O ministro Ribeiro Dantas, do STJ, anulou, ontem, a condenação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares em uma ação da Lava Jato. O magistrado concluiu que a 13.ª Vara Federal de Curitiba não tem competência para processar e julgar as acusações e mandou o caso para a Justiça Eleitoral. As informações são do O Antagonista.
A ação é um desdobramento de outro processo que condenou o pecuarista José Carlos Bumlai e dirigentes do Banco Schahin por um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões. O dinheiro, segundo a Lava Jato, era destinado ao PT. Delúbio passou dois anos preso no caso.
Segundo Dantas, ainda que a denúncia não tenha “formalmente descrito crime eleitoral”, há “inequívoco contexto eleitoral indicativo da prática de delitos dessa natureza”.
A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o critério para a escolha do novo procurador-geral da República deve reviver, no Senado Federal, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) parada desde 2019. Recentemente, o chefe do Executivo afirmou que não pensa mais em seguir a lista tríplice para escolher o sucessor de Augusto Aras, que deixará o Ministério Público Federal (MPF) em setembro.
“Eu não penso mais em lista tríplice. Esse não é mais o critério que eu pensava, porque, quando eu vim para a Presidência, eu trouxe a minha experiência do sindicato. Então, tudo para mim era essa lista tríplice. (Mas) Já está provado que nem sempre a lista tríplice resolve problema”, disse Lula, na quinta-feira (2/3), em entrevista a Reinaldo Azevedo, na BandNews.
Lula chegou a sugerir que a votação do PGR entre procuradores deveria ocorrer em dois turnos, visto que a soma dos derrotados poderia ultrapassar a quantidade de votos do primeiro nome.
O Metrópoles apurou que a afirmação de Lula sobre a escolha do novo representante do MPF não repercutiu positivamente entre senadores de oposição ao governo. Os parlamentares devem pressionar o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a retomar o trâmite da PEC 52/2019 cuja autoria é, inclusive, de um senador petista: Fabiano Contarato (ES).
“O respeito a lista tríplice é o respeito às instituições”, enfatizou o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) acredita que a PEC é o caminho para uma PGR com atuação mais isenta. “Penso que não só a PGR, mas também para os ministros do Supremo Tribunal Federal, nós deveríamos ter uma regulamentação, uma nova lei que permitisse apenas a indicação de ministros técnicos, dos nomes mais antigos, ou mesmo que sejam escolhidos entre os colegas e as Cortes. Isso tornaria a PGR e o STF muito mais isentos, equilibrados e próximos de uma decisão que seja isenta”, defendeu.
A matéria foi apresentada por Contarato ainda em abril, meses antes de Bolsonaro descumprir o protocolo e anunciar o nome de Augusto Aras, que não estava na relação pré-definida, para o cargo de PGR. O ato do ex-presidente pôs fim a uma tradição inaugurada pelo próprio presidente Lula em 2003, no seu primeiro mandato.
Em síntese, a PEC em questão altera o artigo 128 da Constituição Federal para estabelecer como obrigatória a nomeação do PGR a partir da lista tríplice.
A proposta define que o artigo passe a vigorar com a seguinte redação: “O Ministério Público da União tem por chefe o procurador-geral da República, escolhido e nomeado pelo presidente da República entre integrantes da carreira maiores de 35 anos e indicados em lista tríplice elaborada pelos membros dessa instituição, após aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução”.
Apoio petista
A proposta de Contarato desenterrou outra PEC datada de 2013, que acabou arquivada ao fim de 2018. Para isso, contou com o apoio em peso da bancada que, à época, fazia oposição ao governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao protocolar a matéria, o petista defendeu que “não basta a garantia constitucional de que o escolhido deverá necessariamente ser membro da carreira, a escolha deverá respeitar a indicação na forma da lista tríplice elaborada pelos pares”. “Assim, o procurador-geral da República terá ainda mais legitimidade para conduzir a instituição”, enfatiza.
Ainda de acordo com o senador, o objetivo da proposta é acabar com o “status de regra meramente consuetudinária” da lista tríplice e dar ao procedimento “estatura constitucional”.
