Anderson e Gilson reforçam expectativas de mais um grande ato ao lado de Bolsonaro em Pernambuco

Candidatos do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Governo do Estado e ao Senado Federal, Anderson Ferreira (PL) e Gilson Machado Neto, convocam a população do Sertão do São Francisco a participar dos atos em Petrolina e Juazeiro, na Bahia, que acontecem ao longo desta manhã.

Essa é a quinta vez que o líder do Executivo Nacional vem a Pernambuco desde o início do período da pré-campanha para reforçar o alinhamento com Anderson e Gilson.

“É hoje! Teremos mais um grande encontro marcado com o nosso presidente Jair Bolsonaro. Dessa vez, no Vale do São Francisco. Atenção, Petrolina e região, simbora abraçar a onda azul, verde e amarela na maior motociata do sertão. Esperamos todo mundo para recebê-lo de braços abertos com o grito da vitória!”, publicou Anderson Ferreira em redes sociais.

Sem exército de aliados e de uma militância apaixonada pelo partido, o PSB estadual tem forçado os servidores e terceirizados a cumprirem expediente extra. Ontem à noite, por exemplo, era possível conferir na Agamenon Magalhães, uma das avenidas mais movimentadas do Recife, um grupo de comissionados e terceirizados do Instituto de Recursos Humanos de Pernambuco (IRH), responsável pela gestão do Sassepe e Hospital dos Servidores, visivelmente cansados e tendo que levantar as placas com os rostos dos nomes da Frente Popular em Pernambuco, liderada pelos candidatos ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), e Senado, Teresa Leitão (PT). Considerados o “time de Lula em Pernambuco”, o tradicional L do líder petista e candidato à Presidência, assim como, claro, o rosto de Lula, não poderiam faltar na pausa para foto.

O presidente Bolsonaro lidera, neste momento, uma motociata pelas ruas de Petrolina. Trajeto vai passar por Petrolina e Juazeiro (BA) e deve movimentar milhares de pessoas. Bolsonaro, que chega mais uma vez ao estado para prestigiar as campanhas de Gilson Machado (Senado) e Anderson Ferreira (Governo estadual), destaca que são mais de 1.000 eventos pelo Brasil todo nesta reta final do primeiro turno da campanha.

“Motociatas, carreatas, jegueatas, bicicletiatas. Todo mundo junto para nós mantermos o Brasil no caminho certo. Deus, Pátria, Família e Liberdade”, disse o candidato à reeleição.

Confira e acompanhe aqui ao vivo a transmissão do canal oficial de Bolsonaro no Facebook.

O candidato a governador Miguel Coelho foi o único a apresentar crescimento na pesquisa divulgada pelo Ipespe nesta terça-feira (27). Com 11% no levantamento, o ex-prefeito de Petrolina está empatado em segundo lugar com os adversários Anderson Ferreira, Danilo Cabral e Raquel Lyra. Marília Arraes segue na liderança com 35%.

Seguindo a tendência das pesquisas divulgadas na semana passada pelo Ipec e Opus, Miguel vem numa curva de crescimento na reta final da campanha. Enquanto Raquel e Anderson caíram de 13% para 12%, Miguel subiu seu percentual. No primeiro levantamento do Ipespe, o ex-prefeito de Petrolina tinha 9%, depois foi para 10%, e agora está com 11%. Já Danilo e Marília não tiveram alteração em suas pontuações.

Baixa rejeição – outro dado revelado pelo Ipespe anima o candidato do União Brasil. Miguel Coelho tem um baixo percentual de rejeição (11%). Ele e Raquel Lyra são os menos rejeitados pelos eleitores pernambucanos. Anderson Ferreira é o campeão de rejeição, com 27% do eleitorado informando não votar nele de jeito nenhum. Danilo Cabral é rejeitado por 20%, em seguida aparece Marília Arraes (17%).

O levantamento do Ipespe ouviu 1 mil pernambucanos nos dias 23, 24 e 25 de setembro. A pesquisa tem intervalo de confiança de 95,45% e margem de erro estipulada em 3,2%.

EXCLUSIVO

Após a descoberta de um arquivo em PDF intitulado “Dia D”, vinculado ao candidato Danilo Cabral (PSB), que detalhava um esquema de uso da máquina pública, com cargos comissionados e terceirizados obrigados a serem voluntários no dia da eleição, novas informações sobre o esquema socialista começam a ser revelados.

