Ex-presidente do sindicato da PF defende-se do flagrante: “Estava só registrando a quebradeira”

No domingo (8), o ex-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF) Fernando Honorato estava dentro do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) quando o principal prédio do poder Judiciário foi depredado. Em dois vídeos, ele registrou os golpistas baderneiros invadindo o prédio e quebrando tudo. Nada fez para evitar os atos de vandalismo. E, nos vídeos, registrou que era “o povo” quem fazia a quebradeira e acusava os ministros de “corrupção” e de “safadeza”. Em sua defesa agora, Fernando Honorato afirma que estava simplesmente “registrando a quebradeira”.

Fernando Honorato é um de pelo menos quatro lideranças da Polícia Federal que estão sendo investigadas por envolvimento direto com os atos golpistas do domingo. Ele foi presidente do Sindipol-DF até 2004. Na quinta-feira (12), quando teve acesso aos dois vídeos, o Congresso em Foco entrou em contato com Honorato. Enviou a seguinte pergunta para seu número de whasapp: “Há dois vídeos do senhor no STF no domingo participando da depredação. O senhor gostaria de dizer algo em sua defesa?”. Não houve resposta.

Dois dias depois da publicação da matéria com os vídeos, Fernando Honorato enviou resposta, às 14h24 deste sábado (14). Na resposta, ele alega: “Apenas relatei o que tinha acontecido”. É preciso registrar que Honorato não está mais na ativa como policial federal. Como ele mesmo afirmou ao Congresso em Foco, está aposentado, embora ainda exerça liderança sobre a corporação, uma vez que presidiu o sindicato da categoria. Não estava, portanto, trabalhando. E, se não era sua intenção, como alega, participar das manifestações, o vídeo mostra que ele usava camiseta da Seleção Brasileira, o uniforme dos manifestantes, e, aparentemente, tinha amarrada às suas costas uma bandeira do Brasil.

Veja abaixo a íntegra da troca de mensagens deste sábado desde a primeira resposta de Fernando Honorato:

“Eu não sei como você pode tirar a ideia que eu tenha participado da quebradeira. Apenas relatei o que tinha acontecido. Cheguei no local depois da chegada da Polícia do Distrito Federal. Constatação de acontecido agora virou participação?”

“Registrarei sua resposta. Mas o senhor parece endossar o que está acontecendo. Diz que é “o povo” que está fazendo. Como policial, o senhor não deveria tentar conter os atos criminosos?”

“Não só o policial deve impedir o acontecimento de um crime, mas todo cidadão também. Como já disse, eu cheguei no prédio do STF depois que a PM já estava dentro do prédio e enquanto eu estava filmando o ocorrido no plenário do Supremo não aconteceu nenhum tipo de depredação. Entretanto, logo em seguida os policiais da operação pediram para que todos saíssemos, no que atendi prontamente”.

“Mas no vídeo que o senhor publicou no STF ainda está havendo depredação. Inclusive, o brasão da República ainda está na parede de mármore atrás da cadeira da presidente. E nós sabemos que ele foi retirado. Há imagens dele em cima de uma das poltronas”

“Eu fiz questão de filmar o brasão e a cruz (crucifixo de madeira que também fica na parede no fundo do plenário do STF) em demonstração de respeito pela República e por Jesus. Agora, se ele foi arrancado depois que eu saí do prédio eu não tenho conhecimento. Só sei que quando saí, já fiz outra filmagem só por fora no momento em que o povo, patriotas, estava sendo atacado por bombas de gás lacrimogêneo” [No vídeo que Honorato fez, não parece ninguém sendo atacado por bombas de gás lacrimogêneo]

“O senhor está em Brasília? Foi procurado para prestar esclarecimentos?”

(Sem resposta)

“De qualquer modo, muito obrigado pelas respostas. Vou registrá-las ainda hoje”

“A princípio, eu não sabia qual povo tinha quebrado o STF, pois, como já disse, cheguei ao local depois do ocorrido. Agora, todos nós sabemos que o povo foi o filiado ao PT, o povo filiado ao Psol. O povo filiado aos demais partidos comunistas”.

