para além da disputa política, Ceres acredita que a divulgação da produção das famílias assentadas pela reforma agrária ajuda a sociedade a entender o papel do MST.

“Sem dúvida nenhuma essa simbologia muito concreta do alimento chegar à mesa das pessoas tem ajudado nesse processo de diálogo com a sociedade brasileira,” diz tanto sobre a venda direta dos produtos nas feiras e lojas do movimento, como nas doações realizadas pelos produtores.

A Prefeitura de Petrolina mobilizou diversos setores para atender as necessidades da população durante os dias de chuva intensa na cidade. Entre as atividades em andamento, o trabalho da equipe de serviços públicos tem fortalecido as ações emergenciais. As intervenções têm o objetivo de ajudar no escoamento de toda a água acumulada, bem como, minimizar transtornos decorrentes da chuva, a exemplo da remoção de árvores caídas em vias públicas.

Todo o efetivo da pasta coordenada pela Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) está à disposição. As ações contam ainda com o reforço de máquinas como retroescavadeiras, caminhões, caçambas, pá carregadeira e caminhões poliguindastes. Dezenas de pessoas estão envolvidas na força-tarefa, incluindo as equipes da Operação Drenagem.

Desde o início da semana, bairros como Cacheado, Jardim Petrópolis, Rio Corrente, Parque Massangano, São Jorge, Dom Avelar, São Gonçalo, Henrique Leite, São Joaquim, N-07, entre outras comunidades, estão sendo atendidas com diversas ações para garantir o bem-estar e segurança da população. Os trabalhos seguirão ao longo do final de semana.

A gestão municipal reforça ainda a necessidade de parceria com a população no sentido de não descartar lixo nos canais e pontos de drenagem, assim como abrir as tampas dos PVs durante as chuvas. Essas práticas são alguns dos principais agravantes para a formação dos alagamentos.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Provavelmente para não abrir uma linha de confronto com o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) desistiu de prestigiar o ato que deu o start da pré-candidatura da deputada Tabata Amaral (PSB) à Prefeitura de São Paulo. Não pegaria bem subir no palanque de uma aliada na capital paulista, principal preocupação de Lula, uma semana antes do chefe-mor ser a principal estrela na refiliação da ex-prefeita Marta Suplicy ao PT. Ela é cotada para fechar a chapa de Guilherme Boulos, pré-candidato do Psol.

A refiliação de Marta será um festão, na próxima sexta-feira (2). Um dos detalhes decididos é o local do ato. Será realizado na Casa de Portugal, centro cultural localizado no bairro da Liberdade. O evento deve acontecer no início da noite, provavelmente a partir das 18h. Ontem, a ex-prefeita convidou deputados federais, deputados estaduais e vereadores do partido em São Paulo para um jantar em seu apartamento.

O encontro acontecerá na próxima segunda-feira (29), quatro dias antes do evento de refiliação da ex-prefeita ao PT. O convite de Marta foi enviado aos parlamentares petistas por meio do presidente  estadual do partido em São Paulo, Kiko Celeguim, que também é deputado federal. Segundo aliados de Marta, o jantar faz parte da estratégia da ex-prefeita para se reaproximar dos petistas, dos quais tinha se afastado após deixar a legenda em 2015.

Além de agregar experiência à chapa e munição contra o atual prefeito, a expectativa sobre Marta Suplicy como vice de Guilherme Boulos na disputa à Prefeitura de São Paulo também recai sobre a capacidade da ex-prefeita em atrair doadores robustos à campanha do deputado do PSol, que costuma repelir o apoio empresarial por conta do discurso de esquerda.   

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela confirmou a proibição da líder da oposição, María Corina Machado, de ocupar cargos públicos por 15 anos. A decisão aumenta os obstáculos para a oposição nas eleições e favorece a permanência do ditador Nicolás Maduro no poder. Além de Corina Machado, Henrique Capriles, outra figura proeminente da oposição, também teve confirmada sua inabilitação por 15 anos. Enquanto isso, Leocenis García e Richard Mardo tiveram suas inabilitações canceladas. A medida do TSJ é criticada por políticos e ativistas venezuelanos, que a consideram uma tentativa do regime de enfraquecer a oposição, retirando suas principais figuras do cenário político.

A decisão baseia-se em alegações de que María Corina Machado teria participado de um esquema de corrupção vinculado a Juan Guaidó, durante o período de 2019 a 2023, quando este foi reconhecido como presidente interino por parte da oposição e de outros países. A decisão também levanta preocupações sobre a violação do Tratado de Barbados, assinado entre o governo e a oposição, que buscava garantir eleições livres e justas em troca do relaxamento de sanções dos Estados Unidos. As informações são do Estadão.

Além disso, a situação política na Venezuela se intensifica com a prisão de colaboradores de María Corina Machado por supostas conspirações. O procurador-geral do país, Tarek William Saab, indiciou líderes regionais da sua campanha por envolvimento em uma suposta conspiração contra o governo.

Apesar das pressões, a oposição reafirma sua intenção de manter a rota eleitoral, considerando a decisão do TSJ como um obstáculo, mas sem abandonar a via democrática. O enfraquecimento do regime de Maduro é percebido como a principal razão para sua postura mais defensiva e agressiva contra os opositores. A Constituição venezuelana e a inabilitação de mais de 1.400 cidadãos para cargos públicos desde 2002 levantam questões sobre a legalidade dessas sanções administrativas. 

