TSE começa hoje a lacrar o sistema das urnas eletrônicas para as eleições de outubro 

Urna voto

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa, hoje, a cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão utilizados nas eleições deste ano.

De acordo com o TSE, os processos garantem ao eleitor que o voto registrado na urna será computado de forma totalmente segura.

Durante toda a semana, uma equipe composta por dez técnicos da Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal fará a compilação dos programas do sistema eletrônico de votação para verificar a integridade e o bom funcionamento.

Tecnicamente falando, essa etapa também faz a transformação dos códigos-fontes para a linguagem binária, lida pelas máquinas.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Por que a economia do Brazil não decola? Não decola porque não é um avião nem um passarinho. O avião e o passarinho são mais pesados que o ar e precisam de força de propulsão para decolar.  O passarinho brasileiro de nascença é o sabiá de papo amarelo. Esta era uma ave inocente de pai e mãe. Mas, havia um lobo mau na floresta.

Corrupto pela própria natureza da floresta dos conchavos, o lobo mau fez a cabeça dos animais da fauna brasileira para leva-los aos caminhos da perdição. O lobo mau prometeu um fundo partidário de 5,7 bilhões para os animais políticos auriverdes. O sabiá ficou encantado com tanta riqueza. Ao invés desses ovinhos baratos, você vai gerar ovinhos de ouro, assim prometeu o lobo mau ao sabiá de papo amarelo.

Aconteceu a metamorfose. O sabiá, o carcará, as galinhas de capoeira e os coelhinhos implantaram ovários de ouro com dinheiro do fundo partidário e do orçamento secreto da União. Ficaram bilionários. Mas, o lobo mau também implantou asas pés de chumbo no inocente sabiá, em nome da burocracia e da corrupção, por isso hoje o passarinho Brazil não decola. A sina do PIB Brasil é crescer apenas um tiquinho de 1%, 2% ou no máximo 3 %.

O Lobão saiu em campana eleitoral na floresta. Para que servem estes teus olhos tão grandes? É para ter ver melhor, Chapeuzinho. E estas tuas mãos cabeludas? É para te acariciar. E esta tua grande boca? Advinha para que!  O Chapeuzinho Vermelho perdeu a inocência e caiu na gandaia. Voaram cacos de castidade do Chapeuzinho Vermelho para todos os lados. Somente se salvaram os peixinhos do mar, devido ao sermão do Padre Antônio Vieira, e os jumentos que são nossos irmãos e merecem compaixão.

O reino de Pindorama está em festa democrática. Se eu ganhar, vou assinar um decreto para revogar a pobreza, uns dizem. No haverá mais pobreza depois do Réveillon, todos prometem. O homem do carro do ovo anuncia: economize votando, vote economizando, uma bandeja com 30 ovos de ouro, vai custar apenas 1 centavo a bandeja, assim falou o Chapeuzinho Vermelho remasterizado. O lobo malvado agora veste uma pele de chuchu.

É tempo de fartura eleitoral. Todos os discursos são belos, eloquentes e comoventes. A humanidade brasileira é pródiga em boas intenções. Nossas universidades, faculdades e mesas de bares produzem gênios, sábios e iluminados. Os iluminados iluminam os próprios umbigos. Os gênios das universidades produzem teses acadêmicas. Os sábios produzem discursos. Os doutores das mesas dos bares produzem discursos. Os bacharéis produzem carimbos. Os sábios e as cartomantes predizem um futuro glorioso sob um céu azul de anil. Mas, o céu não é perto.

Hasta la vista, leitores Magnaneanos, pernambucanos e paraibanos, gregos e troianos.

*Periodista e bicho-grilo

O primeiro debate, ontem, pela Band, entre os candidatos ao Planalto teve de tudo, menos propostas para o País. Estas, com exceção, saíram do candidato do PDT, Ciro Gomes. Além de apresentar saídas para a economia, saúde e educação, Ciro indicou que seu programa de Governo estava disponível em suas redes sociais. 