“Que elementos o senhor tem disso? E, de novo, os vídeos dão a impressão de que o senhor endossa o que está acontecendo”.

Bem, você deve estar falando do meu jeito áspero de falar. Se é isso, digo que sou assim mesmo.

“Sem entrar na questão do envolvimento ou não na quebradeira, mas somente para o rigor da informação: o senhor estava lá para participar das manifestações, certo? Como cidadão?”

Na realidade, eu não tinha programado estar nesta manifestação. Tanto é que eu passei a manhã toda, até as 12h30, na feira livre de automóveis em Taguatinga tentando comprar um carro usado. Por volta de 13h, peguei marmitas na churrascaria perto do banco, perto da feira, e fui para casa almoçar. Depois do almoço, fui para o Pier 21 [shopping à beira do Lago Paranoá], pois queria assistir a um filme. Mas, quando estava me aproximando do Pier 21, passou por mim um comboio composto de carros da PM-DF. Achei aquilo muito estranho e resolvi segui-lo. Eles entraram atrás daquela entrada que atrás do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Eu estacionei ali, pois a entrada é restrita para carros e segui andando até o prédio do STF.

“Por que o senhor apagou os vídeos das suas redes sociais?”

(Sem resposta)

“Obrigado pelas respostas. Pergunto novamente se o senhor está em Brasília e se foi procurado para dar esclarecimentos”

(Sem resposta)

Às 16h31, Fernando Honorato envia um vídeo que mostra policiais “chamando os manifestantes para dentro do Congresso”. No texto, diz: “URGENTE!!!! Novo vídeo mostra policiais chamando os manifestantes para dentro do Congresso!! Isso muda tudo!!! E agora??? Repassem ao máximo, pois os perfis que postaram nas redes já foram removidos!!!!”.

O Congresso em Foco questiona; “Mas no que isso ajuda o senhor? Isso só reforça a suspeita de que houve conivência das forças policiais. E o senhor, embora não seja da PM, é policial: federal”. Honorato responde, ao final da conversa: “Servi à Polícia Federal por 33 anos e completo este ano oito anos que já estou aposentado”.

O empresário João Carlos Paes Mendonça, presidente do Grupo JCPM, negou, há pouco, em conversa com este blogueiro, a notícia do jornal O Globo. O colunista Lauro Jardim publicou uma nota informando que o empresário iria vender seus 11 shoppings localizados em quatro Estados do Nordeste.

“Ao contrário do que foi dado pelo colunista, a Divisão de Shoppings do meu Grupo não está em negociação. Aliás, estamos atentos a novas oportunidades de aquisições”, disse João Carlos Paes Mendonça.

Após a intervenção federal em Exu, durante seu Governo, como medida para trazer a paz de volta, depois da guerra sanguinolenta entre as famílias Alencar, Sampaio e Peixoto, o então governador Marco Maciel entra em Exu ao lado de Luiz Gonzaga, da esposa do Rei do Baião, D. Helena, e de sua esposa, Anna Maria. Se você tem uma foto histórica no seu baú e deseja vê-la postada neste quadro, envie agora pelo WhatsApp 81.98222.4888.

Uma semana depois dos atos criminosos registrados em Brasília, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes e destruírem o patrimônio público, aliados de presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisam como, politicamente, as ações podem influenciar os próximos anos do mandato que mal começou.

O entendimento nos bastidores do Palácio do Planalto é de que as prioridades mudaram.

Se, antes, a ideia era dar uma resposta econômica já nos primeiros 100 dias de governo –em especial na tentativa de cumprir as promessas aos mais pobres de se acabar com a fome e ao mercado financeiro de se criar uma nova âncora fiscal, por exemplo–, agora é como se um novo governo começasse. As informações são da CNN Brasil.

