Governistas tentam desengavetar projetos da bancada da bala e agronegócio, mas enfrentam resistência na Esplanada

Enquanto o Palácio do Planalto negocia a entrada no governo de PP e Republicanos, dois partidos do Centrão, uma ala do Executivo também se movimenta para desengavetar projetos de interesse de outras forças políticas que caminham longe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No segundo semestre, a ideia é limpar parte da pauta que travou no Senado e contemplar até mesmo propostas criticadas pela esquerda. Algumas delas atendem às bancadas ruralista e da bala.

As iniciativas não são unânimes na Esplanada, mas já contam com o “ok” de parte dos auxiliares próximos a Lula. São propostas como a que facilita o registro de agrotóxicos no Brasil, bem como a lei orgânica da Polícia Militar. Os temas interessam a adversários do PT nas últimas eleições, como a bancada da bala e a ruralista, fortemente identificadas com o bolsonarismo. As duas frentes ainda mantêm grande influência sobre partidos do Centrão e, diante do novo equilíbrio de forças que se desenha no Congresso, são importantes para garantir a governabilidade. As informações são do O GLOBO.

A lei orgânica da PM, que pretende criar normas gerais para as corporações, é a iniciativa que hoje tem mais consenso dentro do governo. O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse a auxiliares que tem como meta fazer com que o texto seja sancionado por Lula ainda em 2023. Apesar disso, os ministérios das Mulheres e do Meio Ambiente veem com preocupação alguns trechos, como possíveis limitadores para o ingresso de mulheres nos quadros da corporação e retirada de competências do Ibama. O governo deseja aprovar a iniciativa no Senado e evitar mudanças.

“Precisa avançar, não queremos ficar responsáveis por esse projeto ter que voltar para a Câmara (onde começou a tramitar). O governo vai ter seu momento para se posicionar, que é através do veto”, disse o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, sobre a possibilidade de suprimir alguns trechos da lei.

Diálogo “fértil”

A proposta começou a avançar no ano passado na Câmara e inicialmente retirava poder dos governadores sobre as corporações. Diante da resistência, o trecho foi suprimido pelo então relator Capitão Augusto (PL-SP). Dar apoio ao texto é uma maneira de o governo se aproximar das forças de segurança, uma das bases do bolsonarismo.

“A gente vem de um movimento de retomada do diálogo com as forças de segurança, que é bem fértil. Temos que dialogar com os comandantes-gerais, como fizemos segunda-feira, recebemos aqui [no Ministério da Justiça]” disse o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.

O texto da lei orgânica foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública em julho, com o parecer favorável do líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), que fez carreira como delegado da Polícia Civil. A redação foi encaminhada então para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e a expectativa é que seja aprovada pelo plenário da Casa. Em seguida, o texto será levado à sanção.

Também está na mira do Palácio do Planalto fortalecer o programa Habite Seguro, linha de financiamento de imóveis voltada para agentes de segurança criada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O programa é viabilizado pelo Fundo Nacional de Segurança Pública, que é responsabilidade do Ministério da Justiça. Auxiliares de Dino confirmam a intenção de ampliar a iniciativa, mas não há data prevista para a ideia ser anunciada.

A aproximação acontece ao mesmo tempo em que Lula edita decretos para restringir o acesso às armas de fogo. O movimento provocou insatisfação na bancada da bala, que já se movimenta para derrubar a ordenação jurídica elaborada pelo governo federal.

Em relação ao projeto que facilita o registro de agrotóxicos, há um ambiente mais dividido. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já disse ser a favor. Ambientalistas chamam o texto de “PL do Veneno”. Os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) resistem a flexibilizar o uso dos pesticidas.

Nas negociações, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem mantido conversas com Fávaro para levar o projeto ao plenário. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também tem participado de algumas reuniões da bancada ruralista e não tem sido um obstáculo.

Aliados do senador petista avaliam que a tendência é não se posicionar contra a votação do texto. Para Paulo Teixeira, porém, é preciso “banir alguns agrotóxicos”. Ele reconhece que o assunto não foi pacificado.

