O governo de Pernambuco decidiu enviar 50 policiais militares para ampliar a segurança de Brasília após atos terroristas de bolsonaristas golpistas na capital federal, com invasão e depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, no domingo (8). O anúncio foi feito pela governadora Raquel Lyra (PSDB), em postagem nas redes sociais.
No texto, postado no Twitter por volta das 23h30 do domingo (8), a governadora de Pernambuco também disse que viaja para Brasília hoje. “Pernambuco está enviando 50 policiais militares para se juntarem a outros 14 que já integram a Força Nacional em Brasília. Amanhã [segunda], viajo pra lá para me reunir com governadores, governo federal, poderes Legislativo e Judiciário. Não vamos tolerar o desrespeito às leis”, disse Raquel.
Também em sua conta no Twitter, a governadora se pronunciou sobre os ataques terroristas em Brasília. Ela disse que, embora as manifestações integrem a democracia, o vandalismo ocorrido na capital federal é inaceitável.
Raquel Lyra afirmou, ainda, que as eleições e a democracia são valores inegociáveis e que é preciso que a lei e as regras que regem a República sejam respeitadas para que seja possível ter um país mais forte.
Governadora de PE repudia ataques terroristas e diz que vai enviar 50 PMS à Brasília
Os atos antidemocráticos e terroristas em Brasília também foram repudiados pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB); pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e pelo Consórcio Universitas, formado pelas universidades e institutos federais de Pernambuco.
Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Defesa, José Múcio Monteiro, comandaram, de dentro do Quartel-General do Exército (QG), desde o início da manhã de hoje, a operação de retirada de bolsonaristas radicais do acampamento em frente ao local.
Os dois foram nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira ao QG garantir o cumprimento da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na avaliação do Palácio do Planalto, a saída dos radicais do acampamento em Brasília “demorou demais” e deveria ter ocorrido antes da posse de Lula ou logo após.
O local acabou se tornando o centro de definição da estratégia de organização dos atos golpistas.
Antes dos atos terroristas deste domingo (8) chegou a ocorrer uma divergência, dentro do governo, entre os ministros da Justiça, Flavio Dino, e o da Defesa, José Múcio.
O primeiro defendia uma retirada imediata. O segundo queria evitar confrontos com os radicais e fazer uma saída negociada.
Depois de não dar um pio sobre o projeto de lei que dobra seu próprio salário e de sua vice, Priscila Krause (Cidadania), a governadora Raquel Lyra tende a ser beneficiada pela crise em Brasília para aprovar um trem da alegria. Camuflado de reforma administrativa, o projeto de lei encaminhado pela tucana à Alepe vai criar 258 novos cargos para a sua tropa, com salários que vão até R$ 13 mil.
São 168 cargos de confiança e 90 funções gratificadas que se juntam às 11.800 já existentes. Ou seja, Raquel terá mais de 12 mil cargos para distribuir.
Ela, que prometeu enxugar a máquina pública, não cortou nenhuma secretaria das 27 existentes no Governo Paulo Câmara e ainda criou mais 15 secretarias-executivas. Adivinha de onde vai sair a singela conta de R$ 25 milhões a mais por ano?
Durante os momentos mais tensos de ontem, ou seja, quando os golpistas haviam tomado as sedes dos Três Poderes, Lula mostrou-se especialmente irritado com José Múcio Monteiro. Repetia em tom de aborrecimento a frase dita na semana passada pelo seu ministro da Defesa, de que os acampamentos nos quartéis eram “uma manifestação da democracia”. As informações são do colunista Lauro Jardim.
Apesar disso foi José Múcio o ministro com quem Lula mais falou na tarde de ontem, por telefone, enquanto ainda estava em São Paulo. O presidente queria entender qual era a postura das Forças Armadas naquele momento.
Durante as conversas com Múcio, e também com Flávio Dino, foi discutida uma eventual adoção da GLO, ou seja, a garantia da lei e da ordem, o instrumento pelo qual o presidente da República convoca as Forças Armadas para conter situações incontroláveis de perturbação da ordem.
