Futura ministra de Lula, Daniela do Waguinho fez série de acenos ao bolsonarismo

Futura ministra do Turismo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) tem histórico de acenos ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Parlamentar mais bem votada no Rio, ela defendeu voto no chefe do Executivo em 2018, quando ele concorria contra Fernando Haddad, que será seu colega de Esplanada. Já em 2022, chegou a criticar, em vídeo, a “ideologia de gênero nas escolas” e o “lobby para a linguagem neutra”, discurso afinado com a pauta de costumes bolsonarista.

Com o apoio sob disputa depois de receber 213 mil votos, Daniela acompanhou desconfiada a decisão do marido, Waguinho (União), prefeito de Belford Roxo, e declarou apoio a Lula no segundo turno, após “cabo de guerra” do petista com Bolsonaro. No fim de outubro, ela chegou a afirmar que a decisão havia sido um “baque” e que, inicialmente, “não foi confortável” declarar voto em Lula, mas depois “foi entendendo”.

Há quatro anos, na primeira vez em que foi eleita ao Congresso, ela abriu nas redes sociais seu voto em Bolsonaro na disputa contra Haddad. Desde então, durante os quatro anos de seu mandato na Câmara, foram frequentes as publicações ao lado do presidente ou da primeira-dama, Michelle Bolsonaro — uma delas, em abril deste ano, quando um projeto de lei de sua autoria recebeu a sanção presidencial.

“Na reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro, dialogamos sobre um pacote de medidas que será apresentado por ele, para que nosso país volte a crescer. Falamos também da necessidade de mudar a forma de fazer política no Brasil”, escreveu em dezembro de 2018, ao compartilhar registro com Bolsonaro.

Eleita com discurso voltado ao eleitorado feminino, como a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho e o combate ao feminicídio, Daniela já demonstrou afinidade com pautas ligadas à agenda de costumes e frequentemente explorada pelo bolsonarismo. Em publicação de dezembro de 2020, ela fez críticas à chamada “ideologia de gênero” nas escolas e à linguagem neutra, além de afirmar que “o sistema de ensino não pode ser âmbito de ideologias e contra nossos valores”.

Mas o alinhamento ao bolsonarismo não é irrestrito. Durante a pandemia, ela destacou nas redes o voto para derrubar veto de Bolsonaro, que havia rejeitado o uso obrigatório de máscara em escolas e no comércio. Daniela também foi contra o voto impresso e a ampliação do porte e da posse de armas para CACs.

Empresas que firmaram acordos de leniência na operação Lava Jato até 2021 devem pedir revisões dos valores de pagamento e dos prazos acordados à CGU (Controladoria Geral da União) e a outros órgãos. O Poder360 apurou que já havia um movimento pelas reavaliações dos contratos, que deve se fortalecer nos próximos anos.

Desde que foram realizados os primeiros acordos entre empresas, AGU (Advocacia Geral da União), CGU e MPF (Ministério Público Federal) em 2014, o ambiente jurídico e a legislação passaram por mudanças. As atualizações se deram, inclusive, de forma simultânea ao andamento da Lava Jato e outras grandes operações.

Um dos argumentos usados para pedir revisão dos acordos é que os pagamentos deveriam acompanhar a capacidade de pagamento das companhias. A receita de algumas empresas envolvidas nos processos encolheu até 90% de 2014, início da Lava Jato, até 2021, por causa da redução da demanda com as crises de 2015, 2016 e de 2020. 

Em 21 de novembro de 2022, a CGU e a AGU decidiram rescindir o acordo firmado com a empresa de engenharia UTC em 2017. O acerto era de R$ 574 milhões. Houve inadimplência.

Os órgãos então determinaram a perda integral dos benefícios pactuados no acordo. Definiram a execução antecipada da dívida da empresa, abatendo o valor já pago (R$ 36,7 milhões, conforme com dados da CGU). A rescisão do acordo ficou em R$ 2,5 bilhões, considerando o valor não pago, multa pelo não cumprimento e juros.