Investigações preliminares revelam que o autor da tabela que originou o arquivo que foi vazado seria o secretário da Controladoria Geral do Estado, Marconi Muzzio.

A tabela que deu origem ao “escândalo do dia D” é mais simples e descreve as Zonas Eleitorais, os órgãos e secretarias do Governo do Estado e Prefeitura do Recife que vão ceder “voluntários” para atuar nos colégios eleitorais, o responsável por cada órgão e o quantitativo de pessoas que deveriam trabalhar no dia 2 de outubro. Clique aqui para conferir a relação completa das secretarias e secretários escalados.

O currículo de Marconi Muzzio, disponível no site da própria Controladoria, mostra a ligação íntima dele com a gestão do PSB. “Analista de controle externo do TCE-PE desde 1995. No biênio 2011/2012, foi secretário-executivo de Turismo de Pernambuco, e em 2013 assumiu a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas do Recife. Em 2017, exerceu a Chefia de Gabinete do Prefeito (Geraldo Julio), retornando à pasta de Administração em 2019. Esteve à frente da presidência do Porto do Recife em 2021, quando foi convidado pelo governador para assumir a SCGE”.

Em seu Instagram, Marconi Muzzio também não esconde sua proximidade com o candidato Danilo Cabral e o PSB. Em um vídeo, postado há cinco dias, ele balança uma bandeira como cabo eleitoral do socialista. E ironicamente, há quatro meses, publicava sua participação num seminário de “Transparência Pública e Combate à Corrupção”, realizado em João Pessoa.

Após a revelação do “esquema do dia D”, os candidatos ao Governo do Estado, Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB), resolveram denunciar, de forma conjunta, a Frente Popular de Pernambuco por uso da máquina. Além de Danilo Cabral, são alvos também da ação, o prefeito do Recife, João Campos, e o governador do Estado, Paulo Câmara.

Marília Arraes (SD) também entrou com uma ação pedindo que as candidaturas de Danilo Cabral e de sua colega de chapa, Luciana Santos (PCdoB) sejam declaradas inelegíveis por uso da máquina pública. A ação da candidata solicita ainda a busca e apreensão dos computadores de Adriano Danzi de Andrade, secretário-executivo de Planejamento de Pernambuco e apontado como autor do arquivo do “Dia D”.

Um dia após o deputado estadual Aglaíson Victor, filho do ex-prefeito de Vitória de Santo Antão, Aglaíson Júnior, reafirmar apoio ao candidato do PSB, Danilo Cabral, em sentido contrário ao pai, que oficializou adesão à Marília, foi vítima de uma reação perversa da cúpula socialista: perdeu o apoio do prefeito de Itapetim, Adelmo Moura.

Na prática, dois mil votos a menos. Partiu do vingativo Pedro Campos o troco à família do pai de Victor. Ele ordenou Adelmo a trocar o apoio a Victor, na última semana da campanha, ao ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, cujas chances de se eleger quase não existem. Não aparece em nenhuma lista dos prováveis eleitos.

Adelmo se submeteu a um constrangimento que engoliu a seco, porque Victor já havia cumprido todos os acordos de campanha e o próprio Adelmo não tem interesse na eleição de Patriota. Isso, por outro lado, provocou a ira do grupo de Paulo Jucá, de São José do Egito, que já admite debandar para o palanque de Marília Arraes, candidata do Solidariedade ao Governo de Pernambuco, líder em todas as pesquisas.

Segundo uma fonte do PSB, o natural era que o prefeito de Itapetim apoiasse Paulo Jucá e não Patriota, não apenas porque a relação entre eles é sólida, mas porque São José é vizinha a Itapetim.

Danilo é Paulo, Paulo é Danilo

Candidato do PSB ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral, o Coronel Danulo, como assim o tratava o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, por achá-lo uma nulidade política, está fechando o ciclo da campanha sem conseguir se desvincular de ser, se eleito, o prolongamento do pior governo de Pernambuco, o de Paulo Câmara, apelidado de Câmara Lenta.

Mas para evitar a assombração da derrota, dada como certa pelos mais variados institutos de pesquisas, que o apontam no rabo da gata, não cansa de repetir a ladainha enfadonha de que sua eleição será a reinstalação de um novo ciclo com Lula presidente, igual ao vivido por Eduardo Campos. Só que Eduardo, morto precocemente num desastre aéreo, além de não ter sido uma Brastemp, deixou duas heranças perversas.