O próprio Lula, embora bastante nervoso, descartou a medida. Disse a um interlocutor que a GLO é “um canhão que só deve ser usado quando não houver mais outras alternativas”.
O afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após o ato terrorista em Brasília é um recado do Supremo Tribunal Federal (STF) para outros políticos. Milhares de invasores depredaram os prédios dos três poderes em Brasília, ontem, sem resistência da polícia local.
O blog da Andréia Sadi apurou que a reação do STF foi uma resposta para evitar que outros governadores deixem de reagir aos atos terroristas. A decisão de Moraes que afastou Ibaneis determina também a desmobilização de todos os atos em 24h.
O afastamento do governador é uma demonstração do tipo de punição que a Justiça vai aplicar em caso de inação dos agentes públicos – o que até aqui, não havia ocorrido.
Os atos terroristas ocorridos no domingo (8) vinham sendo anunciados nas redes bolsonaristas e, em coletiva neste domingo, o ministro da Justiça de Lula, Flávio Dino, disse que o governo do DF sabia da movimentação e que havia sido alertado sobre a necessidade de reforço na segurança.
No entanto, imagens mostram policiais acompanhando o comboio que depois invadiria e depredaria prédios públicos. Há ainda registro de policiais fazendo fotos e conversando enquanto terroristas instalavam o caos. Além daqueles que foram flagrados já dentro dos espaços, sem impedir os manifestantes.
A polícia do DF, assim como na prévia do caos na diplomação de Lula, em 12 de dezembro, não agiu para conter o grupo. As imagens são a prova da anuência dos agentes de segurança e do governo do DF, que não reagiu à altura e em tempo de conter o caos.
Um dos indicativos é o nome da segurança no DF até o domingo: Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL). No domingo, ao longo do ataque, Torres já não estava em Brasília ou no Brasil, mas nos Estados Unidos, onde também está Bolsonaro.
Em novembro, Ibaneis foi cobrado por ministros do STF sobre a nomeação de Torres. Na ocasião, o governador agora afastado disse aos magistrados que afirmou o ex-ministro de Bolsonaro não criar problemas.
Após a invasão e depredação, Ibaneis esboçou uma reação e exonerou Anderson Torres. Na sequência, fez um vídeo com um pedido de desculpas ao governo federal. A gravação, na verdade, era uma tentativa de evitar a responsabilização pelo caos que permitiu instalar em Brasília e o STF reagiu.
Hoje, o primeiro ato após a intervenção federal na segurança do DF e afastamento de Ibaneis, foi a desmobilização do QG em Brasília. Acompanhe em tempo real.
Bolsonaristas mantinham desde o resultado das urnas acampamento em frente ao Exército e o ponto era identificado como um dos pontos de concentração de radicais em Brasília.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – A imagem é recorrente: o Brazil é um vulcão com pele de cordeiro e o vulcão está em erupção. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, é um democrata e um gentil-homem cercado de lobos e carcarás nas latitudes federais. Haverá conciliação nacional, conforme preconizado? Os índios estão pintados de urucum vermelho de guerra.
Mudando de assunto: filho de Seu Dondinho e Dona Celeste, o menino Dico era um negrinho abençoado por Deus e bonito por natureza. Antes dele a bola era quadrada. Pelé inventou a bola redonda, dominou a pelota e tornou-se o Rei do Futebol.
Luizinho, filho de Seu Januário e Dona Santana, era um menino levado da breca nas terras sertanejas do Araripe. Recebeu de presente de Seu Januário uma sanfona feita nas minas de ouro do coração sertanejo. Com sua cara de lua nova sob o brilho do luar sertanejo, Luiz fez-se o Rei do Baião.
Roberto Carlos tinha no peito a sonoridade das cachoeiras de Itapemirim. Com emoção e talento, foi aclamado Rei da Jovem Guarda, Rei da Canção brasileira. É um coração iluminado.
