“Tudo é possível”, diz líder do PT sobre trocas no governo

O futuro líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que a base aliada ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Congresso tem espaço para crescer. Segundo ele, a distribuição de cargos no 2º escalão do governo pode ajudar a atrair os congressistas.

“Eu considero que a montagem do governo não resolveu tudo, mas foi um começo decisivo para o governo consolidar a base”, avaliou Guimarães em entrevista à Folha de S. Paulo publicada na noite de 6ª feira (30.dez.2022). As informações são do Poder360.

Lula foi eleito com a promessa de formar um governo de frente ampla, composto por diversas siglas. Foi criticado, no entanto, por priorizar integrantes do PT nos ministérios mais importantes.

Guimarães não descarta eventuais trocas nas pastas para acomodar partidos como o União Brasil e o Republicanos. “Depois que nós contemplarmos os partidos pequenos que ainda não foram contemplados, como PV, Avante, Solidariedade, tudo é possível”, falou o líder do governo na Câmara a respeito de uma possível mudança nos nomes escalados por Lula.

“A gente tem que fazer um esforço grande, não é uma base para servir o governo através do chicote; é uma base para atender as demandas do país e dialogar permanentemente com o governo”, completou.

Sobre a relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Guimarães afirmou que será “uma outra dinâmica”, diferente da que esteve em vigor durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). “É uma outra relação, até porque acabaram as emendas de relator.”

Também afastou a possibilidade de o PT lançar um candidato para concorrer contra Lira pela presidência da Câmara.

“Toda discussão que tivemos até agora com o Arthur Lira foi assim, uma relação institucional, respeitosa, de diálogo. Se fizer isso, é meio caminho andado para construir o processo legislativo”, disse o deputado petista.

O Blog Ponto de Vista antecipou em primeira mão que a futura governadora Raquel Lyra irá anunciar o Coronel Tibério César dos Santos como comandante-geral da Polícia Militar de Pernambuco. Atualmente Cel. Tibério é Diretor Geral de Administração da PMPE.

Confira currículo:

Cursos na Area de Segurança Pública: CAO, CSP, SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.

Formação: Administração – UPE (11/01/2000)

Condecorações:
– Almofada de tempo de docência;
– Medalha Pernambucana de Mérito Policial Militar;
– Medalha do Serviço Policial militar com Passador de prata e 02 estrelas;
– Medalha Pernambucana de Mérito Bombeiro Militar;
– Medalha de Mérito da Casa Militar.

Definida a escalação de ministros do novo governo, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tenta agora aplacar o descontentamento de aliados que ficaram fora do time principal com a sinalização de que podem ocupar postos no segundo escalão. Cargos na Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e Banco do Nordeste estão no topo da lista dos mais cobiçados.

Um dos que podem ser contemplados é o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA), preterido no Ministério da Integração Nacional após ter o nome vetado por petistas da Bahia. Interlocutores de Lula afirmam que uma das possibilidade é que ele mantenha a influência sobre a Codevasf. A estatal, criada para tocar obras nas regiões dos vales dos rios São Francisco e do Parnaíba, teve a sua atuação expandida no governo de Jair Bolsonaro e é comandada desde 2019 por Marcelo Andrade Andrade Moreira Pinto, apadrinhado por Elmar.

Antes de o martelo ser batido, porém, haverá uma conversa de Lula com o novo ministro da Integração, Waldez Góes, e com o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que bancou a indicação na pasta.

A cobiça pelos cargos de segundo escalão atinge também quadros do PT que foram preteridos no Ministério. O líder do partido na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), que chegou a ser convidada a assumir o Desenvolvimento Agrário, mas foi rifado na última hora, quer influenciar nas indicações da pasta da Educação. O parlamentar se reuniu ontem com Gleisi para tratar do assunto.

No dia anterior, a presidente do PT já havia recebido os presidentes do Solidariedade, Paulinho da Força, e da Força Sindical, Miguel Torres, e pediu que eles apresentassem seus pedidos. Torres ficou descontente após a segunda central sindical do país e o Solidariedade, partido a qual é ligada, não terem participado da indicação de nenhum nome do primeiro escalão. O presidente da entidade disse que não deve comparecer à posse de Lula, no domingo, apesar de ter sido convidado.