A visão de aliados de Lula é de que a maneira como o presidente e seus comandados estão lidando e vão lidar com a crise democrática faz com que uma espécie de nova oportunidade tenha chegado até o PT.

Durante a semana passada houve uma aproximação entre o Executivo e o Judiciário, além do Legislativo que, antes mais resistente, passou a dar ao Executivo federal um respaldo até então inimaginável.

No Congresso Nacional, hoje, até mesmo alguns parlamentares mais bolsonaristas evitam criticar com ênfase as ações de Lula.

No dia em que o decreto de intervenção na segurança pública do governo do Distrito Federal foi votado e aprovado pelos parlamentares, alguns senadores e deputados ainda se posicionaram na tribuna da Câmara e do Senado contra a intervenção do governo Lula.

No entanto, após a Polícia Federal encontrar na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres uma minuta de projeto para propor “estado de defesa” visando alterar o resultado das eleições presidenciais, o silêncio da oposição tem chamado a atenção de governistas ouvidos pela CNN.

Prazo curto

Por outro lado, fora dos microfones, parlamentares fazem questão de enfatizar à CNN que a trégua tem período contado, que será curto e vai depender das próximas movimentações do petista.

A ideia do prazo curto também é entendida pelo cientista político Creomar de Souza.

“Me parece que a oportunidade criada pelo consenso existe. A questão é a durabilidade dele. Isso quer dizer: por quanto tempo a vontade de enfrentar um inimigo comum suplanta interesses paroquiais?”, questiona Creomar.

Ainda segundo ele, a capacidade do Executivo de manter o caminho das ações em uma direção que agrade ou, ao menos não desagregue os atores que até aqui estão na mesma página, vai determinar o tempo exato dessa trégua política.

Ou seja, até onde Lula conseguirá combater as tentativas golpistas por parte de uma parcela pequena da população sem irritar, por exemplo, o presidente da Câmara dos Deputados e antigo aliado de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL)?

Um parlamentar do PT ouvido pela CNN questiona até onde o presidente da República conseguirá punir os responsáveis pelos atos criminosos sem desagradar ainda mais as Forças Armadas.

Dentro do PT, o entendimento é que paralelamente às ações do governo Lula para manter o Estado Democrático de Direito e os Poderes unidos, ações para a população em geral, em especial aos pobres, precisam começar a serem estudadas.

Um dos principais assessores do presidente diz que passado o quebra-quebra do dia 8, em poucos dias, o eleitor já estaria mais preocupado em saber se o governo está trabalhando para melhorar a moradia, garantir comida na mesa, aumentar o salário-mínimo.

Esse interlocutor petista ainda pontuou que a recente fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que nem mesmo o aumento prometido de R$ 18 no salário-mínimo deve ocorrer, dificulta a imagem positiva de Lula entre os seus.

“Na hora do vamos ver, é essa população que segura o PT no poder, que vota e que vai pra rua nos defender”, completa.

De vez em quando, chegam a mim manifestações carinhosas de leitores do blog e ouvintes do Frente a Frente, programa que ancoro pela Rede Nordeste de Rádio. O cartão que ilustra esta postagem foi entregue, ontem, pessoalmente, em Arcoverde, pela professora Cida Rodrigues, de Petrolândia, no Sertão de Itaparica. Ela me localizou por uma mensagem e fomos ao encontro dela – eu e minha Nayla Valença, a quem ela presenteou com uma bolsa artesanal muito linda.

Gentil e educada, já aposentada pela Rede Estadual de Ensino, Cida continua na ativa atuando na sua área em Petrolândia. Em Arcoverde, onde fez uma escala ontem, veio visitar dois irmãos. Há muito, me acompanha pelo blog. Quando professora, chegava a ler algumas crônicas de minha autoria para alunos e servidores da escola que lecionava.

Informou que já assistiu uma palestra minha em Petrolândia e que leu um dos meus livros – Reféns da seca. São essas pessoas, sensíveis e de gestos tão nobres, que nos dão o combustível necessário para tocar o barco. Jornalismo não é uma profissão fácil. Muitas vezes é necessário fazer quase o impossível para buscar a notícia, deixar os leitores bem informados.