Ciro também foi contundente quando provocado a falar sobre seus adversários. Lula tentou uma abordagem simpática, acenando com uma aliança com o PDT e cobrando que Ciro “não viajasse a Paris desta vez”. Ciro subiu o tom: “Lula se deixou corromper mesmo”, “Bolsonaro não veio de Marte, mas da devastadora crise econômica que Lula e o PT deixaram”, afirmou.

Ciro também não amenizou para Bolsonaro, “uma pessoa sem coração, que corrompeu todas as suas mulheres e os filhos”.

Principal alvo de todos os candidatos, Bolsonaro chamou Lula de “ex-presidiário”, enalteceu a “responsabilidade fiscal” e jogou luzes em sua mulher, Michele, isca para mulheres e evangélicos. 

Fez um ataque grosseiro, absurdo, à adversária Simone Tebet e à jornalista Vera Magalhães. Para um candidato que lidera os índices de rejeição e sofre tanta resistência do eleitorado feminino, um destempero que pode custar caro. Como resultado, acabou sofrendo os maiores ataques justamente das duas mulheres candidatas – Simone Tebet, do MDB, e Soraya Thronicke, do União Brasil.

Tebet usou praticamente todas as suas participações, desde a primeira até a última, para criticar e atacar Bolsonaro e seu governo.  E ao lado de Thronicke – defendeu a jornalista. Ambas ratificaram duas marcas do presidente, a misoginia e os ataques às mulheres.

“Candidato Bolsonaro, por que tanta raiva das mulheres?”, quis saber Tebet. Já Thronicke cresceu no debate ao provocar “quem é tchutchuca com os homens e tigrão com as mulheres”, avisar que pode virar “uma onça” e dramatizar: “Vou pedir para reforçar minha segurança”. A força dessa manifestação é ainda maior porque ela é a cara e a voz dos bolsonaristas arrependidos”, afirmou.

Lula esteve apático, não se saiu bem sobre o tema corrupção, provocado por Bolsonaro, que chegou a afirmar que o petista fez o Governo mais corrupto da história do Brasil. O acusou de provocar rombo na Petrobras e de receber dinheiro em espécie do ex-ministro Antônio Palocci como propina.

Lula tentou tirar proveito dos ataques de Tebet e Thronicke a Bolsonaro, mas se deu mal. Quando ele tentou uma dobradinha, sobretudo com Tebet, deu um tiro no pé. Ela reagiu cobrando a corrupção nos governos petistas e Thronicke foi na mesma linha. A corrupção foi, aliás, uma palavra constante nas perguntas a Lula.

O presidente Bolsonaro foi agressivo, descontrolado, inconsequente. Já o ex-presidente Lula não disse a que veio no debate, passou em branco. Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) acabaram roubando a cena. 

Fora do ar, dois momentos de tensão: a troca de desaforos entre o bolsonarista Ricardo Salles e o neolulista Janones, que tiveram de ser contidos para não trocarem também sopapos nos bastidores. O outro foi logo na chegada de Bolsonaro, quando ele disse que “não apertava a mão de ladrão”.

A era do título digital 

Lançado em 2018, o e-Título é o aplicativo da Justiça Eleitoral que substitui no dia das eleições o tradicional título de eleitor impresso. O documento eletrônico pode ser baixado em qualquer plataforma para uso no celular ou no tablet, oferece a facilidades e permite o acesso rápido a informações eleitorais. 

Além de fornecer a via digital do título de eleitor, o e-Título serve para reproduzir as certidões de quitação eleitoral e de crimes eleitorais, emitir e pagar multas, consultar o local de votação, justificar a ausência às urnas e se inscrever como mesário voluntário, entre outros serviços, eliminando a necessidade de se dirigir a um cartório eleitoral.

