Por José Adalbertovsky Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Alô alô humanóides! Matrix: positivo operante. Sua mente está sob controle remoto. Um super cérebro eletrônico manipula suas ideias. Matrix reproduz a alegoria da caverna de Platão. Você é prisioneiro das sombras da caverna, dos a duendes de pele vermelha. É proibido pensar com seus próprios botões eletrônicos. Liberte-se se for capaz.
Matrix cibernética veio da alegoria da caverna de Platão na Antiguidade. A civilização é uma caverna com luzes, sombras e escuridão. O Brazil é uma caverna relativa, segundo o cacique de pele vermelha. Tateamos nas trevas da ignorância em busca do sol da liberdade. A democracia são as luzes de libertação da caverna.
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Pintados de urucum vermelho de guerra, os patrulheiros do cordão encarnado decretaram o monopólio da verdade. Fora do cordão encarnado não há salvação. A Pátria amada está infestada de sanguessugas, carcarás e lobisomens. Os patrulheiros ideológicos insuflam guerras entre os prisioneiros da caverna.
Nestes tempos politicamente corretos e de ascensão do globalismo, vírus mutante do marxismo-leninismo, convém evocar alguns lances em torno do ditador Joseph Stalin e do teórico Leon Trotsky, figuras emblemáticas da revolução bolchevique nas décadas de 1920-1940 na Rússia Soviética. Eles amavam o comunismo e se odiavam, em disputa pelo poder. Trotsky acusou Stalin, ditador feroz, de prostituir o marxismo. Expulso da Rússia, refugiou-se no México para escapar da perseguição do seu inimigo implacável. Mas, foi localizado e assassinado com golpes de picareta na cabeça por um indivíduo chamado Ramon Mercader, a mando de Stalin, em 21 de agosto de 1940, assim como um pedreiro destrói um muro com sua marreta. Naquele dia Stalin foi dormir feliz e de consciência tranquila como revolucionário comunista.
Reencarnação do demônio Asmodeus, Stalin viajou para o inferno, nas asas da besta-fera, no dia 5 de março de 1953. Ainda hoje os devotos das trevas cultivam estátuas do maledeto nos jardins botânicos dos seus corações.
El hombre que amava a los perros – O homem que amava cachorros, livro do escritor cubano Leonardo Padura, relata a trama do assassinato de Trotsky.
O leão Trotsky personifica, entre outros personagens, o espírito russo-soviético de guerras e tragédias, na história, na literatura e na política. Trotsky era um exportador de revoluções. A cabeça dele era um vulcão em erupção. O vulcão Brazil, em erupção permanente, faz lembrar o lema trotskista. O globalismo socialista de hoje é um vulcão com pele de cordeiro.
O Arquipélago Gulag, do escritor Alexander Soljenitsin, publicado em 1973, registra a tragédia da revolução bolchevique e os extremos da maldade humana nos campos de concentração stalinista, à semelhança dos campos de extermínio nazistas. Regimes totalitários se equivalem em atrocidades, fracassos e tragédias humanitárias. A história revela que a utopia igualitária nas mãos da vermelha se transforma em distopia. Zeus nos proteja!
*Periodista, escritor e quase poeta
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