“No momento em que o servidor sofre, com contracheque de 100 reais devido ao corte da insalubridade, que falta remédios nas unidades de saúde, o prefeito e sua cunhada gastam mais de oitenta mil reais com uma empresa de meditação. Isso é um deboche com a população e os servidores. Já que não tem remédio, vão tratar as pessoas com medicina alternativa: chás, yoga, incensos, meditação. Estão brincando com o povo de Arcoverde”, disse Célia diante o silêncio da bancada governista.

Entre agosto e dezembro do ano passado, a empresa já teve cinco pagamentos, que juntos somam exatamente R$ 82.450,00 (oitenta e dois mil e quatrocentos e cinquenta reais).

Ricardo era um homem alegre e feliz. Convivi de perto com ele. Era político, empresário da comunicação e fazendeiro. Na comunicação, me ajudou com suas placas de outdoor a chegar ao grande público com minha ousadia no pioneirismo do mundo da blogosfera em Pernambuco.

Ricardo era um doce, era como um lírio. E como os lírios, sabia que um dia ia morrer. Os lírios morrem, mas vivem no presente, no futuro. Ricardo viveu o presente conjugando o futuro. Olhai os lírios do campo, eles são belos. Jesus nos ensinou que a sabedoria é viver o presente. “Por que andais ansiosos com o dia de amanhã? Olhai os lírios do campo, olhai as aves do céu. Os lírios do campo serão cortados e morrerão”, diz a palavra eterna.

Ricardo era um lírio cortado por dentro pela enfermidade do século, o câncer. Mas nunca deixou de brilhar e ter a essência dos lírios. Vez por outra, ele me convidava para ver os lírios da sua fazenda em Carnaíba, no meu Pajeú das flores, onde todas as almas são de cantadores, como disse Rogaciano Leite, o trovador do improviso.

Ricardo deixou seus lírios e foi levado de supetão para o paraíso, nos pregando um susto. Adélia Prado tem um verso que diz que o paraíso é igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma diferença: a gente não vai mais ter medo. Os físicos antigos olhavam para os céus estrelados e ouviam a silenciosa música das esferas.

A partir da saudade instalada em nós pela partida de Ricardo, só nos resta olhar para os céus e enxergá-lo como um lírio.

“No ano passado, quando teve aquela chuva que alagou tudo, perdi muita coisa. Foi uma tristeza. Mas nessa noite foi diferente. Mesmo com a chuva que caiu, o canal não transbordou e pudemos dormir tranquilos”, contou o aposentado Marcos Antônio, que reside na rua Cícero Caldas. “A limpeza e o alargamento do canal deu certo e dessa vez não perdi nada”, acrescentou o ambulante Josias Ribeiro de Lima.

Outro ponto do Jaboatão onde os moradores passaram a madrugada da segunda-feira sem sustos foi a Rua Severino Varejão, no bairro de Cavaleiro. A via está recebendo novo sistema de drenagem e, apesar de a obra ainda não estar concluída, o serviço feito até o momento foi suficiente para evitar alagamento. “Há 40 anos que vemos nossas casas serem alagadas quando chove, mas essa obra que está sendo feita pela Prefeitura já foi suficiente para suportar o volume da água que caiu. Foi um verdadeiro teste de fogo. Agora estamos confiantes de que vamos ter mais tranquilidade no inverno”, disse Marcelo Torres.

“Ouvir o relato dos moradores sobre o resultado do trabalho que estamos realizando dá muita satisfação, porque estamos nos empenhando com ações preventivas para evitar tantos transtornos nos períodos de chuva. Diariamente temos equipes limpando canais, galerias e canaletas. A chuva de ontem foi muito forte e tivemos vários pontos sem alagamentos. Ainda há muito o que fazer na cidade, mas exemplos como de Santo Aleixo e Cavaleiro demonstram que a prevenção é fundamental nesse trabalho de proteção da população”, ressaltou o prefeito Mano Medeiros.

GABINETE DE EMERGÊNCIA

Ontem, inclusive, o prefeito reuniu o secretariado e anunciou a instalação do Gabinete de Emergência, que tem o objetivo de cuidar do planejamento dAS ações preventivas. “Estamos no mês de fevereiro, no entanto é preciso cuidar de cada detalhe com antecedência. As secretarias vão trabalhar unidas, definindo suas prioridades, mas com um só objetivo, que é preparar Jaboatão para os momentos de maior dificuldade. Sabemos que não podemos fazer tudo, porém reduzir os transtornos e salvar vidas têm que ser a prioridade”, disse Mano.