O grande problema, contudo, é que o universo desses “alguns” é bem maior do que as informações, sempre genéricas repassadas pela pasta responsável pelo pagamento, deixam a entender. De acordo com vários herdeiros ouvidos pelo blog, o pagamento não chegou para a maioria.

“É de um desgaste e uma revolta a postura desse governo. E o pior, quando vamos em busca de informações, a resposta que recebemos é que a documentação está em análise”, comenta Raphaella Valença, que chegou a ir à Secretaria em busca de informações, mas saiu de lá sem sequer ser atendida. “Por lá, ao que parece, falar do Fundef é assunto proibido”, complementa.

O blog procurou a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação e Esportes (SEE) em busca de respostas, afinal, é preciso entender qual foi a lógica utilizada para efetuar o pagamento no último dia 28. Pelo que se sabe, o valor do montante não foi, pois há relatos de herdeiros que receberam mais de R$30 mil, enquanto há quem tenha direito a bem menos que isso ainda sem receber.

Por isso, questionamos a SEE se o critério foi sorteio, amostragem ou ordem alfabética. Até mesmo porque a justificativa dada anteriormente pela pasta de que quem não recebeu era por conta de pendências em documentos não é admissível. Afinal, será que quem deu entrada desde outubro, início do prazo para enviar a documentação necessária, ainda não foi feita essa análise? Pessoas essas que, diferente do informado via nota, não recebeu nenhum e-mail da Secretaria informando que consta algum problema na documentação. Pelo contrário, a grande maioria é composta de pessoas que estão com a documentação exigida totalmente regular. Então, qual a justificativa para o não pagamento? 

Como praxe, assim como feito com os herdeiros, até a publicação deste material, o blog não obteve nenhuma resposta da assessoria de imprensa da Secretaria de Educação e Esportes. O espaço, como sempre, segue aberto.

O anúncio será realizado por conta de um simbolismo. Durante o governo Bolsonaro, o Governo de Pernambuco criou um Programa de Aquisição de Alimentos estadual. A iniciativa é fruto de uma articulação dos movimentos sociais.

“O PA é um programa responsável pela agricultura familiar. Ele compra produtos da agricultura familiar e faz processo de doação para famílias carentes. A gente precisa investir para acabar com a fome do país. A agricultura familiar é responsável pela alimentação de 80% das famílias brasileiras”, afirmou o deputado federal Carlos Veras (PT). “É um programa sensível que garante a compra da produção dos produtos cultivados por agricultores familiares e também o combate à fome”, disse o deputado federal Carlos Veras (PT).

O deputado também cobrou que o Governo do Estado mantenha a iniciativa em Pernambuco.

“A gente espera que o Governo do Estado dê continuidade ao programa para que a gente não fique dependente do Governo Federal”, concluiu.

Raquel sequer nomeou os 15 vogais, que são indicados por diversas entidades, entre elas a OAB, Fiepe, Fecomércio e Fiepe, além do próprio Governo, que escolhe três nomes. As listas com as indicações já haviam sido enviadas desde dezembro, antes mesmo da governadora assumir. A nomeação de Gabriel, portanto, ganha tom de ilegalidade e sugere um amadorismo sem tamanho da gestão.

A Jucepe, nos últimos anos do PSB, foi da cota do deputado federal Augusto Coutinho, e estava sem comando desde o início de janeiro, após o “exoneraço” promovido pela nova governadora. Os atos do órgão estão parados desde 18 de fevereiro, quando terminou o mandato dos vogais anteriores.