Em 2020, a UTC tinha um faturamento anual na casa de R$ 209 milhões. A construtora entrou com um pedido de reconsideração da decisão, acatado pelos órgãos. Os efeitos da determinação foram suspensos até o julgamento do recurso.

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A cada fornalha de secretários que a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) confirma via e-mail, o meio político toma um susto. Por um detalhe muito simples: verdadeiros ilustres desconhecidos.

As surpresas pegam até de calças curtas os que estão ao seu redor, no convívio familiar, como o ex-governador João Lyra Neto, seu pai, que confessou a um amigo que vem tomando conhecimento da equipe da filha pelo noticiário via Internet.

O engraçado é que ninguém conhece os escolhidos. Nem no Google, eles existem. Os currículos liberados pela assessoria de Imprensa chegam com poucas informações. Fui ler o da futura administradora de Fernando de Noronha, uma ilha complexa de gerenciamento. Sua maior referência é ter atuado no Governo de Raquel em Caruaru na área rural.

A governadora eleita não optou até o momento por nenhum auxiliar com algum nível de conhecimento por parte da população pernambucana. Daí, o choque, que ela diz ser o choque de gestão.

Que seja, afinal Pernambuco precisa superar os anos de decadência, consequência dos desgovernos do PSB. Mas ao se comportar de tal forma na montagem da equipe, sem permitir ninguém conhecido ou famoso ao seu lado, Raquel passa a impressão de olhar-se no espelho e dizer: o Governo sou eu. A rainha do sol. Qualquer sombra, por menor que seja, incomoda.

O presidente eleito Lula decidiu prorrogar a isenção de impostos federais sobre os combustíveis. Como mostramos, o novo governo deve editar uma medida provisória para manter a desoneração, que acaba neste último dia do ano. 

O mais provável é que o prazo da prorrogação seja por pelo menos dois meses. A decisão teria sido tratada em acordo com os futuros ministros da Fazenda, Casa Civil e Minas e Energia. As informações são do O Antagonista.

Em entrevista à GloboNews, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, disse defender a prorrogação “até a gente entrar para ver como está a política de preços de combustíveis da Petrobras”.

“Porque o problema não é a questão do tributo, é a política de preços da Petrobras, é a dolarização que aconteceu”, afirmou. O fim da desoneração causaria desgaste no início do governo Lula.

Na última quinta-feira, o futuro ministro de Minas e Energia, senador Alexandre Silveira descreveu como uma “bomba armada” o déficit causado pela política de Jair Bolsonaro de corte de impostos dos combustíveis.

Tradição na política americana, o simbolismo dos cem primeiros dias começou antes da posse para Luiz Inácio Lula da Silva. Com a vitória apertada na disputa eleitoral e a necessidade urgente de provar ser possível governar com uma base mais ampla do que o PT e sua órbita na esquerda, o presidente eleito terá, diferentemente de seus antecessores, menos tempo para angariar apoio político e popular, num cenário de oposição nas ruas e de um Centrão fortalecido nas urnas.

A relevância dos cem dias remete ao governo do ex-presidente americano Franklin Delano Roosevelt, que aprovou no período 76 projetos de lei e emplacou uma série de ações regulatórias para conter a crise que assolava o país, tornando-se referência para líderes em todo o mundo de 1933 para cá.

No caso de Lula, a intenção não é apenas aprovar novas normas, mas revogar parte das existentes. Isso sem contar a imensa lista de promessas que dependem de recursos indisponíveis no Orçamento. As informações são do Estadão.

Recolhido após a derrota nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro praticamente repassou a Lula a articulação política do restante de seu mandato. Em pouco mais de um mês, o governo de transição enfrentou seu primeiro teste: elaborar e aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante às famílias cadastradas no Bolsa Família seguir recebendo R$ 600 por mês e ainda mais R$ 150 por criança de até seis anos de idade já em janeiro. O texto passou, mas não sem arranhões.

