Desde o início do ano, o ex-presidente Lula lidera a corrida presidencial. Não venceu a eleição no 1° turno por pouco. O presidente Bolsonaro surpreendeu e findou o turno inicial com expressiva votação. Neste instante, as pesquisas do IPEC, Datafolha, Atlas, Quaest e Ipespe mostram a liderança do ex-presidente Lula. A última pesquisa do Datafolha mostra Lula com 53% dos votos válidos. E Bolsonaro com 47%. É possível o presidente ser reeleito?
Alguns dados importantes advindos do Datafolha: 1) A rejeição do presidente Bolsonaro segue alta: 51%. E a do ex-presidente Lula, apesar de ter crescido e dos intensos ataques advindos do adversário, está em 46%; 2) 93% dos votantes têm a certeza do voto; 3) 41% afirmam que a vida será melhor com Lula presidente; 4) 41% os eleitores de Simone Tebet votam com Lula; 5) 40% dos votantes de Ciro votarão no candidato do PT. Esses dados sugerem pouco espaço para o crescimento do presidente Bolsonaro.
Outros dados relevantes encontrados no Datafolha: Bolsonaro tem 68% dos votos entre os evangélicos. Lula, 32%. O Datafolha estima que 27% dos eleitores brasileiros são evangélicos. Católicos são maioria. Em 2030, segundo projeção do demógrafo José Eustáquio, os evangélicos serão majoritários. Portanto, nesta eleição, a ampla vantagem de Bolsonaro entre os evangélicos não lhe garante vitória. Entre os católicos, Lula tem 61%; Bolsonaro, 39%.
No Nordeste, de acordo com o Datafolha, Lula tem 72% dos votos. E Bolsonaro, 28%. No Sudeste, Bolsonaro tem 52%; e Lula 48%. As regiões Sudeste e Nordeste têm o maior número de eleitores. Portanto, é necessário que o candidato à reeleição amplie a sua diferença para o candidato do PT no Sudeste, pois Lula, no Nordeste, tem grande vantagem. De acordo com a pesquisa Atlas, 50% dos eleitores afirmam que a situação econômica do Brasil está ruim. O sentimento negativo para com a economia ainda prepondera. Tal sentimento favorece o ex-presidente Lula.
A abstenção no Brasil, que pode prejudicar ambos os candidatos, foi de 20,7% no 1° turno. A abstenção no Nordeste, onde Lula tem grande votação, foi de 19,5%. E no Sudeste, 21,9%. Portanto, maior do que a do Nordeste. Conclusão: a reeleição de Bolsonaro depende fortemente dos debates e do aumento da abstenção no Nordeste, a qual pode prejudicar Lula.
*Doutor em Ciência Política. Professor da UFPE. Fundador da Cenário Inteligência
Um homem atirou contra o muro de uma igreja evangélica uma hora antes de o local receber um evento de campanha com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a ex-ministra e agora senadora eleita, Damares Alves, no Bairro Sapiranga, em Fortaleza, na noite da última sexta-feira. Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, ninguém ficou ferido, e o suspeito foi capturado pela Polícia Militar. Um revólver foi apreendido. As informações são do G1/CE.
Segundo a pasta, o homem de 22 anos, que não teve a identidade informada, não possuía antecedentes criminais e se apresentou como vigilante. Em depoimento, ele não repassou nenhuma informação aos agentes.
Após a captura, o homem foi autuado por disparo de arma de fogo. O suspeito foi liberado após o pagamento da fiança. A polícia segue com as investigações para identificar a motivação do crime.
Michelle e Damares participaram de eventos de campanhas em igrejas na Praia de Iracema e no Bairro Sapiranga. As duas cumpriram agenda na capital cearense um dia antes da chegada de Jair Bolsonaro à cidade.