Para utilizar o e-Título, o eleitor deve inserir o número do título ou do CPF, seu nome, nome da mãe e do pai e data de nascimento. Depois, é só seguir os passos indicados. O eleitor que já tenha feito o cadastramento biométrico (impressão digital, fotografia e assinatura) terá uma fotografia na sua versão do e-Título, facilitando a identificação na hora do voto. 

Caso contrário, deverá levar outro documento oficial com foto para se identificar ao mesário no dia da votação. Como regra, não é preciso ter o título de eleitor em mãos, caso a pessoa saiba a seção e o local em que vota. Basta levar um documento oficial com foto. 

Integrante da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), Bruno Andrade recomenda que os eleitores baixem o aplicativo e-Título com antecedência. “A gente orienta que a população baixe o aplicativo e-Título e emita seu título de eleitor antes do dia da eleição para que, no dia, possa utilizar o aplicativo sem qualquer intercorrência”.

Debate na Band – Em razão do horário tardio do primeiro debate entre os candidatos ao Planalto, que começou às 21 horas, pela Band, em pool com outras emissoras, resolvi comentar amanhã, logo cedo, para não prejudicar, tecnicamente, a edição desta coluna, programada, diariamente, à meia-noite. Peço desculpa aos leitores. 

Muvuca eleitoral – Muita gente comentou, ontem, o estrondoso sucesso da inauguração do comitê central, no Recife, da candidata do Solidariedade ao Governo do Estado, Marília Arraes, em se tratando de público. Quem não chegou cedo, começou às dez da matina, teve dificuldades para acompanhar o evento. Estacionamento? Impossível nas imediações. Marília chegou a ser carregada nos braços pelos mais entusiastas. Nunca se viu também algo tão pra cima nos últimos anos em Pernambuco! 

Sem ataques – O discurso de Marília foi centrado em cima das questões mais urgentes de Pernambuco, com ênfase no desgoverno do PSB, que está no poder há 16 anos e parece encerrar seu ciclo com uma das piores gestões das últimas décadas. “Estou disposta a lutar por Pernambuco. Não estou aqui para brigar com ninguém, mas sim para lutar pelo soerguimento do Estado”, afirmou. Sebastião Oliveira, candidato a vice, e André de Paula, ao Senado, também falaram no mesmo tom. 

Ampliação do Ceasa – Em visita a Itaíba, o candidato do PSB ao Governo do Estado, Danilo Cabral, esclareceu que não pretende esvaziar as feiras livres do Interior com a ideia de prolongar os serviços do Ceasa para todas as regiões do Estado. “A descentralização, dentro do programa Comida na Mesa, fará chegar a cada região uma unidade do Ceasa. Os feirantes reconhecem que isso é importante, porque vão poder comprar alimentos a um preço mais barato”, disse. 

Maratona no Agreste – O candidato do União Brasil ao Governo do Estado, Miguel Coelho, cumpre, hoje, uma maratona de atos de campanha pelo Agreste. Começa às cinco da matina com uma visita à Feira da Sulanca, em Caruaru. Segue para Tacaimbó para encontros com lideranças políticas, depois vai até São Bento do Una, Pesqueira e Buíque, encerrando a agenda com um comício em Pedra, já por volta das 20 horas. 

CURTAS 

VEZ DO IPA – Em Limoeiro, Raquel Lyra reforçou a necessidade de reestruturar o Instituto Agronômico de Pernambuco. Segundo ela, isso passa por melhores equipamentos públicos destinados a apoiar o pequeno, médio e o grande produtor para gerar emprego. “Isso diversifica a economia e garante crescimento para todos”, afirmou. 

SABATINA – Candidato do PL a governador de Pernambuco, Anderson Ferreira, participa, hoje, de um debate com segmentos da sociedade sobre o seu programa de governo, depois grava para o guia eleitoral e por volta das 19 horas tem sabatina na TV-Guararapes. 

Perguntar não ofende: Debate decide eleição?