Eleitor de Lula, vice-prefeito de Petrolândia lidera fechamento de rodovias no Sertão

Por Gilson Machado*

Vice-Prefeito de Petrolândia, Rogério Novaes, que votou e trabalhou para Lula, agora está liderando protestos de fechamento de rodovias no Sertão pernambucano pela falta de energia, água e assistência aos pequenos agricultores. Isto porque a CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento Econômico do Vale do São Francisco) do Governo Lula, cortou a energia elétrica para mais de 10.000 famílias de pequenos agricultores e pecuaristas que vivem na região.

Fui na inauguração de vários trechos da transposição com o Presidente Bolsonaro. Lamentável o que começa a acontecer com a transposição do São Francisco. Quando ministro, acompanhei a esperança do Nordeste com a transposição. Até balneários turísticos se planejavam fazer em vários pontos dos reservatórios. Água chegava no Nordeste. Em tão pouco tempo essa já é a triste e crua realidade.

Agora já vemos várias autoridades estrangeiras em busca do dinheiro do pagador de impostos Brasileiro com dinheiro do BNDES. Argentina, Cuba, Venezuela estão na fila para pegar o dinheiro do brasileiro. As mesmas empreiteiras que no passado se tornaram notícia nas páginas policiais, já se preparam.

O Carro Pipa volta à cena do descaso, apesar da maior enchente do São Francisco dos últimos anos. Essa culpa eu não carrego. Essa tragédia eu avisei em todas as minhas palavras.

*Ministro de Estado do Turismo no governo Bolsonaro.

Deus chamou hoje, por volta das três horas da madrugada, o jornalista Nivaldo Araújo, aos 85 anos. Amigo de velhas jornadas, Nivaldo foi meu braço direito no blog desde a sua fundação, há 17 anos. Por problemas de saúde, afastou-se do dia a dia da redação, deixando uma enorme lacuna.

Nivaldo Araújo foi casado com minha amiga Sônia e com ela teve dois filhos, entre eles Rafael, também jornalista, que substituiu o pai nos plantões de fim de semana no blog. Além dos filhos com Sônia, Nivaldo teve mais dois filhos, Nivaldo Araújo França e Rosângela Araújo. Texto irretocável, o Coronel Nivaldo, como assim o tratava, atuou por muitos anos no Diário de Pernambuco. Foi também da Cepe, a Companhia Editora de Pernambuco, e correspondente do Correio Braziliense em Pernambuco.

Nivaldo era tão amigo que, nas suas férias do Correio Braziliense, me recrutava para ficar no seu lugar, isso antes de me decidir em fixar residência em Brasília. Aliás, quando desembarquei no DF, já havia uma indicação de Nivaldo para o jornalista Renato Riella, chefe de redação do CB, me contratar.

Que Deus console Sônia e filhos. O legado do amigo Nivaldo é o da integridade como ser humano, profissional decente e competente. Fica a saudade e a certeza de que Deus o receberá com uma emocionante e calorosa acolhida.

Do O Antagonista

Três médicos foram assassinados na madrugada desta quinta-feira (5) em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em frente ao Windsor Hotel, área nobre da cidade. Entre as vítimas, está Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). Um quarto médico foi baleado e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra.

Os médicos estavam na capital fluminense para participar de um congresso internacional de ortopedia. Além de Diego Bomfim, morreram no ataque Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura o caso. A hipótese dos investigadores é de execução, já que nenhum pertence foi levado. Pelo menos 20 tiros foram disparados por três homens, todos de preto, em menos de um minuto. Até o momento, ninguém foi preso.

Por Dimitre Bezerra*

Desde o início do plano real no governo FHC pudemos observar com mais tecnicismo econômico as medidas de controle da inflação. O Brasil vinha de alguns planos econômicos (Cruzado, Bresser, Collor I e II) que de uma forma ou de outra não conseguiram controlar a inflação e melhorar a economia do país.

Uma das medidas adotada pelos governos desde então é a elevação da taxa de juros (Selic), como forma de frear o consumo, e, como consequência, impor um freio na inflação pela via da desaceleração da economia. É uma saída, inclusive, academicamente amplamente debatida e defendida. Mas, esta é uma medida paliativa ou uma solução a longo prazo?

O fato é que na quebra de braços entre o Ministério da Economia e o Banco Central do Brasil, a atual taxa Selic está fixada em 12,75% ao ano (COPOM, setembro/2023), impondo uma espécie de âncora na economia, repita-se, fundamentalmente na redução do consumo.

