




O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) comentou ainda na frente do Cotel, ontem (13), que passou um turbilhão pela cabeça enquanto esteve preso, por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Machado lembrou que também tem cerca de 250 funcionários que dependem diretamente dos negócios dele na área de hotelaria. Confira.
Por CNN Brasil
As áreas em que o governo federal, comandando pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais acumulam críticas são inflação, segurança, gastos públicos e desemprego, de acordo com uma pesquisa Ipsos-Ipec divulgada hoje.
Segundo o levantamento, 55% consideram a atuação federal no controle e corte dos gastos públicos como “ruim ou péssima”; outros 55% classificam da mesma forma os trabalhos relacionados ao combate à inflação e 52% dizem que a segurança pública também não está boa.
Leia maisA pesquisa considerou 2.000 entrevistas realizadas entre os dias 05 e 09 de junho; a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
Veja os índices em diversas áreas:
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB) foi diagnosticado com dengue ontem (13), e está internado no Hospital Albert Einstein, em Goiânia. O prefeito tentou manter a agenda de sexta-feira e chegou a tomar soro no Paço, mas foi ao hospital para receber atendimento e fazer exames. Ele recebeu o diagnóstico da doença, mas, na manhã de hoje, a equipe médica decidiu manter Mabel no hospital, a princípio, até segunda-feira (16), porque ele ainda está muito desidratado.
A equipe médica também está investigando um possível caso de gastroenterite, uma inflamação no estômago e nos intestinos, frequentemente causada por vírus ou bactérias, e caracterizada por sintomas como diarreia, vômitos, dores abdominais e febre. As informações são do jornal Opção.
Leia maisNota da prefeitura na íntegra:
O prefeito Sandro Mabel permanece internado para tratamento médico e realização de exames para investigar possível gastroenterite.
A previsão de alta é de até 48 horas e, por orientação médica, os compromissos de agenda estão cancelados até a próxima segunda-feira (16/6).
Leia menosDo Brasil de Fato
Pouco antes das 6h de ontem, o ativista Thiago Ávila desembarcou em São Paulo (SP) depois de cinco dias detido pelo Estado de Israel. Ávila e outros 11 ativistas foram presos no Mar Mediterrâneo na madrugada da última segunda (9) quando, em uma embarcação do movimento Flotilha pela Liberdade, tentavam chegar à Faixa de Gaza com ajuda humanitária.
Membro do Psol, Ávila foi deportado e recebido no aeroporto de Guarulhos por sua esposa, a filha de um ano e um grupo de dezenas de pessoas segurando cartazes e bandeiras da Palestina. Entre os gritos de ordem, os manifestantes cantaram “Livre, livre, livre Palestina, Palestina livre, fora sionistas” e “Ô Lula, eu quero ver, a ruptura com Israel acontecer”.
Leia maisA ambientalista sueca Greta Thunberg, que também participava da missão humanitária, foi deportada na última terça (11). Outros ativistas – o holandês Mark Rennes, a turca Suayb Ordu, a alemã Yasemin Acar, o francês Reva Viard e a deputada francesa do Parlamento Europeu Rima Hassan também foram expulsos de Israel para os seus países.
Dois membros da comitiva, no entanto, seguem detidos na Prisão de Givon. São eles: os franceses Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi. A expectativa é que em breve sejam também deportados.
Enquanto esteve preso, Thiago Ávila se recusou a assinar documentos que o acusavam de entrar ilegalmente em Israel, fez greve de fome e sede e chegou a ser levado para uma cela solitária. Em breve coletiva de imprensa no aeroporto, Ávila afirmou que Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, é “o inimigo número 1 da humanidade hoje”.
“A gente tentou o máximo que a gente pôde levar nossa missão humanitária e a gente foi impedido por um Estado racista, supremacista, que há oito décadas realiza limpeza étnica. No fim das contas, não tem nada a ver com religião, é uma ideologia: o sionismo. Essa ideologia precisa ser desafiada e derrotada a partir da união de todo mundo, juntando todas as ações de rua, com pressões nas redes, missões como Flotilha, marchas por Gaza. Todo mundo tem que estar junto nessa batalha”, declarou Thiago Ávila.
