Morreu, há pouco, no Recife, o ex-deputado Fernando Pessoa. Ex-presidente do Sport, foi também procurador de Justiça do Estado e teve uma relação histórica com as forças históricas de esquerda, entre as quais Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos.
Morreu, há pouco, no Recife, o ex-deputado Fernando Pessoa. Ex-presidente do Sport, foi também procurador de Justiça do Estado e teve uma relação histórica com as forças históricas de esquerda, entre as quais Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos.
A estatal ucraniana Antonov suspendeu as negociações para iniciar a produção de aviões no Brasil em razão das recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra da Ucrânia. As informações são do portal CNN.
Representantes no Brasil da estatal já haviam manifestado interesse de abrir uma fábrica em dois estados: São Paulo e Paraná. O investimento previsto seria de US$ 50 bilhões com geração de 10 mil empregos diretos e indiretos.
Leia maisO plano de negócios incluía a construção de uma planta industrial de 70 mil metros quadrados, transferência de tecnologia e uma pista de testes de ao menos 2.400 x 50 metros em um cronograma estimado em cinco anos.
A empresa passou a buscar alternativas fora da Europa justamente em razão da guerra. O Brasil foi escolhido como local possível porque os ucranianos consideraram que o país era neutro, o que mudou na última semana quando seus representantes informaram que as negociações estavam suspensas pelas declarações de Lula de que a Ucrânia também era responsável pela guerra.
Os ucranianos passaram, então, a ter dúvidas se seriam bem recebidos no Brasil e suspenderam as tratativas. O governo de São Paulo foi oficialmente informado da nova posição na semana passada. Claro que a companhia não descartou de vir ao Brasil e ela gostaria que fosse oficialmente formalizada o quão bem-vinda ela é aqui.
Procurada, a empresa confirmou as informações por meio de seu representante no Brasil, o advogado Eduardo Kuntz, que destacou que a Antonov aguarda que o governo federal e o estado De São Paulo possam formalizar o legítimo interesse em receber a companhia por meio de um documento oficial, capaz de desfazer qualquer mal-entendido e esclarecendo as possibilidades de cooperação bilateral.
Leia menosSe Deus não o tivesse levado há cinco meses, de falência múltipla dos órgãos e velhice, para se adequar ao lugar comum, meu pai Gastão Cerquinha teria soprado, hoje, 101 velinhas. Como sinto saudade. Quanto mais o tempo passa, mais cresce a saudade dele. A saudade é emoção do espaço, tem a ver com o longe, a impossibilidade do abraço.
Quando a separação de quem a gente ama acontece, a saudade penetra como uma lâmina, instantaneamente. Dói muito. A perda do pai nos ensina o valor do tempo. Valorizar a palavra não dita, a compreensão não exercida, o convite abandonado sem resposta para momentos inesquecíveis, como um papo bem divertido, um vinho saboroso degustado sob a luz da lua.
Leia maisA maior marca do meu pai, dentre tantas, foi a forma do tratamento dado por ele aos filhos. Foi um pai presente e pai presente é como a luz que guia o peregrino durante sua longa jornada. A mim e aos meus oito irmãos – Tarso, Zeza, Fátima, Ana, Marcelo, Augusto, Gastão Filho e Denise – ajudou a escolher o melhor caminho, ofereceu o conforto, deu calor para espantar o frio, abrigo e segurança nos momentos mais difíceis da vida.
Foi não apenas pai, mas também o melhor amigo, nosso mestre, o grande amor das nossas vidas. Meu pai foi um homem como nenhum outro. Ao casar e pôr no mundo seu primeiro filho, vendeu banana na feira livre de Afogados da Ingazeira, para fugir do azedume da sapataria do seu pai, meu avô Augusto Cerquinha.
Nunca mais deixou o comércio: abriu padaria, miudezas em geral, comprou fazendas, criou gado e caprinos, ganhou muito dinheiro loteando terrenos e vendeu até loterias, tudo para dar o direito aos filhos do acesso à educação. Foi servidor público federal, vice-prefeito, vereador e escritor. Lançou três livros retratando a sua terra e seus personagens.