Mais do que transformar os fatos em notícias, o jornalista perpetua os acontecimentos na história. Romancista e poeta francês, Vitor Hugo disse que o Jornalismo é a grande e santa locomotiva do progresso. “O seu diâmetro é o mesmo da civilização. O Jornalismo é o dedo indicador da humanidade”.

Todos os contratos do governo federal com valores acima de R$ 1 milhão terão de passar por um pente-fino para eventual renegociação e até extinção da despesa.

Incluída no pacote anunciado na quinta-feira (12), a medida consta da Portaria Interministerial n.º 1 dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e de Gestão que foi publicada nesta sexta-feira (13), no Diário Oficial da União.

Na equipe econômica, a revisão é considerada o primeiro passo para um programa de atualização periódica de gastos e políticas públicas, num momento em que o governo avalia também um novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos — regra em vigor que atrela o crescimento das despesas à inflação. As informações são da CNN Brasil.

Pela portaria, os contratos poderão ser revistos e renegociados com o objetivo de aumentar a capacidade de investimentos da União. Estabelece ainda que os valores poderão ser diminuídos “mediante acordo entre as partes” e que poderá haver “supressão de parcela quantitativa do objeto contratual”.

“A renegociação dos contratos administrativos deve visar à obtenção de redução dos valores residuais”, diz a portaria. A norma também prevê que, constatada a “desnecessidade” de manutenção de algum contrato, deve ser avaliada a possibilidade de extinção por acordo entre as partes, de extinção unilateral ou de “escoamento” da sua vigência sem nova prorrogação.

Reação à revisão de valores

A medida de ajuste fiscal – semelhante ao que existe em outros países, que monitoram e avaliam as políticas públicas para ver se estão dando resultados — já causa apreensão entre empresas que têm contratos com o governo, sobretudo as das áreas de infraestrutura e de construção civil, que pediam uma revisão para cima dos valores contratuais para compensar os efeitos econômicos causados pela guerra da Ucrânia e pelo aumento do valor de insumos.

“Embora o texto da norma tenha dado espaço para a negociação entre as partes contratantes, a atenção por parte do lado privado deve-se à possibilidade de órgãos federais determinarem a redução de escopo ou até mesmo a rescisão de contratos de forma unilateral”, diz Luis Fernando Biazin Zenid, sócio da área de construção e infraestrutura do DSA Advogados.

A insegurança dos investidores é com o alcance da revisão. Eles querem saber se ela pode atingir também os contratos de concessão já assinados durante o governo Jair Bolsonaro. “Qual a abrangência? Isso a portaria não responde”, critica Zenid.

No anúncio do pacote, coube à ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciar a medida. Ela citou especificamente os contratos celebrados na gestão Bolsonaro.

“Não vão anular ou cancelar, mas analisar. Vão ter poder se vão manter ou anular.” O potencial de economia não foi detalhado, mas a planilha apresentada pelo governo prevê redução total de R$ 25 bilhões de despesas com o efeito permanente de revisão de contratos e programas.

Os órgãos terão prazo de 60 dias para encaminhar ao Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP) relatório contendo descritivo do estágio em que se encontra a revisão e renegociação dos contratos.

Analfabeto deve ter CNH? Ministro de Lula acha que sim

Está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei (o 2675/22) que propõe alterar o Código de Trânsito Brasileiro e assim garantir que analfabetos tirem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O autor da iniciativa legislativa é o deputado federal licenciado André de Paula (PSD-PE), hoje titular do Ministério da Pesca e Aquicultura. André de Paula concorreu ao Senado nas eleições de 2022, na chapa de Marília Arraes (Solidariedade), e ficou em terceiro na disputa. Teve apenas 12,7% dos votos. O deputado disse à Agência Câmara de Notícias que a regra atual – vetar o acesso de analfabetos à CNH – é inconstitucional. Para ele, a Constituição garante igualdade de tratamento para todos.