— Estou descontente porque trabalhamos pela frente ampla e no fechamento das cortinas ficamos de fora — afirmou Torres ao GLOBO.

Apesar de dizerem que não será possível apagar a insatisfação, líderes do Solidariedade afirmam que gostariam de assumir o comando do INSS e do Ceagesp, o entreposto de abastecimento de São Paulo que pertence à União. Estão de olho, ainda, em diretorias de bancos públicos e da Petrobras.

Além do Solidariedade, Lula sinalizou que pretende contemplar outras siglas que o apoiaram na disputa eleitoral e ficaram sem ministérios com cargos no segundo escalão, casos de PV, Avante e Agir.

Dirigentes do PV, inclusive, já estiveram com Gleisi. O partido, que chegou a ser cogitado para o Ministério da Pesca, mas foi descartado para garantir mais uma pasta para o PSD, almeja assumir o comando da Funasa, fundação responsável por promover o saneamento básico no país. O órgão é vinculado ao Ministério da Saúde, mas pode ser transferido para a pasta das Cidades.

Lula quer usar os cargos no segundo escalão para abrigar aliados fiéis, que tiveram papel relevante na campanha, mas que não conseguiu acomodar na Esplanada. É o caso, por exemplo, do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que deixará o cargo neste domingo. Ele foi a primeira liderança do PSB a defender uma aliança de seu partido com o petista. Na época, o prefeito do Recife, João Campos, por exemplo, se opunha à aproximação.

De acordo com petistas, Lula já revelou que pretende contemplá-lo com um posto. São cogitadas para ele tanto a presidência do Banco do Nordeste como uma diretoria da Codevasf.

Espaço no meio ambiente

Um nome que já foi contemplado com uma vaga foi o ex-governador do Acre e ex-senador Jorge Viana (PT). O vice-presidente eleito e futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou Viana para a presidência da Agência Nacional Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex).

Cogitada para o novo Ministério dos Povos Indígenas, a deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR) revelou ontem que assumirá a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai). O órgão ficará subordinado à nova pasta, que terá como titular a deputada eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP).

No Ministério do Meio Ambiente, onde há uma disputa por postos de segundo escalão, interlocutores próximos à nova ministra, Marina Silva (Rede), dão como certas as indicações da ex-presidente do Ibama Suely Araújo e do deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP). Ambos integraram o grupo técnico responsável pelos temas ligados ao meio ambiente e às mudanças climáticas durante a transição.

O nome de Agostinho surgiu como primeiro indicado para comandar o Ibama. A futura ministra não definiu, ainda, que posição Araújo vai ocupar dentro do ministério.

O tenente-coronel Hercílio Mamede será o chefe da Casa Militar do governo Raquel Lyra (PSDB). Ele já atuou em Petrolina e, atualmente, está lotado como comandante do 21º BPM, em Vitória de Santo Antão, de acordo com Portal da SDS.

Mamede também é marido da major Clarissa Martins, que teve grande atuação em Caruaru. Durante sua passagem pela Capital do Agreste, Clarissa criou relação com a então prefeita da Cidade, chegando a ser candidata a deputada federal na chapa do PSDB, mas não conseguiu ser eleita.

A previsão é que mais nomes serão anunciados hoje. A expectativa é sobre quem ocupará as secretarias de Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Agrário.   

As informações são do Blog Cenário.

Seis futuros ministros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizaram verba do chamado orçamento secreto. O grupo é composto basicamente por indicados de dois partidos – União Brasil e PSD – que devem fazer parte da base aliada do novo governo no Congresso. São eles os deputados federais André de Paula (PSD-PE), Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Juscelino Filho (União Brasil-MA), os senadores Alexandre Silveira (PSD-MG) e Carlos Fávaro (PSD-MT), e o governador do Amapá, Waldez Góes (União Brasil).

No total, esses aliados apadrinharam R$ 291,7 milhões em emendas de relator. O levantamento foi feito pelo Metrópoles por meio de duas bases de dados – uma entregue pelo Congresso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e outra publicada em sistema da Câmara dos Deputados.

