Leia editorial do Estadão com críticas a Lula

Lula e a sombra da corrupção

Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o candidato do PT à Presidência da República, Lula da Silva, finalmente reconheceu a existência de corrupção nas administrações petistas. “Você não pode dizer que não houve corrupção se as pessoas confessaram (os crimes)”, disse Lula, ao ser questionado sobre desvios de recursos públicos durante as gestões do PT.

A admissão dos erros, no entanto, parou por aí, como se a corrupção nos governos petistas tivesse existido contra a vontade do partido. Tentando inverter os fatos, Lula deu a entender que os muitos escândalos de corrupção, mais do que revelarem condescendência com o ilícito, indicariam o funcionamento republicano das instituições nas gestões do PT. “A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada”, disse.

A habilidade retórica de Lula – quando lhe convém, usa a máscara do comedimento e do equilíbrio – é incapaz, no entanto, de tapar o sol com peneira. Não basta admitir a existência de corrupção nos governos do PT. O ponto é outro. Por que houve tanta corrupção nos governos de Lula e de Dilma Rousseff? O que fez o PT para criar um ambiente tão propício à corrupção?

A corrupção nos governos petistas não é um efeito colateral ocasional, tampouco reflexo de um sistema corrompido contra o qual é impossível lutar. Houve tantos escândalos de corrupção nas administrações do PT porque a concepção de Estado e de governo do partido propicia enormemente o surgimento desses desvios. A corrupção nos governos de Lula e de Dilma não é fruto do acaso. É fruto de uma concepção de Estado balofo – e, quanto maior o Estado, maiores são as oportunidades de corrupção. É fruto, igualmente, da concepção de política lulopetista infensa ao diálogo, mas aberta a negociar acesso a recursos e cargos públicos em troca de apoio a seus projetos. Por fim, é fruto da tomada do Estado pelos companheiros. 

Não basta Lula prometer que não decretará sigilo de 100 anos sobre atos suspeitos do governo – como Jair Bolsonaro tem escandalosamente feito –, se o PT continua defendendo e praticando o aparelhamento político-partidário do Estado. Não basta Lula dizer que todo indício de corrupção será investigado em um eventual futuro governo, se o PT continua defendendo um Estado perdulário e empresário. Se o partido de Lula não mudar suas práticas e sua concepção de governo, continuará impondo ao País um ambiente fértil a todo tipo de corrupção, a desvios de recursos públicos e ao uso do poder estatal para fins privados.

Lula tem razão quando afirma que a Lava Jato ultrapassou, em diversas ocasiões, os limites da lei. Reconhecidas pela Justiça, as muitas nulidades processuais mostram como é inútil combater a corrupção com práticas ilegais. Mas é igualmente inútil prometer o combate à corrupção sem reconhecer suas causas. Com seu patrimonialismo e aparelhamento, o Estado petista é uma eficiente máquina de produzir escândalos de corrupção. E isso Lula ainda não admitiu, menos ainda retificou, por mais que ande agora de braço dado com Geraldo Alckmin. 

A estratégia do presidente Jair Bolsonaro para o debate da TV Bandeirantes, hoje, opôs o marqueteiro Duda Lima a integrantes da ala ideológica do governo e da campanha. Excluído da preparação para o Jornal Nacional, Duda foi chamado dessa vez a participar do treinamento do atual chefe do Palácio do Planalto para o debate presidencial deste domingo.

O marqueteiro defendeu que Bolsonaro evite ser agressivo. O conselho foi para que o presidente deixe os ataques a Lula em segundo plano e priorize falas “propositivas”, ressaltando as realizações do governo. As informações são do colunista do Metrópoles, Igor Gadelha.

Membros da ala mais ideológica do governo e da campanha, no entanto, querem que o presidente tenha como principal estratégia “ir para cima” de Lula, para “tirar” o petista “da zona de conforto”.

As duas alas concordaram, porém, que Bolsonaro deve evitar ataques e grosserias a jornalistas que farão perguntas no debate. Sobretudo às mulheres, fatia do eleitorado em que ele enfrenta maior rejeição.

O candidato à presidência da República Pablo Marçal (Pros) convocou seus apoiadores a fazer um protesto em frente à Band horas antes da realização do 1º debate presidenciável organizado neste domingo pela emissora. Em vídeo divulgado em seu perfil no Instagram, Marçal diz que irá “até o fim” para defender a sua candidatura à presidência e afirmou que seu partido está o “desidratando” na Justiça.