Para cumprir um de seus principais compromissos, Lula teve de negociar, antes mesmo de receber a faixa, com os donos do Centrão, especialmente o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a quem havia chamado de “imperador” durante a campanha. Logo de cara, a realidade política atual se impôs, com o Legislativo muito mais poderoso que nos anos de 2003 a 2010, quando o petista exerceu seus dois primeiros mandatos.

A força atual dos partidos que compõem o Congresso ainda obrigou Lula a barganhar até os últimos dias do ano a formação de seu Ministério. Para obter a almejada governabilidade, o novo governo terá em seu rol de aliados nomes do MDB, União Brasil e PSD, siglas que ajudaram a sustentar Bolsonaro nos últimos quatro anos. Segundo a cientista política Vera Chaia, o estilo “agregador” de Lula facilita esse movimento. “Ele busca o entendimento entre forças políticas diferentes porque tem pressa em começar a governar”, disse a professora da PUC.

Dentro dos cem primeiros dias, haverá pressa para anular regras estabelecidas pelo governo Bolsonaro nas mais diversas áreas, especialmente as que tratam do afrouxamento das normas para porte e posse de armas, fiscalização ambiental e imposição de sigilos para dados públicos. Além de ir ao encontro do discurso eleitoral de Lula, as medidas ajudam a assegurar o simbolismo da troca de bastão.

Um eventual “revogaço”, no entanto, também precisará de apoio político, assim como a retomada já anunciada de programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida e o Farmácia Popular. A antecipação das articulações com o Congresso, segundo a pesquisadora Carolina Botelho, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), serviu de termômetro para a próxima gestão. “O lado bom dessa história toda é que o governo entra antecipadamente na dinâmica que espera por ele em janeiro. E pode, inclusive, prever alguns passos.”

Carolina ressalta que a aprovação da PEC da Transição, porém, não significa tranquilidade para Lula nos próximos quatro anos. “Essas coisas mudam de acordo com as demandas do presidente da Câmara, do chefe do Executivo, e de acordo com a conjuntura política e econômica. Retornar a um ambiente de normalidade é uma coisa positiva, mas ainda tem muita água para rolar.”

Nesse cálculo, é o desempenho na economia que pode ditar o tamanho do apoio já nos primeiros meses. O cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV-SP, aponta dois desafios a serem enfrentados por Lula e sua equipe logo na largada do governo: controle da inflação e aprovação de uma reforma tributária.

“O primeiro desafio é manter a inflação num patamar baixo. Neste sentido, o fim da redução no ICMS dos combustíveis (determinado pelo presidente Jair Bolsonaro em seus últimos dias no cargo) pode representar um potencial de desgaste, visto que o preço dos combustíveis tem impacto nos preços dos alimentos, do transporte público e chega rapidamente ao orçamento dos mais pobres, sobretudo”, afirmou.

O segundo desafio, na avaliação de Teixeira, é de natureza política e já foi até anunciado pelo novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Trata-se da viabilização de uma reforma tributária, prometida por todos os últimos governos sem sucesso.

“Talvez a mais estrutural de todas as reformas, ela não é de fácil execução, pois exige boa coordenação com os governadores e com o Congresso. A formação do Ministério e a composição das forças indicam que Lula, por ora, conseguiu calibrar uma boa base de apoio. Todavia, se houver desgaste nesses cem primeiros dias, esse trabalho fica comprometido e, certamente, o tamanho de sua base de apoio pode refluir.”

Não menos importante, a imagem a ser passada interna e externamente pelo governo Lula pode, segundo analistas, determinar o rumo do terceiro mandato. Para o professor Eduardo Grin, mestre em Ciência Política e professor da FGV, a folga orçamentária obtida na transição permitirá ao presidente focar suas atenções para recolocar o Brasil no cenário mundial. Logo em janeiro, o petista deve visitar o presidente americano Joe Biden e já tem convite para fazer o mesmo em relação ao chinês Xi Jinping.

