Afogados da Ingazeira ganha centro de telemedicina 

A Tech Mais saúde, startup de tecnologia que tem como foco o atendimento humanizado em saúde digital e por especialidade, será inaugurada, na manhã de hoje, em Afogados da Ingazeira. A empresa tem como propósito levar atendimento médico especializado, com segurança e qualidade, para as áreas mais distantes. Cidades que não contam com um polo médico perto e que, por isso, sofrem para conseguir consultas. Com o serviço de telesaúde, é possível resolver 90% destes atendimentos sem que o paciente precise sair de sua cidade. 

A plataforma de telemedicina é a única do país com as 3 acreditações possíveis pela SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde) e totalmente adequada à LGPB e governança de dados sensíveis. Aliado a isso, existe uma gestão médica efetiva que conta com aproximadamente 1200 médicos especialistas, usando esta plataforma e entregando eficiência e qualidade nas consultas. O serviço conta com as especialidades: neuropediatra, cardiologia, endocrinologia, nefrologia, reumatologia, pneumologia, psiquiatria, entre outras.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Com uma aprovação de 80%, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel (UB), anunciou, ontem, em entrevista à Folha, o maior pacote de investimentos da sua gestão – quase R$ 70 milhões em ações na área de infraestrutura e mobilidade urbana.

“Os recursos são provenientes de linha de crédito liberada pela Caixa Econômica e Banco do Brasil, possíveis graças ao nosso compromisso de equalizar as contas públicas do município, algo bem diferente de quando encontrei o município quando assumi”, diz.

Sem entrar no mérito das eleições municipais do próximo ano, quando terá que indicar um sucessor, Pimentel é taxativo quando se trata do processo eleitoral do próximo ano. De acordo com ele, caberá ao eleitor de Araripina escolher entre a continuidade de uma gestão que tem feito grandes mudanças na cidade ao longo dos últimos sete anos, ou pela bagunça, conforme encontrou a cidade quando assumiu, em 2017.

“Eu posso dizer que conseguimos transformar a realidade de Araripina, a infraestrutura da cidade, atraindo investimentos. Pavimentamos toda a cidade, estruturamos os distritos e, principalmente, o legado que nós vamos deixar na infraestrutura da educação, com praticamente 18 novas escolas construídas”, afirmou.

Outro grande legado na área, segundo Pimentel, é a Faculdade de Medicina de Araripina, que levou uma nova perspectiva para os estudantes da região, que antes iam para Juazeiro ou Petrolina.

Além desse feito na educação, ele ainda reforça o mais recente convênio, feito com a Universidade Americana, para que os filhos de Araripina, garotos que terminaram o terceiro ano, possam fazer o curso de graduação em engenharia de software através dessa universidade.

“É um grande legado que, graças a Deus, a gente tem feito pela cidade, pela população, então realmente temos uma satisfação gigantesca”.

Para além da educação e do Polo Gesseiro, outra grande meta que Raimundo Pimentel pretende cumprir até o fim do seu mandato, no próximo ano, é a implantação de um Polo Industrial do Araripe. Para isso, revela que conta com o apoio do Governo do Estado, através de incentivos fiscais, para que as indústrias da região possam receber gás natural.

“Precisamos de incentivos para tornar o gás natural que vai chegar ao Araripe por um preço competitivo para ter condições de integrar a nossa matriz energética. Assim, vamos contribuir para além do desenvolvimento econômico da região, também com o meio ambiente, uma vez que a grande maioria das indústrias ainda é dependente do consumo de lenha de manejo para funcionar.

Sabemos o prejuízo que isso causa ao meio ambiente e esperamos obter do Governo a isenção de ICMS para superar essa etapa e trazer o gás natural para nossas indústrias”, pontua Raimundo Pimentel.

Pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande, aponta que a gestão do prefeito de Petrolina, Simão Durando (União Brasil), tem aprovação de 73,8%, enquanto apenas 16% desaprova. Entre os que não sabem ou não responderam, o percentual foi de 10,2%.

Estratificando o levantamento, entre os eleitores do sexo masculino, a aprovação é de 73,2%, com desaprovação de 16,3%. Já entre as mulheres sobe para 74,2%, ante 15,8% de desaprovação.

Por faixa etária, a maior aceitação está entre o eleitorado mais jovem, entre 16 e 24 anos, com 77,6% contra 11,1% de desaprovação. Na sequência, entre os eleitores com mais de 60 anos, Simão atinge uma aprovação de 76,7%, contra 15% de desaprovação.

Por grau de instrução, a sondagem demonstra uma alta satisfação entre os eleitores com ensino superior, com 78,6% de aprovação, contra 14,3% de desaprovação. Já entre os que têm Ensino Médio, 77,9% aprovam, enquanto 14,1% desaprovam. Entre os eleitores que cursaram até o 9º ano, 66,4% aprovam e 19,2% desaprovam.

Na estratificação por renda familiar, os que ganham mais de 10 salários mínimos são 82,8% dos que aprovam a gestão de Simão Durando, contra uma desaprovação de 8,6%. Para quem ganha até dois salários mínimos, a aprovação é de 68,3%.