Geraldo Júlio, o pior prefeito do Recife, impedido de disputar o Governo do Estado por causa dos mais variados escândalos em seu governo, e o próprio Paulo Câmara. No ranking nacional dos governadores, o patrono de Danilo é o mais rejeitado. De dez pernambucanos, sete reprovam a sua gestão. No debate da TV-Guararapes, ontem, Danilo ainda estufou o peito ao afirmar ter orgulho de Paulo e do seu governo.

Contraria a esmagadora opinião dos pernambucanos, que estão contando os dias para se livrar de PSB, virar a página desastrosa escrita por Paulo, Geraldo e, por extensão, João Campos, na Prefeitura do Recife, porque a linha socialista é uma só, seja no Estado ou na gestão da capital. Dá náuseas ver Danilo nos debates defender um governo fracassado, elogiar o PT e Lula, a quem combateu no passado votando pelo impeachment de Dilma.

Por falta de discurso e propostas, no debate partiu para baixar o nível tentando atingir Miguel Coelho e Raquel Lyra, respectivamente candidatos a governador pelo União Brasil e PSDB. Ante o nervosismo e a falta de segurança de Danilo, Miguel mostrou que é o mais preparado entre todos os que ali estavam no debate.

Eles se confundem – Raquel Lyra também foi muito feliz nas colocações em relação a Danilo no debate da TV-Guararapes. A tucana o acusou de “esconder” o nome de Paulo Câmara da atual campanha do PSB para o Governo do estado. “É importante que Danilo se coloque como candidato de Paulo, o mais rejeitado da história de Pernambuco. Danilo e Paulo são pessoas que se confundem. Um foi chefe de gabinete do outro, e Danilo foi secretário do governo de Paulo Câmara”, comentou a tucana.

Coveiro de Dilma – O candidato do PTB ao Governo do Estado, Pastor Wellington, aproveitou o mesmo debate para relembrar o apoio do candidato da Frente Popular ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. “Você, Danilo, votou a favor do impeachment de Dilma e agora está aliado com o PT. Você é representante do caos, do descaso e do pior governo da história de Pernambuco”, disparou.

Desafio a Marília – Única mulher a comparecer nos debates eleitorais no Estado, a tucana Raquel cobrou a participação de Marília Arraes, candidata do Solidariedade, preferida do eleitorado pernambucano para assumir o Executivo estadual, segundo todas as pesquisas. “Essa é uma eleição de mulheres. Mas é preciso ter coragem, firmeza e se fazer presente. E para isso, Marília, eu espero você amanhã na outra TV”, disse Raquel, referindo-se ao debate da TV Globo, que acontece hoje, às 22h30.

Debate global – Considerado o debate mais importante da campanha no primeiro turno, o da TV-Globo, logo mais, a partir das 22h30, vai durar duas horas e será mediado pelo apresentador Márcio Bonfim. Pelas chamadas da Globo, Marília Arraes deverá comparecer. Antes decidido a não ir, como não compareceu ontem ao da TV-Guararapes, o candidato do PL, Anderson Ferreira, deve também confirmar sua presença.

Errou na medida – Por falar em Anderson Ferreira, candidato do PL ao Governo de Pernambuco, ele errou ao se ausentar dos debates no rádio e na televisão. Além de não ter uma posição sólida nas pesquisas, nos confrontos teria ficado mais conhecido, propagado melhor a sua plataforma de governo e, o mais importante, defendido o legado do Governo Bolsonaro. Deveria ter seguido o exemplo de Bolsonaro, que mesmo polarizando com Lula, e este ausente, esteve em todos os debates.

CURTAS

REGRAS 1 – Pelas regras do debate da Globo, hoje, os candidatos terão 30 segundos para fazer as perguntas e um minuto para a réplica, enquanto o candidato que responder terá dois minutos e 30 segundos, podendo dividir, como quiser, entre a resposta e a tréplica. As perguntas, em ordem sorteada previamente, serão feitas sempre de candidato para candidato.

REGRAS 2 – No bloco de temas livres, o candidato escolhe para quem direciona a sua pergunta. No bloco de temas determinados, a mecânica é a mesma, com o mediador sorteando em uma urna, antes das perguntas, o tema que deverá ser abordado. Nos dois primeiros blocos, cada candidato responderá apenas uma vez, e, nos dois últimos, cada um pode responder até duas perguntas.

Perguntar não ofende: De uma hora para outra, por que Danilo ficou tão agressivo?