Atualmente, só pode obter o documento quem é penalmente imputável (tem mais de 18 anos), sabe ler e escrever e possui documento de identificação. “Se o mesmo [analfabeto] é cidadão para votar, para trabalhar, para casar e constituir família, e, como pedestre, para cumprir as normas de trânsito na travessia das ruas, deve também ter o direito de conduzir veículo automotor”, diz Paula.

Ele também rebate o argumento de que o motorista precisa saber ler os sinais de trânsito para dirigir com segurança. “Qualquer motorista cauteloso, mesmo analfabeto, entende a ordem contida em uma placa ‘Pare’ ou ‘Estacionamento Proibido’. A ordem ou comando normativo ali contido dispensa a linguagem escrita e sua respectiva leitura”, afirma André de Paula. O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Venda de SUVs: a moda se consolida – Quase 25% dos brasileiros que foram às concessionárias no ano passado comprar um carro levaram para casa um SUV (sigla para utilitário-esportivo). Foram 470 mil automóveis e comerciais leves emplacados, segundo dados da Fenabrave, a federação que agrega os revendedores – sendo ¼ de SUVs. O Chevrolet Tracker foi, pela primeira vez, o mais emplacado desse maior e mais competitivo segmento. O Tracker somou 70,8 mil emplacamentos no acumulado (+40%). É sua melhor marca histórica e o terceiro ano consecutivo de ascensão. Isso vem ocorrendo desde a chegada da nova geração do veículo, em 2020, quando passou a ter também maior disponibilidade, com o início da produção local. Recentemente o modelo atingiu a marca de 250 mil unidades feitas no Brasil O Tracker teve nota máxima em segurança pelo Latin NCAP.

Com a ascensão do Tracker, vieram as naturais e festejadas mudanças de posição. Mas a Jeep conquistou a liderança de SUVs no geral – e pelo sétimo ano consecutivo. A marca emplacou 137.444 veículos em 2022, o equivalente a 20% das vendas e 7% de participação de mercado entre todos os veículos vendidos no Brasil. Mas perdeu mercado nos compactos: o Jeep Renegade deixou de ser líder e vendeu 51.399 unidades – perdendo para o T-Cross, da Volkswagen, e para o Hyundai Creta. Já o médio Compass (63.564) foi bem, superando o Toyota Corolla Cross (42.506 ) e o VW Taos, lá embaixo,  com 11.737.

Os 15 SUVs mais vendidos

  • 1°) Chevrolet Tracker – 70.806
  • 2°) Volkswagen T-Cross – 65.341
  • 3°) Jeep Compass – 63.564
  • 4°) Hyundai Creta – 62.651
  • 5°) Jeep Renegade – 51.398
  • 6°) Fiat Pulse – 50.522
  • 7°) Toyota Corolla Cross – 42.506
  • 8°) Volkswagen Nivus – 39.463
  • 9°) Nissan Kicks – 38.983
  • 10°) Renault Duster – 22.690
  • 11°) Jeep Commander – 22.355
  • 12°) Honda HR-V – 15.404
  • 13°) Toyota SW4 – 13.718
  • 14°) Volkswagen Taos – 11.737
  • 15°) Caoa Chery Tiggo 8 – 10.439

SUVs grandes – O Commander foi o grande destaque desse caro e específico segmento. O modelo foi o primeiro Jeep projetado e desenvolvido no Brasil. Em seu primeiro ano completo de vendas, o Commander emplacou 22,4 mil unidades em 2022, com uma participação de 35,2%. O modelo liderou sua categoria em todos os meses do ano passado. Ele é produzido no Polo Automotivo de Goiânia. Em outubro, atingiu a marca de 30 mil unidades.

