Durante os dois meses de transição, vários pernambucanos foram cotados para compor o primeiro escalão do governo de Lula, a partir de 2023. Com o passar do tempo, o processo afunilou, e restaram três nomes apenas: José Múcio Monteiro (Defesa), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e o recém-confirmado André de Paula (Pesca). Entre os que morreram na praia, o nome que mais chama a atenção é o do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ainda mais quando outros gestores estaduais foram escalados para a missão.
Paulo foi especulado para algumas pastas, sendo a última Planejamento, que ficou para Simone Tebet (MDB), adversária de Lula no primeiro turno das eleições e que o apoiou no segundo. O PSB indicou Márcio França, ex-governador de São Paulo, para a pasta de Portos e Aeroportos. Outros dois socialistas entraram pela cota pessoal de Lula: Flávio Dino, outro ex-governador, do Maranhão (Justiça), e o próprio vice-presidente, Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio), e que já governou São Paulo por quatro mandatos.
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Além de Dino, outros ex-governadores também foram escalados, a maioria do Nordeste. Camilo Santana (Ceará/Educação), Rui Costa (Bahia/Casa Civil), Wellington Dias (Piauí/Desenvolvimento Social) e o recém-anunciado Renan Filho (Alagoas/Transportes). Por sua vez, o futuro titular da pasta de Cidades, Jader Filho, é irmão do governador do Pará, Jader Barbalho (MDB). As já citadas Simone Tebet e Luciana Santos foram vice-governadoras do Mato Grosso do Sul e de Pernambuco, respectivamente. Luciana ainda está no cargo, até o dia 31.
Paulo Câmara foi o fiel da balança na reaproximação entre PT e PSB, mas teria sido derrubado do ministério nos bastidores pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB). Este teria bancado a indicação de Márcio França para a Esplanada, no intuito de lançar a namorada, a deputada federal Tabata Amaral, para a Prefeitura de São Paulo, em 2024.
Além de Paulo, foram especulados os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão e os deputados federais Sílvio Costa Filho, Wolney Queiroz, Marília Arraes e Danilo Cabral. Os dois senadores ficarão no Senado, enquanto Silvinho foi o único a se reeleger para a Câmara. Marília, Danilo e Wolney ainda esperam ser lembrados por Lula para os cargos de segundo e terceiro escalões.
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