A Mobiauto, start-up do segmento automotivo, fez uma pesquisa em sua base de dados nesta semana para verificar o comportamento de preços das picapes de médio/grande porte do Brasil. A equipe de Estatísticas da Mobiauto encontrou um resultado curioso: dos sete modelos verificados no levantamento (Chevrolet S10, Fiat Toro, Ford Ranger, Mitsubishi L200, Nissan Frontier, Toyota Hilux e VW Amarok), cinco deles colocaram versões entre as dez mais valorizadas e as dez mais depreciadas do país. As exceções foram a Amarok e a Ranger. Em suma: comprar uma picape seminova (2020 e 2021) no mercado brasileiro pode significar um mau ou um bom negócio – vai depender da versão escolhida.
“Esse tipo de minúcia só aparece quando você possui um banco de dados gigantesco para apurar as ofertas e as demandas, mas principalmente quando você utiliza a inteligência de um time de Estatística para interpretar o comportamento do mercado. Estou muito orgulhoso do nosso time. Imagine o que essa pesquisa vai ajudar a orientar os donos de picapes”, revelou Sant Clair Castro Jr, consultor automotivo e CEO da Mobiauto.
A Mobiauto, recém-incorporada ao Banco Pan, utilizou sua base de dados para pesquisar as unidades seminovas (modelo 2020 e modelo 2021) dessas picapes, apanhando as cotações médias de versões a diesel e flex apuradas entre junho e agosto de 2021 versus o mesmo período deste ano. Na média geral, as caminhonetes valorizaram 3,47% em um ano.
O mais curioso após a aferição das variações de preços foi, de fato, a presença de algumas versões de S10, Toro, L200, Frontier e Hilux entre as mais valorizadas e as que mais perderam cotações. E isso nem está relacionado diretamente ao combustível. A S10 a gasolina tem uma versão, a 2.8 CTDI LT 4WD cabine dupla, modelo 2021, que foi a quinta picape que mais valorizou no país, com alta de 9,37% em um ano. Em compensação, a 2.5 Ecotec LTZ 4WD cabine dupla 2020 anotou o quinto pior resultado de toda a pesquisa, com queda de 2,35%.
“Se entrarmos no detalhe do comportamento de preços de cada picape que mais valorizou, e as que mais perderam preços, vamos encontrar vários motivos: algumas versões tiveram vendas acentuadas para frotistas, que acabaram despejando grandes volumes de seminovas de uma só vez – e isso reduziu os preços”, avalia Sant Clair Castro Jr.
Para explicar as altas, ele diz que a falta de modelos 0km acentuou a valorização de outras versões, o que explica os percentuais mais elásticos. “O fato é: o comprador precisa consultar nossa tabela e apurar caso a caso as versões que são os melhores negócios”, diz o CEO da Mobiauto.
De uma forma geral, apanhando a média de valorização de todas as versões, a Toyota Hilux 2020 flex sagrou-se vencedora: 10,69% de alta no último ano. Mitsubishi L200 Triton a diesel e Chevrolet S10 flex, ambas 2021, aparecem em seguida, praticamente empatadas: 8,60% e 8,59%, respectivamente. Veja todos os dados na tabela em anexo.
Selo de valor de revenda – Com um índice de 9,8% de valorização, depois de um ano de uso, o Fiat Strada foi o veículo melhor avaliado na 9ª edição do Selo Maior Valor de Revenda – Autos, da Agência Autoinforme, em parceria com a Textofinal de Comunicação, que este ano contou com 18 categorias e o campeão geral. Com exceção de um modelo, todos os demais vencedores obtiveram índices positivos, apesar da realidade adversa do mercado interno brasileiro por conta da falta de veículos 0 km, provocada por desabastecimento de insumos (semicondutores, em especial) e, na outra ponta, a valorização de veículos seminovos, devido à elevada demanda.
“No ano passado, registramos que, dos 126 modelos pesquisados, 101 anotaram índices de valorização e apenas 25 obtiveram índices de depreciação. Este ano, com 119 modelos analisados, 78 obtiveram índices positivos e 41 negativos. À época, já afirmávamos que se tratava de um período muito atípico do mercado secundário de veículos seminovos”, explica Joel Leite, idealizador da certificação.
