Sem os Frias ou os Marinhos no comando, estes jornais que, financiam o DataFolha e o IPEC, estavam a serviço de editores que adorariam publicar o obituário de Jair Bolsonaro. Esquecem a capacidade de julgamento do eleitor e principalmente do leitor. São veículos que despencam na credibilidade, que desconhecem a força de uma direita que cresceu os repudiando como fonte e, principalmente, assassinaram a reputação dos institutos de pesquisa e de suas metodologias. Produziram manchetes fakes sem alertar ao leitor que existe uma diferença real entre pesquisa e prognóstico.
Em 9 de maio de 2022, o cientista político Antonio Lavareda, na condição de palestrante de evento da Associação de Empresas de Pesquisa afirmou: “Seria muito útil se fosse ampliada a criação de Editorias de Pesquisa, específicas, com jornalistas especializados – e já há muitos nas redações – para não somente analisarem melhor os levantamentos que contratam, como para acompanhar as pesquisas que são registradas no TSE, verificando os questionários, a metodologia, as amostras e seus resultados. E identificando e apontando à sociedade institutos que produzam Pesquisas Fake, exibindo a suposta chancela da Justiça Eleitoral.”
Lavareda foi duro ao afirmar: “Pesquisas, cujos números são estrategicamente espalhados nas redes sociais, e em outros órgãos de comunicação, deliberadamente desinformando a sociedade”. Ele foi cirúrgico ao separar pesquisas com metodologia séria e com estatísticas que são usadas até em experimentos científicos, da manipulação e desinformação do seu uso como foi feito nesta eleição.
A Justiça Eleitoral e, principalmente, o Ministério Público Eleitoral, precisam agir. Não há porque a sociedade aceitar a impunidade do abuso cometido e que ficou no limiar do crime eleitoral, usando resultados que definiam um cenário no qual esta mídia de oposição aceitava.
A passividade e a cumplicidade alimentadas por estes guardiões do judiciário eleitoral se somaram com o desafeto da imprensa de oposição ao atual Presidente da República.
Não se trata de censurar a mídia, prática que o ministro Alexandre de Moraes vem se refinando, mas de evitar a manipulação da realidade, ou melhor, a tentativa de construir uma realidade que não existe e com isso influenciar o eleitor. Se a luta do TSE é contra a desinformação, o que falar sobre o que ocorreu nas 48 horas que antecederam a eleição?
Lamentável foi assistir a presidente do IPEC, Márcia Cavallari, mordendo os lábios, enquanto tentava, descaradamente, justificar o injustificável. Como falhou tanto. Personagem quase incorporada ao écran global, esta senhora viveu os mais constrangedores dos seus dias. Um crime associar a sua imagem como “ex-Ibope”, manchando uma sigla tão estimada aos brasileiros.
Já a DataFolha é pródiga na engenharia do inexplicável. Teorias de migração do voto útil pró-Bolsonaro, ao invés do desejado pró-Lula.
O Brasil, que emergiu das urnas no dia 02 de outubro, é literalmente o mesmo gigante que acordou em 07 de setembro de 2022, que por tolice, foi ignorado pela mídia como um fato real.
O país mudou e para desespero dos veículos de imprensa, que se nutriam da publicidade petista, não voltará a ser o paraíso da ladroagem. Com este novo Congresso e com a direita assumindo o seu papel de ter orgulho do verde amarelo, voltar a Presidência para Lula passou a ser um péssimo negócio. Até porque, entre os senadores eleitos, estará Sérgio Moro, que conhece o modus operandi da quadrilha que colocou na cadeia. Janja terá de se contentar em ser a primeira-dama de Atibaia ou de uma confortável casa no litoral norte baiano. Dificilmente as urnas do dia 3, deixarão o casal usar a adega do Alvorada para guardar a milionária coleção de seus vinhos. Chateau Petrus só em companhia de Jaques Wagner e dos chefões do Consórcio Nordeste – aquele da máfia dos respiradores fantasmas – no Palácio de Ondina, sede do governo baiano.
Sempre se falou das semelhanças entre Havana com Salvador, no clima, na paisagem, no povo e, até no culto dos mesmos orixás. Vamos fazer como O Globo e a Folha, profetizar. A terra de Jorge Amado e Dona Flor ficará ainda mais parecida com Cuba. Vai virar o sítio da aposentadoria, do senil líder, como foi Havana para Fidel. A Bahia abrigará o velho camarada e a sua faceira musa galega, após a derrota no segundo turno. Vão virar atração turística na terra de ACM, aliás, o que será uma doce vingança para o clã dos Magalhães. Vadinho vai aparecer e dizer “Lula meu irmão, você é meu brother. Vamos tomar uma caninha de Santo Amaro que é especial!” Os dois brindarão de guayabera, sem antes homenagear os santos.
*Diretor de redação do Correio da Manhã
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