“Vai ter 40 mil pessoas no campo”, diz presidente da FPF em áudio vazado sobre a final do Nordestão na Ilha do Retiro

Portal NE45

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, afirmou que a Ilha do Retiro receberá um público de 40 mil torcedores na final do Nordestão entre Sport e Ceará, hoje, às 21h. A frase foi dita em um áudio vazado sobre a promessa de ingressos do jogo aos filiados da FPF e empresas parceiras.

“Rodamos ingressos a mais. Foi além da capacidade do estádio. Vamos ter 40 mil pessoas no campo apesar de caber 26 (mil). Mas não tem jeito. Porque a gente não consegue atender a demanda que tem. A partir das 13h todo mundo pega. Você, o pessoal do interior…expliquei para a polícia que não tem o que fazer”, assumiu Evandro Carvalho. Ouça o áudio vazado abaixo:

O presidente da FPF ainda lamentou o fato de o jogo ser na Ilha do Retiro. Na sequência, ele voltou a reafirmar que o jogo terá um público maior do que a capacidade permitida do estádio (26.345 pessoas) e que a polícia está ‘possessa’ com a decisão.

“O Sport pega um jogo desses e em vez de colocar na Arena bota na Ilha. F…todo mundo. No Pernambucano a gente faz a festa. Se fosse na Arena, fazia de novo. Mas o Sport bota o jogo na Ilha do Retiro. Aí detona todo mundo. Não tem como. A polícia está possessa porque diz que são 26 mil e vamos colocar 40 (mil)”, completou.

O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, nomeou o professor, biólogo e ambientalista com especialização em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fábio Barros, para o cargo de superintendente Federal da Pesca e Aquicultura no Estado de Pernambuco. 

Fábio foi secretário de Meio Ambiente da cidade do Paulista, onde implantou toda legislação ambiental do município, que se tornou na época, referência em licenciamento, monitoramento e fiscalização. Ainda em Paulista, foi secretário de Desenvolvimento Urbano. Em nível estadual, foi secretário Executivo do Trabalho, Qualificação e Emprego de Pernambuco.

“Agradeço a confiança do Ministro André de Paula. Sei da importância da recriação do Ministério da Pesca e Aquicultura para o Brasil e em especial para Pernambuco. Por orientação do ministro, vamos trabalhar em conjunto com os municípios e o estada, além da área acadêmica, priorizando a sustentabilidade da pesca artesanal e a expansão da aquicultura”, disse Fábio Barros, acrescentando que “a pescado representa um importante ativo na geração de renda e no combate à fome”. 

O novo superintende afirmou, ainda, que “a pesca artesanal, pela sua significância, precisa de uma atenção especial devido aos impactos ambientais, incluindo as mudanças climáticas. Já aquicultura pode levar oportunidade de negócios para o interior, em especial, para a agricultura familiar, garantindo o abastecimento de alimentos baratos e saudáveis”. 

Ele garantiu que não vai deixar de focar na indústria da pesca. “Além de empregar muita gente, o setor representa um importante pauta de exportações do nosso estado. O retorno da pesca como prioridade de política pública vai trazer enormes ganhos e oportunidades para Pernambuco”, concluiu Fábio Barros.

Na política, Fábio Barros foi deputado federal, vereador por três vezes na cidade do Paulista, presidente da Câmara Municipal e, nas eleições de 2020, foi candidato a prefeito.

Conselheiro do Tribunal de Contas de Pernambuco por 33 anos, o ex-deputado Carlos Porto acabou de antecipar seu pedido de aposentadoria. Com isso, a corte estadual de contas terá mais uma vaga a ser preenchida, além da de Teresa Dueire, que se aposenta em julho. O mais cotado para a vaga de Porto é o seu filho, o advogado Eduardo Porto.

Caro Magno,

Fiquei feliz em ler sua postagem que menciona meu saudoso amigo Honorato Leitão. Nos conhecemos em 2000, em um movimento político do Sport Club do Recife, que se chamava: “Movimento Muda Sport”.

Honorato era um animal político com vocação para articulações de bastidores. Desempenhou seu mister igual ao da política partidária no Sport.

Convivemos, semanalmente, até a sua precoce morte, em 2010, causada por seu tremendo vício no cigarro.

Sinto muitas saudades de sua voz inigualável me perguntando: “E aí, qual é o boato”?

Quando fui candidato a vereador em Olinda, muito jovem, com vinte e poucos anos, ele me disse durante uma farra no antigo restaurante “Costureira”:

– “Léo, na política se entra por causa dos amigos e não saímos por conta dos inimigos”.