Com o suor de toda essa trabalheira, nos alimentou, lutou por nós, nos segurou para nos livrar das agruras da vida, gritou conosco, nos beijou, mas o mais importante: nos amou incondicionalmente. Lá do céu, sei que está olhando por mim, por meus irmãos e nos dando força, como sempre fez a vida inteira.
Hoje o céu está em festa, porque Deus coloca em seus braços um homem generoso e maravilhoso. O melhor pai que eu poderia ter. É muito triste quando se perde um pai, mas a saudade se transforma numa saudosa sensação de que ele nos deixou no caminho certo. Com certeza, lá de cima está feliz por nos ver bem.
E aqui embaixo, vou driblando a saudade, mas com a mesma chama, mais acesa do que nunca, de que meu pai sempre foi e será para sempre a minha razão de viver. Suas lições de vida continuam levadas a cabo com fidelidade, sendo motivo para todos os dias, ao levantar da cama, enfrentar a vida com a sabedoria e simplicidade dele. Um amor que me faz mais forte e me ensina a ser alguém melhor.
Leia menosDo G1/PE
Subiu para 14 o número de vítimas que ficaram feridas durante o acidente ocorrido no início da tarde de hoje, na BR-408, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. Ao todo, 15 veículos, incluindo seis caminhões, se envolveram no acidente. Foram três colisões, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Alguns dos veículos pegaram fogo.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu nove homens, que foram levados para unidades de saúde da Região Metropolitana do Recife. Outras duas pessoas feridas foram retiradas do local por moradores da região.
Leia maisDas pessoas socorridas pelo Samu, quatro foram encaminhadas para o Hospital da Restauração. Segundo a unidade, os pacientes deram entrada em estado grave. Um foi encaminhado diretamente ao bloco cirúrgico, enquanto os outros três passam por exames.
Além desses feridos, o Samu socorreu também:
Já o Corpo de Bombeiros disse que socorreu outras três vítimas que ficaram presas às ferragens. Foram elas:
Alguns dos veículos envolvidos nas colisões pegaram fogo, o que levou à interdição total da rodovia. As batidas aconteceram às 12h15 no quilômetro 102,8 da BR-408, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar socorro aos feridos. Um helicóptero da PRF também foi usado para o resgate dos feridos.
O que diz a PRF
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A apresentação do secretário estadual de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fabrício Marques, sobre os 3,4 bilhões em empréstimos que o Governo de Pernambuco pretende contrair manteve sem resposta questões essenciais, como a destinação de cerca de US$ 300 milhões desse montante.
A avaliação é do líder do PSB na Assembleia Legislativa (Alepe), deputado Sileno Guedes. Segundo o parlamentar, o representante da gestão de Raquel Lyra (PSDB) teve boa vontade em responder perguntas, mas repisou o discurso da tucana sobre um suposto desequilíbrio fiscal herdado do governo anterior.
Leia maisA audiência com o secretário ocorreu durante reunião conjunta das comissões de Constituição, Legislação e Justiça, Finanças, Orçamento e Tributação e Administração Pública da Alepe. Com exceção de US$ 200 milhões a serem destinados para a segurança pública e de US$ 90 milhões previstos para o saneamento rural, a maior parte do montante de R$ 3,4 bilhões tem destino incerto, uma cobrança praticamente unânime entre todos os deputados que se manifestaram. Também foi apontada a necessidade de acrescentar ao texto do projeto de lei enviado pelo Poder Executivo o impedimento de uso desses recursos para outras finalidades, como o custeio da máquina pública, o que deve ser ajustado por meio de emendas dos deputados.
“Seria muito importante nós ouvirmos se já tem alguma linha que o governo pretende adotar para esse saldo que não teve a destinação detalhada. O atual governo repete a mesma retórica, mas a governadora só tem condições de pedir esse empréstimo porque houve um esforço enorme da gestão anterior. Eu queria, inclusive, parabenizar a equipe econômica do governo passado, que soube fazer o dever de casa que agora está propiciando à governadora pedir esse empréstimo dentro das condições da certificação da Capag B. Sou a favor do empréstimo. Estamos aqui para ajudar Pernambuco, mas me sinto muito incomodado em não saber qual é o destino desse saldo, porque nada nos foi apresentado sobre o que se pretende fazer”, afirmou Sileno.
