Lula anuncia novo ministério em meio a negociações com Centrão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, hoje, que criará um novo ministério para abarcar pequenas e médias empresas, cooperativas e empreendedores individuais. O anúncio se dá em meio a negociações do Executivo com partidos do Centrão para ampliar a base de apoio ao governo no Congresso.

Lula deve anunciar mudanças nesta semana no comando de alguns ministérios para integrar o PP e o Republicanos ao 1º escalão do governo. Com a nova pasta, a Esplanada passará dos atuais 37 ministérios para 38.

“Estou propondo a criação do ministério da pequena, média empresa, das cooperativas e dos empreendedores individuais para ter um ministério específico para cuidar dessa gente que precisa de crédito e de oportunidades. Esse é o papel do Estado, criar condições para as pessoas poderem participar”, disse. O presidente deu a declaração durante a sua live semanal “Conversa com o presidente”.

Uma comitiva de Conselheiros de Fernando de Noronha desembarcou em Brasília, essa semana, com a missão de levar à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, demandas prioritárias dos noronhenses. A reunião, articulada pelo líder do PSB na Câmara, Felipe Carreras, também contou a presença do deputado estadual Waldemar Borges.

Carreras classificou o encontro como positivo. “A ministra nos recebeu muito bem. Foi uma reunião positiva e ficamos satisfeitos com a atenção dada a respeito das pautas que foram apresentadas, como saneamento básico através de recursos do Ministério, problemas na comunicação (internet e telefonia), e outros”, relatou.

“Queremos contribuir com o desenvolvimento de Noronha, afinal, uma cidade boa para o turista, tem que ser boa para os seus moradores”, afirmou o parlamentar. 

O presidente do Conselho, Ailton Araújo Júnior, escreveu em suas redes sociais que é preciso “acelerar a revisão dos programas e estudos com a inclusão e participação da comunidade. A singularidade da ilha será levada em consideração de forma positiva. Muito positiva essa reunião”, concluiu.

A Secretaria de Obras e Infraestrutura de Araripina deu início, ontem, ao projeto de pavimentação asfáltica em três vias centrais da cidade. As ruas beneficiadas são Décio Rodrigues dos Reis, José Gualter Alencar e a Travessa Rua José Gualter Alencar.

Nos últimos anos, a Prefeitura tem intensificado os investimentos em pavimentação asfáltica e calçamento. As obras têm como objetivo principal aprimorar a mobilidade urbana e elevar a qualidade de vida dos moradores da cidade. Não

O prefeito Raimundo Pimentel, que esteve presente no local das obras, comentou sobre o projeto: “Essas intervenções demonstram nosso compromisso contínuo em transformar Araripina, garantindo que nossos cidadãos tenham acesso a ruas mais seguras e confortáveis. A pavimentação é apenas uma das muitas iniciativas que temos em andamento para melhorar a vida de nossa população.”

A expectativa é de que as obras contribuam significativamente para uma melhor fluidez do trânsito local e também para a valorização dos imóveis nas regiões beneficiadas.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Após passar por cima do prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), e tomar para si a realização do Festival de Inverno da Cidade, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), deu mais uma demonstração de autoritarismo. Desta vez, excluindo a cidade, localizada no Agreste do Estado, da campanha estadual de fomento ao turismo durante o Verão.

Lançada na última sexta-feira (25) pela Secretaria estadual de Turismo, em parceria com a Empetur, a campanha “Viva um Verão Naturalmente Incrível” tem como objetivo mostrar os principais destinos turísticos do Estado, do Litoral ao Sertão, além de destacar as belezas naturais de cada região.

Com vídeos de 60, 30, 15 e 10 segundos, que serão veiculados nacionalmente, a campanha faz uma viagem em diversas cidades de Pernambuco, explorando praias, cachoeiras e outros cenários paradisíacos que aguçam a curiosidade dos turistas.

“Lamentamos a postura do Governo do Estado por excluir, mais uma vez, Garanhuns. Agora do “Viva um Verão Naturalmente Incrível”, mesmo diante de todas as potencialidades que nós temos, como os Encantos do Natal, do Garanhuns Jazz Festival, do Viva Garanhuns, além de nossa gastronomia, dos nossos inúmeros pontos turísticos, a exemplo do Relógio de Flores, do Santuário Mãe Rainha e da Vinícola Vale das Colinas”, afirmou o prefeito Sivaldo Albino (PSB).

