Prefeitura de Bezerros usa queda de repasse do FPM para não pagar artistas

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Quatro meses após a Prefeitura de Bezerros promover sua festa de São João, em Serra Negra, os artistas que participaram do evento, que ocorreu entre os dias 10 e 25 de junho, ainda não viram a cor do cachê. A situação está tão séria que os artistas locais, que dependem da verba, estão recorrendo à agiotas e até vendendo seus instrumentos musicais para quitar seus compromissos.

No começo de outubro, em resposta às cobranças da classe, a Secretaria de Turismo e Cultura de Bezerros enviou uma nota, na qual apesar de reconhecer o débito, justifica a redução considerável nos recursos do FPM, que representa aproximadamente 90% da receita municipal, como justificativa para não honrar o pagamento dos artistas.

“Entendemos o impacto que essa situação pode estar causando a vocês como artista. Queremos assegurar que estamos comprometidos em honrar nossos compromissos e pagamentos pendentes. No entanto, devido à atual situação financeira, precisamos solicitar sua compreensão e paciência enquanto trabalhamos para resolver essa questão”, afirma o comunicado, que encerra sem dar uma previsão de quando irá pagar os artistas.

“A verdade é que fizeram o São João e usaram nossos artistas sem ter orçamento para pagar. Estão fazendo a gente como os bobos da corte. Essa prefeita [Lucielle Laurentino] está sendo reconhecida pela nossa classe como a prefeita que usou seus artistas para fazer graça para o Estado de Pernambuco e não quer pagar os nossos cachês”, revela sob reserva uma das vítimas do calote da Prefeitura de Bezerros ao Blog.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) enviou duas mensagens de áudio ao hacker Walter Delgatti Neto, no ano passado, pedindo a ele para localizar o endereço de um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília.

Preso desde agosto deste ano, Delgatti afirmou à Polícia Federal e à CPI dos Atos Golpistas que foi contratado pela parlamentar para participar de ataques à credibilidade das urnas eletrônicas, aos sistemas do Judiciário e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O hacker foi citado em vários trechos do relatório final da CPI, aprovado na última quarta-feira (18). Procurada pela reportagem do portal G1, Zambelli diz – mesmo após ouvir os áudios e ver o “print” das mensagens – que não se lembra do contexto da conversa, ocorrida há quase um ano. A parlamentar afirma que “certamente não era nada ilícito”.

Zambelli diz ainda que não tem como verificar o contexto da conversa porque seu celular foi apreendido pela Polícia Federal, no contexto da apuração sobre o hacker. A deputada afirma que contratou Delgatti para cuidar de suas redes sociais e seu site, mas nunca pediu que ele cometesse crimes.

Delgatti encaminhou os dois áudios de Zambelli para um amigo dele que mora no interior de São Paulo, junto com mensagens atribuídas à parlamentar. Segundo investigadores, o hacker tinha o costume de exibir a pessoas próximas que mantinha relações com políticos e famosos.

O print de tela, indica que Delgatti encaminhou os áudios no dia 26 de novembro de 2022. Três dias antes dessa data, Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), havia rejeitado uma ação que contestava a eleição e multado em R$ 22,9 milhões o PL, partido de Zambelli e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Ô Walter, não aparece nenhum endereço de Brasília, né? Precisava do endereço daqui de Brasília”, diz a voz de Zambelli no primeiro arquivo de áudio, com duração de seis segundos.

“Não, não pode ser, porque quadra é prédio, e ele deve morar numa casa no Lago Sul, alguma coisa assim. Deve ser coisa do STF. Isso provavelmente deve estar nos arquivos do STF como casa… casa tipo… funcional, entendeu?”, diz a parlamentar no segundo áudio, de 18 segundos. Clique aqui e confira a reportagem na íntegra.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta a trabalhar do Palácio do Planalto, hoje, após quase um mês de recuperação de duas cirurgias, realizadas no final de setembro. A primeira agenda será com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Pela manhã, ainda no Palácio da Alvorada, Lula participou, por vídeo, da entrega de 1.651 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e São Paulo.

Na semana passada, em sua primeira aparição pública, Lula se levantou sozinho e afirmou que estava “pronto para o combate”. “Semana que vem eu já vou voltar ao Palácio do Planalto, eu já estou levantando sozinho, ficando em pé […] Estou pronto para o combate outra vez, queridos”, afirmou durante evento em comemoração aos 20 anos do Bolsa Família. As informações são do portal O Globo.

