Lula 3.0: encontros com influencers e artistas de olho no universo das redes sociais

A versão Lula 3.0 de governo deu indícios, desde antes da campanha eleitoral, que a gestão procuraria novos caminhos para tratar do universo das redes sociais. O presidente parece ter observado uma das estratégias certeiras do último ocupante do cargo, Jair Bolsonaro, e já está colocando-a em prática.

Na última semana, a primeira-dama Rosangela da Silva, a Janja, e o chefe do Executivo se reuniram com influenciadores digitais e artistas no Palácio do Planalto para debater a importância das ações na esfera das redes sociais e mostrar parte da destruição deixada por radicais extremistas. Com os ataques aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro, o grande objetivo da reunião foi fortalecer a democracia e combater as fake news.

Dentre os presentes estavam atores como Bárbara Paz, Caio Blat e Ana Hikari, e influencers como Hawk, Foquinha, Malfeitona, Vitor diCastro, Ivan Baron e Raull Santiago. Além do encontro com Janja e Lula, os convidados visitaram o Museu da República e puderam ver alguns dos estragos deixados pelos vândalos no Planalto. As informações são do Correio Braziliense.

“Foi horrível ver os estragos do dia 8 de janeiro, chocante mesmo. Entrei num banheiro que não tinha pia porque foi arrancada. Foi uma coisa muito forte, ver equipamentos danificados, passei por uma moça que trabalhava em um computador amassado, um Portinari rasgado, é muito chocante. Não à toa, no começo dessa reunião, a Janja lembrou muito bem como eram os estragos, como estavam, acho isso muito importante”, contou o ator e apresentador Vitor diCastro ao Correio.

Para ele, alguns dos danos deveriam permanecer inalterados para que os atos nunca sejam esquecidos. “Porque se esquecermos, a história se repete. Essa reunião com influenciadores surgiu a partir disso. Eles (governo) viram que não dá para criar conteúdo e criar discussões de política durante a eleição. A eleição foi em outubro e aí chega janeiro e isso acontece. Então será que não dava para evitar?”, pondera.

Vitor publicou em seu Twitter, na semana passada, respostas às críticas feitas por digital influencers com posicionamento mais à direita. Esse núcleo criticou o evento, alegando que teve orientações favoráveis a Lula e seu governo. Na publicação, o influenciador afirma que todos os convidados pagaram todos os custos da vinda a Brasília e “não se falava sobre ‘fake news contra Lula’ e sim das mentiras contadas sobre as urnas, sobre a constituição, vacina, programas sociais”, escreveu.

Fake news

Um convidado que sentiu na pele as consequências de notícias falsas é o ativista e influenciador digital Raull Santiago. Em 8 de janeiro, ele estava no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, quando começou a surgir o boato de que os ataques ao Planalto, Congresso e Supremo era causada por “infiltrados”. Fotos de Raull feitas na semana anterior, na posse presidencial, foram usadas atreladas à notícia de que ele seria uma dessas pessoas.

“Simplesmente por verem uma pessoa negra, de terno e gravata, me colocaram nesse contexto, quando nem em Brasília eu estava. A fake viralizou rápido e nacionalmente. Foram duas semanas de caos na minha vida, tendo que desmentir tal situação, inclusive fazendo um boletim de ocorrência da fake”, afirma Santiago.

Essa não foi a primeira vez que o influenciador teve problemas do tipo. “Antes disso, no dia 1º, Preto Zezé da Cufa (Central Única das Favelas), Rene Silva, do Voz das Comunidades, e eu tiramos uma foto com o Alexandre de Moraes. Essa foto, ainda na noite do dia 1º de janeiro começou a viralizar com um texto falso que dizia que ‘o Alexandre de Moraes havia tirado fotos com os líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital)'”, observa.

Raull avalia que a atenção do governo ao potencial das redes sociais é muito importante, levando em consideração o potencial de alcance das plataformas, que têm como destino os mais diferentes públicos. “O governo terá que ousar. Observar seu quadro formado, avaliar se realmente tem pessoas dentro do campo da comunicação federal que tem astúcia e criatividade desse mundo. É preciso aprender com a juventude, por exemplo. E aproximar esses jovens das esferas decisórias em todos os sentidos, mas principalmente na comunicação”, opina.