Segundo ele, o sentimento que começa a ser sentido tanto por ele quanto pela população é de retaliação e perseguição por parte do Governo do Estado. “Vendo ações como essas, que penalizam Garanhuns e todo o Agreste Meridional, não é demais dizer que se trata de uma perseguição. Mas vale lembrar que os gestores precisam governar para todos, independente das cores partidárias. Até porque se a governadora fosse governar apenas para quem esteve do seu lado durante a campanha, governaria apenas para poucos”, comenta Sivaldo.

Ele complementa dizendo que, mais uma vez, apesar de sempre ter se colocado à disposição do Governo para dialogar, o que percebe são barreiras impostas pela governadora. “Ela [Raquel] sempre disse que iria governar construindo pontes, mas até agora, vem construindo barreiras, mesmo eu me colocando no caminho do diálogo para favorecer o povo de Garanhuns”, lamenta.

“Espero que ela tenha humildade e lembre que é governadora dos 184 municípios pernambucanos e Fernando de Noronha e que não esqueça de Garanhuns, pois ela precisa ter esse olhar por tudo que a gente tem na nossa cidade e região”, complementa.

Além de Garanhuns, Petrolina também terminou sendo ignorada na campanha nacional de fomento ao turismo do Executivo Estadual. Nas redes sociais, o ex-vereador da Cidade, Ronaldo Canção, fez um desabafo indignado com a falta de sensibilidade do Governo do Estado em relação ao rico potencial turístico da Capital do Sertão.

“Recebemos com muita tristeza a notícia da Campanha de Verão do Governo de Pernambuco que foca em 16 atrações e pontos turísticos do Estado e ignora Petrolina. Temos vários atrativos turísticos, como a Rota do vinho, Fenagri, Semiárido Show, balneários do Rio São Francisco, Roçado e Pedrinhas, além de um potencial no Ecoturismo imprescindível”, enumerou o ex-parlamentar.

PE com quatro ministérios

Seja em qualquer cenário, mesmo Luciana Santos perdendo Ciência e Tecnologia, Pernambuco aumentará seu espaço na Esplanada dos Ministérios na reforma que o presidente Lula deve anunciar amanhã ou, no máximo, na próxima quinta-feira. Com Silvio Costa Filho em Portos e Aeroportos, o Estado sairá de três para quatro pastas.

Luciana não ficará desempregada. Se o PSB abocanhar seu gabinete, a ex-prefeita de Olinda e atual presidente nacional do PCdoB, será transferida para a pasta da Mulher ou Direitos Humanos. Ambas não têm o orçamento nem tampouco a estrutura de Ciência e Tecnologia, mas permitem que ela continue com o status de ministra.

Quem perde uma pasta, na verdade, é o PSB. Se o desenho mostrado pela mídia se confirmar, com Márcio França, atual titular de Portos e Aeroportos, sendo deslocado para a Indústria e Comércio, no lugar de Geraldo Alckmin, o partido reduzirá seu espaço, de dois para um Ministério, já que Alckmin, neste caso, voltaria a sua condição única e exclusiva de vice-presidente.

No quadro de hoje, Pernambuco tem, além de Ciência e Tecnologia, o Ministério da Defesa, ocupado por José Múcio, escolha pessoal de Lula, e Pesca, com André de Paula. São ministérios sem expressão, sem recursos e sem força política, mas são considerados espaços de Pernambuco, Estado que já teve muito mais força em outros governos, como Sarney, FHC e Itamar.

Com Itamar, um pernambucano foi ministro da Fazenda, o ex-governador Gustavo Krause. Na era Sarney, o Estado teve Marco Maciel na Educação, depois na Casa Civil e ainda Marcos Freire na presidência da Caixa Econômica Federal. E na gestão de Michel Temer, Pernambuco ocupou o MEC novamente, com Mendonça Filho, e Cidades, com Bruno Araújo.

