Veja amanhã na Folha: só o deputado Fernando Rodolfo briga por comissões temáticas

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decide até amanhã a distribuição das comissões temáticas da Casa. Da bancada de Pernambuco, composta por 25 parlamentares, até agora só um manifestou interesse em presidir uma das comissões: Fernando Rodolfo, do PL, partido que deve ter seis comissões. Mais detalhes, amanhã na Folha de Pernambuco.

A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem intensificado as articulações na busca por postos-chave em superintendências e companhias no Nordeste com orçamentos anuais que chegam a superar R$ 2 bilhões.

Mais de dois meses após a posse de Lula, o Palácio do Planalto não efetivou os novos indicados para os comandos da Codevasf (de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste). A situação está mais encaminhada para o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas).

Os três órgãos contam, juntos, com R$ 3,2 bilhões no Orçamento anual de 2023 e são mais disputados do que parte dos ministérios da Esplanada. Além disso, têm alcance expressivo em redutos eleitorais do Nordeste, sob influência de deputados federais e senadores. As informações são da Folha de S. Paulo.

Impulsionada por emendas parlamentares, a Codevasf terá um orçamento de R$ 2.266.788.098 em 2023. O órgão é responsável por operacionalizar estruturas prontas na região dos rios São Francisco e Parnaíba, como saneamento, recursos hídricos, irrigação e promoção da agropecuária.

Sob o governo Bolsonaro, a companhia recebeu aportes de recursos das emendas de relator, mecanismo do Congresso Nacional que foi declarado inconstitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O grupo que controla atualmente a companhia é ligado ao deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA), um dos principais aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Esse grupo tem o favoritismo, no momento, para seguir à frente da companhia. Inicialmente, Elmar Nascimento era cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas, em dezembro, teve o nome vetado após virem à tona vídeos no qual o parlamentar xingava Lula no período da campanha eleitoral.

A União Brasil possui três ministérios no governo Lula, mas o grupo de Elmar e de parte da bancada do partido na Câmara não foi contemplado. O Palácio do Planalto espera acenar a essa ala com a manutenção do posto de chefe da Codevasf.

O desafio dentro do partido é a construção da unidade partidária em torno de um nome após a indicação. O presidente nacional da União Brasil, deputado federal Luciano Bivar (PE), tem dito a interlocutores que acredita que o partido ficará com a Codevasf, mas que precisa ter um consenso na indicação, a fim de não perder força junto ao governo Lula na hora do pleito.

Governadores do Nordeste esperam que as chefias estaduais possam ficar com indicados de aliados mais próximos, pois a União Brasil é oposição ao PT em estados como Ceará, Piauí e Bahia. A Codevasf possui 14 superintendências estaduais.

Entre outros argumentos, o núcleo político do governo alega a deputados que a falta de celeridade nas nomeações se deve ao mapeamento dos ocupantes de cargos federais a fim de realizar uma “desbolsonarização”.

A lentidão nas nomeações tem desagradado as bancadas do PT na Câmara e no Senado. Os parlamentares petistas apontam risco de demora na execução de ações, o que poderia afetar o desempenho do governo numa região que é reduto eleitoral de Lula.

Uma exceção é o caso do Dnocs, no qual o atual superintendente Fernando Marcondes Leão deve seguir na função. Indicado pelo Avante no governo Bolsonaro, ele também tem o aval de Arthur Lira, um dos fiadores da sua indicação na gestão anterior.

A relação com o Avante, entretanto, ainda não está pacificada porque o partido tem exigido outros cargos, argumentando que, como sigla do deputado federal André Janones (MG), teve papel central na campanha de Lula.

Apesar de ter tido aceno do Planalto, a bancada do Avante acredita que o governo usará votações nas próximas semanas no Congresso para testar a lealdade de deputados federais.

As nove superintendências estaduais do departamento de obras contra a seca também estão na mira. Parlamentares afirmam, sob reserva, que o governo orientou os deputados e senadores da base aliada a se reunirem em conjunto e alinhar indicações para parte do terceiro escalão.

O Dnocs tem um orçamento de R$ 905 milhões em 2023 e é responsável por executar políticas de amenização dos efeitos da seca, desde fornecimento e construção de caixas d’água a irrigação e assistência à população.