Dezoito modelos foram contemplados pelo Selo Maior Valor de Revenda – Autos 2022 em suas categorias:
Veículo de entrada: Fiat Mobi (valorização de 8,6%), Hatch compacto: Chevrolet Onix (valorização de 7,4%), Hatch médio: Chevrolet Cruze Sport (valorização de 3,6%); Elétrico acima de R$ 300 mil: Audi e-Tron (valorização de 0,4%); Híbrido até R$ 500 mil: Toyota Corolla Hybrid (valorização de 4,4%); Híbrido acima de R$ 500 mil: Volvo XC90 (valorização de 1,7%); Minivan: Chevrolet Spin (valorização de 4,1%); Picape pequena: Fiat Strada (valorização de 9,8%); Picape compacta: Renault Duster Oroch (valorização de 4,9%); Picape média: Chevrolet S10 (valorização de 9,6%); Sedã de entrada: Hyundai HB20B (valorização de 5,2%); Sedã compacto: Volkswagen Virtus (valorização de 6,7%); Sedã médio: Toyota Corolla (valorização de 6,7%); SUV de entrada: Volkswagen Nivus (valorização de 6%); SUV compacto: CAOA Chery Tiggo 5X (valorização de 4,7%); SUV médio: Porsche Macan (valorização de 9,%); SUV grande: Jeep Commander (valorização de 6,1%). Elétrico de até R$ 300 mil: Renault Zoe (depreciação de 0,20%).
HB20 Copa do Mundo – Como parceira da Fifa e patrocinadora da Copa do Mundo do Qatar 2022, a Hyundai lançou uma edição especial do HB20 (hatch e sedã). São quatro versões (com motor 1.0 aspirado e câmbio manual ou turbo com câmbio automático) baseadas na Confort. Para diferenciar, claro, alguns penduricalhos: faróis com projetores e luzes diurnas em LED, rodas de liga-leve pintadas de cinza, retrovisores em cinza e emblemas do torneio nos para-lamas dianteiros. Para o hatch, a oferta de spoiler traseiro. Ah, e o comprador vai ganhar uma bola de futebol.
Peças usadas, mas de fábrica – A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, lançou um programa no mínimo curioso, como descontos de até 40% na venda de peças remanufaturadas (ou, para ser mais claro, usadas). São 100 delas, como alternador, caixa de direção, câmbio automático, motor de arranque e turbocompressor. A Stellantis criou até uma empresa de economia circular chamada SUSTAINera para cuidar disso. A ideia é que, com ela e o reaproveitamento dessas peças, seja reduzido pela metade o uso de energia na produção e em até 80% a quantidade de materiais. Obviamente, será diminuída a emissão de carbono na natureza.
A estratégia 4R
• Remanufaturar – Peças usadas, gastas ou defeituosas são completamente desmontadas, limpas e remanufaturadas de acordo com as especificações originais. Quase 12 mil peças abrangendo 40 linhas de produtos, incluindo baterias de veículos elétricos, estão disponíveis.
• Reparar – As peças gastas são reparadas e reinstaladas nos veículos dos clientes. Em 21 locais ao redor do mundo, e-repair centers trabalham com baterias de veículos elétricos.
• Reutilizar – Aproximadamente 4,5 milhões de peças multimarcas em estoque, ainda em bom estado, são recuperadas de veículos em fim de vida e vendidas em 155 países por meio da plataforma de e-commerce B-Parts.
• Reciclar – Resíduos de produção e veículos em fim de vida são reinseridos no processo de fabricação. Em apenas seis meses, a unidade de negócios coletou 1 milhão de peças recicladas.
A garantia é de 12 meses para as peças usadas que forem compradas e instaladas nas concessionárias. Se o consumidor preferir comprar e instalar em seu mecânico de confiança, é de três meses.