GM se recupera e promete mais – A marca norte-americana Chevrolet, puxada pelas vendas do Onix e do Tracker, foi a que mais cresceu em 2021. E o resultado é atribuído à adoção da nova família de veículos – que trará novidades como a picape Nova Montana, já agora em fevereiro, uma versão especial da S10, que chega logo na sequência, e a Silverado, esperada para o segundo semestre.

A marca foi a que mais cresceu em volume de vendas, totalizando 291 mil unidades – num incremento de 50 mil unidades e crescimento de 20% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o mercado de automóveis e comerciais leves ficou praticamente estagnado no Brasil ao registrar 1,96 milhão de unidades, mostrando que a indústria automotiva ainda enfrenta imprevisibilidade no fornecimento de componentes.

A Chevrolet também vai focar nos elétricos. O Bolt EUV estreia em breve no país e será responsável pela transição para uma futura geração de veículos já equipados com a avançada tecnologia Ultium, como o Blazer EV e o Equinox EV. Estes dois SUVs de zero emissão já estão confirmados.

E os importados? – Os emplacamentos de veículos importados registraram alta de 26,3% em dezembro de 2022. Mas não foi suficiente para fechar o ano com desempenho positivo. Segundo dados da Abeifa, associação que reúne 11 importadores, a queda no acumulado de 2022 foi de 16,9%. No acumulado do ano, com 55.690 unidades, as associadas à Abeifa representam 2,84% do mercado interno brasileiro (1.957.511 veículos emplacados).

Elétricos e híbridos – A Volvo Car Brasil se consolida como a marca que mais vende veículos híbridos e elétricos no país. Foram 5,2 mil vendidos em 2022 – o que lhe garante 28,7% de participação no segmento dos recarregáveis via tomadas. E a Volvo é a liderança absoluta entre os carros 100% elétricos (BEV), com participação de 30,2%. Na categoria de híbridos plug-in (PHEVs), a marca também assume a liderança detendo 27,7%. O carro elétrico mais vendido do país foi o XC40 Recharge Pure Electric: em 2022, esteve todos os meses na liderança dos elétricos, com 22,7% do mercado, que representa 1.770 unidades vendidas.

A linha da Caoa Chery teve emplacadas 6.840 unidades em 2022. E o Tiggo 8 PRO Plug-in Hybrid superou modelos de marcas renomadas do mercado e liderou o ranking na categoria híbridos plug-in, com 1.940 veículos comercializados. Apresentado em junho, o modelo foi o primeiro híbrido plug-in a chegar ao mercado nacional com dois motores elétricos que, combinados com o motor a combustão 1.5 turbo a gasolina, entregam 317 cv de potência máxima e 56,6kgfm de torque. Trouxe, ainda, a tecnologia de transmissão DHT, que torna muito mais eficaz a gestão dos três motores.

Honda mantém liderança – Nesse mercado, a japonesa Honda teve em 2022 um crescimento de 17% nos emplacamentos em comparação ao ano anterior. Foram 1 milhão de unidades comercializadas, no melhor resultado desde 2014. Isso significa, no geral, que a demanda por motocicletas segue aquecida, com elas cada vez mais protagonistas – seja para uma solução de mobilidade mais conveniente e econômica, geração de renda ou lazer. Obviamente, o principal destaque nos emplacamentos é a linha CG 160, com mais de 382 mil unidades, ou seja, 37% do total de vendas da Honda no ano. A segunda posição é ocupada pela Honda Biz, comercializada nas versões Honda Biz 110i e Honda Biz 125, com 195 mil unidades. Completam o ranking os modelos NXR Bros 160, líder de vendas no segmento trail, com 142 mil unidades, e a Pop 110i, com 128 mil.

E as elétricas? – O comércio de motos e scooters elétricos em 2022 impressionam: o crescimento chegou a incríveis 346%. Em todo o ano, foram emplacadas 7,2 mil – incluindo os scooters. E aqui quem domina não é Honda ou outras marcas tradicionais. A Voltz Motors, recém-chegada a Manaus (AM), emplacou 4.546 unidades. Ela produz os modelos EV1 e EVS.