A Noruega, envolvida nas negociações entre Maduro e a oposição, propôs um mecanismo de revisão das inelegibilidades, mas as recentes decisões do TSJ indicam uma falta de avanço nesse processo. A crise política e as ameaças de reversão de medidas pelos Estados Unidos intensificam a instabilidade interna no país, enquanto Maduro declara que os acordos assinados com a oposição estão “mortalmente feridos”.

Médicos que atuam no Hospital Jesus Nazareno, em Caruaru, fazem apelo para que a unidade não seja fechada pelo Governo de Pernambuco. Segundo o médico obstetra Frederico Araújo, durante reunião realizada no ano passado, o governo estadual – por meio da Secretaria de Saúde -, informou que o hospital teria que ser fechado porque os doadores do terreno haviam solicitado a devolução do mesmo.

Inclusive, durante a reunião, a secretaria teria informado que já existe um processo em tramitação na Procuradoria do Estado para a devolução do terreno, que seria de propriedade da Loja Maçônica Dever e Humanidade. O terreno foi cedido ao Estado de Pernambuco em 1978.

Confira o vídeo

Na manhã deste sábado (27), um dia depois de abandonar uma coletiva de imprensa após ser questionada sobre críticas políticas, a governadora Raquel Lyra (PSDB) se emocionou ao revelar que tem passado por momentos difíceis na vida pessoal e se perguntado qual o seu propósito. 

A emoção da tucana aconteceu durante a missa de entrega da insígnia episcopal ao arcebispo Dom Paulo Jackson, na Catedral da Sé, localizada no Carmo, Olinda. Raquel apontou que a fé tem sido fundamental para mantê-la de pé.

Confira:

Inflamada após as ações da Polícia Federal contra os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), a ala bolsonarista do Congresso Nacional ameaça atrapalhar as votações de interesse do governo, além de elevar a pressão para o avanço de pautas que esvaziam o poder do Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo pressiona, sem sucesso até o momento, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para endossar a empreitada.

Lira não deu sinais de que irá embarcar no discurso e se manteve distante da repercussão dos últimos acontecimentos. Pacheco deve seguir o mesmo caminho, sobretudo após o embate público com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que o chamou de “frouxo”. As informações são do O GLOBO.

Apesar disso, a oposição quer se reunir com os dois presidentes na próxima semana em busca de uma “resposta institucional de defesa do Parlamento”. Do lado do Senado, a incumbência ficou a cargo do senador Rogério Marinho (PL-RN). Já na Câmara, do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

“Vamos defender um diálogo, uma construção política, para uma demonstração de fortalecimento do Congresso. Se por algum motivo isso não for possível, então a oposição passará a agir como oposição”, afirmou Sóstenes ao GLOBO.

Entre os projetos em tramitação no Legislativo que vão entrar na “lista de exigências” da oposição está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá poderes ao Congresso para sustar decisões do Supremo Tribunal Federal que “extrapolem os limites constitucionais”, além da que restringe decisões monocráticas, atualmente, na Câmara.

Mas novos projetos também devem entrar nesse rol após o fim do recesso, como uma proposta do deputado Rodrigo Valadares (União-CE). Ele quer aprovar a exigência da autorização das mesas diretoras do Congresso para ações policiais contra deputados ou senadores. Antes da operação contra Ramagem, o texto tinha 55, das 171 assinaturas necessárias, incluindo a do líder do partido de Valadares, o deputado Elmar Nascimento (União-BA).

Diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, Ramagem foi alvo de mandados de busca e apreensão ontem, pela suspeita de monitoramento ilegal de desafetos do ex-presidente. Já Jordy entrou na mira da Polícia Federal na semana passada pela suspeita de organizar atos antidemocráticos.

Neste fim de semana, um grupo de deputados federais e estaduais do PL está reunido com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Angra dos Reis ,para o lançamento da pré-candidatura do empresário Renato Araújo, que vai concorrer à prefeitura da cidade fluminense. No encontro, parlamentares aproveitaram para traçar algumas possíveis reações nos curto prazo.

A radicalização da oposição preocupa parlamentares de centro-direita que veem no movimento um possível obstáculo para pautas econômicas. Isso porque o PL, maior bancada da Câmara, com 95 deputados, entregou votos importantes para projetos como a reforma tributária (17 votaram a favor) e offshores (12 votos sim).

A oposição deu um sinal de que irá deixar clara sua irritação com as operações no início da semana. Em um ato que contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), parlamentares anunciaram que o acordo anterior, que previa o deputado Filipe Barros (PL-PR) na liderança da oposição este ano será quebrado, reconduzindo Carlos Jordy ao posto. Desta forma, dizem os membros da oposição, o parlamentar do PL assumirá um papel simbólico contra aquilo que consideram “abusos do Supremo Tribunal Federal”.

No dia em que a operação contra Ramagem foi deflagrada, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chamou Pacheco, que é presidente do Congresso, de “frouxo” e “omisso”, devido à ação da PF nas dependências do Legislativo federal. O senador rebateu, acusando o cacique de não ter força política e “passar pano” quando trata de assuntos relacionados ao STF.

Valdemar também cobrou que Pacheco aja pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, responsável pela decisão que autorizou a operação. Valdemar classificou a investigação a PF como “perseguição”.