Waldemar Borges cobra do Governo do Estado o pagamento integral dos precatórios do Fundef aos professores

O presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alepe, deputado Waldemar Borges, cobra que a governadora Raquel Lyra faça o pagamento integral dos precatórios do Fundef aos professores estaduais, aposentados e herdeiros que têm direito. “Depois de prometer pagar os professores no último dia 25 de agosto, o Governo do Estado só efetivou o pagamento para uma parcela dos professores, mesmo o valor tendo sido depositado pelo Governo Federal desde junho”, afirma o deputado.

“Vários professores têm denunciado o ocorrido à Secretaria Estadual de Educação e ao Sintepe, mas até agora nada foi resolvido”, completa o parlamentar. Entre as denúncias recebidas, os professores relatam que, além de não cumprir o prometido com a categoria, o Governo criou uma série de artifícios para mascarar o descumprimento da legislação.

Segundo o Sintepe, que está recebendo as denúncias, milhares de beneficiários deixaram de receber a segunda parcela do Fundef. Tem direito ao pagamento os professores que estiveram no exercício do magistério de 1997 a 2016. “Os professores estão à espera de uma resposta da governadora e estão completamente sem informações. É preciso que o Governo do Estado corrija o procedimento administrativo e garanta o pagamento imediato dos precatórios ao conjunto dos beneficiários”, reforça o deputado.

A quase 400 km do Recife, está situada a cidade de Afogados da Ingazeira, no Sertão pernambucano. O município abriga uma das comunidades quilombolas mais tradicionais, que escreve uma história de luta e resistência. Foi por lá que o INSS abriu a primeira de uma série de ações voltadas para os povos originários, dentro do projeto Previdência para Todos, em parceria com o Ministério da Previdência Social.

A iniciativa tem como objetivo principal levar às comunidades quilombolas e indígenas orientações e serviços previdenciários. Participaram do lançamento o superintendente regional do INSS no Nordeste, Rogério Souza, o gerente-executivo de Garanhuns, Paulo Parísio, o procurador regional federal do instituto, Alcides Gama, servidores e gestores de diversas áreas da superintendência Nordeste e da gerência.

“Estão em Pernambuco 70% das comunidades quilombolas do Nordeste. A ideia é essa: trazer um pouco de retorno do Estado para essas comunidades, uma dívida antiga de reconhecimento à luta e à resistência de todos eles”, comentou o superintendente. “Trabalhei e defendi as comunidades quilombolas na questão da certificação e ainda hoje, quase 20 anos depois, trago muitas lições do que aprendi. O INSS está de parabéns, e a procuradoria está à disposição para ajudar no que puder”, completou o procurador.

O vice-prefeito do município, Daniel Valadares, e o secretário de Cultura e Esportes, Augusto Martins, prestigiaram a abertura, destacando a importância do projeto. Para o prefeito, foi uma escolha assertiva do governo dar o pontapé inicial por Afogados. “Começa pelo nosso município um programa que vai em busca dos quilombolas, dos indígenas, e estamos tendo a felicidade de receber esse lançamento. Nosso próximo passo nessa parceria será conseguir um terreno para garantir uma agência própria do INSS no município”, adiantou.

Augusto Martins resgatou um pouco da história do local. Destacou que a comunidade é certificada e que, ao longo dos anos, vem resistindo. “Conheci quando aqui só existiam casas de taipa. Eles conquistaram casas de alvenaria, cisternas, energia e outros benefícios. Que bom que o INSS teve esse olhar de chegar a quem está mais distante, a quem tanto precisa, de vir para a base, para a comunidade. Isso é muito importante. Estamos de mãos dadas fazendo essa parceria”, comentou.

O encerramento dos atendimentos foi prestigiado com a apresentação do grupo Coco de Roda Leitão da Carapuça. Homens e mulheres, em uma grande roda, demonstraram a beleza da dança e dos cantos que passam de geração a geração, mantendo a expressão cultural e tradicional dos povos originários. Recentemente, eles receberam o prêmio de Patrimônio Vivo do governo de Pernambuco. Na quarta-feira (30) e quinta-feira (31), a equipe do projeto estará no município de Pesqueira, com atendimento específico para os indígenas xukurus.