O ativista brasileiro se definiu como um “aliado” do povo palestino, citou ter sofrido, sim, violência pelas forças israelenses, mas que não se ateria a isso por não se comparar ao que os palestinos enfrentam.
Respondendo a um apoiador que o chamou de “herói”, afirmou que “isso não tem nada a ver com herói. A gente não precisa de heróis, precisa de solidariedade, de amor, de humanidade”. A detenção pela qual passou, salientou, “é uma pequena fração do que mais de 10 mil palestinos, hoje encarcerados, passam. Entre essas pessoas, 300 são crianças”.
“O povo palestino mostrou para o mundo o sistema que a gente vive”, disse Thiago, citando os Estados Unidos, mas ressaltando que “o olhar mais cruel e odioso” do colonialismo é “o Estado sionista de Israel”. “A gente está vivendo um momento decisivo na história da humanidade”, avaliou: “Cabe a nós deter esse processo”.
Fundada em 2010, a Coalizão da Flotilha da Liberdade é um movimento internacional que demanda o fim da guerra de Israel contra os palestinos e usa de “ações não violentas” de solidariedade com a população da Faixa de Gaza. A embarcação Madleen foi interceptada pela Marinha israelense a mais de 100 quilômetros de distância do destino pretendido.
Horas antes do desembarque de Thiago Ávila em Guarulhos, na noite da última quinta-feira (12), Israel bombardeou a capital do Irã em uma ação que chamou de “preventiva”. Enquanto isso, na Faixa de Gaza, o governo de Netanyahu já matou cerca de 55 mil palestinos desde 7 de outubro de 2023.
Leia menosO ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou ontem (13), que a deputada federal licenciada e foragida Carla Zambelli (PL-SP) deve ser extraditada da Itália para o Brasil em breve.
“O pedido (de extradição) foi transmitido ao governo italiano e essa senhora (Zambelli) está sendo procurada pelas autoridades policiais italianas. Já existe uma ideia de onde ela esteja e imaginamos que ela em breve será extraditada”, declarou o ministro em evento realizado por uma faculdade particular. As informações são do Estadão.
Zambelli chegou a afirmar que sua cidadania a tornaria “intocável” na Itália. No entanto, Lewandowski defende que “existem precedentes fortes de cooperação entre Brasil e Itália. Nós temos um tratado de cooperação e a dupla nacionalidade e, tendo em conta aquilo que se encontra no tratado, não impede a extradição”.
O ministro ressalta que a constituição italiana não impede a extradição de seus cidadãos. Por fim, ele ainda cita o caso em que o governo brasileiro enviou Cesare Battisti de volta à Itália e defende que, com base no principio de reciprocidade, espera receber Carla Zambelli.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, em entrevista publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo” neste sábado, que um candidato apoiado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), precisará assegurar um indulto ao patriarca após as eleições de 2026. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso que investiga a tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Segundo Flávio, “se acontecer de o (Jair) Bolsonaro ser condenado” e um hipotético presidente aliado do pai lhe conceder um perdão da pena, será necessário garantir que o Supremo “respeite os demais Poderes”, sob risco de gerar um cenário, segundo o senador, que envolva “uso da força”. Flávio alegou ainda que não se referia ao uso da força “em tom de ameaça”, e sim “fazendo uma análise de cenário”. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisO filho mais velho do ex-presidente disse que o pai “não só vai querer apoiar alguém que banque a anistia ou o indulto, mas que seja cumprido”. Segundo o senador, o horizonte é de que um aliado de Bolsonaro, caso eleito à Presidência, se depare com uma movimentação contrária de adversários, que poderiam peticionar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para declarar a inconstitucionalidade de um eventual perdão de penas relacionadas à trama golpista.
Na entrevista, questionado sobre qual seria a alternativa para o bolsonarismo caso a hipótese aventada por ele mesmo se concretize, Flávio afirmou que um eventual presidente alinhado a seu pai precisaria “ter disposição, de alguma forma, de fazer com que o STF respeite os demais Poderes”.
“É uma hipótese muito ruim, porque a gente está falando de possibilidade e de uso da força. A gente está falando da possibilidade de interferência direta entre os Poderes. (…) Estou fazendo uma análise de cenário. Bolsonaro apoia alguém, esse candidato se elege, dá um indulto ou faz uma composição com o Congresso para aprovar a anistia, em três meses isso está concretizado, aí vem o Supremo e fala: “É inconstitucional, volta todo mundo para a cadeia”. Isso não dá”, afirmou o senador.