Para a Sudene, o favoritismo é para a indicação do PT de Pernambuco. O senador Humberto Costa (PE) indicou ao Planalto o seu ex-assessor Diego Pessoa, atualmente coordenador do Consórcio Nordeste.

A superintendência tem R$ 78 milhões no Orçamento de 2023. Seu conselho deliberativo define prioridades para destinação dos recursos do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), que, para este ano, beiram R$ 35 bilhões.

A ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), derrotada no segundo turno para o Governo de Pernambuco, também pleiteou o posto. Por causa do estágio avançado da gravidez, ela deixou de ir a Brasília com frequência para tentar se articular.

Uma ala do PSB tentou emplacar o nome do ex-deputado federal Danilo Cabral (PSB) para a Sudene, mas o PT de Pernambuco não cedeu. O ex-parlamentar está insatisfeito com o seu partido após as eleições. A legenda acredita que é em razão de não ter tido espaço no governo federal.

Já o Banco do Nordeste tem uma disputa menos tensa. O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara, que deixou o PSB, foi convidado por Lula, a despeito do desejo do PT do Ceará.

Paulo Câmara, no entanto, não pode ser nomeado. Ele aguarda uma mudança na Lei das Estatais que poderá ser feita em votação no Senado, reduzindo a quarentena, atualmente em 36 meses, para ex-dirigentes partidários.

O PT do Ceará acredita que, caso não avance a articulação do Senado, possa ficar com a função. Entretanto, os petistas defendem que parte das diretorias fique com o grupo político, que tem três deputados federais no estado, além do senador e ministro da Educação, Camilo Santana, e do governador Elmano de Freitas.

Assim como nos ministérios, o governo não deve entregar de porteira fechada uma estatal do segundo escalão ao mesmo partido ou grupo político. As bancadas nem sempre chegam a consenso para apresentação de seus indicados.

Em Minas, por exemplo, senadores e deputados defendem a permanência do comando da Codevasf. Mas a bancada petista rejeita a proposta. Em casos assim, a Presidência da República é chamada a arbitrar, o que tem atrasado o processo de nomeações.

Segundo aliados, essa demora está levando à inquietação na base, também à espera de liberação de recursos para atendimento de suas emendas. Integrantes do governo temem que parlamentes apresentem suas faturas em votações de interesse do Palácio do Planalto.

RAIO-X

Codevasf
É responsável por operacionalizar estruturas prontas na região dos rios São Francisco e Parnaíba, como saneamento, recursos hídricos, irrigação e promoção da agropecuária.

Orçamento de 2023: R$ 2,27 bilhões

2.450 servidores em exercício, sendo 790 comissionados entre efetivos e sem vínculo com a administração pública.

Dnocs
Tem como função executar políticas de amenização dos efeitos da seca, desde fornecimento e construção de caixas d’água a irrigação e assistência à população.

Orçamento de 2023: R$ 905,01 milhões

910 servidores em exercício, sendo 210 comissionados entre efetivos e sem vínculo com a administração pública.

Sudene
Tem como objetivo promover o desenvolvimento e integração por meio de planos de investimentos públicos e privados nas áreas de infraestrutura econômica e social, capacitação de recursos humanos, inovação e difusão tecnológica, além da proteção do semiárido.

Orçamento de 2023: R$ 78,01 milhões

260 servidores em exercício, sendo 85 comissionados entre efetivos e sem vínculo com a administração pública.

Fontes: Portal da Transparência e Lei Orçamentária Anual de 2023

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, comandado pela ministra Esther Dweck, divulgou uma nota, nesta segunda-feira (6/3), comunicando o primeiro concurso público do novo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O certame da nova gestão do petista oferece 30 vagas para o cargo de terceiro-secretário da carreira da diplomacia, no Ministério das Relações Exteriores (MRE). 

A autorização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), desta segunda-feira (6/3), na Portaria nº 440, do MRE, que autoriza a realização do concurso para a carreira de diplomata. O documento não informa a remuneração, mas, de acordo com informações de fontes do governo, o salário inicial será de R$ 19.199,06. As informações são do Correio Braziliense.