Durante a campanha eleitoral, Lula usou o orçamento secreto para atacar seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista chegou a classificar o dispositivo como uma forma de “extorquir prefeitos e a população”.

Procurado pela reportagem do Metrópoles, Lula preferiu não se manifestar.

Líder do ranking, a deputada Daniela do Waguinho apadrinhou R$ 86 milhões do orçamento secreto de 2020 a 2022. A parlamentar será ministra do Turismo de Lula.

Em redes sociais, Daniela do Waguinho coleciona fotos com Bolsonaro. Apesar disso, decidiu apoiar Luiz Inácio Lula da Silva no pleito deste ano. Ela é formada em pedagogia, evangélica e casada com o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (União Brasil). Foi escolhida como ministra do Turismo na cota do União Brasil.

Em nota, a parlamentar explicou que as emendas de relator foram criadas em 2019, para o orçamento de 2020. “Desde então, fazia parte da peça orçamentária (LOA). Logo, caberia aos parlamentares as indicações aos municípios e ou a instituições. As indicações foram realizadas dentro da normalidade e com toda transparência”, alegou Daniela.

Em seguida, está o atual governador do Amapá, Waldez Góes, também da cota do União Brasil. O futuro ministro da Integração e Desenvolvimento Regional indicou R$ 58,9 milhões do orçamento secreto somente neste ano.

Isso mostra que a criação e o uso das emendas de relator ultrapassaram os interesses dos parlamentares. Procurado, Góes não respondeu.

Completam a lista Juscelino Filho (R$ 50,5 milhões), André de Paula (R$ 47,5 milhões), Carlos Fávaro (R$ 35,6 milhões) e Alexandre Silveira (R$ 13 milhões). Os valores incluem apenas as verbas cadastradas, excluindo-se aquelas solicitadas e, depois, canceladas.

Fávaro explicou que, como representantes da população e dos estados, deputados e senadores em contato direto com suas bases podem fazer a indicação das ações prioritárias a serem executadas com o orçamento da União.

“E assim acontece com a emenda de relator que encontra, no próprio sistema legislativo, seus meios de fiscalização. Afinal de contas, como parlamentar, sou o principal interessado em mostrar à população do Estado o qual represento os recursos que destinamos”, disse o pessedista.

“Trata-se de um instrumento que estava em vigor quando assumi e destinei verbas com a maior responsabilidade, dentro dos preceitos do meu mandato e sempre fazendo a prestação de contas e dando publicidade por meio das minhas redes sociais. Agora, o trabalho continuará sendo realizado no âmbito do Legislativo, como ocorria antes da emenda de relator, mas sempre com deputados e senadores trabalhando empenhados a destinar os recursos para as necessidades mais urgentes de suas bases”, acrescentou o futuro ministro da Agricultura.

Alexandre Silveira argumentou que sempre se posicionou contrário à forma como era concebida as emendas de relator.

“A partir do momento que elas existiam, no entanto, como senador da República, ele tinha o dever de lutar por verbas para seu Estado, Minas Gerais, o que ele sempre fez com transparência e atendendo ao interesse público”, acrescentou a assessoria do futuro ministro.

Procurados, Juscelino Filho e André de Paula não se manifestaram.

A transferência da faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda é questão de debate entre a equipe do cerimonial responsável pela posse que ocorrerá dia 1º de janeiro. De acordo com o futuro líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), as normas envolvendo a sucessão presidencial e um possível rito alternativo, com a sociedade civil, estão sendo avaliadas.

“Estamos avaliando as normas envolvendo a sucessão e a faixa. Se deve ser na ordem constitucional da sucessão presidencial. Caso não haja empecilho, planejamos uma transferência simbólica envolvendo representantes da sociedade civil”, afirmou o senador.

As dúvidas do cerimonial estão em linha com um decreto feito pelo ex-presidente Emilio Garrastazu Médici, em 1972. “Receberá de seu antecessor a faixa presidencial”, diz o trecho. Apesar do decreto, não há uma obrigação constitucional para o rito. As informações são do Metrópoles.