Atualmente, a PEC se encontra parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, aguardando designação de novo relator. O último senador designado a relatar a matéria foi o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
PEC é pleito da categoria
A PEC 52/2019 é patrocinada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que, recentemente, emitiu nota para criticar a decisão de Lula em descumprir a tradição protocolar.
Na ocasião, a entidade defendeu que abrirá diálogo com o governo para demover o presidente da ideia. “Continuamos insistindo que a lista tríplice permite transparência na escolha, somada a uma legitimidade decorrente do processo em si. A ANPR fará a lista, levará ao Presidente e procurará para dialogar”, destacou.
A associação informou, ainda, que vai levar essas preocupações ao presidente da República. “Temos plena confiança de que haverá um diálogo produtivo em torno deste tema”.
A alteração na lista de indicados ao Conselho de Administração da Petrobras não foi suficiente para aplacar o descontentamento de bastidores. Além de o alto escalão do PT não ter gostado das indicações, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) vem aumentando o tom das críticas.
Em mensagem enviada para a presidente do PT, Gleisi Hoffman, Dayvid Bacelar, presidente da FUP, pediu ajuda para um encontro com Lula em 10 de março. As informações são do O Globo.
Dayvid Bacelar já foi membro do Conselho de Administração da Petrobras. A mensagem enviada para Gleisi, antecipada pelo Estado de S.Paulo e confirmada pelo GLOBO, diz que quatro indicações de Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia (MME), para o colegiado da estatal seriam “nomes ligados ao bolsonarismo, ao mercado financeiro e a favor de privatizações”.
A mensagem cita Pietro Adamo Sampaio Mendes, indicado para a presidência do conselho; Carlos Eduardo Turchetto Santos; Vitor Eduardo de Almeida Saback; e Eugênio Tiago Chagas Cordeiro e Teixeira.
‘Obstáculos’ à vista
Dayvid alerta que, caso esses nomes sejam aprovados, haverá “obstáculos” para mudanças na política de preços de combustíveis, na sistemática de dividendos da Petrobras e fim das privatizações na companhia.
Conforme o GLOBO revelou, Silveira havia indicado seis nomes na última sexta-feira, em reunião com Lula e Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, mas acabou reduzindo suas indicações para quatro no fim de semana, após conversas com Prates.
Porém, segundo essas fontes, o governo ainda está montando estratégia para resolver as indicações. Há seis dias, Gleisi disse em uma rede social que é preciso definir uma nova política de preços para a Petrobras. Isso será possível, disse em seu post, “a partir de abril, quando o Conselho de Administração for renovado, com pessoas comprometidas com a reconstrução da empresa e de seu papel para o país.”
Já se sabe que parte do governo não quer abrir uma “briga pública” com o PSD, partido do ministro de Minas e Energia. Assim, lembrou outra fonte, o governo pode esperar a avaliação do Comitê de Pessoas (Cope) da Petrobras sobre os indicados, que ainda não começou, e sugerir mudanças em relação a quem apresentar algum tipo de impedimento.
Hoje, o Cope é comandado por Iêda Aparecida de Moura Cagni, presidente do Conselho do Banco do Brasil.
A demora da União em definir os nomes levou a estatal a anunciar o adiamento da assembleia geral ordinária de 19 de abril para o dia 27 do mesmo mês, afirmaram as fontes. É nesse encontro que os acionistas da estatal aprovam os nomes para o colegiado.
Da lista original, Wagner Victer, ex-presidente da Cedae e ex-secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo no governo Rosinha Garotinho, foi substituído Bruno Moretti, nome mais ligado ao PT.
O cartunista Paulo Caruso morreu na manhã deste sábado (4/3), em São Paulo, segundo informações do portal G1. Ele estava internado na capital paulista há alguns dias, mas a causa da morte não foi informada.
Caricaturista, ilustrador, chargista e músico, Paulo José Hespanha Caruso, o Paulo Caruso, nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949. As informações são do Metrópoles.
Era irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista, pai do cineasta Paulinho Caruso e tio do humorista Fernando Caruso.
Caruso trabalhava atualmente no programa semanal de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura, e também publicava charges na revista Época.