Lampião, rei do cangaço, é a historia escrita pelo avesso. Chico Anísio e Jô Soares são os reis do riso.
Todo o poder da Monarquia tropical emana do talento das almas auriverdes.
Dão Pedro II foi destronado pelo golpe de Estado de República, mas a Monarquia brasileira vive.
Todos os súditos proclamam a nobreza de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim, Villa-Lobos, Waldir Azevedo, João Pernambuco, Catulo – eles tangem as cordas de violino de nossos corações. Machado de Assis, Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, Drummond, Castro Alves, Augusto dos Anjos, estes compõem a epopeia das letras nacionais. São os estadistas das letras e das melodias.
O rei da carne de sol, rei das baterias, rei do brega, rei do gado, rainha da sucata, rainha do bumbum , rei da fuleram, quantas majestades e quanta criatividade!
Esta também é uma república povoada por safadões, cafuçus e almas sebosas. Pior são os cafuçus corruptos e autoritários, de índole má.
Se Lampião, rei do cangaço, não tivesse sido massacrado, torturado e decapitado pelas volantes policiais na gruta de Angicos (SE) em 1938, Maria Bonita seria a nossa rainha-consorte, ou princesa regente na linha da Princesa Izabel. As volantes policiais cometiam tantas atrocidades quando os cangaceiros, tai o historiador Frederico Pernambucano da gema, príncipe dos historiadores, que não me deixa mentir. O cangaceiros foram esfolados e decapitados a sangue frio, a chamada “gravata vermelha”, em nome da lei e da ordem. As volantes de hoje prendem, arrebentam e censura também em nome da lei e da ordem.
O beato Antônio Conselheiro e seus seguidores também foram massacrados e barbarizados pelas forças republicanas da lei e da ordem. Disseram que eles espalhavam o ódio contra a República porque viviam no Arraial de Canudos, no Interior da Bahia, sem pagar impostos, sem render obediência aos sacramentos da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana e sem puxar cobra para os pés nas fazendas dos coronéis. 25 mil camponeses famélicos foram barbarizados pelas tropas federais em nome da “pax” republicana.
Arriba, leitores Magnaneanos, monarquistas e republicanos da Nova Lusitânia.
Manifestantes bolsonaristas suspeitam da participação de infiltrados nos atos de vandalismo e na quebradeira que ocorreu, ontem, em Brasília. No vídeo, que circula nas redes sociais, os participantes do protesto gritam para que nada seja quebrado durante o ato. Confira!
Ao anunciar, ontem, intervenção na segurança pública do Governo do Distrito Federal, em consequência dos atos de terrorismo e vandalismo por parte de eleitores bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que vai investigar e chegar aos responsáveis que patrocinam a ida desses grupos a Brasília.
Evidente que tem gente bancando. Esses terroristas chegam a Brasília, epicentro dos atos golpistas, não pagam as suas próprias despesas e nem são voluntários. Ao longo de toda a semana, pelas redes sociais, havia a convocação dessa gente com ônibus pagos, lanche e estrutura para acampamento em Brasília. Quem está por trás disso? Pelo discurso de Lula, são empresários do agronegócio que “usam agrotóxicos para atingir a saúde da população”.
Mais de cem ônibus chegaram a Brasília de vários Estados apinhados de vândalos na última sexta-feira. “Vamos descobrir quem foram os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e pagarão com a força da lei por esse gesto antidemocrático”, disse Lula. O presidente responsabilizou o ex-mandatário Jair Bolsonaro por incentivar seus apoiadores a realizarem atos violentos e antidemocráticos. “Esse genocida não só provocou isso, como também, quem sabe, está estimulando ainda pelas redes sociais”, afirmou.
Para Lula, a Segurança Pública do Distrito Federal, liderada até a tarde de domingo por Anderson Torres — que foi exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) depois da invasão —, não foi suficiente para conter o avanço dos golpistas. “Eles invadiram, quebraram muitas coisas e, lamentavelmente, quem tem que fazer a segurança do Distrito Federal é a Polícia Militar do Distrito Federal, que não fez”, afirmou o presidente. “Houve, eu diria, incompetência, má vontade ou má fé das pessoas que cuidam da segurança pública”, alegou.