Ivan Baron, influenciador que subiu a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Lula e de outros representantes da sociedade brasileira, concorda com Raull. “Eu acho de suma importância manter esse diálogo nas redes sociais, pois atinge um maior público, em especial os jovens, que estão começando a formar suas opiniões sobre assuntos que impactam diretamente suas vidas”.

Baron, que representou no ato simbólico milhões de brasileiros com deficiência, enfatizou que o conteúdo da reunião não foi para de alguma forma orientar um discurso “pró-Lula”.

“A importância de continuarmos o debate, isso não inclui deixar de cobrar o governo federal. Pelo contrário, Janja e o presidente Lula querem a sociedade civil cada vez mais presente nesse processo. Um time de influenciadores e formadores de opinião comprometidos com a verdade e desmentindo toda e qualquer fake news que surgir”, aponta o influenciador, que também foi escolhido pelo Ministério da Saúde como embaixador da vacina no Brasil.

Lula antenado

Há tempos que Lula demonstra ter como um de seus públicos de interesse o das redes sociais. Com uma conta no Instagram que mescla postagens informativas com vídeos reels descontraídos, como um em que aparece malhando, o presidente utiliza seus posicionamentos para conquistar jovens e ganhar propriedade de uma ferramenta de comunicação oficial com amplo alcance.

Além das redes, Lula não deixou de explorar novos formatos, em especial no âmbito dos podcasts. Em 2021, foi entrevistado por Mano Brown para o Mano a Mano, exclusivo da Spotify. O episódio foi o mais ouvido naquele ano na plataforma. Já em campanha, em 2022, foi entrevistado no PodPah, onde chegou a bater a marca de 292 mil pessoas acompanhando ao vivo.

Na última quinta-feira, o prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (MDB), voltou a procurar o seu vice Dido Vieira (sem partido), com quem está rompido. Foi uma tentativa fracassada de reaproximação. Nos bastidores, o que corre é que Dido não quer e não tem interesse nesse caminho de volta, magoado com os episódios grosseiros de traição da parte do ex-aliado.

Desesperado, vendo que sua reeleição está ameaçada pelo péssimo governo que faz, Yves tenta a todo custo vincular sua imagem a do vice, para mentir, passar a falsa impressão de que está bem com ele e que contará com seu apoio ao projeto de reeleição.

Mas o que ele diz é tudo mentira. Yves é forte candidato ao Troféu Pinóquio. Dido não quer mais aproximação em hipótese alguma, segundo um interlocutor privilegiado.

Até porque foi candidato a deputado estadual e, apesar de ter enfrentado problemas de saúde na reta final das eleições, ainda teve cerca de 30 mil votos em sua primeira disputa ao legislativo estadual, dos quais 11 mil só em Paulista, desbancando políticos tradicionais e se consolidando como uma nova liderança política da Cidade.

Dido, que nos últimos 120 dias ficou afastado do cenário político da cidade, para cuidar da saúde, volta revigorado, com disposição de disputar a Prefeitura de Paulista. Yves chegou a postar em suas redes sociais uma sequência de fotos, empossando o seu candidato a deputado estadual derrotado, Jorge Carreiro, que voltou com toda sua equipe para Prefeitura, e, que, a partir de agora, volta a mandar de novo na gestão, com uma alta taxa de rejeição.

O prefeito itinerante, que outrora já foi considerado um dos maiores articuladores do litoral norte do Estado, ano passado amargou uma sucessão de derrotas, imposta pelo povo de Paulista aos seus candidatos. Apesar de hoje estar com a “máquina na mão”, tende a sofrer o maior revés das urnas em 2024, quando tentará a reeleição.

Morreu neste domingo (12), em São Paulo, o ex-governador do Amazonas Amazonino Armando Mendes, aos 83 anos. A família do político comunicou seu falecimento em uma nota de pesar.

“Foi uma vida vitoriosa dedicada com muito amor à família e ao povo do Amazonas. Amazonino deixa um Legado incomparável, como homem e político. Lutou bravamente como poucos, mas agora descansa em paz!”, diz a família de Amazonino, em comunicado.

O ex-governador do Amazonas estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. Segundo boletim de sábado (12), ele estava com quadro inalterado, mas estável, sem previsão de alta hospitalar. As informações são da CNN Brasil.