Frase que, além de falar, escreveu em um guardanapo que guardo com muito carinho.

Viva Honorato Leitão! 

Pedro Leonardo Lacerda – advogado

Bombeiros civis de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, apresentaram, ontem, ao presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto (PSDB), ofício com solicitação para que a Lei Federal nº13.722 seja cumprida no estado.

A lei estabelece como obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino público e privados de educação básica e de empreendimentos de recreação infantil. De acordo com os bombeiros, o cumprimento da lei poderia abrir oportunidade para que eles atuassem como capacitadores.

O grupo faz parte da primeira turma de formação de bombeiro civil do Projeto Amigo 10, entidade idealizada e comandada pelo vereador de Camaragibe Toninho (PP), que acompanhou os profissionais durante a audiência na Alepe.

De acordo o vereador, é importante que a lei seja posta em prática para que professores e funcionários se habilitem a prestar socorro em situações emergenciais e os bombeiros civis possam dispor desse segmento para atuar. Toninho informa que a primeira turma formou 68 profissionais. A segunda, em andamento, conta com 223 alunos.

Porto, cujo mandato que tem sido parceiro do Amigo 10, afirmou que dará encaminhamento ao pleito e que está sempre à disposição das iniciativas do projeto presidido por Toninho, em Camaragibe.

Foi-se o tempo em que os deputados disputavam a benção do Palácio do Campo das Princesas para alçar cargos importantes. A eleição para as duas vagas ao Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) comprova esta tese e a nova realidade política do estado.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) defendeu que o espaço feminino seja mantido, após a saída da conselheira Teresa Dueire, que se aposentará em breve. Além dela, o conselheiro Carlos Porto antecipou sua aposentadoria, abrindo assim duas vagas na corte. Ambas serão preenchidas por escolha da Assembleia.

Para se candidatar, é preciso reunir dez assinaturas, o que a deputada Débora Almeida, do PSDB e candidata da preferência de Raquel, sequer conseguiu ainda. O que só demonstra que o Palácio e a Casa de Joaquim Nabuco estão separados por mais que uma ponte com nome de princesa.

Pelas articulações, uma das vagas é tida como certa para Eduardo Porto, filho de Carlos Porto. Para a outra, há interessados como os deputados Rodrigo Novaes (PSB), Joaquim Lira (PV) e Kaio Maniçoba (PP), e até o federal Guilherme Uchôa Júnior (PSB). Todos com favoritismo maior que o de Débora.

A crise política entre Alepe e Governo já começou na eleição da Mesa Diretora, quando Raquel sinalizou para Antônio Moraes (PP), que acabou engolido pelo presidente Álvaro Porto e teve que sair da disputa. Mesmo sendo correligionário de Raquel, Álvaro se elegeu sem o apoio dela, o que praticamente exterminou os tentáculos do Governo e deu independência à Alepe. O sofrimento para a aprovação de um empréstimo de R$ 3,4 bilhões é decorrência deste clima ruim, que também passa pelo atraso de Raquel em nomear indicados dos deputados.

A corda seguirá esticada e Débora aparentemente será só mais uma a sofrer com a falta de tino político da mandatária, que teima em não ouvir alertas de que a Alepe não é comigo a Câmara de Vereadores de Caruaru, a qual ignorou por quase seis anos enquanto prefeita e sofreu todo tipo de desgastes. Não há amadores do outro lado da ponte, mainha!

A Polícia Federal apreendeu os celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa em que os dois moram, em Brasília, na manhã de hoje.

Bolsonaro ainda terá que depor hoje à PF, sobre a suposta prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde. Na mesma operação, batizada de “Venire”, a PF também prendeu o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Pela segunda vez, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), alertou, ontem, o presidente Lula quanto à instável base do Governo no Congresso. O encontro se deu pela manhã, antes da tentativa de se colocar em votação o projeto de combate às fakes news, que acabou não entrando em votação justamente porque Lira não se convenceu de números suficientes para a sua aprovação.

Lira evitou um vexame do Governo, que sairia derrotado. Coube ao relator da proposta, Orlando Silva (PCdoB-SP), recomendar ao presidente da Câmara a retirada da pauta. “Especulamos alguns caminhos alternativos para que a lei tenha algum mecanismo de fiscalização que possa cumprir a lei”, disse Silva. “Nós não tivemos tempo útil para analisar todas essas sugestões”, completou.

O que, na verdade, está ocorrendo na base do Governo? Falta de votos pela insatisfação de uma penca de deputados pelo tratamento do Governo. Enquanto o presidente Lula não nomear os cargos de segundo escalão pendentes e liberar bilhões em emendas parlamentares pendentes, o que se diz no Congresso é que nada será aprovado.