Na entrevista, Flávio também defendeu que a anistia do 8 de Janeiro é a “saída honrosa para todo mundo”, incluindo “o Supremo, o Alexandre de Moraes e o Congresso”. “Nessa anistia tem que entrar o Alexandre de Moraes porque, no meu ponto de vista, ele cometeu vários atos de abuso de autoridade ao longo desse processo”, argumentou o senador.
Cotado como possível sucessor do pai em uma candidatura presidencial em 2026, Flávio disse se sentir “lisonjeado” com a menção a seu nome, mas afirmou que sua decisão de disputar um novo mandato no Senado é “imutável”. Ele defendeu ainda que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu irmão, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), sua madrasta, também concorram ao Senado na próxima eleição.
Embora insista na tese de que o ex-presidente registrará candidatura em 2026, mesmo inelegível por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Flávio mencionou governadores de direita, como Ratinho Jr (PSD), do Paraná, Romeu Zema (Novo), de Minas, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, como possíveis candidatos à presidência com apoio do pai. Outro cotado como candidato do bolsonarismo é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na entrevista, Flávio afirmou que uma chapa com Tarcísio “é imbatível, assim como qualquer outro candidato” que seja escolhido pelo pai.
Leia menosA Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o recurso apresentado pela defesa de Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do Batom”, e manteve sua condenação a 14 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
A cabeleireira ganhou notoriedade por ter pichado com batom a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao STF. O julgamento estava sendo realizado no plenário virtual, e foi concluído com o voto do ministro Luiz Fux — que seguiu o posicionamento dos demais magistrados que já haviam votado. As informações são do jornal O Globo.
Leia mais“Acompanho o eminente Ministro Relator, considerando-se que as questões relativas à restituição de coisas apreendidas e detração penal serão analisadas em momento oportuno, bem como porque no voto divergente que proferi no acórdão ora embargado reconheci, expressamente, a confissão da ré na dosimetria penal, razões pelas quais não há vícios a serem sanados, nos termos do artigo 619 do CPP”, disse Fux em seu voto.
No recurso, a defesa alegou que a confissão dela não foi levada em consideração na definição da pena, fixada em 14 anos.
“O Supremo Tribunal Federal, ao proferir o acórdão condenatório, o fez com base no livre convencimento motivado, valorando as provas da maneira que julgou adequada, de maneira devidamente fundamentada, concluindo pela existência de robusto conjunto probatório apto a comprovar a materialidade e a autoria dos crimes pelos quais a ré, ora embargante, foi condenada”, afirma o ministro em seu voto.
Débora foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, decorrente dos atos de vandalismo.
Em abril, os cinco ministros da Turma votaram pela condenação da cabeleireira, mas com penas diferentes. O relator, Alexandre de Moraes, votou por 14 anos e foi acompanhado por Flávio Dino e Cármen Lúcia. Cristiano Zanin defendeu uma punição de 11 anos, enquanto Luiz Fux sugeriu um ano e seis meses.
Leia menosA deputada estadual de Minnesota (EUA), Melissa Hortman, e seu marido, Mark Hortman, foram mortos a tiros dentro de casa, na cidade de Brooklyn Park, na madrugada deste sábado (14).
Em um ataque separado, o senador estadual John Hoffman e sua esposa também foram baleados na cidade vizinha de Champlin, segundo informaram as autoridades em coletiva de imprensa. De acordo com o governador de Minnesota, Tim Walz, o atirador teria ido até a casa dos Hortman após atirar várias vezes contra o senador e sua esposa. As informações são do portal G1.
Leia maisO casal Hoffman passou por cirurgia e, segundo Walz, os médicos estão “cautelosamente otimistas” quanto à recuperação. O governador confirmou oficialmente as mortes de Melissa e Mark Hortman e classificou o crime como um caso de “violência política direcionada”.
Segundo o Departamento de Apreensão Criminal de Minnesota, a polícia de Brooklyn Park trocou tiros com o suspeito, que fugiu a pé, abandonando um veículo onde foi encontrado um manifesto com nomes de outros legisladores e autoridades. O homem teria se passado por policial para se aproximar das vítimas.