Jair Bolsonaro (PL) não foi o único a se recusar transferir adereço. O ex-presidente João Baptista Figueiredo se recusou a passar a faixa para José Sarney.

Outros petistas também afirmam que se estuda a transferência por representantes da diversidade civil, mas não há mais detalhes de como se daria esse rito inédito, apenas que seria feito por mulheres, negros, indígenas e trabalhadores. Há a chance da faixa ser entregue por crianças.

Se respeitada a linha de sucessão, como diz o decreto de Médici, os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), podem ser os responsáveis pelo ato, já que o vice-presidente Hamilton Mourão não mostrou interesse em cumprir o rito.

O futuro líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), explicou que Pacheco e Lira se colocaram à disposição para a passagem de faixa.

A militância petista defende que a passagem seja pela ex-presidente Dilma Rousseff, como um ato de “reparação histórica” devido ao impeachment de 2016. Porém, a proposta não foi cogitada por aliados ou por Lula.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou e tirou fotos com apoiadores hoje cedo em Kissimmee, Orlando (EUA).

Bolsonaro conversou com cerca de 50 pessoas que o aguardavam em frente à casa onde está hospedado, de propriedade do ex-lutador de MMA José Aldo. Durante a conversa, ele tirou fotos, autografou camisetas e prometeu participar de uma pelada com seus apoiadores nos próximos dias.

O presidente disse ainda que deve passar o Réveillon no imóvel em que está hospedado e informou que não deve falar com a imprensa, por enquanto. As informações são do UOL.

Como foram as primeiras horas fora do Brasil?

Bolsonaro chegou a Orlando na noite desta sexta (30). Na chegada, ele só acenou para 30 apoiadores que o esperavam do lado de fora da casa e o receberam aos gritos de “mito”. Depois que o presidente entrou no imóvel, seguranças disseram que ele estava muito cansado e que deveria falar na manhã deste sábado (31).

Desde as primeiras horas do dia, apoiadores o esperavam em frente à casa, estimulados pela mensagem publicada às 8h no Twitter pelo presidente por conta da morte do papa Bento XVI.

Em despacho na tarde desta sexta-feira (30/12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, pediu que as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal prestem esclarecimentos quanto à tramitação do projeto de lei regulamentadora da Emenda Constitucional nº 127/2022, que cria fundos para o pagamento do piso salarial da enfermagem. A análise definirá a manutenção da suspensão da Lei 14.434, que estabeleceu valores para o pagamento de salário da enfermagem em todo o país.

O ministro pediu máxima urgência aos Poderes, uma vez que entende ainda ser necessário um projeto de lei para regulamentar as medidas da emenda.

A matéria foi promulgada recentemente e altera a “Constituição Federal e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para estabelecer que compete à União prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, para o cumprimento dos pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira”. Contudo, o ministro entende que ainda é necessário um projeto de lei que precisa ser sancionado regulamentando as medidas da emenda. As informações são do Correio Braziliense.

Além disso, “altera a Emenda Constitucional nº 109, de 15 de março de 2021, para estabelecer o superávit financeiro dos fundos públicos do Poder Executivo como fonte de recursos para o cumprimento dos pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira; e dá outras providências”. 

O magistrado diz que, antes de decidir sobre a manutenção dos efeitos da cautelar, é relevante ouvir o Senado Federal e a Câmara dos Deputados quanto à tramitação do projeto de lei regulamentadora e às condições de possibilidade da efetiva transferência de recursos da União para as entidades mencionadas
no texto constitucional. 

Isto porque a Confederação Nacional da Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), autora da ação, mantém a contestação sobre o pagamento do piso e diz que a matéria não atende aos segmentos privados do setor. Em manifestação, a CNSaúde alega que “a medida ora aprovada pelo Congresso Nacional apresenta uma solução apenas provisória para uma obrigação definitiva. Isso porque a desvinculação do superávit de fundos públicos como forma de viabilizar o pagamento dos novos pisos salariais foi autorizada apenas até o ano de 2027. Sustenta, ainda, não haver fundamento para a revogação da cautelar quanto aos hospitais privados, uma vez que a emenda constitucional não beneficia aqueles que tenham fins lucrativos”, diz o despacho. 