Busca de consenso

Em maio, Carlos Fávaro tentou baixar a tensão e se equilibrar entre as visões do governo. Após uma reunião com Pacheco, afirmou que todos no Planalto estão “na mesma pauta”.

“Vamos olhar os pontos, o que não é convergente e o que é possível ajustar e fazer uma análise técnica muito rigorosa. Ninguém é a favor de produtos cancerígenos”, disse.

Em fevereiro do ano passado, antes do período eleitoral, Marina Silva já classificava a proposta como um “ataque à saúde pública, ao meio ambiente e ao funcionamento das instituições”.

O cenário é diferente do planejado para o projeto de lei da regularização fundiária, batizado pelos críticos como “PL da Grilagem”, que terá forte oposição do governo caso avance no Senado.

O presidente da Câmara de Vereadores de Petrolina, Aero Cruz, assinou, na noite da última sexta-feira (28), a Ordem de Serviço para ampliação e modernização da Casa Plínio Amorim. O investimento é de aproximadamente R$ 5 milhões, que deve conferir à Casa o título de mais moderna e acessível do Estado. As obras iniciam nesta semana.

O evento contou com a participação do prefeito Simão Durando, do deputado federal Fernando Filho, do ex-senador Fernando Bezerra Coelho, do deputado estadual Antônio Coelho, além de autoridades e representantes de instituições e órgãos na cidade. Entre as principais intervenções estão: a ampliação do plenário, que aumentará sua capacidade de 95 para 130 pessoas, criação de 13 novas salas, novo auditório para 50 pessoas, ampliação de gabinetes, nova sala das comissões, novos banheiros e modernização de todos os espaços.

“Os vereadores, servidores e a população poderão contar com uma Casa Legislativa à altura, de acordo com o que o nosso povo merece. A terceira maior cidade do Estado terá a Câmara mais moderna e estruturada. Todos nós teremos orgulho disso”, reforçou o presidente da Câmara. 

Com a obra, a Casa também contará com toda estrutura para as pessoas com deficiência, inclusive um gabinete exclusivo. A Câmara também utilizará exclusivamente a energia solar, auxiliando assim na economia da conta de luz e reduzindo os impactos ambientais. “A sociedade é plural, dinâmica, e o Poder Legislativo precisa estar atento às mudanças e inovações, mas sem esquecer do que nos impulsiona: o bem-estar das pessoas”, finalizou Aero. A previsão de término é de um ano.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) divulgou neste sábado (29) o resultado final da Seleção Pública Simplificada SES-PE para gestores das Gerências Estaduais de Saúde (Geres) do Estado.

Porém, o resultado da XI Geres, com sede em Serra Talhada, Sertão pernambucano, foi cancelado atendendo a recomendação do Ministério Público de Pernambuco (2ª Promotoria de Serra Talhada, no Procedimento n° 02165.000.209/2023). A nova seleção para a regional será lançada em breve. As informações são do Sertão Noticias PE.

Sobre o processo seletivo

A seleção para gestores das 12 Gerências Estaduais de Saúde foi aberta no dia 4 de maio. Os postulantes precisaram cumprir alguns requisitos para concorrer ao cargo de gestor das Geres, como ter diploma de nível superior, experiência comprovada no Sistema Único de Saúde (SUS) e ocupação em cargo de gestão, na área da saúde, no setor público ou privado, nos últimos quatro anos.

Os gestores terão como atribuição planejar, organizar e coordenar as ações de saúde no âmbito regional, apoiando os municípios sob sua jurisdição com resolutividade e suficiência de serviços, na busca do fortalecimento das redes regionais de saúde e das políticas públicas.

O deputado federal Felipe Carreras (PSB) utilizou suas redes sociais para demonstrar apoio ao prefeito Sivaldo Albino (PSB), após ele anunciar que o Festival de Inverno de Garanhuns do próximo ano será realizado diretamente pela prefeitura, saindo das mãos do Governo de Pernambuco. Para Carreras, a decisão foi “corajosa e sábia”. 

“O FIG é o maior evento multicultural do Brasil. É um patrimônio dos garanhuenses e dos pernambucanos. Um festival que fomenta o turismo e a economia, gera emprego, renda e oportunidades. Tenho certeza que o próximo festival será o maior de todos os tempos. Ouvindo o povo e fazendo uma construção coletiva, o Festival de Inverno de Garanhuns, patrimônio do seu povo, voltará a ser como merece e ficará ainda maior”, escreveu.