Como medida de segurança, as autoridades emitiram uma ordem de confinamento domiciliar (shelter-in-place) em Brooklyn Park, válida para um raio de três milhas a partir do campo de golfe Edinburgh, onde as buscas se concentram. Os moradores foram orientados a não abrir a porta para supostos agentes sozinhos e a ligar para o 911 para confirmar a identidade de qualquer policial.
O presidente Donald Trump afirmou, em comunicado divulgado pela Casa Branca, que o FBI se juntará à investigação para apoiar as autoridades locais.
“Fui informado sobre o terrível tiroteio ocorrido em Minnesota, que parece ter sido um ataque direcionado contra legisladores estaduais. Uma violência tão horrível não será tolerada nos Estados Unidos da América. Deus abençoe o grande povo de Minnesota, um lugar verdadeiramente grandioso!”, declarou Trump.
Leia menosDe passagem para o Recife, o prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro (PRD), deu uma passadinha na minha choupana de Arcoverde, há pouco, para me entregar em mãos o convite do São João, que restaurou em sua gestão.
Vai de 18 a 23 próximos. Na abertura, Capim com Mel e Raphaela Santos. No dia 19, Mano Walter, Vicente Nery, Caviar com Rapadura e Geraldinho Lins. Dia 20, Josildo Sá e Sara Leandro. Também estão na grade nos dias seguintes, Maciel Melo, Lucas Aboiador e Zeca do Acordeon.
Por Denise Martins
O Blog do Magno começa a exibir, a partir de hoje, as matérias do especial São João das Multidões, uma série originalmente publicada na edição de junho da Revista Mais Nordeste. A cobertura percorre os principais festejos juninos do Nordeste e estreia com Gravatá, cidade pernambucana que vem se destacando por unir tradição, identidade cultural e forte impacto econômico em seu ciclo junino. O acesso à revista eletrônica pode ser feito por meio do link https://flip.revistamaisnordeste.com.br/books/xyjw/.
Quando o mês de junho chega, o Nordeste inteiro se transforma. Ruas ganham vida, cores vibram e o ar se enche de um ritmo contagiante. O São João das multidões é muito mais do que uma festa popular: é a consolidação de gerações unidas pelo forró, pelas fogueiras acesas e pelas histórias que aquecem o coração.
Leia maisDe capitais e cidades do interior, cada canto ganha sua própria sonoridade, e se transforma num grande palco de emoções, músicas e danças. Na edição especial da Revista Mais Nordeste, o leitor foi convidado a descobrir como a maior festa nordestina carrega a memória afetiva de um povo acolhedor, que celebra identidade, fé e tradição — tudo ao som do forró e no ronco da sanfona.
Assim como o mandacaru — que, como cantava Luiz Gonzaga, fulora na seca para avisar que a chuva chega ao sertão — o fole se abre nos arraiais para anunciar o ciclo junino e reunir o povo em alegria. É no compasso desse som que pulsa o coração nordestino. Mais do que uma semana, as celebrações agora se estendem por mais de 30 dias, e a música toma conta de praças, ruas e bairros.
No sertão, nos vilarejos, o pé de serra ainda ressoa com autenticidade: sanfona, zabumba, triângulo e pandeiro ecoam histórias de ancestrais — manifestações de identidade coletiva, continuidade cultural, espiritualidade e afeto. Uma herança viva, passada de geração em geração: uma linhagem simbólica de nordestinos — vaqueiros, agricultores, artesãos, mestres de folguedos — cujas vidas, lutas e alegrias foram embaladas por esses sons.
Nas grandes cidades, além de uma vasta programação com talentos locais e nacionais, a festa também abriga versões modernizadas — o eletrônico e o piseiro — sem jamais abandonar o compasso nordestino. Tantas variações já inspiraram debates e críticas acalorados ao longo dos anos, mas o palco cresceu para todos: do axé ao sertanejo, do brega ao arrocha, do funk ao samba — mantendo, é claro, a trindade sonora do forró raiz que embala cada noite nas palhoças. De forma democrática, espectadores de qualquer gosto encontram seu ritmo e seu espaço. No fim das contas, é essa diversidade que simboliza a força cultural do São João nos centros urbanos: a tradição se renova e se completa, acolhendo sons novos sem perder suas raízes.
