Do blog do Irineu Tamanini
O saudoso jornalista Mario Eugênio agitava a redação do Correio Braziliense. Ele adorava quando chegava para escrever os seus artigos o cientista político, professor e pesquisador na área do Direito, Vamirech Chacon. De terno, cabelos brancos, todo sério, Vamirech entrava na redação e o Mário começava a cantar a música tema do seriado Bat Marsterson (e a redação inteira o acompanhava). No velho oeste ele nasceu e entre bravos se criou… E aí vinha o refrão: Vamirech Chacon, Vamirech Chacon…
Em outra oportunidade, Mário estava atacado. Vamirech sentado, escrevendo um artigo. De repente, Marão se posiciona atrás da cadeira onde estava Vamirech. Dá um pulo, se coloca entre as costas do Vamirech e a cadeira e grita: Vamirech, nascido em Recife, se eu te pego transformo você em uma tábua de pirulito. O pior é que o cientista queria se livrar do Mário, mas ele não soltava. A redação parou. Ninguém conseguia trabalhar. A gargalhada foi geral e demorada.
Leia maisVamirech Chacon nas “pretinhas”
Quando tinha uns 15 anos, fiz o curso de datilografia no curso TED (a sigla significava Tempo é Dinheiro), no Rio de Janeiro. No início, o teclado e a caixa de madeira que colocavam para o aluno não ficar olhando as teclas, me deixavam quase doido. Foi difícil, mas aprendi a escrever com os dez dedos.
Quando iniciei minha carreira de repórter no Correio Braziliense, em maio de 1976, ficava espantado com a forma de escrever na máquina do cientista politico Vamirech Chacon. Ele usava apenas o dedo indicador da mão direita para escrever os seus textos. E, o mais interessante, ficava de língua de fora enquanto usava as “pretinhas” (apelido das nossas antigas máquinas de escrever).
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