“Eu não consigo entender que merda é essa que virou o Brasil. Estava tudo certo, tudo caminhando bonitinho e me excluíram do debate e eu vou ter que ir lá para a porta hoje. Poderia ser assim, eu poderia ficar caladinho, mas a única coisa que eu nasci para fazer foi para falar”, disse o candidato. As informações são do Poder360.

O candidato não participará do debate na Band, pois seu partido, o Pros, oficializou o apoio a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto.

Mais cedo, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, se manifestou favoravelmente à candidatura de Marçal. Ele também considerou inválida a convenção que determinou que o partido apoiasse Lula. O parecer foi enviado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A liderança do Pros mudou 3 vezes do final de julho a 5 de agosto, todas elas por meio de decisões judiciais. Quando a legenda estava sob o comando de Marcus Holanda, decidiu por lançar a candidatura de Marçal à Presidência. A convenção que formalizou o coach foi realizada em 31 de julho.

Em 5 de agosto, no entanto, o ministro Ricardo Lewandowski, do TSE, devolveu a presidência do Pros a Eurípedes Jr., da ala que apoia Lula. No mesmo dia, o Pros convocou uma nova convenção partidária e retirou a candidatura de Marçal para que a legenda ingressasse na coligação Brasil da Esperança, formada por PT, PV, PC do B, Psol, Rede, PSB, Solidariedade, Avante e Agir.

Na noite deste domingo, seis candidatos à Presidência são esperados no primeiro debate da TV na eleição de 2022. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença no programa da Band em anúncio feito ontem. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, também irá ao encontro dos candidatos, segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. À frente nas pesquisas de intenção de voto, Lula e Bolsonaro estarão lado a lado.

O debate da Band em parceria com a TV Cultura, o portal UOL e o jornal Folha de S.Paulo, com apoio do Google e do YouTube, está previsto para ir ao ar a partir das 21 horas. Serão três blocos, com confrontos diretos e também perguntas feitas por jornalistas. A TV Cultura vai transmitir o debate, assim como o UOL e a Folha de S.Paulo. As informações são do Estadão.

O programa será transmitido dos estúdios da emissora, em São Paulo. Além de Lula e Bolsonaro, estão convidados Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe d’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil). Em caso de segundo turno, um segundo debate da Band será realizado no dia 9 de outubro.

Veja as regras do debate:

Primeiro bloco

– Mediadores: Eduardo Oinegue e Adriana Araújo (Band)

– Todos os candidatos terão 1 minuto e meio para responder a perguntas de programas de governo. Cada candidato responderá a duas perguntas. As respostas seguirão a ordem de posicionamento no estúdio, definida por sorteio: Felipe d’Avila, Soraya Thronicke, Simone Tebet, Jair Bolsonaro, Lula e Ciro Gomes

– Na sequência, haverá o primeiro confronto direto: por sorteio, cada candidato escolhe o concorrente para o qual quer fazer uma pergunta, que pode durar 1 minuto. A resposta terá tempo máximo de 4 minutos, incluindo a tréplica. A réplica terá 1 minuto

Segundo bloco

– Dos veículos integrantes do pool, seis jornalistas farão perguntas e escolherão quem comenta. Cada pergunta vai durar até 1 minuto, assim como os comentários. O candidato escolhido para responder terá 4 minutos, incluindo a réplica

Terceiro bloco

– Mediadores: Leão Serva (TV Cultura) e Fabíola Cidral (UOL)

– Mais um confronto direto, definida a ordem em sorteio: Simone Tebet, Soraya Thronicke, Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Lula, Felipe D’Avila. Será 1 minuto para pergunta e 1 para réplica. Cada candidato terá 4 minutos, incluindo o tempo para réplica. Em seguida, haverá mais uma rodada de perguntas sobre programas de governo, seguindo as mesmas regras do primeiro bloco

– Por fim, os candidatos terão 2 minutos para considerações finais, na seguinte ordem: Ciro Gomes, Lula, Jair Bolsonaro, Simone Tebet, Soraya Thronicke e Felipe D’Avila.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) confirmou o registro dos 25 candidatos ao Conselho Distrital do Arquipélago de Fernando de Noronha (CDFN) que vão concorrer a 7 vagas. A votação será no mesmo dia do primeiro das eleições gerais, no dia 2 de outubro.

Por não se tratar de um município, mas de um distrito estadual, o destino turístico não tem eleições para vereadores, escolhendo sete conselheiros distritais a cada quatro anos.  A organização desta eleição segue a determinação da resolução 23.669/21 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a portaria 556/2022 do TRE-PE e resolução 017/2022 do CDFN. Caberá ao tribunal também proclamar o resultado da votação. 