Da mesma forma, também em manifestação ao Supremo, a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf) alega que a edição da EC nº 127/2022 não conduz à revogação da cautelar, pois a norma constitucional por ela introduzida teria eficácia limitada, já que o efetivo pagamento da assistência financeira depende de regulamentação por lei e da parametrização dos valores a serem distribuídos, conforme o impacto estimado para cada uma das entidades beneficiárias. 

Salários

A lei que regulamenta os salários foi sancionada em 4 de agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e estabelece o piso de enfermeiros em R$ 4.750; 75% desse valor para técnicos de enfermagem e 50% para auxiliares e parteiras. Entidades do setor, no entanto, reclamaram que não teriam condições de pagar o valor do piso aos profissionais sem que fosse definida uma fonte de recursos para essa finalidade. A mesma queixa foi apresentada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Segundo cálculos de especialistas, o pagamento do piso exigiria um valor ao redor de R$ 19 bilhões por ano.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), convidou a deputada federal Joenia Wapichana (Rede-RR) para assumir a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai). Durante o encontro realizado na sexta-feira (30), a proposta foi aceita pela líder indígena. As informações são do Portal M!.

“[Aceitei] considerando todas as demandas dos povos indígenas, o desafio de uma reconciliação do país, fortalecimento dos diretos, principalmente em relação à demarcação e proteção das terras indígenas”, afirmou Joenia.

Através das redes sociais, Lula registrou o momento com a parlamentar e celebrou o nome escolhido para assumir o cargo de presidente da Funai.

“Estive com Joenia Wapichana, que assumirá a presidência da Funai em nosso governo. Pela primeira vez, finalmente teremos a Funai presidida por uma mulher indígena, dentro da estrutura do Ministério dos Povos Indígenas. Novos tempos para o Brasil!”, festejou.

A reunião entre Lula e Joenia ocorreu durante a tarde em Brasília, após o breve encontro do petista e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O deputado federal Fernando Monteiro (PP) fez um balanço positivo da passagem da engenheira Fernandha Batista pela Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos. “Ela esteve à frente da pasta pelos últimos quatro anos e se despede, seguramente, como uma das gestoras mais bem avaliadas por parlamentares, prefeitos e lideranças de todo Estado”, disse.

Segundo ele, Fernandha abriu novas estradas, reconstruiu grande número de vias importantes e ampliou o acesso à água, especialmente no Sertão e no Agreste. Fernandha Batista concluiu 47 obras, totalizando 1.065 quilômetros de rodovias. Outras 53 estão em andamento, o que permite acrescentar outros 625 quilômetros à malha viária.

“Ao todo, os investimentos contemplam 1.690 quilômetros de estradas, com obras de implantação e reconstrução, em todas as regiões do Estado. As ações do Caminhos de Pernambuco, programa lançado em 2019 pelo Governo do Estado, geraram mais de 20.400 empregos desde então”, acrescentou.

As ações nos aeroportos regionais de Pernambuco também foram destacadas pelo parlamentar. “A concretização da aviação regional em Pernambuco também foi uma das metas prioritárias de Fernandha, com obras em Caruaru, Serra Talhada, Garanhuns, Fernando de Noronha, Araripina e, em breve, em Salgueiro.

Ao receber a Medalha de Ordem do Mérito dos Guararapes, a maior honraria concedida pelo Estado, na última sexta-feira, Fernandha Batista agradeceu a confiança do governador Paulo Câmara e falou sobre o impacto dos investimentos na vida dos pernambucanos. Segundo ela, foram R$ 3 bilhões destinados às questões do acesso à água e ao esgotamento sanitário.

“Nesses 4 anos, mais de 66 mil pessoas deixaram de depender do caminhão pipa. Crianças deixaram de ter dor de barriga pelo consumo da água suja, e mais de 500 mil pessoas saíram do racionamento em diversas cidades do interior, além das melhorias na RMR”, ressaltou. Ela também destacou a criação do SISAR, que leva água pra quem vive no meio rural.