O cartunista cursou Arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) entre 1969 e 1976, mas não exerceu a profissão. Na década de 1970, trabalhou no O Pasquim. Em seguida, colaborou com diversos jornais e revistas, como Diário Popular, Folha de S.Paulo, Veja, Isto É, Careta e Senhor.
Ficou conhecido pelos seus cartuns políticos e pela caricatura pessoal. Além de cartunista, ele era ilustrador, chargista e músico.
A colega cartunista Laerte publicou uma homenagem a Caruso em suas redes sociais, o chamando de “grande herói do quadrinho brasileiro.
Os brasileiros disseram aos banqueiros que querem mais educação, saúde e emprego e que estão menos preocupados com o custo de vida, fome, pobreza, corrupção e violência. Os 156 milhões de eleitores brasileiros desejam que o básico funcione e sonham em melhorar de vida. Talvez por isso estejam mais otimistas com o futuro do que com o aqui e o agora.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) faz regularmente a sondagem nacional Radar Febraban para saber o que a população pensa sobre os temas mais importantes para a entidade. Não podemos ler uma pesquisa quantitativa como esta apenas comparando números de aprovação e rejeição, mas pondo um olhar um pouco mais apurado, buscando entender qual o sentimento que trespassa o eleitorado neste momento e qual suas consequências.
O 1º recado do eleitorado é que o país continua dividido. São 40% os que aprovam. Os que rejeitam o governo do PT são praticamente 1/3. Outro terço, formado pelos desconfiados, prefere classificar o governo como regular. Entre os eleitores na faixa dos 25 a 44 anos, o grosso da força de trabalho, a rejeição chega a 38%. Entre quem tem de 45 a 59 anos, é quase igual: 36%. Dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, o governo é rejeitado por cerca de 40% de quem está em idade produtiva.
Na prática, segue o clima de polarização no Brasil. Como diz meu amigo Mario Rosa, uma polarização tóxica. Enquanto rola o climão de Fla x Flu, não se discute aquilo que os 2.000 entrevistados pela Febraban mais querem: saúde, educação e emprego. Nesta ordem. A pesquisa deixa transparecer a percepção do eleitorado de que o governo não começou de fato. E o indicativo desta percepção é um regular de 27%, praticamente 1 terço.
É um sinal amarelo, embora o governo tenha pouco mais de 2 meses, muito chão pela frente e o presidente Lula seja um encantador de serpentes de primeiríssima linha. Nada é definitivo, mas não dá para achar que o jogo está ganho.
O eleitorado brasileiro, pelos números do TSE, tem uma maioria com baixíssima escolaridade. Só 11% têm diploma universitário. São 40,7% os eleitores que se declaram analfabetos, analfabetos funcionais, com ensino fundamental incompleto ou completo. Aqueles com ensino médio completo ou incompleto são 42,9%. Juntos, são 83,6%.
Esta é a tragédia de uma maioria com baixa renda, baixa escolaridade e baixa capacidade cognitiva. Só 20% dos eleitores brasileiros ganham mais do que 5 salários mínimos. Esta não é uma questão de inteligência, mas de condição social, onde a maioria não tem acesso a uma boa escola, saúde eficiente e emprego digno. As prioridades não poderiam ser diferentes. Elas vêm de uma expectativa criada a partir das promessas de campanha que, se não forem cumpridas, podem azedar o humor deste eleitorado que já não reage mais como há 20, 30 anos. Está mais calejado.
Quando o assunto é política ou políticos, as pessoas com o perfil desta maioria agem muito mais movidas pela emoção do que pelo racional. Votam com o coração e o fígado, como aconteceu na eleição passada e em tantas outras. O atual governo não vive um mar de rosas, embora seja inegável sua capacidade de fazer propaganda de si mesmo e de mobilizar sua militância quase como um coral.
Acontece que nos últimos 60 dias o governo cacarejou muito e agiu pouco. Fala difícil, introduziu o arcabouço e o cashback no vocabulário político, mas a gasolina subiu de preço, a comida mais ainda e são 76% os que consideram que o supermercado está pela hora da morte.
Aí o taxista ouve o ministro falando de arcabouço, o deputado de cashback e desconfia que tem alguma coisa errada aí. Lembra do Bolsonaro falando com ele na rede social e fica com saudade da gasolina baixando de preço e do auxílio de R$ 1 mil que recebeu do capitão.