Semelhante a uma câmara de vereadores, mas sem poder para legislar, o CDFN tem a atribuição de fiscalizar a administração da ilha e deliberar sobre temas como saúde, educação, orçamento público e habitação, por exemplo. A gestão do arquipélago é feita por um administrador indicado pelo Governo de Pernambuco.  

Os candidatos precisam ser moradores, maiores de 18 anos e terem domicílio eleitoral em Noronha. Este ano, todos os concorrentes estão tentando a reeleição. A exemplo dos demais eleitores, os noronhenses irão votar também para os cargos de deputados federal, estadual, senador, governador e presidente – ao final, poderão escolher o conselheiro.  

Os candidatos de Noronha não estão filiados a partidos políticos e podem escolher um número entre 10 e 90 para que possa constar na urna eletrônica, desde que não seja o número de um partido registrado no TSE. A quarta zona eleitoral, que abrange a área central do Recife, é a responsável pela organização do pleito no Arquipélago, onde estão registrados 3.362 eleitores. 

O Senado terá a eleição mais concorrida dos últimos 30 anos, com uma média de 8,7 candidatos por vaga. Há 237 postulantes para apenas 27 cadeiras. A concorrência é maior no Rio de Janeiro, com 13 candidaturas, no Pará, no Tocantins e no Distrito Federal, com 12. Os estados com menos candidatos são Bahia, Ceará e Mato Grosso do Sul, com seis. A renovação será grande na Casa, já que apenas 12 dos 27 parlamentares em final de mandato buscarão a reeleição.

Cada estado tem três senadores, com mandato de oito anos. Este ano estará em disputa apenas uma cadeira. Nas eleições de 2026, haverá duas disponíveis. A eleição mais concorrida, até então, era a de 2006, que teve média de oito postulantes por vaga. A menor concorrência nas últimas décadas foi registrada em 1994, quando a média era de 2,5 candidatos por assento. Nas eleições de 2018, foram 352 candidatos a senador, mas naquele ano 54 cadeiras (dois terços das vagas do Senado) estavam em disputa.

Clique aqui e confira a matéria do Congresso em Foco. No mapa, é possível conhecer a trajetória política dos 237 pretendentes.

Marília Arraes, candidata ao Governo de Pernambuco pelo Solidariedade, participou da inauguração do comitê central de sua campanha, no Derby. Os candidatos a vice-governador, Sebastião Oliveira, e ao Senado, André de Paula, também participaram do evento.

Marília Arraes foi enfática no início do seu discurso: “Estou disposta a lutar por Pernambuco. Não estou aqui para brigar com ninguém, mas sim para lutar pelo nosso estado.”

A candidata ao Governo também falou sobre a importância de Sebastião Oliveira e André de Paula para a coligação Pernambuco na Veia. “Sebá tem tamanho e capacidade política de governar junto comigo. É um grande quadro. Já André, se preparou a vida inteira para ser o Senador de Pernambuco. Ele será responsável por andar junto comigo em Brasília para trazer recursos para Pernambuco.”

Candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, ocupou dois cargos de chefia do Executivo ao longo dos mais de 40 anos de carreira pública. Foi eleito prefeito de Fortaleza em 1989 e governador do Ceará em 1991.

A última eleição em que saiu vencedor foi em 2007, quando se tornou deputado federal. Depois, ocupou a secretaria de Saúde do Ceará na gestão de seu irmão Cid Gomes (PDT) até dezembro de 2015. As informações são da Folha de S.Paulo.

Embora tenha sugestões robustas para resolver problemas crônicos do país, a breve experiência do candidato em cargos executivos faz com que a comunicação de sua campanha se atenha ao campo das ideias teóricas, o que explica seu distanciamento do eleitorado.

Na atual disputa, o candidato do PDT tem tido dificuldade em sair do terceiro lugar e do patamar de 7% das intenções de votos que mantém desde o fim de maio, segundo pesquisas Datafolha.

Em segundo lugar, o presidente Jair Bolsonaro (PL) está 25 pontos percentuais à frente dele, com 32%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa, com 47%.

Nas sabatinas e entrevistas que participa desde o início da campanha, Ciro é frequentemente elogiado por sua habilidade com números que traduzem a realidade brasileira, mas a falta de perspectiva de crescimento evidencia a dificuldade da campanha em transformar o conhecimento em popularidade.

Como anteparo, o candidato do PDT critica com frequência o culto à personalidade dos dois primeiros colocados nas eleições, às quais se refere como “exuberantes e barulhentas”, e se concentra nas explicações técnicas do seu programa de governo.