Gravatá: Arraial da Felicidade promete ser uma das maiores e mais autênticas festas juninas de Pernambuco
Localizada a apenas 86 km do Recife, Gravatá combina charme, clima ameno e um cenário de montanha que lhe rendeu o apelido carinhoso de “Suíça Brasileira”. Com altitude de 447 metros, oferece temperaturas frescas durante o inverno, variando entre 15° e 18°, podendo chegar a surpreendentes 10°. Em junho, quando o forró toma conta do Agreste pernambucano, o município vira destino certo — e estratégico — para quem também pretende curtir o São João de Caruaru, a apenas 40 km dali. Não tão grandiosa em tamanho quanto a vizinha, Gravatá compensa com autenticidade, aconchego e uma programação junina que cresce a cada ano, tanto em público quanto em atrações.
Por lá, a festividade teve início em 17 de maio e segue até 29 de junho. A abertura ocorreu com uma edição especial do projeto Tardes no Polo, trazendo muito arrasta-pé e culinária típica ao tradicional Polo Moveleiro, cartão-postal da cidade. Segundo o prefeito Joselito Gomes, entre as novidades deste ano está o Arraiá da Rua do Norte, que vem despontando como novo polo gastronômico com bares e restaurantes.
Mas o que faz do São João de Gravatá uma festa tão especial? Por trás do espetáculo, há uma engrenagem que combina planejamento, cultura, identidade e inclusão. É isso que transforma a festa em um verdadeiro patrimônio afetivo e artístico do povo gravataense — e de todos que se deixam encantar por ela. A grade de atrações não é montada ao acaso.
A Prefeitura articula sua construção com base nas agendas concorridas de artistas nacionais e regionais, já que o mês de junho é disputado por todo o Nordeste. Mesmo com nomes de peso, Gravatá mantém um compromisso essencial: garantir espaço para os talentos locais. “Fazemos questão de incluir artistas e bandas da cidade em todos os dias da programação. É uma forma de valorizar a nossa produção cultural e mostrar que Gravatá também tem muito a oferecer artisticamente”, afirma o secretário de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer, Marllon Lima.
A cada noite de festa, talentos locais sobem ao palco para mostrar que tradição também se faz com sotaque nordestino, com a voz e o suor de quem vive e respira o chão gravataense.
Mais do que celebrar, Gravatá preserva o ciclo junino com elegância, orgulho e afeto. A festa é um grande palco para o forró pé de serra, as quadrilhas matutas, os bacamarteiros, o artesanato e outras expressões que contam a história do povo nordestino sem precisar de tradução.
Em maio, antes mesmo da primeira sanfona soar, a cidade já esquentava o clima junino com o Encontro Estadual de Bacamarteiros — um espetáculo de cores, ritmos e tradição que reuniu mais de 800 participantes. As quadrilhas locais, por exemplo, não apenas encantam os concursos pelo Nordeste como mobilizam mais de 500 dançarinos de todas as idades. É um São João que começa antes de junho e permanece ecoando bem depois. “Gravatá não é apenas cenário. Somos protagonistas na preservação da cultura popular nordestina. Incentivamos as quadrilhas matutas, os bacamarteiros, os artesãos e tantos outros grupos que mantêm viva nossa identidade cultural”, destaca Marllon.
Antes da festa, formação: cultura como projeto de vida
Se o palco é para quem está pronto, Gravatá também prepara seu povo para brilhar. Em parceria com instituições como o Sebrae e o Governo do Estado, a Prefeitura investe fortemente na capacitação de artistas e jovens talentos da cidade. Oficinas de dança, música, teatro, circo, artes plásticas, audiovisual e artesanato já beneficiaram mais de 100 pessoas. “Investir em formação é garantir que a cultura local continue se renovando. Nosso objetivo é dar ferramentas para que os artistas possam viver de sua arte com dignidade”, afirma o secretário.