A Comissão de Administração e Serviços Públicos – CASP, atendendo ao requerimento do deputado federal Coronel Meira (PL), fará audiência pública, na próxima quinta-feira, no anexo II do Plenário da Câmara dos Deputados, a partir das 13h, quando será abordado o tema regulamentação do serviço de praticagem no Brasil, atendendo aos PLs 1565/19 e 877/22. Na ocasião serão ouvidos representantes da Marinha, dos práticos e dos setores da indústria, do agro e do turismo.

O Coronel Meira (PL) é relator do Projeto de Lei nº 1.565/2019 que pretende alterar a Lei nº 9.537/1997, a fim de propor a regulamentação e dar maior segurança jurídica ao Serviço de Praticagem no Brasil. O Projeto de Lei tem como objetivo principal assegurar o desenvolvimento econômico e a otimização do comércio internacional. Atualmente, o custo de manobra no setor portuário brasileiro é um dos mais elevados do mundo e pode significar mais de 25% no valor dos bens, o que inviabiliza a concorrência dos produtos brasileiros no mercado internacional.

“Sabemos que o serviço de praticagem é essencial e que as proposições tratadas são relevantes para a garantia da segurança da navegação em nosso País. Esse assunto possui reflexo direto nos principais setores produtivos no Brasil, a exportação de produtos minerais, siderurgia e agropecuária, que atualmente se apresenta como o segundo maior exportador de grãos do mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Estamos falando da preservação de centenas de milhares de empregos e do desenvolvimento de nosso país”, diz Meira.

A decisão de aprovar o Projeto de Lei (PL) 4.416/2021, que estende até 2028 o prazo para a aprovação de projetos autorizados a receber benefícios fiscais, foi tomada durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado realizada hoje. O projeto altera a medida provisória (MP) 2.199-14/2001, que fixa a data-limite em 31 de dezembro de 2023. A matéria da Câmara dos Deputados recebeu relatório favorável do senador Otto Alencar (PSD-BA).

A proposta original mencionava apenas as áreas da Sudam e da Sudene, mas a Sudeco foi incorporada por emenda apresentada pelos senadores Tereza Cristina (PP-MS), Mauro Carvalho Junior (União-MT) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE.  O texto segue para sanção, caso não haja recurso para votação em Plenário.

Danilo Cabral, superintendente da Sudene, enfatiza que “os incentivos fiscais são importantes instrumentos de geração de emprego, ajudando a fortalecer a economia e reduzindo as desigualdades regionais”. Como exemplo prático, o gestor cita que “os incentivos fiscais proporcionaram, nos últimos 10 anos, a geração de, aproximadamente, 1,3 milhão de empregos e de R$ 350 bilhões na região. Para cada R$ 1 de incentivo fiscal são atraídos R$ 6 de investimentos”.

Os benefícios fiscais administrados pela Sudene são os de redução de 75% do IRPJ e adicionais não restituíveis e do Reinvestimento, destinados às empresas optantes pelo lucro real.  O primeiro é direcionado a empreendimentos que já estejam instalados e ampliem, modernizem ou diversifiquem suas linhas de produção, enquanto o segundo é direcionado para empresas interessadas em reinvestir na modernização ou complementação de equipamentos, incluídos os custos de montagem e instalação, independente delas estarem usufruindo das reduções do imposto de renda.

Por meio dos incentivos fiscais, a Sudene busca estimular os investimentos privados prioritários, as atividades produtivas e as iniciativas de desenvolvimento sub-regional em sua área de atuação. Este ano, só nos primeiros seis meses, a Sudene aprovou 119 pleitos de incentivos fiscais (86 Laudos Constitutivos e 33 Portarias. Esses empreendimentos foram responsáveis por investimentos de R$ 5,2 bilhões na região e contribuíram para manter cerca de 53 mil empregos, dos quais 5.163 foram novos postos diretos e indiretos de trabalho. “Os incentivos fiscais são fundamentais para garantir a atração de empresas para a região, enquanto o Nordeste avança nas condições de equilíbrio de competitividade com outras regiões do País”, afirmou Danilo Cabral.