Lula passou uma astroplastia total de quadril e por blefaroplastia, procedimento retira excesso de pele e gordura na região dos olhos. O presidente está sem hematomas no rosto e já consegue andar sozinho pelo Palácio da Alvorada.

Lula ainda tem caminhado com algumas limitações, com um passo mais lento. Além disso, também não pode ficar muito tempo sentado e precisa se levantar de tempos em tempos para movimentar a perna operada. Por estar em processo de cicatrização, há risco de que um piso em falso ou tropeço, por exemplo, desloque a prótese colocada no quadril.

A partir de hoje, o programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro, será retransmitido pela Rádio Estação, uma emissora comunitária de Santa Cruz do Capibaribe que pertence à ACSCC, que tem como diretor presidente Alan César. 

A Rádio Estação estará disponível na frequência 88.9, além de todas as plataformas digitais. A grade de programação começa às 4h30 e segue até às 22h. O Frente a Frente entra no ar às 18h, trazendo entrevistas e debates com personalidades e especialistas.

Com uma programação diversificada e uma equipe preparada, a Rádio Estação promete conquistar os ouvintes de Santa Cruz do Capibaribe e região, oferecendo entretenimento, informação e muita música de qualidade. Fique ligado na frequência 88.9 e aproveite o melhor da programação da Rádio Estação.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

O município de Trindade entrou, oficialmente, na última sexta-feira (20), no decreto do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) que declara nove cidades pernambucanas em estado de emergência devido à seca prolongada na região. Esse reconhecimento por parte da Defesa Civil Nacional permite que as localidades solicitem recursos do MIDR para auxiliar a população afetada.

Em setembro, a prefeita de Trindade, Helbe Rodrigues (União Brasil), já havia declarado Estado de Emergência no município, pelo mesmo motivo, contudo, usou o decreto para, ao invés de implantar medidas para minimizar os efeitos da seca na cidade, torrar sem licitação os recursos do Fundeb para pagar as atrações da Expogesso.

Na festança, que acontece entre a próxima quinta-feira e domingo, foram “investidos” mais de R$ 2,5 milhões na contratação de artistas como Jorge e Matheus, Zé Vaqueiro e Raphaela Santos.

Não achando pouco a gastança, a prefeita ainda promoveu, durante três dias, na semana passada, o Esquenta Expogesso. Na grade de atrações, nessa prévia da festa, os artistas locais fizeram a alegria da população que pode estar diante da pior seca de sua história.

A Prefeitura do Recife iniciou a obra de um novo binário no Ipsep, Zona Sul da capital. A construção faz parte de um grande pacote de requalificação urbana e melhorias da mobilidade em diversas ruas do bairro. Para realizar o reordenamento viário que vai conectar as avenidas Recife e Mascarenhas de Morais, estão sendo investidos R$ 36,3 milhões, com recursos de financiamento da Caixa/FGTS e contrapartida municipal de 25%. O prefeito João Campos vistoriou as obras na manhã de hoje.

“A gente está visitando e inspecionando a obra do complexo viário do Ipsep, que passa pela Jean Émile Favre, umas das principais avenidas daqui. Estamos falando de uma obra que vai conectar a Avenida Recife à Mascarenhas de Moraes – duas importantes avenidas da nossa cidade. A obra prevê o aumento da drenagem, instalação de nova ciclofaixa, faixa exclusiva de ônibus, calçadas que serão feitas ou requalificadas, ruas em leito natural que receberão pavimentação”, explicou João Campos.

“Estamos num ponto importante, há duas vias, e, antigamente, tinha um pontilhão de 15 metros. Agora, a gente está fazendo um pontilhão de 30 metros para possibilitar o acesso, aumentando o tráfego local. Além desse pontilhão haverá outro mais a frente. A gente está falando de iluminação, recapeamento, drenagem, aquisição de árvores… E vamos fazer o tão sonhado aterramento da fiação da rede de telecomunicações. Trata-se de uma obra complexa, que gera transtorno durante a execução, mas, depois de pronta, será benéfica”, acrescentou ele. 

Para além da implantação de binário, as intervenções no Ipsep incluem corredor exclusivo de ônibus, ciclofaixa, reformas nos passeios em concreto e piso intertravado com implantação de acessibilidade, arborização, melhorias nas redes de drenagem, remanejamento de rede de esgoto, e abastecimento de água, bem como o embutimento da rede de telecomunicações e requalificação da rede de iluminação.