A pesquisa da Febraban foi feita de 4 a 14 de fevereiro pelo professor Antonio Lavareda, decano brasileiro neste ramo da informação. A maioria de nós, metidos a ler e interpretar pesquisas, começamos estudando nos seus livros, como o clássico “Democracia nas Urnas”. Embora muitos o critiquem, ele segue sendo relevante. Mas, meu mestre, faltou perguntar o que o povo acha do Pix.
A maioria dos brasileiros deve ao banco, cartão ou aos 2. Quando a pesquisa mede a satisfação com os bancos, a maioria diz confiar tanto nos analógicos quanto nos digitais, as chamadas fintechs. Da forma como está encaixado na pesquisa, parece que os brasileiros amam os bancos, mas na vida real não é assim.
As pessoas simplesmente precisam dos bancos para viver, porque não há como guardar dinheiro debaixo do colchão. Elas são obrigadas a ter conta em banco, seja digital ou analógico, mas quando a maioria está pendurada no empréstimo, cheque especial ou cartão, fica difícil acreditar que os bancos melhorem a vida dos brasileiros mais simples cobrando juros de 411% no cartão e de 132% ao ano para o cheque especial.
Com 73% dos brasileiros dizendo que a vida vai melhorar, a expectativa é gigante. Maior ainda é o desafio de corresponder a este desejo todo. Por isso, se o governo errar na mão não vai ter arcabouço ou cashback que segure a frustração. Este é o recado mais importante da pesquisa dos banqueiros.
A jovem vereadora Rannya Freitas, da bancada do PSB na Câmara de Sanharó, é uma parlamentar diferenciada, extremamente preparada e dedicada ao mandato. Foi, em 2020, eleita a mais jovem vereadora do Brasil, aos 18 anos. A conheci quando estive por lá e fiquei bastante impressionado com seu talento e entusiasmo pela vida pública.
Ontem, ela estava eufórica com esta importante vitória: foi a primeira parlamentar do Nordeste selecionada, dentro do Programa de Embaixadores da Brazil Conference at Harvard&MIT, para participar da Conferência 2023, Universidade de Harvard, uma das ilhas de excelência no ensino no mundo, com sede nos Estados Unidos.
No processo de seleção para a edição de 2023 do Programa de Embaixadores ela ficou incluída entre os 10 jovens mais qualificados do Brasil, levando em consideração capacidade de liderança e ação em projetos sociais.
Além de análises qualitativas, o processo de avaliação pelo Comitê levou em consideração os seguintes fatores:
Nível de desenvolvimento da iniciativa; Potencial alcance da iniciativa; Relevância da iniciativa; Participação do candidato no projeto; Clareza e impacto da BC2023 no futuro do projeto; História/trajetória de vida; Intensidade do Impacto Social.
A Brazil Conference, maior conferência sobre Brasil no mundo, é organizada de forma voluntária por estudantes universitários da região de Boston que dedicam centenas de horas de seu tempo para compartilhar a expertise dos grandes centros e polos de ciência, tecnologia, e formação de lideranças das melhores universidades do mundo com o Brasil. De cada região só foram selecionados dois. Veja abaixo a lista de Embaixadores da Brazil Conference 2023:
Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
Se o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, for degolado nos próximos dias, a pasta, entregue ao União Brasil, pode sair do controle da legenda. Na composição do primeiro escalão, lá atrás, o presidente Lula já queria entregar Comunicações para o PSD, partido em nível nacional presidido pelo atual secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab.
Na ocasião, Kassab indicou o nome do ex-deputado pernambucano André de Paula, escolhido para Pesca. Não está descartada, porém, a possibilidade de André ser remanejado para Comunicações, segundo uma fonte da direção nacional do PSD. Juscelino Filho está na marca do pênalti e todos os dias surge uma nova denúncia envolvendo seu passado nebuloso e suas ações na pasta.
Segundo o jornal Estadão, o ministro descumpriu ordem do presidente Lula ao trazer de volta para a pasta nove demitidos pelo atual governo que ocuparam cargos estratégicos na gestão de Jair Bolsonaro. Desde que assumiu o Palácio do Planalto, o petista tem cobrado de seus ministros uma “desbolsonarização” das pastas.