No próximo dia 30 de agosto, o município do Brejo da Madre de Deus se unirá à paralisação estadual “Sem FPM não dá, as Prefeituras vão parar”, priorizando ações essenciais em meio à preocupação com a queda constante nos repasses do FPM. Durante a paralisação, serviços considerados essenciais permanecerão em funcionamento. Roberto Asfora, o prefeito do município, reforça o comprometimento da gestão em enfrentar os desafios financeiros e garantir a continuidade dos serviços essenciais para a população, demonstrando a importância de sensibilizar sobre as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras diante das reduções nos repasses do FPM.

“Reforço o nosso compromisso em enfrentar os desafios financeiros e assegurar a continuidade dos serviços essenciais para nossa população. Diante das reduções nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), é crucial sensibilizar autoridades e informar sobre as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras. Estamos empenhados em busca de soluções e melhorias, mantendo a qualidade dos serviços prestados”, destaca.

Em encontro com o prefeito de Capoeiras, Nego do Mercado, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto, anunciou, ontem, a destinação de emenda de R$ 370 mil para aquele município do Agreste Meridional.

Os recursos, segundo o prefeito, serão investidos na saúde de Capoeiras. “Vamos adquirir uma ambulância e equipamentos para melhorar ainda mais o atendimento e serviços prestados à nossa gente”, afirmou o gestor. No ano passado, um outro veículo tinha sido viabilizado para transporte de pacientes do município por intermédio de emenda de Porto.

Ao longo dos mandatos, o deputado tem viabilizado repasses para a compra de ambulâncias, máquinas e medicamentos a municípios de diversas regiões de Pernambuco. “Temos buscado garantir principalmente a oferta de veículos adequados ao transporte seguro de pacientes para centros onde possam receber intervenções e tratamentos e necessários”, frisa.

O potencial industrial das confecções de roupas jeans e o desenvolvimento urbano do município de Toritama estão em destaque no VI Congresso Pernambucano dos Municípios, que começou ontem, no Centro de Convenções, em Olinda, e vai até amanhã.

O estande de Toritama está especialmente decorado com peças de roupas jeans, oferecendo bolsas jeans como brindes, para os visitantes e expõe os projetos realizados pela Prefeitura, em um painel de led interativo inserido em uma revista especial do município.

Amanhã, o prefeito Edilson Tavares fará a apresentação intitulada: ‘Boas Práticas de Gestão Municipal em Pernambuco’. Edilson vai apresentar as experiências e projetos de uma gestão bem-sucedida, que tem efetivamente desenvolvido Toritama nos últimos 6 anos de mandato.

A cidade de Araripina, localizada no Sertão pernambucano, anunciou que também participará da paralisação liderada pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), amanhã. A ação tem como objetivo chamar atenção para as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras em manter os serviços municipais em funcionamento devido à queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

“A situação é crítica. A queda nos repasses do FPM e do ICMS afeta diretamente a capacidade de nossa prefeitura em oferecer serviços essenciais à população. Precisamos unir forças com outras cidades para garantir que nossas vozes sejam ouvidas e que medidas sejam tomadas para aliviar essa crise financeira”, disse o prefeito Raimundo Pimentel.

Apesar da “greve dos prefeitos”, a Prefeitura de Araripina assegurou que serviços essenciais, como saúde e educação, continuarão operando normalmente. A queda nos repasses tem sido uma preocupação crescente para muitos municípios de Pernambuco. No acumulado do ano, houve uma queda de 0,55% (descontada a inflação) e de 23,56% apenas em agosto. A situação tem levado muitas prefeituras a reavaliar seus orçamentos e a buscar soluções para manter os serviços em funcionamento.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) participou, hoje, em Brasília, na Plenária do Senado Federal, da sessão de debates temáticos com os governadores para discutir a Reforma Tributária que está em tramitação. A chefe do Executivo estadual defendeu posicionamentos mais claros sobre o valor e os critérios de distribuição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), a governança do Conselho Federativo, bem como a manutenção de incentivos sobre a indústria automobilística nas regiões Norte e Nordeste.