Ocorre que, na esteira dos sistemas tributários dos países do mundo inteiro, sobretudo nas economias ocidentais, a arrecadação nacional elegeu como fatos geradores: a renda, o consumo, a produção, os serviços, a propriedade, entre outros.

Tal paradigma nos leva a crer que a manutenção da arrecadação tributária para custeio da máquina estatal e dos investimentos públicos reclamam uma crescente evolução nos indicadores destes fatos geradores, lastreada no crescimento econômico.

Contudo, se analisado sob outro prisma, o que acontece quando se impõe um freio na economia com vistas ao controle da inflação?

O noticiário nacional estampou dias atrás, que seguindo uma tendência, a arrecadação federal caiu 4,14% (descontando a inflação), no período ago/2022 a ago/2023. Tal fato já seria um problema para a União Federal, mas nas entrelinhas as consequências atingem drasticamente aos municípios, sobretudo os menores.

Dados da Confederação Nacional dos Municípios demonstram que dos 5.570 municípios do Brasil, 22% tem menos de 5.000 habitantes, sendo que na sua imensa maioria a arrecadação tributária própria (IPTU, ISS, ITBI, COSIP, além de taxas e tarifas) não chega a 10% dos orçamentos locais.

Não vamos adentrar na eficiência da gestão tributária dos municípios de pequeno porte, que tem características próprias que vão desde a ausência de corpo técnico capacitado para a cobrança de tributos, passando pela insignificância dos valores reais a serem cobrados, até a capacidade de pagamento dos contribuintes.

A realidade do atual pacto federativo, é que de parte da arrecadação federal é retirado um percentual do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, e, do imposto sobre produtos industrializados, que é dividida com Estados e Municípios à razão de 22,5% para cada grupo, formando o Fundo de Participação dos Estados e o Fundo de Participação dos Municípios, chamados de transferências obrigatórias (Art. 159, I, CF/88).

Na esfera estadual, os estados membros repassam aos municípios 25% da arrecadação do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – ICMS (art. 158, IV, da CF/88).

No cenário onde a taxa Selic é utilizada para conter a inflação mediante a desaceleração econômica, é fato que fatos geradores de tributos ligados ao consumo são impactados, reduzindo – por exemplo – vendas, produção, e geração de empregos, tendo por consequência, redução da arrecadação tributária.

Voltando ao problema dos municípios, resta a impressão de que as transferências obrigatórias são fiadoras das políticas públicas necessárias a garantia do estado de bem-estar social (Welfare State), envolvidas lato sensu em educação, saúde, previdência e assistência social, além de segurança.

Nestas breves linhas não vamos adentrar sobre outra consequência nefasta da manutenção de uma taxa Selic alta, que impacta o custo de rolagem da dívida pública federal mediante a precificação dos títulos emitidos pelo tesouro nacional para se relacionar com o mercado financeiro. Isso é matéria para outra conversa.

Mas a reflexão suscitada, feita no intróito deste artigo permanece. A utilização da taxa Selic à longo prazo para esfriar a economia é benéfica? Por vários fatores aqui apresentados, nos indica que dita medida não traz vantagem para o Estado, para a economia e para a sociedade.

Fica a reflexão.

*O autor é graduado em direito, especialista em prática do processo, mestre em gestão pública, Procurador Geral do Município de Caruaru-PE e líder MLG

Democrata, estadista, unanimidade 

Gustavo Krause, um dos políticos mais fiéis da chamada escola macielista, disse certa vez que Marco Maciel se revelou um dos seres humanos menos imperfeitos que conheceu em vida. O ‘Marco de Pernambuco’, como assim ficou conhecido, também pecou, mas criou uma escola política diferenciada. Para ele, o exercício da vida pública era sacerdócio.

Dedicou 50 anos da sua passagem pela terra à vida pública e morreu, em 2021, revelando-se quase uma unanimidade, respeitado entre a direita e a esquerda, reverenciado por dogmáticos, cristãos e seguidores de qualquer credo. Na homenagem que recebeu, ontem, no Senado, com uma sala batizada com o seu nome, foi classificado como grande brasileiro, estadista, um homem acima do bem e do mal.

Paulo Paim, senador petista pelo Rio Grande do Sul, saiu de uma agenda que cumpria numa comissão ao lado, adentrou no recinto sem pedir licença nem permissão para falar, e, de braços levantados, em direção à plateia, beijou a mão de Anna Maria, num gesto de reverência, e disse: “Marco Maciel foi um dos maiores homens públicos que conheci. Um democrata, que me mandava até cartãozinho de aniversário. Viva Marco Maciel”, afirmou, sob os olhares de espanto dos curiosos.