Juscelino também empregou no Ministério a irmã do sócio do haras de sua família, onde cria cavalos de raça. Tatiana Marques Gaspar da Silva foi contratada como assessora especial do ministro com salário de R$ 13,6 mil. O ministro foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou.
Num discurso em Santo Amaro, na Bahia, no último dia 14, Lula reforçou que precisava “retirar” os bolsonaristas “infiltrados” nos cargos-chave. Como mostrou o Estadão, o governo petista barrou nomeações como a de uma médica referência em vacinação que iria para o Ministério da Saúde por essa razão.
Se cair no colo de André a pasta de Comunicações, ele passará a gerir um orçamento bombado, sem comparação com Pesca. Segundo o site Capital Digital, editado pelo jornalista Luiz Queiroz, a proposta orçamentária do Ministério das Comunicações que está no Congresso Nacional sendo analisada pela Comissão Mista de Orçamento prevê um total de R$ 3,2 bilhões.
Deste total, o maior orçamento previsto para ser executado este ano está com a Telebras (R$ 862 milhões). Tem mais recurso do que a expectativa de arrecadação do Ministério com o Fundo de Universalização dos Serviços das Telecomunicações – FUST, cujo orçamento é de R$ 857 milhões.
“É uma previsão orçamentária para a estatal até menor do que ela tem de dinheiro em caixa, mas não pode utilizar, simplesmente porque o Ministério da Economia, que deseja vender a empresa para a iniciativa privada – e tudo indica que não conseguirá – a colocou como “dependente” do Orçamento Geral da União, mesmo tendo o capital aberto no mercado financeiro”, registrou o site.
Enviada pelo leitor Guilherme Pires, a foto registra a inauguração da ponte que dá acesso ao município de Tabira, Sertão do Pajeú, início da década de 1950, pelo prefeito Pedro Pires. No corte da fita simbólica, o então deputado estadual José Pires. Se você tem uma foto histórica no seu baú e deseja vê-la postada neste quadro, envie agora pelo WhatsApp 81.98222.4888.
Ao final da semana que interferiu na eleição das comissões temáticas da Assembleia Legislativa, a governadora Raquel Lyra (PSDB) deu o start ao processo de nomeações de políticos na sua gestão. O primeiro a ser contemplado foi o ex-deputado estadual Henrique Queiroz, pai do deputado estadual Henrique Filho (PP).
No Diário Oficial de hoje saiu sua nomeação para o Instituto de Terras, o Iterpe, que cuida de reforma agrária. Um detalhe: Henrique serviu no mesmo órgão ao Governo Paulo Câmara.
Seria cômica se não fosse trágica a declaração do secretário estadual da Fazenda, o ilustre desconhecido Wilson José de Paula, importado de Brasília, onde serviu a um dos mais impopulares governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do PSB, que a governadora Raquel Lyra (PSDB) esmaga sem piedade, informando que está apurando as denúncias sobre atraso no pagamento dos salários das merendeiras.
Apurar denúncia? Será que o estrangeiro dono do cofre de Raquel não sabe a quem paga? “Nós vamos abrir um canal de comunicação. É bom registrar que elas (as merendeiras) nunca estiveram aqui, nunca procuraram a Fazenda”, disse ele. Ora, merendeira não tem acesso direto para ir ao gabinete do secretário reclamar de salário atrasado, a não ser em protesto em frente ao gabinete da excelência.
Que, aliás, deixou a governadora passar por um tremendo vexame ontem. Na frente do ministro da Educação, Camilo Santana, ex-governador do Ceará, as merendeiras passaram um pito de cobrança na tucana, conforme vídeo postado neste blog. Raquel estava na posse da nova presidente da Fundação Joaquim Nabuco. Quando seu nome foi anunciado para discursar, um grupo de pessoas começou a gritar, cobrando o pagamento do salário das merendeiras.
Fingindo-se de morto, o secretário da Fazenda disse desconhecer os atrasos das merendeiras. “Vamos procurar entender melhor o que aconteceu”, disse o estrangeiro, como se não recebesse, todos os dias, cobranças das empresas terceirizadas responsáveis pela folha das merendeiras. Incrível, mas tudo que está acontecendo no Governo Raquel em relação a pagamento de pessoal é de um amadorismo atroz ou falta de planejamento.