“Quero parabenizar a iniciativa de fazer um debate sobre a Reforma Tributária no Brasil e aproveito aqui para fazer uma reflexão sobre o papel e os princípios que a Reforma Tributária, a meu ver, deve seguir. Temos aqui no Brasil muitas injustiças e muitas desigualdades. Desigualdades sociais e regionais, que estão incrustadas na história do povo brasileiro. Sobre as desigualdades e injustiças sociais, a Reforma Tributária tem o papel de conseguir combatê-las, diminuindo a carga tributária sobre aqueles que têm menos recursos. A tributação em cascata, sendo eliminada, permite que quem tem menos pague menos e quem tem mais passe a pagar mais”, enfatizou a governadora durante seu discurso na Plenária.

A chefe do Executivo estadual defendeu que o FNDR disponha de um orçamento de R$ 75 bilhões, diferente do texto que foi aprovado na Câmara, e que a forma de distribuição dos recursos siga critérios que combatam as desigualdades regionais, tais como o PIB per capita de cada um dos municípios considerado de forma invertida na priorização.

A governadora destacou, ainda, a necessidade de prorrogação até 2032 dos benefícios concedidos à indústria automobilística instalada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, dada a necessidade de garantia da competitividade desse setor na região. O texto aprovado na Câmara deixa em aberto a renovação após o ciclo atual de incentivos e, portanto, cabe ao Senado recolocar esta questão. Além disso, também foi ressaltado que tais incentivos sejam ampliados para questões da produção de energias renováveis na região Nordeste e, em especial, o hidrogênio verde.

Outro ponto mencionado foi sobre o Conselho Federativo. A chefe do Executivo estadual ressaltou que a estrutura de governança do Conselho garanta paridade das Unidades Federativas, e que tal governança seja determinada pela própria emenda à Constituição e não em Lei Complementar. A governadora entende que este é um tema Constitucional e, portanto, deve ser garantido na própria PEC, a fim de preservar o pacto federativo.

A governadora defendeu ainda a revisão do Seguro Receita previsto na proposta aprovada pela Câmara, ampliando o percentual para os estados de 3% para 5% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O Seguro Receita é a previsão de uma retenção de parcela da receita do IBS para redistribuir entre os entes que tiverem tido a maior queda de receita, que deverá perdurar até o ano de 2098. A iniciativa da sessão foi do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que considera prioridade ouvir os entes da federação sobre a simplificação tributária proposta pela reforma.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, comemorou a decisão do Governo Lula de taxar os chamados fundos exclusivos. “Essa é uma grande notícia. A justiça tributária está sendo feita, quem ganha mais deve pagar mais. A cobrança de impostos deve ter como foco a renda e o patrimônio e não o consumo, que penaliza os mais pobres. É uma medida adotada inclusive pelos países que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)”, afirma.

De acordo com a Medida Provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passam a ser taxados os “fundos dos super-ricos”, que exigem investimento mínimo de R$ 10 milhões e têm um custo de manutenção anual que pode chegar a R$ 150 mil.

Em seu mandato como deputado federal, Danilo Cabral apresentou o Projeto de Lei Complementar 9/2019 para a taxação de grandes fortunas. A proposta estipula que as fortunas são bens e direitos, situados no país ou no exterior, que excedam R$ 2 milhões. “O que nós sempre defendemos foi que a base dos tributos fosse sobre a renda e não sobre o consumo, essa é uma importante mudança que o governo está fazendo”, acrescentou.

A medida provisória assinada pelo presidente Lula determina a cobrança de 15% a 20% sobre rendimentos de fundos exclusivos (em que há um único cotista). Segundo estimativas do governo federal, há cerca de 2,5 mil brasileiros com recursos aplicados nesses fundos, que acumulam R$ 756,8 bilhões e respondem por 12,3% dos fundos no país. O governo espera com a medida arrecadar R$ 24 bilhões entre 2023 e 2026.

Em relação à correção da tabela do Imposto de Renda, a faixa de isenção subiu para R$ 2.112, mas todos que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.640) terão desconto automático de R$ 528 para serem incluídos no grupo isento. A lei foi sancionada pelo presidente Lula também na última segunda-feira (28). “Em todas as votações das leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Orçamentária Anual (LOA) ao longo dos nossos mandatos, sempre apresentamos emendas para a correção da tabela de IR, que já vinha defasada há muitos anos”, destaca Danilo Cabral.