Autor da proposição, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) tratou Marco Maciel de estadista e fez uma revelação que surpreendeu a todos. Citou a presença no ato de um prefeito do seu Estado e informou que foi no município dele que foi alicerçado o maior plano de assentamento do País por decisão de Marco Maciel quando vice-presidente. “Maciel serviu ao Brasil sem se servir dos tantos cargos que ocupou”, completou.

“Eternizamos agora esse nome aqui nesta sala, reservada principalmente às CPIs, que têm o objetivo de esclarecer a população. Que esse ambiente seja também marcado pelo entendimento e pela busca na convergência nos debates dos grandes temas de interesse nacional”, disse o autor da proposta de homenagem. Outro discurso entusiasmado foi o do senador e ex-governador do Mato Grosso, Jayme Campos (UB). Relator da matéria, contou episódios que vivenciou de perto ao lado do homenageado e afirmou que escola macielista foi a da decência, da honra e da pacificação política.

O que importava era o bem – O senador Fernando Dueire (MDB-PE), um dos pais da ideia, afirmou que o grande público na inauguração é um reflexo de quem Marco Maciel foi: um político que agregava, nas palavras do parlamentar. “Hoje é dia de saudade, dia de homenagear a vida que serviu a outras vidas e que se dedicou, de coração e alma, a Pernambuco, ao Nordeste e ao Brasil. Entre passagens e permanências, conto 16 senadores prestigiando o evento. Isso é Marco Maciel, esse homem que entendia que nós tínhamos visões de mundo diferentes, caminhos diferentes, mas o que importava era o bem, o espírito público em favor do País e da política”, afirmou.

Maior referência – Vice-governadora de Pernambuco, egressa como o pai, o ex-governador Gustavo Krause, da escola macielista, Priscila Krause (Cidadania) se emocionou bastante ao final da sua fala. Depois de afirmar ser cria do macielismo e de se orgulhar disso, afirmou que Marco Maciel continua sendo a maior referência em sua vida pública. “Era um homem de elevado espírito público, devotado às grandes causas do País e do nosso Pernambuco”, afirmou.   

Urgência para compensação – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, ontem, o projeto que garante a compensação de R$ 27 bilhões da União para estados e o Distrito Federal em razão da perda de receita provocada pelo corte de ICMS incidente sobre combustíveis, ocorrido entre junho e dezembro de 2022. A matéria, enviada ao Congresso pelo Executivo e relatada com parecer favorável pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), deveria ser encaminhada à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas o senador Otto Alencar (PSD-BA) apresentou requerimento de urgência para análise em Plenário, após obter anuência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Recurso ao TCU – O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, entregou ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, os estudos feitos pela entidade que mostram os impactos do excesso de obrigações repassadas aos Municípios ao longo dos anos e que agravaram a crise financeira nas prefeituras. Pediu o apoio do órgão de controle para que analise os dados levantados pelo movimento municipalista que mostram a situação insustentável evidenciada na Mobilização Municipalista e recebeu do presidente do TCU a sinalização de que a demanda terá encaminhamento.

Janja e as cadelas – A primeira-dama Janja da Silva levou as cadelas Paris e Resistência ao Santuário São Francisco de Assis, em Brasília, ontem, para receber bênçãos do santo que é considerado o protetor dos animais pelos católicos. As cadelas foram abençoadas por dois freis franciscanos. Janja compartilhou o momento nas redes sociais junto a uma oração do santo na legenda. “Aproveito para deixar um trecho da oração de São Francisco: ‘Senhor, fazei-me um instrumento de Vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor.’ Que São Francisco de Assis e sua compaixão sigam inspirando a todos nós”.

CURTAS

RECADO AO STF – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, ontem, ser “importante” que os Poderes públicos se contenham dentro de seus limites constitucionais. De sua parte, afirmou que a Câmara “cultiva e respeita” suas funções delimitadas na Carta Magna. Deu a declaração em evento sobre os 35 anos da Constituição de 1988 realizado na Casa.

TUPARETAMA PRESENTE – O lançamento do livro ‘O Estilo Marco Maciel’ em Afogados da Ingazeira, marcado para o próximo dia 19, vai se transformar num evento regional, agregando prefeitos de vários municípios. O primeiro a confirmar foi Sávio Torres, de Tuparetama.

Perguntar não ofende: Com a adesão do MDB ao Governo Raquel, João Campos vai manter o secretário Murilo Cavalcanti, indicado pelo partido?