Nós que te amamos tanto

Por Marcelo Tognozzi*

Não fazia a menor diferença se era de meia, de papel, de plástico ou de couro. Se a bola rolava no campinho de terra batida ou na quadra da escola, a 1ª coisa que se ouvia era: “Marraio! Sou Pelé!”. E o Naldo, do alto da sua competência de goleador, provocava: “Pelé não é perna de pau! Você não joga nada!” E a porrada comia solta. Também tinha briga por Pelé no jogo de botão. Mas dava para resolver sem violência: “Este aqui é o meu Pelé e aquele é o seu”. Nós que te amávamos tanto, guerreávamos para ser você.

Difícil um moleque do nosso tempo não ser súdito do Rei. A gente mal aprendia a andar e já chutava uma bola gritando gol do Pelé. A 1ª vez que vi o rei jogar foi no Maracanã. Domingo, 24 de agosto de 1969. Meu pai me levou para assistir Brasil X Venezuela pelas eliminatórias da Copa de 70. O velho tinha um fusca cor de café com leite e um permanente da tribuna de honra, privilégio do seu cargo de gerente de vendas da Coca-Cola. Estacionava o carro dentro do Maracanã. Den-tro!

Câmara Municial Recife - O Recife que amamos

Recorrendo a um velho jargão, de que uma imagem vale por mil palavras, o jornal O Globo ganha, hoje, o Oscar da melhor capa dos jornais brasileiros refletindo a derrocada do Brasil na Copa do Mundo.

Toritama - Tem ritmo na saúde

Lula sabe escalar seu exército

Ao anunciar, ontem, seus primeiros cinco ministros, entre eles o pernambucano José Múcio Monteiro, para a Defesa, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrou que é, literalmente, um animal político. Sabe, como ninguém, escalar o exército da batalha como comandante que não abre mão das suas prerrogativas.

Como técnico habilidoso, fez a escalação com atenção e capricho. Primeiro, o núcleo duro, formado pelos petistas Fernando Haddad e Rui Costa, Fazenda e Casa Civil, respectivamente. José Múcio Monteiro e Flávio Dino, Defesa e Justiça, também pela ordem. O complemento se deu com Mauro Vieira, para o Itamaraty.