Entre os dias 18 e 21 de outubro, São Paulo sediou o Congresso Brasileiro de Ultrassonografia. Durante esse período, ocorreu a eleição para presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia (SBUS). A Chapa 1, liderada pelo médico pernambucano Pedro Pires, foi eleita com 92% dos votos para o próximo triênio. Pedro Pires, é o primeiro presidente nordestino a assumir a SBUS, nos seus 30 anos de existência.

Nas reuniões que conduziu do Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu a aprovação de quatro medidas econômicas como prioridade na reta final da relação com o Congresso deste 2023.

O presidente pediu que seus articuladores foquem na aprovação da reforma tributária no Senado, que está sob a batuta do aliado Eduardo Braga (MDB-AM), e de outros três projetos que podem catapultar a arrecadação do fim do ano.

A medida provisória que impõe uma taxação a offshores e fundos exclusivos, que está na pauta da Câmara, é um deles. Só essa medida, a Fazenda estima que pode render até R$ 20 bilhões.

Ainda no que diz respeito a taxações, a que trata das apostas esportivas também está na mira. O setor estima que ela poderia render de R$ 6 bilhões a R$ 12 bilhões aos cofres públicos.

Por fim, uma medida que trata de regulamentação em cima de decisão judicial sobre regras para descontos no ICMS (imposto estadual) também é vista como de suma importância. Ela impede que governos locais diminuam o ICMS em cima de taxas que vão para os cofres federais, como o imposto de renda para pessoa jurídica. Com isso, mais R$ 35 bilhões poderiam robustecer o caixa de Fernando Haddad.

Diário de Pernambuco 

‘A Compesa é Imprivatizável”. A frase de efeito é do novo presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento, Alex Machado Campos.

Ele  chegou com a bandeira de defender uma melhor distribuição de água em Pernambuco, além de aumento de investimentos no setor. 

O gestor, que assumiu o cargo há cerca de 40 dias, visitou, nesta quinta-feira (19), a redação do Diário de Pernambuco, na área central do Recife.

Apresentou um panorama da infraestrutura de abastecimento e de esgotamento sanitário, segmentos que prometem chegar mais próximos da população. 

A negativa ao tema da privatização da concessionária pública, perspectiva abordada há bastante tempo, é o ponto de partida das observações feitas por Campos. 

Ele se debruça sobre a expertise adquirida pelo órgão, ao longo de mais de cinco décadas, atuando na produção, tratamento e toda condução até chegar às torneiras dos cidadãos.

“É uma possibilidade que não existe, até pelo fato de ser extremamente inviável. O custo é extremamente alto”, complementa o gestor, detalhando gastos de R$ 30 milhões em energia e mais R$ 14 milhões em produtos químicos utilizados.

Pernambucano, mas com carreira construída em Brasília, o advogado Alex Campos assumiu a cadeira principal da Compesa após passagem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com participação, inclusive, nas tratativas para aprovação e disseminação das vacinas, durante a pandemia da Covid-19. 

A missão destinada a ele integra um dos polos estratégicos do governo Raquel Lyra (PSDB), que busca lançar mais obras e fortalecer eixos estruturais neste setor.

Veja os principais tópicos da entrevista

Investimentos

“Teremos R$ 1,1 bilhão em empréstimo, já aprovado. Conhecemos bem o negócio e não vamos nos distanciar dele. Nosso trabalho agora é reduzir as desigualdades, garantir o direito de todos ao acesso à água, ao esgoto digno, chegando também nos locais mais difíceis, como as áreas de morro e comunidades. Tudo isso passa pelos esforços para a redução do rodízio, mais qualidade no produto final entregue e mais disponibilidade. Hoje, temos uma realidade muito difícil de racionamento, com 50% da água perdida durante o processo, incluindo os desvios e falhas na rede. É o pior balanço hídrico do país. O pernambucano tem menos água do que qualquer outro brasileiro e isto precisa ser mudado. A boa notícia é que a gente está com toda a força concentrada em obras como a Adutora do Agreste, um sistema que tem o propósito de trazer solução em áreas que tenham problemas crônicos de água. A nossa tarefa diária é de buscar água muito longe para chegar à casa das pessoas e elas não sabem disso. Fazer girar toda essa roda é uma operação economicamente muito onerosa e que não atrai a iniciativa privada. Estamos testando os ramais adutores, observando o fluxo, inspecionando extravasamentos ou qualquer problema operacional. Neste exemplo, a nossa previsão é de chegar em Caruaru já agora em dezembro e nos demais pontos no decorrer do primeiro semestre”.