Nascido em Eirunepé (AM), em 16 de novembro de 1939, Amazonino Armando Mendes ganhou destaque na política do Estado do Amazonas, principalmente nos anos 1980 e 1990.

Seu primeiro cargo de relevância nacional foi como prefeito de Manaus, função que ocupou pela primeira vez entre 1983 e 1985. Em 1987, tornou-se governador do Amazonas e, em 1991, senador pelo estado.

Voltou à prefeitura de Manaus em 1993, após deixar o Senado, mas ficou pouco tempo. Em 1994, disputou novamente o governo do Amazonas e venceu a eleição. Desta vez, com a reeleição, ele governou o estado até 2003, quando deixou o cargo para Eduardo Braga.

O retorno de Amazonino à vida política ocorreu em 2009, ano em que voltou à prefeitura de Manaus, onde ficou até 2013. Seu último cargo foi como governador do Amazonas, função que exerceu pela terceira vez entre 2017 e 2019.

A última disputa política de Amazonino ocorreu em 2022, pela disputa do governo do Amazonas, mas, nesta ocasião, o candidato do Cidadania ficou em terceiro lugar, com 18,56% dos votos válidos, e não foi ao segundo turno.

No dia em que relançará o Minha Casa, Minha Vida, na próxima terça-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá assinar uma ordem de serviço para retomar mais de 5 mil obras do programa, de acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. 

Rui participou de vistoria nos imóveis do MCMV, na manhã deste sábado (11), que serão entregues por Lula durante a agenda, que acontecerá em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Do Portal M! com informações do Estadão.

“Aqui em Santo Amaro da Purificação seguimos essa estratégia para concluir as obras rapidamente e poder entregar logo as casas à população. Vamos fazer o mesmo em cidades de todo o país Assim, evitamos a burocracia de ter que contratar outra empresa para fazer os reparos necessários”, disse Rui Costa neste sábado.

Segundo a Casa Civil, a reforma “rápida” dos imóveis que estavam abandonados foi fruto de uma parceria firmada entre o Governo Federal e o Estado baiano – algo que o Executivo quer reproduzir em outras localidades.

Obras de pavimentação asfáltica, pintura externa, revisão de telhados, bem como serviços de poda de plantas e limpeza da área externa estão entre as intervenções realizadas nos residenciais Vida Nova Santo Amaro e Vida Nova Sacramento, que contam com 684 unidades habitacionais.

Rui Costa disse ainda que o governo está discutindo uma solução jurídica para que Estados e municípios executem serviços de reparo em obras que já estão bastante avançadas, com o fim de acelerar as entregas. 

Segundo o ministro, são 170 mil moradias em todo o Brasil que já estão com mais de 90% de conclusão. “Estamos discutindo uma solução jurídica para que estados e municípios, que são mais rápidos na execução desses serviços de reparos, executem esses serviços. Queremos, até o final do ano, entregar essas 170 mil unidades a que me referi. Retornamos com a faixa 1 e esse será o carro-chefe do programa”, afirmou o ministro.

“Quando estive aqui em janeiro, vi esse condomínio que estava concluído há seis anos, iniciado ainda no governo Dilma, e que foi deixado de lado. Retiraram até a segurança do local e aí furtaram quadro de luz, vaso sanitário, entre outras coisas. A determinação do presidente Lula é agilizar os consertos e entregar todos os imóveis”, disse ainda Costa.

Na terça-feira (14), além de Santo Amaro da Purificação, serão entregues imóveis em outras cidades de forma simultânea. A ideia é que ministros do governo Lula estejam nos outros locais e por meio de um link ao vivo ocorra a comunicação com o presidente, informou a Casa Civil.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apesar do relançamento do programa estar marcado para terça, o governo levará mais tempo para de fato engrenar o MCMV em seu novo modelo. 

A expectativa é a de que a definição de todo arcabouço do novo programa demore meses. Com isso, é possível que as primeiras contratações ocorram apenas no início do segundo semestre. O período dá margem para o Executivo trabalhar mais intensamente na retomada de obras paradas. 

As estimativas que circulam no mercado dão conta da possibilidade de quase 40 mil unidades voltadas à população de mais baixa renda serem retomadas neste ano.