O Governo tem pela frente grandes desafios que dependem de uma maioria folgada na Câmara e no Senado, como as PECs da reforma tributária e do arcabouço fiscal. Lira disse a Lula que a liberação de verbas do orçamento federal é mais efetiva do que a distribuição de cargos para a formação de uma base parlamentar forte no Congresso.

Em entrevista ao jornal O Globo, no último fim de semana, Arthur Lira reclamou da atuação do ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha. Lula entendeu como um pedido público da cabeça do ministro ao qual não pretende abrir mão. O presidente da Câmara cobrou agilidade também na nomeação do restante do segundo escalão federal.

Isso também está emperrando a pauta no Congresso. A bancada nordestina tem cobrado as nomeações dos comandantes da Sudene e da Codevasf. Segundo circula na bancada pernambucana na Câmara, no caso na Sudene Padilha ainda não decidiu porque não quer contrariar o senador Humberto Costa, mas também não pode atender tudo que ele pede.

O senador, além da Sudene, está pleiteando a nomeação do dirigente da Hemobrás, cuja sede fica em Goiana, na Zona da Mata. E fala-se também em outros cargos. Até agora, entretanto, o PT não conseguiu nomear ninguém no Estado, com exceção da nova dirigente da Fundação Joaquim Nabuco, ligada à senadora Teresa Leitão.

Fernando Caruso, ator, roteirista e comediante, disse certa vez que o que nos faz rir é um mistério. Como ele, todos que levam a vida a nos fazer rir tem uma teoria sobre o funcionamento do humor. Na política, parece que Miguel Arraes tinha todas. Aplicou em vida um humor, muitas vezes ácido, mas extremamente perspicaz.

Parecia uma técnica, um dom, um poder, provavelmente uma terapia para sobreviver num campo tão perverso. Roberto Magalhães já disse que a política é diabólica. Arraes resistia às pancadas em grande parte exercitando a sua veia humorística. Contava piadas, causos históricos e se divertia.

Alguns amigos mais próximos também o faziam rir e enriquecer o seu anedotário. Ex-prefeito de São Vicente Férrer, na Zona da Mata, Honorato Leitão integrava esse grupo seleto. Arraesista histórico, morreu em 2010 aos 65 anos, mas deixou filhos na vida pública.

Gustavo Melo, um dos seus filhos, presidiu a Ceasa; Gabriel Leitão, também herdeiro, é presidente da Csurb, no Recife, e Guilherme Leitão assessora o deputado Felipe Carreras, líder do PSB na Câmara dos Deputados. Mas nenhum deles tem no sangue a picardia do pai.

Honorato, na verdade, era um frasista sensacional. Suas tiradas são conhecidas dentro e fora do poder. Até os passarinhos que gorjeiam nos jardins do Palácio das Princesas ouviram a sonora gargalhada que Arraes deu num episódio que é do conhecimento de muitos políticos, principalmente os mais próximos ao PSB.

No terceiro e último Governo Arraes, o mito já enfrentando um terrível desgaste, assiste, sem reação, a uma verdadeira revoada de prefeitos e lideranças em direção ao palanque da União por Pernambuco, que elegeu Jarbas Vasconcelos governador nas eleições de 98.

Revoltado, com a bílis espumando pela boca, Honorato Leitão adentra no gabinete de Arraes e começa a reclamar da traição dos prefeitos oportunistas, que juravam amor eterno a Arraes. De repente, sapeca a frase: “Doutor Arraes, está na hora de criarmos a Secretaria da Perseguição Política. E digo mais: estou apto a ocupar a função com denodo e devoção”.

A gargalhada de Arraes assustou até os patos e gansos que povoam os jardins das Princesas.

Do G1

A Polícia Federal faz buscas, na manhã de hoje, na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.

Jair Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda hoje na Polícia Federal em Brasília. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal.

Até as 8h20, policiais seguiam no condomínio onde o ex-presidente mora desde que voltou ao Brasil, em março.

Qual o motivo da operação?

A corporação investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid”, diz a Polícia Federal.

Quais dados foram forjados?

A TV Globo e a GloboNews apuraram que teriam sido forjados os certificados de vacinação:

  • do hoje ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • da filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos;
  • do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.

Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.

A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Quem foi preso?

Até as 7h, todas as prisões já tinham sido cumpridas. A TV Globo apurou os nomes de quatro dos seis presos:

  • o coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
  • o policial militar Max Guilherme, que atuou na segurança presidencial;
  • o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro;
  • o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.