Atenção, Paraíba: etanol vale a pena – Levantamento realizado pela ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas, mostra que na primeira quinzena do mês de outubro o etanol teve aumento de 0,87% no valor do litro, comparado ao mês anterior. O preço nacional médio foi de R$ 3,492. Mesmo com o aumento no valor, o etanol é uma opção vantajosa para abastecer nos estados do Mato Grosso (R$ 3,302), Goiás (R$ 3,388) e Paraíba (R$ 3,440). Isso se dá quando o preço dele está menor que 70% do valor do litro da gasolina (o cálculo desconsidera fatores como autonomias individuais de cada veículo). Dessa maneira, quem abastece nesses estados, pode escolher o etanol como a opção mais econômica.
A defasagem do diesel – O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) lança, nesta semana, seu painel com informes diários que contarão com análises das dinâmicas macroeconômicas, políticas e setoriais que impactam os preços dos combustíveis. Nesta primeira edição do documento, a consultoria avalia que o litro da gasolina e do diesel no Brasil segue com defasagem, respectivamente, de 6,72% e 12,40% no comparativo de preços com o mercado internacional. Neste momento, se o sistema de paridade global (PPI) fosse seguido, poderia ser anunciado um aumento de R$ 0,237 para a gasolina e R$ 0,69 para o diesel no país. O GLP continua com valores 36,67% acima dos praticados no exterior e poderíamos ter uma redução de R$ 1,01 em território brasileiro.
Este cenário pode ser explicado pela desaceleração econômica mais acentuada apontada nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), reduzindo em 0,2% as projeções de crescimento global em 2023, o que afetou os contratos futuros de petróleo. O andamento de negócios no segmento de diesel foram mais resilientes e demonstraram recuperação.
iX40 elétrico: R$ 17 mil por mês – O charmoso e luxuoso BMW iX40 custa no Brasil exatamente R$ 667.950. Bem, mas agora você alugá-lo por meio de assinatura R$ 16.990 por mês – com direito a seguro, revisão etc. (nesse caso, no pacote de 48 meses e 1.000 km de franquia/mês). O xDrive40 está na lista de assinatura da Osten GO e tem dois motores de 326 cv e 63 kgfm de torque e autonomia de 425km com uma carga.
Manutenção: é melhor prevenir
Fazer a revisão do veículo é essencial para prevenir problemas, como acidentes e custos desnecessários – e mais altos. Mas como, quando, razões etc ? A LeasePlan, que atua há mais de 50 anos no mercado, fez uma pequena cartilha
Cuidados diários – É fundamental estar atento a alguns sistemas que precisam de cuidados quase diários. É o caso dos pneus, que precisam estar calibrados de acordo com o que é indicado pelo fabricante – e devem ser verificados constantemente. Além disso, também é importante checar o nível do óleo – até mesmo para evitar a fundição do motor. Setas, faróis e luzes de freio e de ré também devem ser olhados frequentemente, para evitar multas e, claro, acidentes!
O que checar?
➠Motor;
➠Embreagem;
➠Freios;
➠Câmbio;
➠Suspensão;
➠Fios;
➠Cabos elétricos;
➠Bateria;
➠Pneus,
➠Ar-condicionado;
➠Sistema de arrefecimento;
➠Filtro de ar;
➠Filtro de combustível;
➠Velas;
➠Iluminação (faróis e lanternas);
➠Radiador;
➠Sistema elétrico em geral (arranque, fusíveis etc.).
Qual a hora?
Leve em consideração o manual do veículo e a quilometragem rodada. De acordo com o modelo do veículo, a própria fabricante vai estipular qual é o tempo certo para fazer a manutenção preventiva. Geralmente, a revisão deve ser feita a partir dos 10 mil km rodados – ou em pelo menos 1 ano de uso.
Mas também é informado no manual do veículo que, dependendo do uso do próprio, a revisão pode ser feita até mesmo antes. É o caso de carros que rodam por estradas de terra, que precisam fazer a manutenção preventiva antes mesmo destes 1 ano ou 10 mil km rodados.
Mas se você for viajar, atenção! Antes de pegar estrada e fazer uma viagem longa, é muito importante fazer uma revisão para evitar imprevistos. Essa manutenção é fundamental para garantir a segurança do motorista e dos passageiros.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.