A força do Centrão – Prevista e prometida há dois meses, a reforma ministerial chega para contemplar o Centrão e garantir os votos necessários para aprovação dos projetos de interesse do Governo petista no Congresso. Formado por uma base conservadora, partidos de centro-direita, o Centrão sobrevive há vários governos e sem o engajamento dos seus parlamentares na base governista, Lula não governa.

Governo de mentira – A governadora Raquel Lyra (PSDB) foi recebida pelos prefeitos com uma frieza dos mares escandinavos, ontem, no congresso da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Centro de Convenções, em Olinda. Desconcertada, chegou a dizer em seu discurso que estava sendo orientada pelos seus assessores a mentir, o que ninguém, evidentemente, conseguiu entender.

Perseguição política – No novo programa que anunciou para estimular e fomentar o turismo no Interior, a governadora deixou de fora dois municípios da maior importância, provavelmente por mesquinhez: Garanhuns e Petrolina, ambas com enormes atrativos, com eventos de peso, excelente rede hoteleira e gastronomia atrativa. Só com o Festival de Inverno, Garanhuns atrai mais de 300 mil turistas por ano, enquanto Petrolina ganhou destaque nacional no São João, promovendo um festejo com 15 dias de duração.

Terror no FIG – Tanto Garanhuns quanto Petrolina são administradas por gestores que não rezam pela cartilha de Raquel. Sivaldo Albino (PSB), de Garanhuns, já sofreu na pele as terríveis maldades da governadora, que promoveu o Festival de Inverno alijando a Prefeitura de tudo, até da organização da grade artística. Já Petrolina é governada por Simão Durando (UB), sucessor de Miguel Coelho, que apoiou a tucana no segundo turno, mas ficou a ver navios no Governo estadual.

No Salão Negro – Antes mesmo do lançamento do livro ‘O Estilo Marco Maciel’, quinta-feira passada, na ABL, no Rio, já vinha recebendo convites para noites de autógrafos em outros Estados, em razão do interesse de muitos brasileiros pela história do biografado. Hoje, em Brasília, provavelmente terei a data definida do segundo lançamento, na própria capital federal, em encontro com a assessoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A ideia é que o evento tenha como cenário o Salão Negro do Congresso Nacional.

CURTAS

NO NE – Depois de Brasília, será a vez do Recife. O presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), já abriu as portas da Casa para a noite de lançamento. Em seguida, virão João Pessoa, Natal, Fortaleza, Salvador, São Luiz, Aracaju, Teresina e Maceió.

SUDESTE E SUL – Depois dos Estados nordestinos, vou priorizar o Sudeste, começando por São Paulo e Belo Horizonte. Em seguida, o Sul. Autor do prefácio, o ex-senador Jorge Bornhausen quer promover um grande lançamento em Santa Catarina.

Perguntar não ofende: Por que Evandro Avelar não dá um pio sobre sua saída do Governo?

Por Camila Emerenciano – blog do Rhaldney Santos

Na última quinta-feira (24), o jornalista e escritor Magno Martins lançou, na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, o livro “O Estilo Marco Maciel”. O evento reuniu admiradores do ex-vice-presidente da República, como o ministro da Pesca, André de Paula, e os deputados federais Mendonça Filho (União Brasil) e Augusto Coutinho (Republicanos), dentre outras autoridades.

Em entrevista concedida ao blog Rhaldney Santos, Magno Martins contou detalhes sobre a obra. “Eu chamo de uma quase biografia, porque uma biografia é algo que você vai começar lá da infância até os últimos dias, e eu começo a escrever a história de Marco Maciel desde o movimento estudantil, já na universidade, até ele assumir interinamente a Presidência da República, papel que exerceu por 86 vezes durante viagens de Fernando Henrique Cardoso, de quem era vice”, explicou.

Ao longo de seus mais de 50 anos de vida política, Marco Maciel foi deputado estadual por Pernambuco, deputado federal, senador, governador de Pernambuco, ministro da Educação, ministro da Casa Civil e vice-presidente da República por 8 anos. “Ele ocupou todos os cargos mais destacados e importantes que um político imagina ocupar. O livro traz histórias dos bastidores de toda essa trajetória”, afirmou o autor.