Na sexta-feira (28), quando anunciou a realização do FIG 2024, Sivaldo Albino destacou o apoio do deputado Felipe Carreras que, de acordo com ele, tem sido “o maior parceiro da história de Garanhuns”. 

Governo de Pernambuco anuncia próximo FIG

Um dia após Sivaldo Albino comunicar que a prefeitura organizará o Festival de Inverno de Garanhuns do próximo ano, o Governo de Pernambuco anunciou a realização da próxima edição do FIG, já com as datas. O anúncio foi feito nas redes sociais do governo na noite deste sábado (29), penúltimo dia do FIG 2023.

De acordo com a postagem, o FIG 2024 irá acontecer de 18 a 28 de julho do próximo ano. 

O ex-governador Cid Sampaio com Braga Sá, coordenador da sua campanha ao Senado em 1978. A foto é do baú de Braga, eterno presidente do Caxangá Ágape Clube. Se você tem uma foto histórica e deseja vê-la postada neste quadro, envie agora pelo 81.98222.4888.

Um dia após o prefeito da cidade comunicar que a Prefeitura organizará o Festival de Inverno de Garanhuns do próximo ano, o Governo de Pernambuco anunciou a realização da próxima edição do FIG, já com as datas. O anúncio foi feito nas redes sociais do governo na noite deste sábado (29), penúltimo dia do FIG 2023.

De acordo com o post do governo estadual, o FIG 2024 irá acontecer de 18 a 28 de julho do próximo ano, na cidade localizada no Agreste pernambucano. Será o 32º festival, cuja edição 2023 termina neste domingo (30). As informações são da Folha de Pernambuco.

“Pode anotar na agenda e avisar aos amigos, que, mesmo antes do Festival de Inverno de Garanhuns 2023 chegar ao fim, o Governo de Pernambuco anuncia as datas do maior festival multicultural do Brasil do próximo ano. O #FIG2024 vai acontecer entre 18 e 28 de julho de 2024, aqui no friozinho de Garanhuns.”, diz o post.

A publicação segue: “Promovido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), o Festival de Inverno de Garanhuns é o principal evento do calendário cultural e turístico da cidade, movimentando o comércio e a cadeia produtiva do turismo. Por sua abrangência, é considerado um dos maiores festivais de múltiplas linguagens do Brasil”.

Prefeitura

Na sexta-feira (28), o prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), havia anunciado pelas redes sociais que, a partir do próximo ano, o Festival de Inverno de Garanhuns será realizado diretamente pela prefeitura.

Até agora, coube ao Governo do Estado a organização do evento, que existe há 33 anos e está em sua 31ª edição. Ele disse que deseja continuar contando com o apoio do Executivo estadual, mas vai buscar ajuda da iniciativa privada e do Governo Federal.

Ministros, governadores, senadores, deputados federais e estaduais de vários Estados estão confirmando presença no lançamento do livro “O Estilo Marco Maciel”, de minha autoria, pela CRV Editora, de Curitiba, no próximo dia 24 de agosto, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. De Pernambuco e Brasília, irão grupos de amigos e admiradores do ex-vice-presidente da República.

Aos que já confirmaram, uma excelente notícia: na sexta-feira, dia seguinte ao lançamento, haverá uma visita ao Museu do Amanhã, ponto do roteiro cultural do Rio já visto por 12 milhões de turistas. O local explora seis grandes tendências para as próximas cinco décadas: mudanças climáticas, alteração da biodiversidade, crescimento da população e da longevidade, maior integração e diferenciação de culturas, avanço da tecnologia e expansão do conhecimento. 

Seguindo essas diretrizes, tem uma exposição permanente, com museologia do designer Ralph Appelbaum e direção de criação de Andres Clerici. A mostra se divide em cinco áreas, cada uma delas derivada das perguntas que guiaram todo o processo criativo de produção do museu: “De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir?”. Essas perguntas deram origem às exposições Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós, respectivamente.