Entre as ações já realizadas, destacam-se o Programa Pernambuco Artesão, com palestras, oficinas e consultorias criativas; a Oficina Vitrine Digital, que ensina artesãos a venderem no Instagram e WhatsApp; e o curso “Desvendando o Mapa Cultural”, que capacita fazedores de cultura a acessarem oportunidades via editais.
Num cenário de grandes festivais com viés comercial, Gravatá encontrou um caminho próprio: harmonizar o espetáculo com a alma da cidade. Enquanto as atrações nacionais chamam multidões e movimentam a economia local, o espaço da tradição segue garantido. “Nosso compromisso é promover um São João que respeite as raízes, mas que também seja economicamente sustentável. É possível unir os dois mundos”, afirma Marllon Lima.
No município, artesãos ganham visibilidade e renda com seus produtos, e os grupos da cultura popular — como o bumba meu boi, os cordelistas, as bandas de pífano e o pastoril — seguem firmes no calendário, encantando moradores e turistas com a força de suas raízes. Ali, entre uma sanfona e um poema de cordel, entre o brilho das luzes e o barro do chão, nasce o verdadeiro encanto do São João de Gravatá. Uma festa que canta alto, dança bonito e nunca esquece de onde veio.
Com a terceira maior rede hoteleira de Pernambuco, Gravatá se preparou para operar com 100% de ocupação durante o período junino com ampliação de equipes nos restaurantes, comércio e hotéis. A média de permanência dos turistas é estimada em quatro dias. A expectativa é de que o evento movimente cerca de R$ 300 milhões e gere mais de dez mil empregos diretos e indiretos, além de mais de mil negócios informais, adianta o gestor.
Mais do que reunir grandes artistas nos palcos principais, é um encontro de memórias, de gerações e de sabores. Uma festa que se reinventa sem perder o cheiro da fogueira nem o compasso do forró. É nesse espírito que o evento chega este ano com novos polos, homenagens comoventes e uma programação que valoriza o que temos de mais precioso: nossa identidade cultural. “Criamos o Polo Alto do Cruzeiro pensando em um espaço onde todas as gerações possam celebrar. Um ambiente com clima familiar, música, arte e uma paisagem que emociona. É um presente para a cidade. A programação também é estendida aos distritos”, explica o secretário.
Entre as atrações do Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar estão nomes como Limão com Mel, Felipe Amorim, João Gomes, Luan Santana, Ana Castela, Wesley Safadão, Bruno e Marrone, Mari Fernandez, Priscila Senna e Joyce Alane. O violeiro gravataense Heleno de Oliveira será homenageado nesta edição, assim como a quadrilheira Vera da Quadrilha Brega e Chique (in memoriam).
Durante toda a programação, o Mercado Cultural será o coração pulsante do forró pé de serra, com música ao vivo aos sábados e domingos, a partir de 18 de maio. E os distritos de Gravatá, com seus sotaques e tradições, também ganham festas próprias, garantindo que o São João chegue a todos — da zona urbana ao campo.
“Nosso objetivo é democratizar a festa. Cada polo tem sua essência, e juntos eles constroem um São João diverso, democrático e profundamente afetivo. Neste Arraial da Felicidade, o que se vive é muito mais do que um espetáculo: é um mergulho profundo na alma nordestina. Bares, restaurantes e espaços ao ar livre viram redutos de sanfona, zabumba e triângulo, servindo comidas típicas temperadas com o charme das noites juninas. Então, prepare o chapéu, vista a camisa xadrez e venha sentir de perto aquilo que torna o São João de Gravatá tão único: a alegria de um povo que transforma cultura em abraço coletivo porque aqui, em Gravatá, o São João não é só festa. É memória. É identidade. É cultura viva, feita com o coração no compasso da sanfona”, convida o secretário.
Leia menosO vereador Romerinho Jatobá (PSB), presidente da Câmara Municipal do Recife, foi condenado pela Justiça a pagar mais de R$ 200 mil por praticar desmatamento ilegal de 404,2 hectares de terra na Amazônia para criação de gado no estado do Pará. A área devastada é equivalente a mais de 500 campos de futebol.
Entretanto, o parlamentar, que foi o mais bem votado das eleições de 2024 na capital, nega ter qualquer vinculação com a região, e afirma, também, que não possui rebanho bovino em qualquer lugar. A sentença foi proferida no dia 5 de junho, pelo juiz Jessinei Gonçalves de Souza, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). As informações são do portal G1.