De acordo com Magno, a “quase biografia” tem como destaques três depoimentos: o da viúva do político pernambucano, Anna Maria Maciel, onde ela conta o drama que Marco Maciel viveu por 10 anos na luta contra o Alzheimer; o do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no qual ele diz que Marco Maciel foi o “vice dos sonhos de qualquer presidente”; e o do também ex-presidente José Sarney, onde ele explica o papel de Marco Maciel no processo de redemocratização do Brasil.

O jornalista falou sobre como foi registrar a história do político, com quem conviveu na vida profissional. “Foi muito emocionante e interessante. Quanto mais eu pesquisava e entrevistava pessoas, mais eu ia conhecendo um personagem que, apesar de ter trabalhado com ele, não tinha conhecido tão profundamente”, pontuou.

Magno expressou, ainda, a sua admiração pelo biografado. “Ele era um cara que fazia tudo com discrição. Quando ele tinha que assumir a Presidência da República, ele não sentava na cadeira de FHC, ficava no próprio gabinete. Foi governador de Pernambuco numa época de grande dificuldade, mas construiu 100 mil casas populares, ampliou o número de vagas nas escolas de 1º e 2º grau no estado, abriu o Porto de Suape e levou telefonia para todos os municípios do estado. São feitos extraordinários para a época”, ressaltou.

Sucesso de vendas

Em apenas três dias de lançamento, “O Estilo Marco Maciel” teve o seu primeiro lote completamente esgotado. O autor atribui o sucesso nas vendas ao fato de não existirem muitas pesquisas detalhadas sobre a vida do político. “Tem pouca literatura sobre Marco Maciel. Sempre existiu muita admiração, pelo fato de ele ser um homem que nunca teve seu nome envolvido em escândalos, ele era o verdadeiro ficha limpa. Ele também foi um homem extremamente católico, devotado à família e que fez da vida pública um sacerdócio. E as pessoas não conhecem esse Marco Maciel. Existia muita curiosidade sobre ele, mas não tinha um livro que trouxesse mais informações”, declarou.

Com minha esposa, Nayla Valença, minha enteada, Beatriz Lira, e seu namorado, Felipe Emanoel.
O acadêmico Antônio Torres
O conterrâneo de Afogados Flavio Marinho e sua filha
O presidente em exercício da ABL, Antonio Carlos Secchin
Joel Braga, secretário de Estado em Goiás, João Pedro e Sônia Braga

A equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem até quinta-feira para enviar a Lei Orçamentária Anual (LOA) – o orçamento propriamente dito – ao Congresso Nacional. A LOA estima todas as receitas e despesas do governo para o ano seguinte. O Orçamento de 2024 já virá baseada no novo marco fiscal, aprovado pelo Congresso na última semana. O projeto com as receitas e despesas definidas pelo Executivo foi elaborado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento – sob comando de Simone Tebet (MDB). As informações são do portal Poder360.

Primeiro, o texto passará pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e, depois, seguirá para o plenário do Congresso. Por fim, deverá passar por sanção presidencial. O projeto precisa ser aprovado pelo Legislativo até 31 de dezembro. Caso o contrário, o governo só poderá executar despesas obrigatórias. A LOA deve trazer também o Bolsa Família de R$ 600, com adicionais que chegam a até R$ 200. O valor do auxílio era uma promessa de campanha de Lula. O petista só conseguiu viabilizar o benefício de R$ 600 com envio de MPs e com a aprovação da PEC fura-teto. Além do Bolsa Família, a lei também terá um espaço mínimo de R$ 11,6 bilhões para o reajuste dos funcionários públicos.

O secretário-executivo e ministro interino da Fazenda, Dario Durigan, afirmou na sexta-feira que o Orçamento elaborado pela equipe econômica do governo Lula estipula deficit zero, com um “perfeito equilíbrio” entre despesas e receitas. “As estimativas de receita feitas, para muitos casos, foram conservadoras, nos vários projetos, nos vários trackings que a gente tem acompanhado. Eu acompanhei isso de perto a pedido do ministro (Fernando Haddad) e eu transmito a vocês essa segurança, essa tranquilidade de caminhar para buscar zerar o deficit do ano que vem no Orçamento”, disse.

