O Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentou uma proposta para melhoria das condições dos profissionais que desenvolvem atividades em Fernando de Noronha. O órgão fez recomendações à Administração da Ilha, entre elas a elaboração de uma campanha institucional para divulgação dos direitos e deveres básicos dos trabalhadores.
O órgão também quer o aprimoramento do controle migratório e do registro de entrada de profissionais em Noronha, além de fiscalização dos alojamentos. As informações são do portal G1/PE, que registrou o problema enfrentado por duas profissionais que trabalharam para um grupo de hospedagem sem carteira de trabalho assinada ou um contrato de prestação de serviço.
Leia maisAs trabalhadoras acumularam dívidas relativas à Taxa de Preservação Ambiental (TPA), imposto cobrado dos visitantes de Fernando de Noronha. Em um dos casos, o valor superou R$ 300 mil.
O MPT apresentou proposta de Acordo de Cooperação Técnica sobre as condições de trabalho na ilha. Segundo informações do órgão, o objetivo é estabelecer uma atuação conjunta com o governo local.
A procuradora do Trabalho, Maria Roberta da Rocha, afirmou que o MPT registrou dificuldade em desenvolver um diálogo continuado com a Administração da Ilha por conta da troca de gestão.
O MPT informou que um Grupo de Trabalho foi criado e atua, desde 2018, para assegurar o cumprimento da legislação trabalhista e agir para regularizar e mediar as relações entre empregados e empregadores na ilha.
“Questões relativas à Taxa de Preservação Ambiental (TPA) e à segurança e à saúde do meio ambiente do trabalho, em especial nos alojamentos, são os focos das ações promovidas em Noronha”, indicou nota divulgada pelo Ministério Público do Trabalho.
O presidente do Conselho Distrital de Fernando de Noronha, Ailton Araújo Júnior, participou de uma reunião com os representantes dos Ministério Público do Trabalho e da Administração da Ilha, no Recife, e avaliou a proposta.
“O MPT recomendou que os projetos de obras só sejam aprovados e o alvará de funcionamento seja liberado após as empresas apresentarem o local onde devem ficar os funcionários, tanto da obra quanto do início de funcionamento. Achamos as indicações importantes”, falou o presidente do Conselho.
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