Sem mencionar casos específicos, o procurador-geral da República Augusto Aras, divulgou, ontem, nota de repúdio a acusações de omissão dirigidas a ele. “Qualquer imputação de omissão dirigida ao PGR atinge também os subprocuradores que integram a cúpula da instituição e o próprio MPF”, afirma Aras.

Ao longo da nota, Aras enfatiza diversas vezes que não atua sozinho na PGR, e sim junto com 74 subprocuradores, e destaca que a “independência funcional também é uma garantia contra eventuais abusos de agentes públicos, integrantes de órgão ou poder”. As informações são da CNN Brasil.

Ele também ressaltou as diversas atribuições que se acumulam no cargo de PGR. “Para atender à grande demanda institucional e para suprir todas as deficiências encontradas nos distintos órgãos em que deve atuar, o PGR conta com dezenas de subprocuradores-gerais da República, cujo título por si só reflete que estes pares devem auxiliá-lo na gestão e na atividade-fim do MPF”, diz a nota.

Como tem feito em outras manifestações públicas, Aras reforçou que sua gestão “tem se pautado pelo respeito à Constituição e ao devido processo legal como garantia fundamental para evitar excessos, abusos e desvios”.

De acordo com o PGR, essas “mazelas” de gestões anteriores conduziram “cidadãos a prisões ilegais, com a criminalização da política e irreparáveis prejuízos à economia”, disse em referência à Operação Lava Jato.

Aras é alvo de acusações de leniência por não ter aberto investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o indicou. Desde os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, o PGR busca proteger a instituição de críticas.

No dia seguinte aos atos, disse em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), governadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que “não faltou Ministério Público” em sua gestão e que em 2021 e 2022 não houve atos de violência capazes de atentar contra a democracia.

Na abertura do ano Judiciário no STF, em 1º de fevereiro, Aras disse que o órgão evitou manifestações extremistas “de forma estrategicamente discreta”.

O diretório do PT do Recife se reuniu, na manhã deste sábado (11), para debater os rumos da sigla na capital. O encontro aprovou a participação do PT na gestão municipal.

Com isso, a legenda deve assumir o comando da Secretaria de Meio Ambiente e Habitação na Prefeitura do Recife. As informações são do Blog da Folha.

De acordo com resolução, aprovada neste sábado, “o alinhamento das frentes nacional e local tem o condão de representar um fortalecimento da democracia e da qualidade de vida do povo recifense, mormente se este alinhamento for programático e metodológico, com valorização das práticas de participação popular inerentes às gestões petistas”.

Confira a resolução na íntegra:

RESOLUÇÃO DO DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PT RECIFE PARTICIPAÇÃO DO PT NO GOVERNO JOÃO CAMPOS

Recife, 11 de fevereiro de 2023.

A vitória do povo brasileiro, representada pela eleição do Presidente Lula, trouxe a esperança de volta ao Brasil, à América e ao Mundo, em um sentimento de união e reconstrução.

Com a frente ampla liderada pelo companheiro Lula, o povo brasileiro impôs uma vitória significativa sobre o neofascismo, mas o projeto de retrocessos da necropolítica não recrudesceu totalmente, fato que demanda a continuidade das articulações políticas em defesa da democracia, em todos os níveis da Federação.

O PT do Recife construiu um legado vitorioso no atendimento às demandas sociais urgentes da nossa cidade, a exemplo das gestões petistas de João Paulo e João da Costa, que nos habilita a, junto à nossa base social, propor políticas públicas para a classe trabalhadora, transversalizadas pela promoção da igualdade racial, de gênero e de enfrentamento às discriminações e violações de direitos humanos e defesa do meio ambiente, em uma frente ampla local.

Por tais razões, consideramos que o convite do Prefeito João Campos para compor seu governo, pode representar uma construção programática para se contrapor às forças da extrema- direita organizadas localmente, assim como para ratificar a frente ampla consolidada em nível nacional pelo PT e pelo PSB, representada pelo Presidente Lula e pelo Vice-Presidente Geraldo Alckmin.

O alinhamento das frentes nacional e local tem o condão de representar um fortalecimento da democracia e da qualidade de vida do povo recifense, mormente se este alinhamento for programático e metodológico, com valorização das práticas de participação popular inerentes às gestões petistas.