“Se o governo arranca mal, ele já precisa fazer um freio de arrumação no primeiro ano e isso tudo cobra um preço porque significa que será necessário recompor políticas e alianças”, afirmou Grin. Para ele, apesar de a data não existir como um marco institucional, ela tem um aspecto real de avaliação processual.

Não por acaso, o próprio Lula lançou parte de suas principais políticas nos cem primeiros dias de seus mandatos anteriores, como o Fome Zero, em 2003, e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007.

“Nos cem primeiros dias, o Congresso fica de olho. Se o governo está fraco, ele cobra mais. É possível avaliar objetivamente não o resultado, mas como o governo se comporta e se consegue segurar uma agenda”, completa.

Já noticiado por alguns veículos de comunicação, a eleição que garantiu a reeleição do presidente João de Maria foi validada pelo TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) através do desembargador Raimundo Nonato de Souza Braid que atendeu ao agravo de instrumento da defesa do chefe do legislativo egipciense.

O desembargador, em sua redação, menciona que “a parte agravante juntou aos autos documento comprobatório contundente, ao menos nesta análise perfunctória, da existência e vigência da Emenda Modificativa 04/02 à Lei Orgânica, datada de 02.08.2010 (pág. 171 do Agravo), que permite, no caso concreto, a recondução do Vereador ora agravante ao cargo de Presidente. Tal Emenda Modificativa não foi mencionada, ou seja, não foi levada em consideração quando da prolação da decisão ora agravada”. As informações são do Blog do Marcello Patriota.

É importante ressaltar que os vereadores que ingressaram com o pedido de anulação da reeleição do presidente – Alberto Oliveira da Silva (Alberto Loló) e Vicente Galdino Alves Neto (Vicente de Vevéi) – induziram a juíza Tayná Lima Prado ao erro, tendo em vista que tinham conhecimento de emenda modificativa ao Art. 14 da Lei Orgânica Municipal, inclusive com a leitura da mesma pelo parlamentar Albérico Tiago durante a sessão de eleição da Mesa Diretora, ocorrida no último dia 19. Ingressaram com a ação tendo conhecimento de que a lei sofrera alteração em agosto de 2010, e não juntaram a atualização ao recurso. Omitiram da juíza Tayná Lima Prado esse fator.

O vereador Albérico Tiago, ainda na sessão de eleição da Mesa, confrontou o colega Alberto Loló – um dos autores do recurso em questão – relembrando que o próprio Alberto já havia votado anteriormente na reeleição de dois parlamentares. Na sessão que elegeu o então vereador Antônio Andrade como presidente para o biênio 2017/2018, Loló votou em Aldo da Clipsi e Albérico Tiago para vice-presidente e 1° secretário, respectivamente. No pleito seguinte, que tornou presidente o também vereador Rogaciano Jorge para o biênio 2019/2020, Alberto Loló votou na reeleição de Aldo e de Albérico. Tudo está devidamente registrado tanto em vídeo quanto em ata.

Outra situação que vem sendo muito divulgada em blogs é quanto ao pedido de crédito adicional suplementar ao Poder Executivo. Já emitimos nota contando toda a situação e provando que não há nenhum prejuízo aos cofres do município, pois os recursos já estavam em conta da Câmara. O legislativo precisava apenas de assinatura do senhor prefeito para poder utilizar desses recursos para pagamento de servidores, vereadores e fornecedores.

No último dia 26, em sessão extraordinária, foi votado e aprovado o Projeto de Decreto Legislativo n° 004/2022 autorizando o uso desses recursos em conta já da Câmara para os pagamentos do próprio Poder. A recusa do prefeito em apenas rubricar o pedido de crédito adicional suplementar, algo natural entre os poderes, já praticado neste biênio e anteriores, levou o legislativo a tomar essa medida.