A norma estabelece 30 vagas para o cargo na classe de terceiro-secretário da carreira de diplomata, que exige nível superior completo. O processo seletivo será realizado pelo Instituto Rio Branco, que após a publicação das regras do edital terá o prazo de dois meses para aplicar a primeira prova.

A nota informou que, de acordo com a portaria, a seleção do Itamaraty será realizada em três etapas. A primeira com prova objetiva, de caráter eliminatório, com questões de língua portuguesa; história do Brasil; história mundial; geografia; língua inglesa; política internacional; economia; e direito.

Na segunda etapa, os candidatos farão provas escritas, de caráter eliminatório e classificatório, com questões de língua portuguesa e língua inglesa. E, na última fase, os candidatos farão provas escritas, de caráter eliminatório e classificatório, com questões de história do Brasil; política internacional; geografia; economia; direito; e língua espanhola e língua francesa.

O edital do último concurso para diplomata foi publicado em 2022 com a oferta de 34 vagas, de acordo com a pasta chefiada por Esther Dweck. O Instituto Rio Branco é responsável por formar diplomatas brasileiros e é reconhecido como uma das melhores academias diplomáticas do mundo. O cargo de terceiro-secretário é o início da carreira da diplomacia. Os servidores selecionados no certame realizarão o curso de formação para atuarem no Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.

O número de vagas abertas, no entanto, é inferior ao demandado pela categoria. Em entrevista ao Correio no início do ano sobre o novo comando do Itamaraty, o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), João Marcelo Melo, informou que há um déficit de 961 servidores no quadro atual do Ministério das Relações Exteriores (MRE) para conseguir implementar a abertura das novas embaixadas e consulados prometidas por Lula.

“As 30 vagas autorizadas hoje dizem respeito ao concurso anual para acesso à carreira de diplomata. Possivelmente, o que nosso presidente comentou é relativo à necessidade de realização de concurso que também envolve as outras carreiras”, destacou oi Sinditamraty, em nota enviada ao Correio. A entidade informou que, se reuniu com a Secretária-Geral das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, em 06 de fevereiro, e ela confirmou que há previsão de realização do concurso para as carreiras de assistente e oficial de chancelaria em 2023. No entanto, foi solicitado ao Ministério da Economia (atual MGI) a autorização de 50 vagas para assistente de chancelaria e 50 vagas para oficiais de chancelaria, o que, segundo o presidente do sindicato, “é apenas uma gota no oceano”.

“Ainda não há edital publicado para essas vagas até o momento, e o Sindy aguarda atualizações sobre o andamento da autorização junto ao Ministério da Gestão e da Inovação. Assim que divulgado, vamos publicar os detalhes”, acrescentou a nota.

Os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocaram para o dia 28 de março uma audiência pública sobre regras do Marco Civil da Internet. Os temas em discussão são a responsabilidade de provedores de aplicativos ou de ferramentas de internet por conteúdo gerado pelos usuários e a possibilidade de remoção de conteúdos que possam ofender direitos de personalidade, incitar o ódio ou difundir notícias fraudulentas a partir de notificação extrajudicial. Essas questões são objeto dos Recursos Extraordinários (REs) 1037396 e 1057258 (Temas 533 e 987 da repercussão geral).

A realização da audiência pública permitirá ouvir especialistas e representantes do poder público e da sociedade civil, a fim de obter informações técnicas, políticas, econômicas e jurídicas sobre a questão. As contribuições vão subsidiar a Corte com o conhecimento especializado necessário para a resolução das controvérsias.

Poderão participar do evento entes estatais, entidades da sociedade civil, empresas provedoras de internet, hospedeiras de websites ou gestoras de aplicativos de redes sociais e associações de emissoras de rádio e televisão, de jornalismo ou de imprensa.

O Tema 533, de relatoria do ministro Fux, trata do dever de empresa hospedeira de sítio na internet de fiscalizar o conteúdo publicado e de retirá-lo do ar, sem intervenção judicial, quando for considerado ofensivo. Já o Tema 987, relatado pelo ministro Dias Toffoli, discute a constitucionalidade de regra do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) que exige ordem judicial prévia e específica de exclusão de conteúdo para a responsabilização civil de provedores, hospedeiros de websites e gestores de aplicativos de redes sociais por danos decorrentes de atos ilícitos praticados por terceiros.