A cidade do Recife tem desafios históricos, em especial os relativos ao déficit habitacional e à ocupação que decorre da segregação urbana, que foram enfrentados com coragem pelas gestões petistas, mas que demandam aprofundamento.

O PT, se somando ao governo municipal no planejamento e proposição de políticas públicas, fortalecerá a gestão para melhorar a vida do povo recifense. Essa construção será feita com um amplo diálogo, respeitando a autonomia da bancada petista na Câmara Municipal, as direções partidárias e todas as formas de representação social do Partido das Trabalhadoras e Trabalhadores.

Isso posto, o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores do Recife aprova por unanimidade a participação no Governo Municipal, assumindo as Secretarias de Meio Ambiente e de Habitação com a responsabilidade de seguir as diretrizes do modo petista de governar.

DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DO RECIFE

A ex-presidente Dilma Rousseff deve receber um salário de pelo menos R$ 290 mil por mês caso seja confirmada a indicação do nome dela para a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como o “Banco do Brics”. Dilma será a primeira mulher brasileira a dirigir um banco multilateral.

Segundo o último balanço anual divulgado pelo NBD, o total pago em salários e benefícios aos seis postos de chefia do banco — formados pela presidência e cinco vice-presidências — é de US$4 milhões por ano. O relatório contábil não discrimina o valor pago a cada um e informa somente o gasto global.

Em um cenário hipotético, em que o valor fosse dividido igualmente entre os seis cargos, cada um receberia US$ 55,5 mil por mês — equivalente a R$ 290 mil mensais. O GLOBO questionou o banco sobre o valor exato, mas ainda não teve resposta.

Atualmente a instituição financeira tem uma carteira que soma US$ 32,8 bilhões financiados em 96 projetos pelo mundo. A meta, segundo relatório divulgado banco, pelo é investir mais cerca de US$ 30 bilhões até 2026.

Brasil já recebeu US$ 5 bilhões

O NDB é um dos oito grandes bancos de desenvolvimento mundiais, ao lado de órgãos como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Europeu de Investimento, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Asiático de Desenvolvimento, Banco Mundial, entre outros.

À frente do NDB, Dilma terá como missão mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos Brics e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento. No total, o Brasil já recebeu mais de US$ 5 bilhões do NBD desde sua fundação.

A China lidera esse ranking com mais de US$ 8 bilhões. Segundo um interlocutor da ex-presidente, sua indicação para presidir o banco seria também uma forma de reaproximar o Brasil da China, já que Dilma mantém boas relações com o presidente chinês Xi Jinping, que já estava no poder durante seu mandato.

O foco do banco é o financiamento de projetos de energia limpa e eficiência energética, infraestrutura de transportes, saneamento básico, proteção ambiental, infraestrutura social e digital. Tanto empresas privadas quanto órgãos públicos podem ter empréstimos aprovados pelo Banco dos Brics.

Obras financiadas

Entre alguns dos grandes projetos aprovados em 2022 estão a construção de uma linha de metrô na Índia e uma ponte rodoviária na China. No Brasil, foram aprovados no ano passado ações como um empréstimo para a prefeitura de Aracaju investir um valor de US$105 milhões para obras de saneamento básico, drenagem, pavimentação e recuperação de vias.

O NDB também aprovou um investimento de US$ 300 milhões para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) realizar obras. Outro recurso destinado ao Brasil foi um valor de US$ 100,15 milhões para a Companhia Energética de Brasília (CEB) investir em lâmpadas de LED da iluminação pública da capital federal e construir uma usina solar fotovoltaica.

A instituição financeira foi fundada em 2014 e tem como sócios principais seus países fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Porém, o banco só passou a operar em 2016.

Combinados, os países sócios-fundadores somam 26% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e concentram 42% da população. Recentemente a instituição que fica sediada em Xangai também admitiu como novos membros Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai.

Segundo publicou o jornal Valor Econômico, o NBD é o banco multilateral em que o Brasil tem a maior quantidade de ações (20%). No BID, por exemplo, sua fatia é de 11,35%, e no Banco Mundial de 2,21%. Dono de um quinto da participação no banco, o país é sócio paritário ao lado de algumas das maiores economias mundiais como China e Índia.

Em evento com brasileiros na Flórida, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, ontem, que pretende voltar ao Brasil nas próximas semanas e que sua “missão” ainda não acabou.