Privatização

“Repito que privatização é um termo fora do nosso dicionário. Eu poderia fazer aqui uma comparação simples, para ser melhor entendido, com o serviço de transporte coletivo. É operado por empresas privadas, mas não deixa de ser público. Ele é concedido. O usuário utiliza ônibus privados, mas existe uma regulação para garantir preço, qualidade, itinerários, atendimento e tudo que seja ofertado ao cidadão. São ações para aparar as arestas, ampliar e fazer o melhor. Ainda nos deparamos com lugares em que a falta d’água é uma situação de verdadeiro terror. A concessão é um instrumento que também busca reduzir isto. Nem dá para falar em rodízio em um local onde o intervalo chega a 60 dias. A coisa é para ser mudada de verdade. Porque, no meio de tudo isso, tem algo chamado marco do saneamento, que obriga metas de universalização até 2030. A Compesa está se preparando bem para isso, mas para garantir tudo é necessário investir cerca de R$ 20 bilhões. Hoje temos, na Região Metropolitana, mais de 90% do abastecimento e 50% de cobertura do esgotamento. Quando pensamos no Interior, essa fatia vai para 70% e 35%”.

Petrolina

“Petrolina, no Sertão do estado, conta com três estações de tratamento de água, totalizando 17 unidades operacionais e uma rede de distribuição com 900 mil metros de extensão. Não haverá rodízio. Vamos concentrar esforços para melhorar o serviço em bairros como Henrique Leite, Novo Tempo, Pedra Linda, João de Deus e Univasf. As ações emergenciais serão iniciadas a partir da próxima semana. Com o surgimento de condomínios e loteamentos, aumenta a demanda por água, sendo muitos desses empreendimentos construídos sem qualquer estudo populacional”

Novos desafios 

“Assumir esse posto foi uma grata surpresa, algo que vem me dando muita segurança, de onde estou e o que posso fazer, dentro da dimensão da empresa. Eu venho me sentindo muito confortável dentro da Compesa. Sabemos que ninguém faz nada sozinho, por isso preciso destacar os méritos de um time muito capacitado que nós temos, sempre comprometido em fazer o melhor. É uma equipe que estuda bastante para resolver os problemas da população”. Estou vindo de um lugar com um corpo técnico bastante eficiente e já desenvolvi uma boa impressão da competência encontrada aqui na Compesa. Até porque, para fazer todas as entregas que já foram direcionadas para Pernambuco, mesmo com todas as dificuldades, é preciso muita eficiência. É um corpo funcional muito devotado, pessoas que amam o que fazem. As pessoas conseguem distinguir a Compesa, companhia, do funcionário da Compesa. Nas comunidades que percorrem, são tratados com respeito porque, na hora do problema, são eles que estão lá para resolver”.

Numa tentativa de conciliar a estratégia para sua sucessão e as relações institucionais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recebeu em almoço, na última quinta-feira, na residência oficial ex-presidentes da Casa, líderes de partido e dois ministros do Supremo: Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

A reunião ocorreu após uma série de acenos a parlamentares bolsonaristas, como a aprovação em 42 segundos na Comissão de Constituição e Justiça de uma proposta que muda a Constituição e tira poderes de ministros do STF de decidirem monocraticamente (sozinhos), por exemplo.

Essas concessões na pauta do Senado miram principalmente a formação de uma base ampla que ajude Pacheco a eleger seu candidato para sucessão na Casa, o senador Davi Alcolumbre (União-AP). Davi e Pacheco são aliados de longo prazo.

O primeiro antecedeu o segundo, que agora busca um novo “revezamento” no comando do Senado.

Pacheco convidou para o almoço ex-presidentes da Casa, como José Sarney e Renan Calheiros, ambos do MDB. O senador Eduardo Braga, líder da legenda, também estava lá. Além dos ministros do STF, que viram mais do que um gesto de pacificação no convite, mas uma delimitação clara de movimentos que fazem parte da “regra do jogo” – como a contemplação em comissões de pautas caras ao bolsonarismo – sem atentar contra as instituições.

Um dos convidados disse que o clima era mais do que ameno: “Era amigo mesmo”. Se há algum vislumbre de crise institucional? “Nenhum.”