A audiência seria realizada presencialmente em março de 2020, mas foi suspensa em razão da pandemia da covid-19. Tendo em vista o tempo transcorrido desde então, os interessados, inclusive os que já haviam sido habilitados anteriormente, deverão se inscrever até 15 de março.

A adolescente mordida por um tubarão na praia de Piedade nesta segunda-feira (06) é a vítima número 77 de uma série de incidentes que acontecem em Pernambuco desde 1992, de acordo com o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões. Para evitar novos episódios, o deputado Romero Albuquerque quer que o Governo do Estado amplie as áreas de restrição de banho nas praias da Região Metropolitana do Recife, até que um novo levantamento de áreas de risco e das espécies do animal na costa pernambucana sejam feitos. 

No pedido, Albuquerque também requer o aumento do efetivo do corpo de bombeiros nas praias e a ação conjunta entre o Estado e os municípios para a fiscalização, extraordinariamente, enquanto durar o período de interdição. O incidente desta manhã foi o segundo em Piedade em menos de 24 horas. O banho nas proximidades da Igrejinha é proibido desde 2021, após a morte de um banhista. O deputado também aposta em uma “massiva campanha de educação ambiental e orientação dos banhistas”. 

“Não podemos discutir apenas Piedade. Toda a faixa litorânea na Região Metropolitana precisa ser monitorada. Os incidentes com tubarões no Recife, na praia de Boa Viagem, permeiam piadas na internet, que, mesmo em tom de brincadeira, chamam atenção para um assunto sério! Há muitos anos, o Governo do Estado deixou de monitorar e pensar ações para evitar novos ataques. Em menos de duas semanas, três casos foram registrados. Em um desses, não havia histórico de ataque. Não se pode ignorar um sinal da natureza!”, disse o deputado. “O futuro requer consciência do banhista e ação efetiva dos municípios e estado, contemplando o turismo, os comerciantes das praias e a segurança de todos”, completou.

A Assembleia Legislativa da Bahia deve votar, na quarta-feira (8), o nome do novo conselheiro de contas do Tribunal de Contas do estado. A cadeira é pleiteada por Tom Araújo, ex-deputado estadual e Aline Peixoto, esposa do ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa e ex-primeira-dama baiana entre 2015 e 2023. As informações são do O Antagonista.

O nome de ambos foi aprovado em sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia, em sessões extraordinárias nessa segunda-feira (6).

Na sua sabatina, durante o período da manhã, Aline chorou e disse que sua candidatura é vítima de machismo. “O problema maior é que muitas dessas críticas foram de cunho pessoal, verdadeiras agressões a uma mulher”, disse a ex-primeira-dama. “Tentando me desqualificar apenas por eu ser casada com o ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa.”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 2ª feira (6.mar.2023) que o programa “Desenrola”, voltado à renegociação de dívidas, terá um fundo garantidor de R$ 10 bilhões. Segundo ele, o aporte do Tesouro Nacional servirá para ajudar às famílias que recebem até 2 salários mínimos a obter mais descontos na hora da negociação.

“Ele [em referência ao fundo garantidor] deve girar em torno de R$ 10 bilhões para uma dívida estimada em R$ 50 bilhões envolvendo 37 milhões de CPFs, que hoje estão negativados”, declarou. As informações são do Poder360.

Segundo Haddad, a faixa de corte do fundo garantidor se dá em razão das “fragilidade das famílias”. O ministro disse que validou na manhã desta 2ª feira (6.mar) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a modelagem do programa, que só será lançado depois da contratação do desenvolvedor do sistema.

Haddad atribuiu a decisão ao chefe do Executivo. “O modelo foi validado, o desenvolvimento do sistema foi validado e vamos lançar o programa quando o sistema estiver pronto. O secretário [de Reformas Econômicas] Marcos Barbosa Pinto ficou encarregado de tocar o programa”, acrescentou.

O chefe da equipe econômica do governo Lula disse que o sistema é “complexo porque envolve credores privados e os credores vão entrar no programa pelo tamanho do desconto que puder dar para os devedores, justamente os que estão com o CPF negativado no Serasa ou empresas semelhantes a essa”.