Durante o discurso, na igreja evangélica Church of All Nations, Bolsonaro disse que não conseguiu se reeleger “diante do TSE” e que pretende colaborar com a direita brasileira. As informações são do O Antagonista.

“É uma satisfação muito grande a forma que vocês têm me tratado em qualquer lugar desse globo. Isso não tem preço. Ainda mais para quem, pelo menos diante do TSE, não conseguiu se reeleger. Todos nós temos uma missão aqui na Terra, a minha missão ainda não acabou. Não interessa o que venha a acontecer comigo aqui ou no Brasil”, afirmou.

Sobre sua intenção de colaborar com a liderança da direita no país, ele disse: “No momento não temos uma liderança da direita nacional. Temos regional. Esse pessoal vai crescendo. Nós vamos nos fortalecer. Nós voltaremos. A nossa vocação é ser mais que extensão, na verdade, uma grande nação. Olha o que Israel não tem, e veja o que eles são. Olha o que nós temos, e o que nós não somos.”

O discurso foi feito para uma plateia de cerca de mil pessoas, de acordo com estimativa dos organizadores.

Passado mais de um mês desde o início do governo, a equipe ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não fechou todas as nomeações para cargos de segundo e terceiro escalão.

Às vésperas de o Congresso Nacional iniciar a discussão de projetos de interesse do governo, como a reforma tributária e as medidas provisórias editadas por Lula, o Palácio do Planalto tem intensificado as articulações com os partidos para preencher as vagas restantes nos ministérios e definir quais siglas ficarão com o comando das estatais.

O último esforço para distribuir cargos e fortalecer a base aliada do governo no Congresso ocorreu durante as negociações para reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidente do Senado, mas ainda há muitos espaços de direção vagos na Esplanada e em empresas estatais. As informações são do Metrópoles.

Na última semana, Lula fez a primeira reunião do conselho político desde que deu início ao seu terceiro mandato como presidente. Na ocasião, pediu que ministros e líderes do governo no Congresso destravem as nomeações para dar fôlego ao Planalto na volta dos trabalhos legislativos, logo após o feriado.

Ministros têm tido “carta branca” para definir os principais cargos de suas pastas, como o de secretário-executivo e o de chefe de gabinete. Outros nomes, porém, precisam do aval da Casa Civil. Auxiliares palacianos reconhecem certa demora na definição das nomeações, mas julgam o cenário como “natural”, dado que o governo tem pouco mais de um mês.

No Ministério do Trabalho, por exemplo, apenas um dos secretários havia sido nomeado até o fim da última semana – e ele não faz parte dos acertos políticos para o fortalecimento da base. Trata-se do ex-ministro petista Gilberto Carvalho, que será secretário Nacional de Economia Popular e Solidária. Outras secretarias, como a de Inspeção do Trabalho, que tem o importante papel de coibir o trabalho análogo à escravidão no país, seguem vagas e estão sendo negociadas.

Comando de estatais

Enquanto o Planalto tenta bater o martelo sobre os nomes que integrarão cargos de secretarias, os partidos interessados na disputa brigam por mais espaço no time do presidente e no comando de estatais.

Na lista de estatais vagas estão:

  • o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE);
  • o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs);
  • o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit);
  • a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene);
  • a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam);
  • os Correios;
  • o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); e
  • a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Siglas do centro têm reclamado do “apagão” das nomeações, como a situação tem sido chamada entre aliados e interlocutores. Parlamentares do Centrão também têm criticado as demandas impostas pelo PT para comandar estatais.

O partido do presidente Lula foi o mais beneficiado na montagem do primeiro escalão do governo. Ao todo, dirigentes do PT comandam 10 pastas da Esplanada dos Ministérios, entre elas a Casa Civil, chefiada por Rui Costa, e o Ministério da Fazenda, que tem Fernando Haddad como chefe da equipe econômica.

Apesar de ser maioria na Esplanada, o PT tem reivindicado espaço da Codevasf, que também é cobiçada pelo União Brasil, de Elmar Nascimento. O partido indicou três nomes para a equipe ministerial de Lula, conseguindo o comando dos ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional; do Turismo; e das Comunicações.

O União, porém, não garante amplo apoio ao governo Lula no Congresso e quer negociar mais cargos. Além da Codevasf, a sigla mira o comando da Sudene.