O objetivo da intervenção, segundo Lula, é “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública no Estado do Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos”, afirmou. O decreto é uma resposta aos atos terroristas e de vandalismo na Praça dos Três Poderes, tomada por bolsonaristas radicais que invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, pedindo intervenção das Forças Armadas e a prisão de Lula. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram até o terceiro andar do Planalto, onde fica o gabinete do presidente da República.
Degola de bolsonarista – Antes de Lula decretar intervenção na segurança pública do Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o seu secretário de Segurança, Anderson Torres – ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL). Torres está em Orlando, nos Estados Unidos, onde também se encontra Bolsonaro. “Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF à disposição do mesmo”, escreveu o governador em sua rede social.
Prisão do governador – A intervenção na segurança pública do Distrito Federal não agradou aliados de Lula. Muitos esperavam o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB). O deputado federal André Janones (Avante-MG) culpou Ibaneis pela invasão de bolsonaristas no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu sua prisão. “Esse atentado terrorista tem nome e sobrenome: Ibaneis Rocha! Não basta que esse bandido seja afastado do governo do DF. Ele precisa ser preso imediatamente!”, escreveu o deputado nas redes sociais.
Até obras de arte – Na invasão ao Palácio do Planalto, alguns manifestantes foram colocados no chão e controlados pelas forças de segurança, no segundo andar do Palácio. Os extremistas destruíram objetos, móveis e obras de arte da sede do governo brasileiro. A Polícia Militar mandou policiais em cavalos e um carro que lança jatos de água foi usado para retirar os radicais da Praça dos Três Poderes. O primeiro prédio liberado foi o do STF. A Força Nacional usou gás de pimenta. Do alto, um helicóptero da PF também fazia disparos contra os vândalos.
Igual ao Capitólio – Os envolvidos em atos de vandalismo ultrapassaram barreiras policiais, arrancaram alambrados e não se intimidaram com as bombas de gás que foram usadas pelo patrulhamento que estava na área. A ocupação lembrou a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, quando um grupo descontente com a derrota de Donald Trump invadiu o Congresso norte-americano. O Congresso foi o prédio alvo de ocupação. Os manifestantes subiram a rampa e entraram pelo salão negro. Outra parte do grupo de invasores seguiu para o Supremo. Vídeos mostram o momento em que o plenário da Corte foi ocupado e começou a ser depredado. Arrancaram cadeiras e até o brasão da República que fica no STF.
Policiais coniventes – Após extremistas furarem o bloqueio, invadirem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, parte dos policiais abandonaram as barreiras, compraram água de coco em frente à Catedral Metropolitana e ainda chegaram a filmar a depredação. Políticos criticaram o Governo do Distrito Federal por não agir firmemente contra os invasores extremistas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o governo do DF foi “irresponsável”. “O governador e seu secretário de segurança, bolsonarista, são responsáveis pelo que aconteceu”, afirmou.
CURTAS
FLAGRANTE – O deputado federal Guilherme Boulos publicou um vídeo em que policiais filmaram a invasão do Congresso em vez de agir. “A PM do DF permitiu absurdamente a entrada de bolsonaristas no Congresso Nacional e a aproximação ao Palácio do Planalto. Os golpistas, com ou sem farda, têm que ser responsabilizados e presos!”, escreveu.
MUITA GRANA – O Governo do Distrito Federal, chefiado por Ibaneis Rocha (MDB), recebeu R$ 8,7 bilhões da União em 2022 para garantir a segurança de Brasília e das instalações dos Três Poderes. O dinheiro vai para o FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal), pago por todos os brasileiros. São destinados R$ 16,3 bilhões por ano ao fundo, dos quais 53% são dedicados à segurança pública.
Perguntar não ofende: Lula deveria ter afastado também o governador do Distrito Federal?