Além dessa exposição permanente, existem outras que podem ser visitadas nas diferentes salas do museu. A programação é variada, oferecendo exposições, oficinas e mostras de filmes, sempre com foco em ciência, no desenvolvimento sustentável e nas tendências para o futuro.

As exposições são inspiradoras, mas a própria estrutura do prédio já incita discussões. A construção é sustentável em todos os sentidos: desde a escolha dos fornecedores de materiais até o sistema de resfriamento que utiliza água filtrada da baía de Guanabara e depois a devolve ao mar, livre de resíduos.

As fundações do projeto começaram a ser feitas em 2010 e o prédio só foi inaugurado em 2015, custando um total de R$ 215 milhões. O diretor-presidente do Museu do Amanhã é Ricardo Piquet, pernambucano do Recife. Recentemente, ele recebeu o prêmio InRio Personalidades do Ano, concedido pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-RJ).

“Terei todo prazer e alegria de abrir as portas do museu para os que virão ao Rio prestar homenagem a Marco Maciel, ilustre pernambucano, que teve sua vida dedicada ao Brasil com enorme capacidade de construir pontes pelo diálogo, um homem inatacável”, disse Piquet. 

Quando estive no Rio, há um ano, comemorando meu aniversário na companhia da minha Nayla Valença, Ricardo Piquet nos recepcionou com um almoço em Copacabana. É uma figura incrível, apaixonado pelo que faz, com o coração dividido entre o Rio e Recife.

Picapes tiveram desvalorização de até 30,88%

O segmento de picapes nunca esteve tão movimentado no Brasil como nos últimos anos. Modelos de diferentes marcas e tamanhos foram lançados ou estão prestes a estrear no país em breve para agradar todos os perfis de consumidores. Para os usuários mais urbanos, há as picapes compactas e compactas-médias derivadas de automóveis. Esses modelos são construídos com estrutura monobloco e apostam na versatilidade da caçamba para atrair clientes – geralmente donos de SUVs – que procuram por um veículo que pode ser utilizado tanto nas tarefas cotidianas quanto em momentos de lazer.

As picapes médias, que utilizam o tradicional chassi de longarinas sob a carroceria e a caçamba, são procuradas pelos consumidores que necessitam de um veículo mais robusto, capaz de suportar o trabalho pesado sem abrir mão do conforto para os ocupantes. Por fim, as picapes de grande porte fazem parte de um nicho de clientes que querem se diferenciar com um veículo ainda mais sofisticado.

Geralmente importados da América do Norte, esses modelos são cultuados pelos fãs de picapes que desejam uma picape ainda mais potente e equipada com as mais avançadas tecnologias de assistências de condução, conforto e conectividade. De olho nesse segmento, a KBB Brasil fez um levantamento para verificar a variação de preços de todas as picapes vendidas no país durante o primeiro semestre de 2023.

Ram 3500 – O estudo considerou desde modelos 2021, que ainda estavam disponíveis como zero quilômetro em janeiro de 2023, até modelos 2024 para obter o ano/modelo mais recente capaz de ser calculado. A Ram 3500 LongHorn 6.7 turbodiesel 22/22 foi a picape que menos depreciou no primeiro semestre do ano. A maior picape vendida oficialmente no Brasil teve uma desvalorização de apenas -0,19% entre janeiro (0km) e junho (seminova) de 2023. Outros dois modelos da marca norte-americana também apresentaram pouca variação de preços no período: Ram 3500 Laramie 22/22 (-2,67%) e Ram 2500 Rodeo 21/21 (-4,01%).

Médias e compactas – Entre as picapes compactas-médias, a recém-lançada nova Chevrolet Montana Premier 1.2 turboflex 2023 sofreu uma desvalorização de apenas -0,21%. No segmento de picapes médias, a Toyota Hilux SR cabine dupla com motorização 2.7 flex automática apresentou uma surpreendente variação menor que a dos modelos a diesel: -1,90%. A menor variação entre as picapes compactas foi verificada na Volkswagen Saveiro Robust cabine dupla 1.6 flex 2022. O modelo depreciou -4,02% entre janeiro (0km) e junho (seminova).