PP e Republicanos

Responsável pela articulação política com o Legislativo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tem intensificado conversas com dirigentes do PP, de Arthur Lira (AL), e do Republicanos, de Marcos Pereira (ES).

As duas siglas ajudaram a compor a base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso durante a gestão passada. Segundo interlocutores, porém, partidos têm se mostrado dispostos a fazer aliança com o governo Lula para aprovar pautas prioritárias em troca de espaço na administração petista.

Lula trabalhou pela reeleição de Lira para a presidência da Câmara e, por isso, quer apostar nessa relação para construir aliança com o PP. A ideia do Planalto é investir na manutenção de cargos ocupados por dirigentes do partido que hoje comanda, por exemplo, o Dnocs.

Para atrair o Republicanos para a base do governo, Lula endossou acordo feito por Lira ainda em 2021 para que Jhonatan de Jesus fosse indicado para uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). O nome do parlamentar foi aprovado pelo Senado na última semana por 72 votos favoráveis, dois contra e uma abstenção.

Em suas mais de quatro décadas de carreira, Xuxa se dirigiu sobretudo aos “baixinhos”. Mas, fenômeno pop gigantesco, acertou o Brasil inteiro. Depois, conquistou um público numeroso em outros países também.

Em 27 de março, ela completará 60 anos mostrando que sua presença ainda é poderosa na televisão, no cinema, no streaming e até em alto-mar. E não se trata de força de expressão. Ela passará a data a bordo de um cruzeiro que zarpará de Santos em 24 de março.

O roteiro será orientado pela meteorologia: a embarcação vai navegar na “direção do Sol”. O Navio da Xuxa só atracará de volta em Santos dia 27, o do aniversário. Os muitos shows, projeções e confraternizações com os fãs a bordo serão transmitidos pelo Multishow num especial.

Em 4 de março, o Canal Viva relançará 17 episódios do “Xou da Xuxa”. A Rainha também é tema de uma série documental dirigida por Pedro Bial para o Globoplay, ainda sem data para estrear. E estrela “Tarã”, uma ficção para o Disney+, e o reality “Caravana das drags”, para o Prime Video da Amazon. No meio do ano, chegará aos cinemas o longa “Uma fada veio me visitar”, adaptado de um livro de Thalita Rebouças.

Nesta conversa de quase duas horas com a colunista Patrícia Kogut, do O Globo, ela fez um balanço da carreira, falou das agruras do envelhecimento, de Marlene Mattos, do desejo de ser avó e de política. Tudo com a espontaneidade e o peito aberto que conserva intocados desde os primórdios.

Fazer 60 anos

Vejo este momento por dois aspectos. Um, de mulher realizada com o homem que eu amo. Chegar aos 60 com um cara que te ama como o Ju (Junno Andrade) me ama faz a minha vida íntima ser redondinha. Minha filha é independente e me manda mensagem todos os dias, de manhã e de noite e sempre envia uma foto em que está sorrindo. Estou no auge que um ser humano pode alcançar como amante, como mulher, como mãe. Mas olho minha pele enrugadinha e é um outro lado da idade. O colágeno não existe. Minha pele é castigada do sol, que continuo pegando, porque adoro. Por mais que eu use os melhores cremes, me olho no espelho e não me vejo como antes. Ju fica dizendo que sou linda e gostosa. Mas eu trabalho com a imagem desde jovem e sei que não é igual. É difícil. Me olho e falo: nunca mais terei aquele corpo, aquela cinturinha.

A dor da cobrança nas redes

As pessoas me cobram: “A Xuxa tá velha”. Não fico magoada. Eu tenho espelho em casa. Eu sei. Eu entendo elas. Eu sei me olhar com o olhar delas. Mas meus fãs de antigamente também envelheceram. E não querem se ver desse jeito. Muitas dessas pessoas, pelo visto, não têm maturidade para curtir essa fase. Moramos num país onde “velha” vem como um negócio pesado. Colocam uma coisa ruim ao lado da experiência que a maturidade traz. Eu sou uma privilegiada, se você puser a minha história ao lado das de tantas outras mulheres. Não sofri preconceitos ao longo da minha carreira. E continuo trabalhando aos 60.

