Pesquisa PoderData realizada de 9 a 11 de outubro de 2022 mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 52% das intenções de votos válidos contra 48% de Jair Bolsonaro (PL) na corrida de 2º turno pela Presidência da República. As taxas consideram os votos válidos –os dados a algum candidato, excluindo-se brancos e nulos. É assim que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgará os resultados na noite do domingo eleitoral de 2º turno, em 30 de outubro.
O PoderData entrevistou 5.000 pessoas nesta rodada. Como o número de entrevistas é maior que nas rodadas anteriores, os resultados são mais precisos. A margem de erro do levantamento é de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo. As informações são do Poder360.
Lula e Bolsonaro mantiveram as taxas registradas na semana anterior, indicando um cenário estável.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, com recursos do Poder360, por meio de ligações para telefones celulares e fixos. Foram 5.000 entrevistas em 347 municípios nas 27 unidades da Federação de 9 a 11 de outubro de 2022. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual para um intervalo de confiança de 95%. O registro no TSE é BR-09241/2022. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto. A divulgação dos resultados é feita em parceria editorial com a TV Cultura.
“NÃO VOTO” TAMBÉM IGUAL: 8% Considerando o conjunto total do eleitorado, Lula tem 48%, e Bolsonaro, 44%. Outros 6% pretendem votar em branco ou anular o voto, e 2% estão indecisos. As taxas também são iguais às apuradas na rodada anterior, de 3 a 5 de outubro.
No mínimo, inusitado o quadro da disputa em segundo turno para o Governo de Pernambuco, levando-se em consideração as primeiras pesquisas. Num mesmo dia, dois institutos com números completamente díspares, apontam a tucana Raquel Lyra na frente. Um tal de Big Data, que soube ser da Igreja Universal, e o Ipec, que usa como identidade um Ibope, morto por inanição de credibilidade.
O primeiro traz 22 pontos de vantagem para Raquel. O segundo, pasmem, oito pontos. Em quem acreditar? Uma vergonha deslavada! Está na hora de o Congresso impor penalidades a quem manipular pesquisas. O Ibope quebrou por isso. Suas pesquisas eram negociadas de acordo com as necessidades do cliente, segundo denúncia feita antes do seu fechamento.
O jogo está começando apenas. De um lado, Raquel virou do primeiro para o segundo turno porque vestiu a cara do fato novo e está tendo uma enxurrada de apoios. De outro, Marília aposta todas as fichas na força e na popularidade do ex-presidente Lula. No primeiro turno, o petista elegeu Teresa Leitão senadora, mas não foi capaz de repetir a façanha puxando Danilo Cabral.
Mas Marília não é Danilo nem está candidata pelo PSB, embora, sem opção, algumas lideranças socialistas manifestem desejo de votar nela. Marília, hoje filiada ao Solidariedade, tem cara de petista, história no partido, militância de esquerda e identidade com Lula.
Lula, aliás, entrou, ontem, no jogo pernambucano para valer, gravando um vídeo para a propaganda eleitoral de Marília. Mas pode não ser o suficiente para a aliada dar a volta por cima. Como a eleição presidencial virou uma guerra de seitas entre o lulismo e o bolsonarismo, Marília tem que jogar pimenta na arena, cravando Raquel como a candidata dos bolsonaristas em Pernambuco, Estado que o presidente tem elevada taxa de rejeição.
Só para Lula – Em discurso, ontem, no encontro da Frente Popular em Gravatá, o deputado Danilo Cabral (PSB), derrotado no primeiro turno na corrida pelo Governo do Estado, saiu na defesa da tese de liberar geral os aliados para escolha do candidato a governador na disputa de segundo turno, mas em nenhum momento afirmou que votará em Marília Arraes. Seu grito de guerra foi em defesa apenas da salvação da eleição de Lula.
Governador cabo eleitoral – Um dos fenômenos eleitorais na eleição proporcional em Pernambuco, batendo na trave dos 45 mil votos para Assembleia Legislativa, o youtuber bolsonarista Abimael Santos (PL) disse, ontem, em entrevista ao Frente a Frente, que sua esmagadora votação se deu em função dos vídeos que gerou nas redes sociais denunciando os desmandos e obras paradas do Governo Paulo Câmara. “O pior governador foi o meu maior cabo eleitoral”, brincou.
Promessas na Globo – De Raquel Lyra, ontem, em entrevista à TV-Globo Nordeste: “Pernambuco tem tudo o que as pessoas querem. Tem sol, mar, cultura e história. Vamos requalificar a estrutura do Litoral Norte e investir na qualificação profissional. É necessário tratar o turismo como estratégia de desenvolvimento. Vamos cuidar das estradas, da água e da iluminação. Para Pernambuco inteiro garantir o resgate dos cartões-postais”.
Debate paulista – No debate da Band, segunda-feira passada, o candidato do PL ao Governo de São Paulo, Tarcísio Freitas, acusou Fernando Haddad (PT), seu adversário, de não cumprir uma série de promessas feitas para a saúde, como construção de hospitais, quando prefeito de São Paulo. “Política pública é aquela que a gente entrega resultado”, disse Tarcísio. O ex-ministro repetiu o roteiro bolsonarista, citando o valor investido pelo governo federal na compra de vacinas contra a Covid-19 e os pagamentos do Auxílio Emergencial durante a pandemia e do Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família.
As bandeiras de Rosa – Em entrevista ao Frente a Frente de ontem, a deputada estadual eleita Rosa Amorim (PT), filha do líder do MST, Jaime Amorim, disse que se transferiu de Caruaru, sua terra natal, para o Recife, há mais de cinco anos. Foi na capital onde obteve sua maior votação – mais de 14 mil votos. Destacou que suas bandeiras na Alepe serão a reforma agrária, o combate à fome, a educação, cultura, já que vem do teatro, e programas geradores de renda.
CURTAS
AUMENTO NEGADO – O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, negou, ontem, que a proposta de ampliar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) esteja no plano de um eventual segundo mandato. “A imprensa falou que eu vou passar para mais cinco [ministros] no Supremo. Eu falei que isso não estava no plano de governo. Botaram na minha conta”, desabafou.
SEM MEDICAMENTOS – Mães de bebês internados no Hospital Barão de Lucena, no Recife, denunciaram, ontem, ao portal da Globo, a falta de medicamentos e materiais para tratar os filhos na unidade que é referência no tratamento materno-infantil. Elas mostraram notas fiscais e relataram que estão arcando com medicamentos e materiais hospitalares que as crianças precisam
Perguntar não ofende: Qual o principal motivo que alavancou a candidatura de Raquel Lyra?