A Nissan Frontier S 2.3 turbodiesel manual 4×4 ano/modelo 2022, por sua vez, foi a picape que mais desvalorizou (-30,88%) nos primeiros seis meses de 2023. De acordo com o levantamento, o preço médio do modelo caiu de R$ 238.700 (0km), em janeiro, para R$ 165 mil (seminovo), em junho.

Elétricos: quem é quem? – O mercado de veículos leves eletrificados no Brasil teve o melhor semestre da série histórica da ABVE, a associação que reúne os fabricantes desses modelos. Foram 32.239 emplacamentos de janeiro a junho de 2023 – o que representa um crescimento de 58% em relação ao primeiro semestre de 2022 (20.427), e se encontra muito próximo das vendas de todo o ano de 2021 (34.990). Só em junho, foram 6.225 emplacamentos – 53% acima de junho de 2022 (4.073). Foi o melhor mês de junho e o terceiro melhor mês de toda a série histórica, só superado por maio/23 (6.435) e setembro/22 (6.391). Com isso, a frota total de veículos leves eletrificados no Brasil chegou a 158.678 unidades, de janeiro de 2012 a junho de 2023.

  • HEV (Hybrid Electric Vehicle) – veículo elétrico híbrido convencional sem recarga externa da bateria;
  • PHEV (Hybrid Electric Plug-in Vehicle) – veículo elétrico híbrido com recarga externa (plug-in);
  • BEV (Battery Electric Vehicle) – veículo 100% elétrico com recarga externa da bateria (plug-in).

Os maiores percentuais de emplacamentos por município se encontram naqueles com alto valor de Produto Interno Bruto (PIB). São Paulo ocupa a primeira posição no ranking das cidades que mais emplacaram veículos eletrificados no 1º semestre de 2023, com 17,5% do total. Em segundo lugar, Brasília, com 6% – com destaque para o emplacamento de veículos elétricos BEV. Sozinho, o DF emplacou 356 unidades de 100% elétricos – igualando-se ao Rio e superando de longe estados como Minas Gerais.

Na região nordestina, Salvador (9º no ranking), emplacou 539 eletrificados (somadas todas as tecnologias); Fortaleza, 487; Recife, 467. Em Pernambuco, por exemplo, foram vendidos apenas 131 modelos 100% elétricos – provavelmente em função da (falta de) infraestrutura de eletropostos, por exemplo.

O microcarro Ami – O próprio presidente da Stellantis, Antonio Filosa, foi quem anunciou a novidade: a Citroën vai trazer para o Brasil (e outros países da América do Sul) o Ami, um microcarro elétrico. Ele tem capacidade para duas pessoas e velocidade máxima limitada a 45 km/h. Só não foi ventilada a data da chegada. Filosa também disse que o Ami não pode ser enquadrado como um carro de passeio e, sim, como um “mobility device” (numa tradução livre, um dispositivo de mobilidade). Ele é equipado com motor de 6kW, que proporciona uma autonomia de até 80 km. O modelo, aliás, tem seu próprio cabo, que pode ser conectado em qualquer tomada de 110 ou 220V, com recarga de 0 a 100% em menos de quatro horas. O Citroën Ami tem 2,41 metros de comprimento e 1,39 metro de largura.

Mais um elétrico na praça – O primeiro modelo da marca Seres, uma norte-americana com tecnologia e investimentos chineses, foi apresentado na semana passada em São Paulo. Compacto, o SUV urbano Seres 3 já pode ser encomendado pela internet pelos preços promocionais de R$ 220 mil e R$ 270 mil (blindado). Esses preços são válidos para as primeiras 10 unidades da versão blindada e 20 unidades da versão sem blindagem. Isso significa descontos de 8,3% e 15,6% em relação aos valores de tabela (respectivamente, R$ 240 mil e R$ 320 mil). Fabricado na planta de Liangjiang, na China, o Seres 3 possui motor elétrico com 120 kW (163cv) de potência. A bateria de lítio com 52,7 kW de capacidade proporciona autonomia que varia de 405km a 300km, dependendo da homologação do ciclo. O tempo de carregamento de 20% a 80% é de 30 minutos em estações de alta potência; o carregamento de 0 a 100% na potência de 6,6 kW é feito em 8 horas. Os números de desempenho são 8,9 segundos para a aceleração de 0 a 100 km/h e 160 km/h de velocidade máxima.