Amparado em pareceres das Comissões, dados oralmente, em plena sessão extraordinária, bem como os subscritos no dia seguinte por assessoria contábil e jurídica da edilidade, atestando que os recursos em caixa eram oriundos do duodécimo, que é de direito da Câmara, e o ato dentro da legalidade constitucional, o presidente colocou a matéria em votação, sendo aprovada e emitido, publicado e dado conhecimento ao Executivo do Decreto Legislativo.

Hoje, através de blogs, e não através dos canais judiciais, recebemos a informação que a juíza plantonista Daniela Rocha suspendeu o Decreto Legislativo n° 004/2022 a pedido da Prefeitura Municipal. O presidente da Câmara, João de Maria, sequer foi intimado para apresentar defesa. A juíza, inclusive em seu embasamento, menciona que “haja vista que nesta segunda¬feira o atual presidente deixará o cargo para que outro presidente assuma”, o que aparenta não ter recebido a informação de que o TJPE derrubou a liminar da juíza Tayná Lima Prado quanto à suspenção da reeleição de João de Maria, que tomará posse no próximo domingo (1°) como presidente reeleito.

Tendo em vista a importância da ação do legislativo em quitar as despesas já mencionadas, e com base no decreto aprovado, já no dia 29 o presidente autorizou todos os pagamentos. Quando ontem, dia 30, a juíza de plantão suspendeu a matéria, os recursos já haviam sido utilizados, o que faz com que tal ação perca a sua finalidade.

O presidente João de Maria disse que “num ato de coragem, sem saída, depois de esgotadas todas as tentativas possíveis e não podendo me permitir ser um covarde, venho, publicamente, dizer que mesmo sem o Exmo. Sr. Prefeito Evandro Valadares, até o momento, ter assinado o Decreto de Remanejamento – o que impediria a nossa Casa Legislativa de cumprir com seus compromissos – autorizei o pagamento dos senhores vereadores, funcionários, aposentados, pensionistas, prestadores de serviços e da segunda parcela do décimo terceiro de todos. Se não fizesse isso, com a contabilidade fechada, todos ficariam sem receber seus salários e o dinheiro que pertence a Câmara e estava em conta deste Poder, assegurado por lei federal, teria de ser repassado para os cofres da Prefeitura. Assim sendo, diante de situação excepcional, não podendo fugir a uma tomada de decisão, fiz o que a minha consciência achou o mais certo a ser feito”.

A Câmara continua com seu jurídico em campo para provar nas demais instâncias que em todo momento agiu dentro da legalidade e sobretudo sem induzir o Judiciário ao erro, além de deixar clara sua disposição em um diálogo amistoso e republicano com o Executivo, mesmo não percebendo essa mesma vontade oriunda da outra parte.

A Câmara aproveita para informar que a posse da Mesa Diretora para o biênio 2023/2024 – com Leônidas Campos de Brito (João de Maria) presidente, José Maurício Mendes (Maurício do São João) vice-presidente, José Aldo de Lima (Aldo da Clipsi) 1° secretário e Damião Gomes Leite (Damião de Carminha) 2° secretário – será no próximo domingo (1°) às 16h, em na Casa Arlindo Leite lopes.

Morreu na manhã deste sábado (31/12), em Roma, Joseph Aloisius Ratzinger, o papa emérito Bento XVI, aos 95 anos. O religioso estava com a saúde frágil e o papa Francisco chegou a pedir orações para ele, nesta semana. Bento XVI foi papa entre 2005 e 2013, quando renunciou ao cargo.

“Eu gostaria de pedir a todos vocês uma oração especial pelo papa emérito Bento (…) lembrem dele, porque está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e o apoie”, disse.

Ratzinger renunciou ao papado em 11 de fevereiro de 2013, tornando-se o primeiro pontífice a renunciar ao posto em seis séculos. A decisão foi motivada por questões de saúde. Após oito anos de pontificado (2005-2013), período marcado por várias crises, o renomado teólogo alemão foi afetado no início de 2022 pelo escândalo de abusos sexuais contra crianças na Igreja Católica da Alemanha.