O supercarro da BYD – O SUV de luxo off-road U8 e o supercarro U9, ambos 100% elétricos, são os primeiros automóveis BYD de sua nova submarca premium Yangwang. Esses modelos usarão a nova plataforma de altíssima tecnologia e4, voltada à segurança e desempenho. Ela é inédita, de propulsão independente de quatro motores elétricos, e será produzida na China. Só para comprar: em ao powertrain dos veículos de combustível convencional, a plataforma e4 é capaz de ajustar com precisão a dinâmica das quatro rodas graças ao controle independente dos quatro motores. A plataforma e4 pode atingir 20.500rpm e oferecer uma potência superior a 1.100 cavalos.

Check-up de início do ano – Freios, pneus, bateria, escape e outras peças e estruturas são essenciais para o bom funcionamento de um carro. Para evitar prejuízos e acidentes, é de extrema importância que o automóvel seja seguro para motorista e passageiros e para quem trafega nas mesmas vias. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), de janeiro a agosto de 2022, mais de 150 mil motoristas foram multados por conduzir veículos em mau estado de conservação ou reprovados na avaliação de inspeção de segurança veicular.

O problema pode ser ainda maior. Em outra pesquisa do Instituto Scaringella Trânsito, falhas relacionadas à manutenção dos pneus, freios, amortecedores, níveis de óleo e de água, funcionamento de luzes e até mesmo o cinto de segurança causam 30% dos acidentes nas estradas. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os carros devem estar em conformidade com todas as exigências da lei, em um estado que não coloque a vida de pessoas em risco.

Para isso, o serviço de revisão e check-up, quando feito no prazo correto, evita danos ao automóvel e possíveis acidentes. A manutenção preventiva ajuda também no momento da revenda, já que veículos bem cuidados, estética e mecanicamente, atraem compradores com mais facilidade. A revisão é uma bateria de testes que diagnosticam a saúde do carro.

“Nesse momento, é observado o estado de conservação e funcionamento de todos os componentes e sistemas, sejam mecânicos ou elétricos. Existindo falhas ou problemas que possam se agravar no futuro, a oficina responsável fará a substituição preventiva de algumas peças”, explica o gerente comercial da Ford Slaviero, Rogério Lechinski. Ele aconselha que é melhor investir em revisões programadas do que se deparar com gastos maiores em uma manutenção corretiva.

O ideal é levar para a revisão a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros. Todavia, esse prazo cai para a metade nos casos de veículos com uso mais severo, isto é, os que rodam constantemente em trânsito lento. “É importante destacar que os planos de manutenção definem prazos específicos também para a troca de determinados componentes, como as velas de ignição”, comenta o gerente.

Saiba quais itens não podem ficar de fora do check-up

Escape – Um sistema de escapamento defeituoso pode significar baixa eficiência de combustível, potência reduzida e, às vezes, ventilação inadequada dos gases tóxicos que o motor produz.

Direção e suspensão – Peças de direção soltas, amortecedores ou molas danificadas, montagens ou buchas quebradas ou gastas, e o veículo balançando ou saltando, podem indicar problemas.

Pneus – Para evitar um pneu furado, é necessário um técnico treinado para inspecionar o alinhamento e os pneus. A inspeção também pode revelar desalinhamento, que diminui a vida útil dos pneus e reduz a eficiência do combustível.

Freios – O sistema de freios é um dos recursos de segurança mais importantes. Mas, como muitas outras peças, ele pode superaquecer caso não tenha sido reparado há algum tempo. É imprescindível certificar que o sistema esteja em ótimo estado.

Itens menores – Apesar de não configurarem problemas estruturais, é preciso atentar para alguns outros mecanismos do carro que podem causar falhas no futuro. Na hora da revisão, o técnico pode verificar os níveis de fluido, como óleo do motor; velas de ignição e filtros de óleo; combustível e ar; carga da bateria; sistema do ar-condicionado; faróis e limpador de para-brisa.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.