Leia menosPor Rudolfo Lago*
Somente se o Brasil resolver de vez dar um mergulho profundo rumo à Matrix, poderá prevalecer após a CPMI dos Atos Golpistas a versão que querem os oposicionistas de que o governo Lula foi leniente e conivente e deixou que acontecessem as depredações dos três principais prédios da República.
Qualquer uma das pombas que habita o pombal da Praça dos Três Poderes (e que provavelmente voaram para longe dali naquele dia fugindo da confusão) sabe que aquela turma de verde e amarelo era a mesma que estava há meses acampada em frente ao Quartel General do Exército. O pipoqueiro que nos fins de semana fica ali no QG em frente à Praça dos Cristais sabe muito bem que o Exército posicionou dois tanques na entrada da rua para impedir que a Polícia Militar já então comandada pelo interventor Ricardo Capelli ali entrasse para prender os golpistas que, depois da arruaça, para ali teriam voltado. Todos nós sabemos do posicionamento ideológico dos empresários que financiaram tudo isso. Todos nós ouvimos os diversos discursos do ex-presidente Jair Bolsonaro estimulando a desconfiança sobre o sistema eleitoral brasileiro e o resultado das eleições.
Leia maisEnfim, reverter de tal forma a impressão da sociedade sobre o que aconteceu é algo improvável. Mas, como já dissemos por aqui, não é algo de todo impossível. Nas bolhas do mundo digital, a verdade virou, como dissemos, uma questão de escolha. Ali, como no filme Matrix, escolher o que é real ou não vai depender da cor da pílula que se tome.
Dito isso, é inevitável avaliar que o governo, ainda que ao final tenha todas as condições de vencer a corrida que vai se iniciar a partir da leitura do pedido de CPMI, largou muito mal. Primeiro, porque fez uma avaliação errada e nem queria correr. Segundo, porque quando viu que a corrida era inevitável, posicionou no grid o seu carro às pressas. Improvisa agora a preparação que encontra do outro lado o bólido oposicionista afinado e pronto.
E, finalmente, porque de fato as imagens que tornaram a instalação da CPMI inevitável são mesmo muito complicadas e deixaram o governo perplexo. O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência general Gonçalves Dias pode ter razão ao reclamar que as primeiras imagens da sua presença no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro foram editadas. Pode ter razão ao questionar por que os rostos dos demais integrantes do GSI estavam inicialmente borrados e o seu não. Mas o problema é que, mesmo após a divulgação completa das imagens das câmeras de segurança, ainda continua muito difícil entender o que exatamente ele fazia ali.
O primeiro ponto que chama a atenção foi dito pelo próprio Gonçalves Dias à Polícia Federal. Ele afirma que chegou ao Palácio do Planalto por volta das 14h50 e, vendo a invasão, pediu reforço de segurança. A primeira imagem dele dentro de um elevador é das 16h18. Ele aparece ali dentro falando em um celular. No mesmo momento, um homem tenta quebrar uma porta com um extintor de incêndio.
Esse tipo de postura é a primeira coisa que causa incômodo. Embora Gonçalves Dias tenha dito que atuou ali no “gerenciamento da crise”, conduzindo os baderneiros para fora do terceiro andar, onde fica o gabinete do presidente da República, nenhuma das imagens parece mostrar um mínimo de indignação ou nervosismo do general. Bem ao contrário das imagens mais tarde que mostram a chegada de Lula e de seus ministros. Lula gesticula contrariado. O ministro da Justiça, Flávio Dino, tem uma discussão acalorada com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Onde estava o general nesse momento?
Também incomoda no depoimento de Gonçalves Dias suas declarações a respeito do monitoramento do que acabou acontecendo no dia 8 de janeiro. “QUE ao ser nomeado chefe do GSI não foi tratado com o Presidente da República ou outra autoridade a respeito das manifestações antidemocráticas que estavam ocorrendo desde o resultado das eleições presidenciais em 2022”, diz o depoimento, em determinado trecho. “QUE ao assumir no dia 02 de janeiro, durante cerca de 5 dias estava ainda se ambientando as funções, haja vista que não houve passagem de função com o Ministro anterior”, diz em seguida. “QUE não tem conhecimento a respeito de ações radicais que ocorreriam em manifestação na cidade de Brasília entre 06 e 08 de Janeiro”, continua. “QUE não tem conhecimento se havia agentes de inteligência da ABIN ou outros do GSI monitorando o acampamento”, prossegue.