Ao discursar na abertura do 6° Congresso Pernambucano de Municípios, hoje, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto foi firme ao cobrar mobilização de todas as instâncias da política para socorrer os municípios que, mês a mês, veem os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) serem reduzidos.

“Acho que vocês, senhoras e senhores prefeitos, têm que pressionar, os deputados estaduais, federais e senadores”, disse, acrescentando que é preciso uma solução imediata. “Queremos uma solução rápida. E esta solução tem que partir daqui, dos deputados, dos senadores. É isso que, eu sei, vocês (gestores) estão esperando ouvir hoje, aqui”, afirmou.

Referindo-se a declarações de aliados do governo federal, que, nos seus discursos, destacaram a volta programas estruturadores e a destinação de recursos da União para os municípios, o deputado afirmou que é fácil falar na existência de dinheiro e projetos, enquanto as prefeituras sofrem. “O que está sé precisando é de dinheiro nas contas, ajuda direta aos municípios. Os municípios e os prefeitos não aguentam mais”.

Porto sugeriu que se já existe a previsão de aumento nos valores para os municípios, é preciso que se destine um quinhão certo ou um percentual específico para os municípios. Porque, segundo ele, são as prefeituras que sofrem para pagar saúde, educação com transporte escolar, TFD (Tratamento Fora do Domicílio).

“Então, é preciso esta ajuda direta. Tem que se fazer projetos para infraestrutura, mas o que a gente está vendo é o FPM caindo a cada dia que passa. Queremos uma solução rápida. A coisa tem que ser urgente. Os municípios estão quebrados. Ninguém aguenta mais este sofrimento”.

O deputado enfatizou que a realidade de redução de repasses penaliza especialmente os gestores por serem eles que estão na ponta, em contato direto com a população. “Vocês (dirigindo-se aos prefeitos) é que estão lá, com povo na porta, fazendo cobrança e a cada dia o dinheiro diminuindo”, disse. “Então, a gente tem que se unir a bancada federal, a estadual, os senadores e, principalmente, vocês, senhores prefeitos. Vocês é que nos dão voto, vocês é quem trabalham para eleger deputado e senadores. Então, vocês têm que cobrar da gente. E nós estamos juntos. Vamos correr atrás”, disse.

Destacando ser municipalista, Álvaro Porto lembrou que foi prefeito de Canhotinho por dois mandatos e que sabe bem das dificuldades que estão passando os municípios. Também observou que tem acompanhado de perto a preocupação da atual prefeita de Canhotinho, Sandra Paes, sua esposa, e do prefeito de Quipapá, Alvinho Porto, seu filho.

O presidente da Alepe alertou que, além da falta de recursos, inúmeras prefeituras estão hoje com orçamento comprometido por não poderem pagar a previdência própria. “Isso é uma lei que precisa ser mudada. Os deputados federais precisam fazer um trabalho para que as prefeituras que caíram no conto de ter a previdência própria, voltem para o regime geral. Isso tem que ser uma pressão de todos. O Brasil está precisando, as prefeituras de Pernambuco estão precisando”.

A família Bolsonaro e seus aliados mais próximos estão temerosos com o que investigadores podem encontrar nos celulares apreendidos com Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, no caso das joias sauditas. Um interlocutor próximo ao núcleo duro dos Bolsonaro disse, ao blog da Andréia Sadi, que Wassef é visto como “inconsequente” e como alguém que “não joga em grupo”.

A possibilidade de que Wassef tenha gravado conversas com Bolsonaro, com o senador Flávio ou com Fabrício Queiroz tem tirado o sono do grupo que orbita o ex-presidente. Não para por aí, teme-se que autoridades do Judiciário e do Ministério Público também tenham sido gravadas.

Flávio Bolsonaro é o principal ponto de preocupação, pois ele e Wassef eram muito próximos. O advogado, inclusive, fazia questão de ressaltar sempre sua proximidade com o filho 01 de Bolsonaro.

Bolsonaro garantiu à sua defesa que Wassef não tem nada de comprometedor em mãos no que diz respeito a mensagens, áudios ou ligações – por isso a preocupação com eventuais gravações virou o principal assunto entre as rodas bolsonaristas. “Ele gravava todo mundo”, segundo disse um dos interlocutores mais próximos do ex-presidente.