Havia a expectativa de que o programa fosse lançado ainda esta semana.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone, na tarde desta segunda-feira (6/3), com o rei Charles III.

Nas redes sociais, Lula disse que debateu com o monarca do Reino Unido sobre a questão climática e a proteção do meio ambiente. As informações são do Metrópoles.

Veja a publicação:

Convite para coroação

Segundo relatos feitos ao Metrópoles, durante o telefonema, o rei Charles III ainda convidou o presidente brasileiro para participar de sua coroação, marcada para o dia 6 de maio, na Abadia de Westminster, em Londres, Inglaterra. A coroação é um dos momentos mais solenes da realeza britânica.

Charles assumiu a Coroa britânica em setembro do ano passado, após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, que reinou por 70 anos. A cerimônia de coroação, porém, só ocorrerá oito meses após ele assumir o trono.

Quando tomou posse, a rainha Elizabeth também demorou a receber a coroa. Sua cerimônia foi realizada mais de um ano depois de ter assumido o trono de monarca.

É a primeira vez que os dois chefes de Estado conversam desde que Lula assumiu a Presidência da República neste seu terceiro mandato.

O encontro mais recente de Lula e Charles ocorreu em 2009, quando o então príncipe de Gales esteve em Brasília. Os dois se encontraram no Palácio do Planalto.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou a empresários que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda precisa de tempo para se estabilizar internamente, organizar uma base parlamentar e encontrar um rumo para tocar suas pautas na área econômica no Congresso.

Durante encontro com o Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo, nesta segunda-feira (6), Lira disse que Lula foi eleito democraticamente, mas com uma margem mínima de votos, e que o governo não tem apoio no Legislativo nem para aprovar leis por maioria simples, muito menos para avançar em matérias constitucionais, como é o caso da reforma tributária. As informações são da Folha de S. Paulo.

“Temos um governo que foi eleito com margem de votos mínima e que precisa entender que temos Banco Central independente, agências reguladoras, Lei das Estatais e um Congresso com atribuições mais amplas”, afirmou Lira, indicando que Lula terá dificuldade para rever qualquer um desses temas. Sua fala foi aplaudida diversas vezes pelo público presente, composto também por políticos.

Lira disse que o governo não terá facilidade para aprovar a “tão falada, tão difícil e tão angustiante” reforma tributária, tema que depende de mudanças na Constituição.

Um grupo de trabalho para elaborar uma nova proposta nessa área foi criado por Lira, com previsão de fechar um novo texto em 16 de maio. A expectativa era que a proposta final desse grupo fosse direto para votação em Plenário. Mas o presidente da Câmara defendeu que esse texto seja votado antes em comissão especial e disse que ele poderá ser revisitado pelos parlamentares para que se extraia de lá as melhores propostas.

“Vamos perseguir a reforma possível na matéria tributária. A gente vai ter de caminhar devagarinho. Ninguém vai chegar na reforma ideal”, afirmou Lira, que não descartou que o Congresso trate também da questão da desoneração da folha de pagamentos.

O governo Lula estuda incluir mudanças na folha de pagamento na segunda fase da reforma tributária, que tratará do Imposto de Renda. A primeira fase unifica a tributação sobre o consumo.

O presidente da Câmara falou mais de uma vez que há disposição em votar também uma proposta de reforma administrativa, tema que tem encontrado oposição histórica por parte do PT.

CARF

Lira afirmou ainda que vai se reunir nesta segunda com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para tratar da tentativa de acordo entre governo e setor privado sobre a questão do voto de desempate nos julgamentos do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).

O órgão do Ministério da Fazenda retoma suas sessões nesta terça (7) com alguns julgamentos polêmicos.

“Tenho uma reunião com o secretário para que ele explique que acordo foi esse construído fora do Congresso Nacional, com a medida provisória em curso, e analisaremos essa questão”, afirmou.

“A Receita insiste em algumas teses que desfiguram o que a gente faz, mas a capacidade interpretativa dos escritórios de advocacia muitas vezes transforma 8 em 8.000. Vamos procurar manter o nível de tranquilidade e garantias sem as aberturas excessivas de uma medida ou outra.”

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