O depoimento segue preocupante. “QUE, indagado se recebeu informações de inteligência da ABIN a respeito do aumento de fluxo de ônibus e chegada de pessoas após 6 de Janeiro a BSB, informou que não recebeu qualquer relatório de inteligência”, diz mais adiante. Mais: “QUE as mensagens do dia 8 pela manhã constavam pessoas fazendo discursos exaltados, ameaçando invadir prédios públicos da República”. E: “QUE o compilado de mensagens não pode ser considerado tecnicamente um relatório de inteligência para produção de conhecimento para assessorar a decisão do gestor”.
Ou seja, é possível interpretar pelo depoimento do general Gonçalves Dias que o GSI foi pego de calças curtas no dia 8 de janeiro. O GSI é, como o próprio nome já diz, o órgão responsável pela segurança institucional da Presidência. E praticamente não estava monitorando o que acabou acontecendo no dia 8 de janeiro.
Se estava coalhado de bolsonaristas, houve aí o erro de não corrigir. Se a turma sob o comando do general estava ali dentro distribuindo água para os golpistas, trata-se de uma atitude que não tem justificativa e que deveria ter sido condenada.
Finalmente, se fica uma série de dúvidas sobre a presença do general, outras dúvidas ficam quanto à decisão de esconder tais imagens antes da sua divulgação agora. Por quê?
Impossível, portanto, não lembrar do título do livro de Garcia Marquez sobre Simon Bolívar. As imagens das câmeras de segurança mostram “o general em seu labirinto”. E esse labirinto é um incômodo para o governo. Basta ver as diferentes interpretações que foram dadas. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) disse, aqui ao Congresso em Foco, que Gonçalves Dias teria mentido para Lula sobre as imagens. Já o agora substituto interino na chefia do GSI, Ricardo Capelli, disse ao mesmo Congresso em Foco, que Gonçalves Dias “é um servidor exemplar do Exército brasileiro”.
A caminhada de Gonçalves Dias pelo Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro é uma caminhada por um labirinto. Evitar que o destino final seja um profundo mergulho na Matrix será agora o desafio do governo.
*Ex-diretor do Congresso em Foco Análise, é chefe da sucursal do Correio da Manhã em Brasília. Formado pela UnB, passou pelas principais redações do país. Responsável por furos como o dos anões do orçamento e o que levou à cassação de Luiz Estevão. Ganhador do Prêmio Esso.
Leia menosA Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, hoje, a convocação do ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli. Com a convocação, o ministro interino é obrigado a comparecer à comissão. A audiência foi marcada para o dia 16 de maio.
Os deputados querem que Cappelli preste esclarecimentos sobre a atuação de agentes do GSI durante a invasão do Palácio do Planalto por golpistas bolsonaristas, em 8 de janeiro.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou, hoje, o emprego da Força-Tarefa, em caráter episódico e planejado, em apoio ao Governo do Estado de Pernambuco, por quarenta e cinco dias, no período de 26 de abril a 9 de junho de 2023, nos presídios do Estado.
O apoio tem o objetivo de exercer atividades de instrução, adestramento, nivelamento de procedimentos e apoio nos serviços de guarda, vigilância e custódia de presos. A operação terá o apoio logístico do órgão demandante, durante a vigência da portaria autorizativa. O número de profissionais a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pelos entes envolvidos na operação.
O deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Gustavo Gouveia (SD), realizou a entrega dos donativos arrecadados pela Alepe, após a tragédia ocorrida no Lar Paulo de Tarso, no último dia 14. Entre as doações, estavam alimentos, produtos de limpeza, materiais de higiene pessoal, roupas, móveis e uma quantia em dinheiro.
“Não poderíamos prestar a nossa solidariedade de outra forma que não fosse ajudando. Esse é o momento de nos unirmos e nos mobilizarmos para tentar diminuir o impacto que foi causado”, declarou Gustavo Gouveia. “Aproveito para prestar, mais uma vez, solidariedade às famílias das vítimas e agradecer aos servidores e colegas deputados que fizeram a sua parte. Realizamos um bom trabalho e continuaremos focados em ajudar no que estiver ao nosso alcance”, finalizou.