O documentário

Pedro Bial é meu amigo. Uma das primeiras grandes entrevistas dele na Globo foi comigo. Ele me mostrou as imagens. Foi em 86/87. Ele foi até a nossa casa em Coroa Grande (na Zona Litorânea do Rio, onde ela cresceu). Eu era garota e dizia assim: “Quero ser uma velhinha chocante”. Eu disse a ele que não queria mesmo fazer algo chapa branca, tipo “Xuxa, eu te amo. E eu me amo”. Ele me botou em saias justas. Reencontrei o ator de “Amor estranho amor” (Marcelo Ribeiro. O filme é de em 1982, quando ele era criança). E a Marlene, com quem não falava havia 15 anos. Eu acho que ela foi meio armada, achando que era “meu documentário, feito pelo meu amigo Pedro”. Já chegou de um jeito assim: “Se vocês acham que vou pedir desculpas, não vou”. Ela não mudou nada. Isso me deixou chocada. Eu mudo quase diariamente.

Vacinação

Com a música “Ilariê” a gente já conseguiu que 96% das crianças brasileiras se vacinassem. Campanha de vacinação é um negócio assim que dá uma alegria… Agora estamos lá em baixo. Como pode? Eu que me ofereci para ser embaixadora da Campanha de Vacinação do Ministério da Saúde. Procurei descobrir o telefone da Janja (a primeira-dama) e me pus à disposição. Eu fiz isso com todos os ex-presidentes do Brasil. Menos com aquele que chamo de tudo, menos de gente (ela se refere a Jair Bolsonaro). Quero voltar a trabalhar ao lado do Zé Gotinha. Mostrar a carteirinha de vacinação da minha filha. Já pedi autorização a ela, porque Sasha é discreta e não gosta de aparições públicas. Ela topou.

Bolsonaro

Nunca fui petista, pelo contrário. Mas fui contra esse homem desde o início. Mas antes eu era contra o genocida. Só que depois que o Bozo falou aquilo de “pintou um clima” para se referir a meninas adolescentes, tive muito nojo. Queria muito fazer uma campanha chamada “Pintou um crime”. Contra velhos babões que olham para crianças de 12, 13, 14 anos. Como eu fui olhada quando era criança. Crianças dessa idade não se prostituem, são exploradas. A gente tem que mostrar que isso está muito errado. Não podem passar a mão na cabeça. No mínimo, ele deveria ter chamado a polícia, se achou que havia algo errado ali.

A morte da irmã

Esses dias, perdi minha irmã (a pedagoga Mara Meneghel morreu de embolia pulmonar em Barcelona, onde vivia). Ela era saudável, uma pessoa de grande coração, que ajudava todo mundo. Estava com viagem marcada para o Brasil. Acordou com um resfriado e acabou assim. É um grande aviso para as pessoas não fazerem o que eu fiz: eu estava sem falar com ela. Foi por divergência política. Ela ficava me mandando uns vídeos com fake news. Falei para parar. Não parou e eu bloqueei ela. Não tem amanhã garantido, nem para quem está com saúde.

Falar de amor

Eu era uma pessoa incapaz de falar de afeto. Nunca disse ao Ayrton (Senna, seu ex-namorado) que gostava dele. Eu era uma idiota. Não falava o que sentia. Hoje falo isso toda hora. Ao Ju, digo o dia todo o quanto amo ele.

Filha e netos

Sasha é um orgulho. Se formou em moda, tem sucesso no caminho dela. Queria muito ser avó. Eu pressiono ela. Mando vídeos de crianças fofas, brinco e sempre encerro a mensagem dizendo: “Sem pressão”. Ela ri.

Cuidados

Tenho muita energia. Se subir na esteira, ando cinco, seis quilômetros e só paro porque tenho um ossinho quebrado no pé que dói. Mas não sinto cansaço. Me cuido, sou vegana, nunca fumei, tenho intolerância ao álcool, faço reposição hormonal. Está tudo certo. Não tenho vontade de fazer plástica no rosto, fiz na barriga há pouco tempo, mas não ficou como eu imaginava, tanquinho.

‘Xou da xuxa’ no Viva

Estou receosa com a estreia dos programas antigos. A gente fazia brincadeiras naquela época que hoje seriam justamente consideradas erradas. Estou com medo de como as pessoas vão receber, de virar meme. Eu falei coisas que hoje não falaria.