Afinal, por pior herança que tenha recebido do ex-governador Eduardo Campos, Paulo Câmara, antecessor de Raquel, nunca atrasou salário em seus oito anos de gestão. A tucana entra para a história do Estado não apenas como a primeira governadora mulher, mas também como a primeira gestora estadual a não pagar salários em dia.
Constrangimento – “Governadora, cadê o salário das merendeiras”, provocou um grupo de mulheres presentes à posse da nova presidente da Fundação, Joaquim Nabuco, Márcia Aguiar, indicada pelo grupo do PT no Estado liderado pelos senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, que estavam na solenidade. O ministro da Educação, Camilo Santana, que veio ao Estado apenas com objetivo de prestigiar o evento, ficou meio sem jeito, como se estivesse constrangido também.
Mendonça presidente – O deputado federal Mendonça Filho não tem uma relação das melhores com o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, mas, ontem, ocupou um naco do partido no Estado: assumiu a presidência municipal da legenda no Recife num processo democrático. Foi eleito, por unanimidade, para um mandato de três anos, durante convenção num hotel na zona sul. O UB está firmando um casamento com o Progressistas (PP) para uma federação que terá mais de 100 deputados na Câmara Federal.
PT aderiu – Na passagem pelo Recife, ontem, o ministro da Educação, Camilo Santana, fez uma visita ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), que abriu o seu Governo para o PT. No encontro, já estavam presentes os dois novos auxiliares da sua gestão filiados ao Partido dos Trabalhadores – Oscar Barreto, que assume Meio Ambiente, e Ermes Costa, escolhido para Habitação. Barreto já tem coração socialista. No passado, foi o nome da mais absoluta confiança do ex-governador Eduardo Campos na relação com o universo petista e seus caciques.
Atraso na justiça – O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga o atraso no pagamento de salários de cerca de 20 mil funcionários de três empresas terceirizadas contratadas pelo Governo do Estado para realizar serviços em escolas estaduais. Na quarta-feira passada, o órgão deu o prazo de cinco dias para a Secretaria de Educação apresentar informações para resolver o problema. Os contratos investigados são os firmados com três empresas: Maranata, que faz a limpeza; Toppus, responsável pelos porteiros; e BBC, pelos vigilantes. No despacho assinado pela procuradora do trabalho Adriana Freitas Evangelista Gondim, apenas a Maranata é citada.
Perda de Ministério – A bancada do União Brasil no Congresso está desesperançosa sobre a possibilidade de a sigla manter o Ministério das Comunicações, caso o ministro Juscelino Filho seja exonerado por Lula. A aposta entre os parlamentares do Congresso é que, com uma provável demissão de Juscelino, Lula vá optar por oferecer a pasta para outras siglas. O motivo seria uma insatisfação muito grande do PT com o União Brasil, especialmente na Câmara dos Deputados. Em conversas de bastidores, lideranças do União dizem que a tendência é que a bancada não entregue os votos desejados pelo PT. Com isso, o governo deverá oferecer o Ministério para siglas como o PP ou Republicanos.
CURTAS
FATURAS – Entre as medidas solicitadas pelo MPT, o Governo Raquel deverá esclarecer se há faturas pendentes à empresa Maranata Prestadora de Serviços e Construções LTDA, que é responsável pelo serviço de limpeza de escolas estaduais; se há créditos pendentes; se houve regularização dos pagamentos em atraso, com indicação das penalidades administrativas aplicadas em razão do atraso.
VAI CAIR – O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, descumpriu ordem do presidente Lula ao trazer de volta para a pasta nove demitidos pelo atual governo que ocuparam cargos estratégicos na gestão de Jair Bolsonaro. Desde que assumiu o Palácio do Planalto, o petista tem cobrado de seus ministros uma “desbolsonarização” das pastas. Juscelino também empregou no Ministério a irmã do sócio do haras de sua família, onde cria cavalos de raça.
Perguntar não ofende: O que Lula está esperando para dar o cartão vermelho ao ministro das Comunicações?