Leia maisNo processo, consta que o vereador foi autuado por destruição irregular de vegetação de floresta pertencente à Amazônia Legal nas fazendas Água Preta, Beira Rio e Pontal, na cidade de São Félix do Xingu. Houve desmatamento, inclusive, dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu.
No processo, a defesa de Romerinho Jatobá tentou afirmar que ele não é proprietário do terreno, e que a comprovação da autoria do desmatamento se limitou a “meras ‘entrevistas clandestinas'”. No entanto, segundo a decisão, o Ibama identificou que Romerinho Jatobá é dono do terreno por meio dos seguintes recursos:
O juiz Jessinei Gonçalves de Souza considerou que, com esses elementos, as provas apresentadas pelo Ibama e pelo Ministério Público “vinculam diretamente o requerido Romero Jatobá Cavalcanti Neto à propriedade e às atividades que resultaram nos danos ambientais”.
Além disso, para o magistrado, a alegação de “inexistência de provas robustas ou ilegalidade na produção probatória não se sustenta diante do conjunto de evidências documentais trazidas”.
O juiz também considerou que a existência dos danos ambientais “é incontroversa e está amplamente demonstrada pelos autos de infração, termos de embargo e apreensão, bem como pelos relatórios de fiscalização produzidos pelo Ibama”.
Com isso, o magistrado determinou que Romerinho Jatobá faça o seguinte:
Outro lado
Por meio de nota, Romerinho Jatobá disse que vai recorrer da decisão.
“A conclusão apresentada não condiz com os fatos já esclarecidos em diversas ocasiões: eu, Romero Jatobá Cavalcanti Neto, jamais fui proprietário de terras no Pará, não possuo rebanho bovino naquela região ou em qualquer outra, e nunca tive qualquer relação com a área mencionada”, informa a nota.
A nota também diz que a vinculação da propriedade ao nome do vereador decorreu de “busca equivocada no Google, que utilizou os termos ‘Romero’ e ‘Recife’, levando a uma associação indevida”.
A defesa vai pedir a anulação das autuações e afirmou, por fim, que o Ibama reconheceu que não houve aplicação de multa até o momento, pois os processos administrativos ainda estão em curso.
“Reitera-se a confiança de que, com a análise completa dos elementos apresentados, ficará comprovada a ausência de qualquer responsabilidade ou vínculo com os fatos descritos”, finaliza a resposta.
Leia menosO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) articula uma candidatura do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado por Santa Catarina em 2026. Na semana passada, o antigo chefe do Executivo ligou para a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) e comunicou a intenção de lançar o filho como um dos dois nomes do partido na disputa eleitoral.
“A ligação ocorreu após uma conversa do governador Jorginho (Mello) com o Bolsonaro. Ele me falou que seriam duas vagas do PL: uma escolhida por ele e outra pelo governador. Na minha cabeça, Carol de Toni seria escolhida pelo Jorginho, e o Carlos pelo Bolsonaro”, disse a parlamentar. “Conversei com o presidente mais uma vez depois da ligação e ele confirmou a possibilidade do Carlos disputar aqui no estado. Bolsonaro quem manda. Não está confirmado que será o Carlos, mas existe a possibilidade”. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisZanatta afirmou também que “sempre planejou a reeleição na Câmara” e quem citou o seu nome anteriormente para o Senado foi o ex-presidente.
Como mostrou a colunista do GLOBO Bela Megale, integrantes do PL relataram que Bolsonaro bateu o martelo sobre o futuro político do filho na semana passada ao garantir a aliados que Carlos vai concorrer a um cargo no Senado, mas por outro estado que não seja o Rio de Janeiro.
Outra possibilidade é que Carlos dispute uma vaga no Senado por São Paulo, caso Eduardo Bolsonaro seja escolhido como candidato à Presidência. No Rio, o nome do PL será Flávio Bolsonaro e a outra vaga está sendo disputada por membros do partido. Em 2026, cada estado vai eleger dois senadores.
A decisão de lançar Carlos para esse cargo faz parte do plano de Jair Bolsonaro de eleger o maior número de aliados possível na Casa, que tem a prerrogativa de realizar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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