Volvo Car cresce 70% no semestre – Pioneira em eletrificação, a Volvo Car Brasil é hoje a marca premium que mais vende carros eletrificados no Brasil. Somente neste primeiro semestre de 2023 foram 4,3 mil novos Volvo híbridos e elétricos rodando nas ruas do país. Este número representa um crescimento de 72% nas vendas da marca, comparado ao mesmo período de 2022. A Volvo apostou na eletrificação total de seu portfólio em 2021. Hoje, ocupa o primeiro lugar em vendas de carros eletrificados no Brasil, com 29% de participação total no mercado de híbridos e elétricos plug-in. Os híbridos XC60 e XC90, possuem, juntos, 27,6% de participação total no segmento de carros plug-in. Esta representatividade é ainda maior considerando apenas os modelos premium, onde a marca lidera com mais de 44% de share. O XC60 é o carro híbrido plug-in mais vendido do segmento Premium, com 35% do total de mercado. Já na opção 100% elétrica, o Volvo XC40 é a grande estrela da marca e mantém a liderança em vendas desde seu lançamento, detendo, sozinho, mais de 42% do mercado de luxo.

Comércio global – As vendas mundiais de veículos leves em todo o mundo, nos primeiros seis meses de 2023, chegaram a 42,7 milhões – 10,7% a mais do que no mesmo período de 2022. Os dados mostram que a indústria não enfrenta mais problemas relevantes de abastecimento e logística que prejudicaram a produção durante a pandemia. Essa taxa de crescimento mostra uma estimativa de 93 milhões de unidades vendidas no mercado global no ano, número próximo ao da pré-pandemia. A China, maior mercado do mundo, alcançou em junho seu melhor resultado mensal, com 2,52 milhões de unidades negociadas, superando o resultado de maio (2,5 milhões).

Exportações da Toyota – A liderança entre as montadoras para as exportações de automóveis no primeiro semestre do ano ficou com a Toyota do Brasil. Ela despachou 49.241 unidades dos modelos Etios, Yaris e Corolla Cross, fabricados em Sorocaba – além do sedã Corolla, de Indaiatuba. Segundo Rafael Chang, presidente da marca no Brasil, o número de exportações traz benefícios para o país, impulsionando a produção e promovendo o crescimento do emprego local. Além disso, as exportações também contribuem para a entrada de divisas estrangeiras, fortalecendo a economia brasileira. “Aqui também vale frisar que, ao exportarmos tecnologia de ponta, especialmente no campo da eletrificação. Estamos orgulhosos de que nossa tecnologia híbrida flex, uma inovação nascida no Brasil, está sendo reconhecida e adotada em mercados internacionais”, celebra Chang.

Corpo (e alma) do Bandeirante? – O site Motor1 divulgou imagens da nova geração do icônico Land Cruiser, agora para a versão Prado. Ele terá visual retrô, inspirado nos clássicos Bandeirante que circulam há décadas no interior do Brasil. A apresentação mundial do modelo está programada para esta semana, dia 1º. O formato quadradão, que o deixa mais charmoso, usa elementos retangulares – como o formato dos faróis, da moldura das luzes de neblina e das linhas gerais do para-choque. O novo Toyota Land Cruiser deve ser equipado com motor V6 3.4 litros, que entrega 354 cv. Também pode ter uma versão híbrida com potência de até 443 cv, segundo a imprensa norte-americana.

Ford financia projeto da Ufal – O Ford Fund, braço filantrópico da Ford, anunciou os oito times de universitários vencedores do Ford C3 (Ford College Community Challenge) deste ano. Os selecionados vão receber um investimento de US$ 2,5 mil para desenvolver projetos sociais em diferentes regiões do país. A 9ª edição do Ford C3 – Building Sustainable Communities tem como foco apoiar projetos que abordam as principais questões de Diversidade & Inclusão em cinco macrotemas: gênero, raça, deficiência, idade, orientação sexual ou identidade de gênero. Um dos selecionados é Eleva, da Universidade Federal de Alagoas (/Ufal). Criado em 2022, ele é voltado à capacitação e valorização de mulheres empreendedoras, cis e trans, para geração de renda. O grupo criou uma metodologia para o desenvolvimento de negócios que passa por quatro etapas: identificação, identidade do negócio, vendas e acompanhamento. Ao longo de todas elas, as participantes recebem capacitação teórica e prática.