“É natural que as pessoas, antes de optar pela candidatura, elas refletem sobre quem elas conhecem melhor”, disse durante coletiva de imprensa na manhã de quinta-feira (25) em São Paulo. “Não é que não me conheçam de ouvir falar, mas conhecem [Lula e Bolsonaro] melhor, com mais intensidade”, continuou.

Apesar de ter se mantido distante de cargos públicos executivos nos últimos anos, Ciro cita com frequência durante a atual campanha seus feitos durante o mandato como governador do Ceará e também como prefeito de Fortaleza, cargos exercidos há mais de 30 anos.

Ciro deixou os dois cargos antes do fim. Em 1994, abriu mão do Governo do Ceará para “socorrer o Plano Real”, segundo ele, ao se referir ao período em que foi ministro da Fazenda do governo Itamar Franco no nascimento da atual moeda brasileira. Apesar de se tratar de passagens de sua trajetória profissional, Ciro não se mostra afeito a falar sobre seu passado.

Questionado pela Folha sobre as renúncias dos cargos que ocupou, Ciro disse que não “tinha a menor ideia” de como comentar. “Tenha a santa paciência, o que você está me perguntando?”, continuou o candidato. O trecho da resposta foi cortado da transmissão ao vivo da coletiva de imprensa publicada na quinta nas redes sociais do candidato.

Uma vez eleito prefeito da capital cearense, o atual candidato à Presidência pelo PDT deixou o cargo um ano depois para concorrer ao Governo do Ceará, em 1989, mais um cargo que não concluiu.

Ao todo, foram 6 renúncias dos 9 cargos públicos que ocupou ao longo de mais de 40 anos de carreira, sempre para alçar postos mais altos na hierarquia política. Como ministro da Fazenda foram menos de quatro meses.

Antes de encerrar a coletiva de imprensa desta quinta-feira, Ciro brincou: “Segundo o Aldo Rebelo aqui, só dá para renunciar ao cargo de presidente para se candidatar a papa, então não tem problema”, disse ao lado do candidato de seu partido ao Senado.

CARGOS PÚBLICOS ASSUMIDOS POR CIRO GOMES

  • 1980 a 1982 – procurador da Prefeitura de Sobral
  • 1983 a 1987 – deputado estadual
  • 1987 a 1988 – deputado estadual
  • 1989 a 1990 – prefeito de Fortaleza
  • 1991 a 1994 – governador do Ceará
  • 1994 a 1995 – ministro da Fazenda
  • 2003 a 2006 – ministro da Integração Nacional
  • 2007 a 2011 – deputado federal
  • 2013 a 2015 – secretário de Saúde do Ceará

Um dos mais respeitados acadêmicos do Ceará, Vianney Mesquita, membro da Academia Cearense de Língua Portuguesa (ACLP), dissertou sobre a sua tarefa de revisar escritos, em especial, os de teor acadêmico, no qual se tornou referência.

Com um tom cômico, sem abrir mão do profissionalismo que lhe compete, Vianney Mesquita conta suas experiências nesse universo da revisão textual, tarefa que em sua opinião constitui atividade demasiado cansativa, em especial se o autor da matéria revistada é iniciante no ofício e intenta ser, ou é de verdade, simplório em excesso.

Confira aqui a íntegra da tese do acadêmico.

Uma grande motociata comandada pelo candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, ocupou as principais ruas e avenidas da Zona Norte, na manhã de hoje. Com concentração no Mercado Público de Casa Amarela, tradicional ponto de encontro de eventos populares, Miguel e o candidato ao senado Carlos Andrade Lima puxaram a motociata pelas ruas de Casa Amarela, Vasco da Gama e Nova Descoberta.

“É muito gratificante sentir o apoio da população do Recife, o desejo de mudança que Pernambuco tanto precisa. Isso nos dá ainda mais ânimo para intensificar nossa campanha, correndo atrás de cada voto em cada canto desse estado. Essa moticiata é mais uma demonstração de que estamos no caminho certo. Foi emocionante sentir essa energia nas ruas de Casa Amarela. Nossa campanha cresce a cada dia, o povo quer mudança e a nossa mensagem é de esperança num futuro melhor”, disse Miguel Coelho.

A motociata também teve a presença do senador Fernando Bezerra, de candidatos a deputado estadual e federal da coligação “Pernambuco com força de novo” (União Brasil, Podemos, Patriota e PSC) e de várias lideranças de bairros e comunidades do Recife.