Biografia

Nascido em 1927, em uma família com condições econômicas modestas, Ratzinger viveu a infância e adolescência em Traunstein, uma pequena cidade perto da fronteira com a Áustria. O pai dele era comissário de polícia e mãe, filha de artesãos. “A fé e a educação da sua família preparou-o para a dura experiência dos problemas relacionados com o regime nazista: ele recordou ter visto o seu pároco açoitado pelos nazistas antes da celebração da Santa Missa e de ter conhecido o clima de grande hostilidade em relação à Igreja católica na Alemanha”, diz o site do Vaticano.

Joseph Ratzinger foi professor de Teologia durante 25 anos na Alemanha, antes de ser nomeado arcebispo de Munique. Em seguida, virou o guardião do dogma da Igreja Católica durante outros 25 anos em Roma. Ele foi eleito líder da instituição em abril de 2005, como sucessor do polonês João Paulo II. Além disso, ele foi nomeado Cardeal em 1977.

A carreira como teólogo e professor de dogmática e de história dos dogmas na Universidade de Ratisbona o levou a escrever alguns ensaios. Entre as publicações, estão: Introdução ao cristianismo (1968), que é uma coletânea de lições universitárias sobre a “profissão de fé apostólica” e Dogma e Revelação, que reúne os ensaios, as meditações e as homilias dedicadas à pastoral em 1973.

Como principal nome da Igreja Católica, ele defendeu uma linha conservadora em temas como aborto, homossexualidade e eutanásia. Algumas de suas declarações provocaram confusão, sobre o islã, o uso de preservativo contra o HIV ou a excomunhão de quatro bispos fundamentalistas em 2009.

Primeira saudação de Bento XVI como papa

“Amados Irmãos e Irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes. E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações. Na alegria do Senhor Ressuscitado, confiantes na sua ajuda permanente, vamos em frente. O Senhor ajudar-nos-á. Maria, sua Mãe Santíssima, está conosco. Obrigado!”, discursou o papa emérito no dia 19 de abril de 2005.

Saudação de despedida

Em 28 de fevereiro de 2013, Bento XVI fez uma saudação de despedida aos cardeais presentes em Roma. “Como disse ontem diante dos milhares de fiéis que encheram a Praça de São Pedro, a vossa proximidade e o vosso conselho foram para mim de grande ajuda no meu ministério. Nestes oito anos, vivemos com fé momentos muito agradáveis de luz radiosa no caminho da Igreja, juntamente com momentos nos quais algumas nuvens se adensaram no céu. Procurámos servir Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total, que é a alma do nosso ministério. Demos esperança, a que vem de Cristo, que só pode iluminar o caminho”, disse.

*Do Correio Braziliense com informações da AFP e Vaticano

A República de Caruaru

Dos secretários anunciados até ontem, pelo menos oito trabalharam com a então prefeita de Caruaru e hoje governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB). Por mais que tenha escolhidos nomes qualificados além da fronteira da sua terra, Raquel não vai escapar do carimbo que seu governo é a “República de Caruaru”.

Com um componente familiar, que tanto combate: Bianca Teixeira, escolhida procuradora geral do Estado, é prima legítima. Mesmo resistindo às pressões familiares, seu Governo tem, portanto, o DNA do nepotismo. Entre os nomes que trouxe da experiência como prefeita de Caruaru, Simone Benevides, secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação. Na gestão de Raquel no país de Caruaru, Simone foi a dona do cofre, secretária de Finanças.

De Caruaru, Raquel trouxe também para o Governo do Estado Carolina Cabral, de Desenvolvimento Social; Ana Maraíza, de Administração; Túlio Vilaça, na Casa Civil; Diogo Bezerra, de Projetos Estratégicos, além do chefe de gabinete Eduardo Vieira. Isso sem contar com Rubens Júnior, um dos três adjuntos da Casa Civil.