Entre as localidades, o levantamento demonstra que Simão é aprovado pela maioria dos petrolinenses. Contudo, a melhor aprovação está entre os moradores dos bairros de Jardim Amazonas (91,7%), Alto do Cocar e Pedra Linda (87,5%), Uruás (85,8%), Gercino Coelho (83,4%), Dom Avelar, Cohab Massangano e São Gonçalo (81,2%), José Maria e Assentamento Terra da Liberdade (80%). Em Pedra Grande, Pedrinhas, Ponta da Ilha e Roçado, a aprovação é de 50%.

O levantamento do Instituto Opinião foi realizado entre os dias 3 e 5 de novembro, sendo aplicados 450 questionários, com nível de confiabilidade de 90%. Já a margem de erro é estimada em 3,9 pontos percentuais para mais ou para menos.

Preconceito com o agronegócio

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal quer que o ministro da Educação, Camilo Santana, dê explicações sobre questões que caíram no primeiro dia de provas do Enem, domingo passado, ligadas ao agronegócio. Apresentado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP), o requerimento alega que houve discriminação do setor agropecuário, com destaque da região Centro-Oeste, assim como a seus habitantes, além de viés ideológico contra o setor.

Na visão preside da CRA, senador Alan Rick (União), o comparecimento de Camilo Santana à comissão “trará luz ao debate sobre a questão”. Já o senador Sérgio Moro, defendeu que além do Ministro da Educação, a audiência pública conte com a participação do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem.

Essa tentativa da oposição ao Governo no Congresso de macular a primeira edição do Enem sob o Governo Lula, contudo, pode ser mais um tiro no próprio pé, a exemplo do que ocorreu na CPI Mista do 8 de Janeiro.

Em entrevista realizada pelo presidente do Inep após a polêmica levantada pela bancada ruralista, Manuel Palácios, além de defender os critérios técnicos utilizados para formulação do exame, afirmou que 86% das questões que caíram no primeiro dia do Enem foram elaboradas entre 2019 e 2021, ou seja, sob gestão do Governo Bolsonaro.

Revanche? – O que a oposição quer, na verdade, ao levantar questionamentos sobre discriminação no agronegócio nas questões da edição 2023 do Enem, é uma espécie de revanche pelo que ocorreu na CPI do MST. A Comissão foi encerrada sem a leitura do relatório final, feito pelo deputado Ricardo Salles (PL). Parlamentares da oposição dizem acreditar que teriam votos suficientes para aprovar o relatório do ex-ministro do Meio Ambiente.

As questões – As duas questões criticadas pela bancada ruralista trazem trechos adaptados de artigos científicos. Ambas pedem que o participante interprete o que os autores quiseram transmitir. A primeira aborda a territorialização do agronegócio e diz que sua lógica tem se sobreposto aos conhecimentos dos camponeses. Já a outra, diz que é evidente que o crescimento do desmatamento tem a ver” com a “expansão da soja”, mas também afirma que a “lógica que gera o desmatamento está articulada pelo tripé grileiros, madeireiros e pecuaristas”.

Antirracista – A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) lança, hoje, o ‘Selo Alepe Antirracista’. Ele visa demarcar todas as ações do Poder Legislativo em relação ao tema que passam a ser realizadas permanentes. O lançamento acontece no encerramento da 1ª Jornada Alepe Antirracismo, iniciativa pioneira em relação às demais assembleias do país, e conta com a participação da secretária executiva do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Roberta Eugênio.

Débitos tributários – A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (8), projeto de lei que permite a regularização de débitos tributários perante a Receita Federal com dispensa de multas de mora e de ofício. Com isso, a partir da publicação da nova lei, que segue para sanção presidencial, o contribuinte poderá pedir a auto regularização de débitos ainda não constituídos, inclusive em relação aos quais já tenha sido iniciado procedimento de fiscalização.

Abandono – Enquanto o sistema prisional de Pernambuco está condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por falta de efetivo e por falta de vaga para os presos, que fica com uma superlotação de quase 14 mil detentos, obras milionárias que deveriam desafogar o sistema estão paradas no Estado. É o caso das obras dos presídios de Araçoiaba. Por lá, o registro é de completo abandono. Orçada em R$33 milhões, a licitação para início das obras foi um dos últimos atos de Paulo Câmara, que estavam em andamento até o atual governo assumir.

CURTAS

CAIXA – Indicado pelo Centrão, em uma manobra liderada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira Fernandes, tomou posse, ontem, em cerimônia em Brasília. Ele substituiu a economista Rita Serrano, demitida do cargo no fim do mês passado.

PRESSA – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pode levar a Reforma Tributária para votação no plenário logo após o feriado de 15 de novembro. Aprovada pelo Senado em primeiro e segundo turnos, o texto precisa voltar à Casa por ter sofrido modificações.

Perguntar não ofende: Qual será a próxima polêmica que o ministro da Educação do Governo Lula será convidado a dar explicações?