Novo Classe A 200: R$ 345 mil – A Mercedes-Benz já pôs nas lojas a versão hatch do novo Classe A 200 AMG Line – que ganhou um tapa no visual e motorização eletrificada, capaz de gerar 163 cv. O carro é chamado híbrido leve por conta de um sistema elétrico adicional de 48 volts. A transmissão é automática de sete velocidades. Internamente, o padrão de luxo da Mercedes, com revestimentos de couro e tecidos feitos de materiais reciclados. De destaque, os sistemas com duas telas independentes de 10,25 polegadas com informações do automóvel, de conectividade e de entretenimento.

Placa antiga de volta? – Trocou de carro e substituiu a placa pela nova, padrão Mercosul? Prepare-se: tem parlamentar querendo trazer de volta a antiga. Projeto de lei que está tramitando no Senado, de autoria do senador Esperidião Amin (PP/SC), prevê o retorno daquelas que tinham o nome da cidade e estado de registro – informações que, segundo ele, são necessárias para identificar infrações e outros crimes relacionados ao trânsito. A proposta está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) à espera de um relator. As novas placas foram adotadas em 2019, após ser adiada por seis vezes devido a disputas judiciais. Com fundo pintado na cor branca, o tipo de veículo é identificado pela cor da fonte: a pintura preta é utilizada para veículos de passeio, a vermelha para veículos comerciais, a azul para carros oficiais, a verde para veículos em teste, a dourada para os automóveis diplomáticos e a prateada para os veículos de colecionadores. No modelo antigo, a placa tinha a cor do fundo cinza. O novo modelo de placa padrão Mercosul conta ainda com itens de segurança, como um QR code presente no canto superior esquerdo, que dificultaria clonagens e falsificações.

Antifurto: saiba qual usar – Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que o país registrou um aumento de 8% nas ocorrências de roubos e furtos de carros em 2022, quando comparado com o ano anterior. Foram registrados mais de 373 mil casos ao longo de todo o ano, o que dá mais de mil por dia. Mas o que fazer para evitar uma situação dessas? Quais mecanismos podem ser utilizados para aumentar a segurança do veículo? De acordo com Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional Guarulhos, um dos mais comuns é o alarme – que é acessível e chama bastante a atenção quando acionado. “Existem diversos tipos de alarme hoje em dia. Os mais usados são os que emitem aviso sonoro diante da tentativa de abertura das portas, da presença de pessoas no interior do veículo e tem até com sensor de movimentação, no caso do veículo ser guinchado, por exemplo”.

Rastreador – Outro recurso bastante usado, inclusive pelas seguradoras pela sua eficiência, é o rastreador. Com eles, os proprietários conseguem acompanhar remotamente a movimentação do veículo e têm acesso a um histórico desde o momento do roubo até ele ser encontrado. A instalação costuma ser feita em local sigiloso e, se por um lado, o rastreador costuma ser mais barato que o valor de um seguro, por outro, quando o carro é vendido, o dispositivo precisa ser retirado.

Bloqueador – Outra opção são os bloqueadores, que cortam o combustível ou a corrente elétrica, então por mais que o veículo saia do lugar, em poucos metros, ele vai parar de funcionar devido a ativação do sistema antifurto, que pode ser até pelo celular.

Trava – Uma alternativa bastante conhecida e popular é a trava para volante, que pode ser facilmente instalada pelo próprio motorista e fica entre o volante e os pedais com o objetivo de travar o movimento do carro. Este é um item barato e quanto mais chamativo, melhor, assim já inibe a ação criminosa. “É claro que o seguro é quase que obrigatório para quem mora nas grandes cidades, mas os itens de segurança adicionais também ajudam bastante e quando podem continuar no carro no momento da venda, ainda agregam algum valor adicional”, ressalta o superintendente.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.