Pelo andar da carruagem, nenhum político com mandato terá assento no primeiro escalão. Isso é possível concluir pela escolha de Lucinha Mota, mãe de Beatriz, assassinada cruelmente numa escola em Petrolina. Ela é primeira suplente de deputada estadual e poderia ser efetivada na Alepe, caso a deputada Débora Almeida tivesse sido escolhida secretária.

Lucinha vai para a pasta de Justiça e Direitos Humanos. Sua escolha é outra forma de desagradar o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. Além de não ter sido convidado para o Secretariado, conforme ele declarou em nota, tem agora uma adversária no primeiro escalão da tucana.

Bom técnico – Indicação ou não de Daniel, com quem tem ligações históricas, o fato é que Evandro Avelar, escolhido para Mobilidade e Infraestrutura, é um técnico qualificado, com um histórico bem-sucedido na ocupação de cargos públicos, seja no âmbito nacional, quando trabalhou para o PSB e até no Governo tampão de João Lyra, pai da governadora eleita. Quando Daniel saiu candidato a prefeito do Recife pelo PSDB, o ex-senador Sérgio Guerra delegou a Evandro a missão espinhosa na coordenação da campanha.

O tamanho dos políticos – Raquel Lyra parece ter seguido o script do presidente eleito Luiz Inácio da Silva na montagem da sua equipe, deixando as escolhas dependentes de negociações políticas para o último anúncio. Haverá uma grande expectativa ao longo do dia de hoje quanto ao espaço, por exemplo, que o PP, de Eduardo da Fonte, ocupará, já que o partido elegeu oito deputados estaduais e quatro federais.

Destino de Henry – O MDB espera que o partido seja contemplado na equipe de Raquel com a escolha de Raul Henry, atual presidente estadual da legenda, não reeleito deputado federal. Mas como sua ligação histórica é com educação e cultura, pastas já com titulares escolhidos, provavelmente o que lhe será oferecido não seja do seu agrado. Henry é afilhado político do senador Jarbas Vasconcelos, que licenciado do mandato, em tratamento de saúde.

Veto derrubado – Em sessão extraordinária, a Assembleia Legislativa rejeitou, ontem, o veto do governador Paulo Câmara às 22 emendas incluídas pelos parlamentares ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2023. Assim, a Casa mantém a decisão de redirecionar R$ 90 milhões do Poder Executivo para o Legislativo. Ao todo, 39 parlamentares votaram contra o governador, número superior aos 25 regimentalmente exigidos. Os deputados Aluísio Lessa (PSB), Clarissa Tércio (PP) e a futura vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) foram os únicos a discordarem do posicionamento.

Gesto caruaruense – Em Caruaru, terra da governadora eleita e por ela administrada em dois mandatos, a classe política está no aguardo de algum gesto dela em relação ao deputado Tony Gel. Adversário histórico da tucana, Gel apoiou a candidatura dela no segundo turno, enquanto o grupo de Zé Queiroz se aliou ao projeto majoritário de Marília Arraes. Em tempo: Gel não conseguiu emplacar a reeleição para o parlamento estadual, nem tampouco seu filho Toninho foi eleito deputado federal.

CURTAS

HOSPEDAGEM – O presidente Jair Bolsonaro planeja se hospedar na mansão do ex-lutador do UFC José Aldo em Orlando, nos Estados Unidos, para onde viajou ontem. Aldo, que atualmente está no Rio de Janeiro, foi um dos lutadores que declararam voto em Bolsonaro nas eleições de 2022, quando o atual presidente acabou derrotado por Lula

FELIZ 2023 – Ao final de mais um ano de muita luta, de ralação sem tamanho por causa das eleições, mas feliz, desejo aos leitores deste blog um grande 2023. Muita paz, harmonia e fé! Que possamos trazer boas notícias!

Perguntar não ofende: Que horas sai hoje a última leva do secretariado de Raquel?