Nada supera o amor!

O pau cantando aqui em cima do governador Paulo Câmara, com fortes consequências para o projeto de Danilo Cabral reagir nas pesquisas para governador, o prefeito-infante-viajante João Campos curte os ares românticos de um novo, caro e sofisticado restaurante de Brasília, ao lado da amada Tabata Amaral. Dizem que é ela que faz a cabeça dele para ficar longe dos pepinos da campanha de Danulo. O restaurante é o Marie Cuisine. Lá os pratos são pagos com outra moeda: ouro fino.

Ah, o amor!

Há 20 anos, Sebastião Oliveira, hoje pré-candidato a vice-governador na chapa de Marília Arraes, recebe o diploma do primeiro mandato de deputado estadual das mãos de Marco Maciel. Se você tem uma foto histórica no seu baú e deseja vê-la postada neste quadro, envie agora pelo WhatsApp: (81) 9.8222-4888.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a validade de normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proíbem o repasse de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) entre candidatos a cargos majoritários e proporcionais numa mesma circunscrição, ainda que de legendas diversas, desde que coligadas na disputa majoritária.

Lewandowski indeferiu o pedido de liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7214, ajuizada pelos partidos União Brasil, Liberal (PL), Republicanos e Progressistas. Segundo os autores da ação, dispositivos da Resolução 23.607/2019 do TSE teriam invadido a competência do Congresso Nacional para estabelecer vedação de repasses não prevista na Lei das Eleições (Lei 9.504/1997), contrariando a autonomia partidária prevista na Constituição Federal.

Em exame preliminar da ação, Lewandowski afirmou que a vedação do repasse de recursos do FEFC e do Fundo Partidário a partidos políticos ou candidatos que não integram a mesma coligação, não promoveu nenhuma inovação no ordenamento jurídico, nem contrariou qualquer dispositivo legal.

Ele explicou que, como o montante do FEFC e do Fundo Partidário a ser divido entre as agremiações políticas é definido por sua representatividade no Congresso Nacional, não é razoável permitir o repasse a candidatos de partidos distintos não pertencentes à mesma coligação.

Segundo o ministro, essa interpretação da norma é a mais compatível com a natureza pública dos recursos dos fundos, que são distribuídos aos partidos para o financiamento da própria atividade, com a finalidade de promover as respectivas ideias e programas, “estando estreitamente vinculados ao número de votos válidos obtidos pela agremiação nas eleições para a Câmara dos Deputados, bem assim ao número de deputados federais eleitos pela legenda”.

Em sua decisão, o ministro destacou que, desde as eleições de 2020, passou a valer a regra da Emenda Constitucional (EC) 97/2017, que veda expressamente a celebração de coligações nas eleições proporcionais, como forma de superar os vícios e desacertos existentes na sistemática eleitoral então vigente. Para o relator, as normas da resolução do TSE “simplesmente tornaram explícita a vontade do constituinte reformador e a do legislador ordinário no sentido de colocar-se um ponto final nas assimetrias causadas pela existência de coligações em eleições proporcionais”.

Após críticas à Carta em Defesa do Estado Democrático de Direito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, na noite de ontem, para ironizar o documento. No Twitter, o chefe do Executivo nacional decidiu publicar o próprio manifesto.

Em três linhas, o mandatário do país resumiu o que também intitulou de “carta de manifesto em favor da democracia”. As informações são do Metrópoles.

“Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia. Assinado: Jair Messias Bolsonaro, presidente da República Federativa do Brasil”, escreveu na página oficial do Twitter.

Essa foi uma resposta à carta original, criada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), que já tem mais de 300 mil assinaturas – de banqueiros, empresários, artistas e juristas. O texto será lido no dia 11 de agosto.

“Nota política em ano eleitoral”

Poucas horas antes de publicar o próprio manifesto, Bolsonaro já havia criticado o documento, durante a live semanal. Na ocasião, o titular do Planalto afirmou que a carta em defesa da democracia é “uma nota política em ano eleitoral”, que tem como objetivo “politizar o momento”.

“Olha, quem é contra a democracia no Brasil? Em três anos e meio, algum ato meu contrário à democracia? Eu acho que nós temos o contrário, de outras pessoas contrárias à democracia. Nós somos pela transparência, pela legalidade, nós respeitamos a Constituição”, afirmou.

Na sequência, o presidente acrescentou: “O que foi essa nota? Não entendi. Agora, foi uma nota política em ano eleitoral. […] Se não tivesse o viés político nessa nota, eu assinaria, sem problema nenhum”.

Ataque hacker

Na quinta, a assessoria de comunicação da Faculdade de Direito da USP informou que, desde a publicação da carta, a página que hospeda o documento sofreu 2.340 tentativas de ataques hacker.

Segundo a instituição informou ao Metrópoles, as investidas têm sido constantes. A equipe do projeto atua para impedir a invasão da página.

Os organizadores do manifesto consideram o momento atual, marcado por ataques à democracia, ao Supremo Tribunal Federal e ao processo eleitoral, um período perigoso. Contudo, o documento não cita nomes.

A cidade de Araripina recebeu, na noite de ontem, a caravana Simbora Mudar Pernambuco, liderada pelos pré-candidatos ao Governo de Pernambuco Anderson Ferreira (PL) e Izabel Urquiza (PL), e o pré-candidato ao Senado, Gilson Machado Neto (PL). A comitiva reuniu a população no Centro Educacional do Araripe para apresentar os eixos do programa de governo, debater propostas e elencar prioridades para a região.

A caravana foi recepcionada pelo ex-prefeito Valmir Lacerda, importante liderança na região do Sertão do Araripe e considerado um dos melhores prefeitos do interior do Nordeste, título recebido à época de sua gestão. Lacerda destacou o potencial da chapa majoritária e enalteceu a trajetória política de Anderson Ferreira.

“Anderson é um jovem político preparado e que, ao contrário dos demais, carrega em seu currículo resultados que transformaram para melhor a vida das pessoas. O discurso de Anderson por dias melhores para Pernambuco faz a gente ter vontade de levantar da cadeira e sair batendo de porta em porta para apresentar ao povo o seu projeto. E é isso que a gente vai fazer aqui, no Sertão, caminhar com quem tem experiência e apresentou resultados”, disse o ex-prefeito Valmir Lacerda.

Em seu um discurso, Anderson ressaltou o compromisso assumido, desde o lançamento da pré-campanha, de percorrer o estado para ouvir a população para formular o plano de governo a partir das demandas de cada localidade. “Esse é um diferencial não apenas da nossa pré-campanha, mas que norteia toda a nossa trajetória política. Há muitos pré-candidatos por aí que estão bolando ideias mirabolantes dentro de escritórios fechados com marqueteiros e assessores. A gente é diferente, o nosso compromisso é com o povo”, disse o liberal.

A agenda de ontem foi encerrada com uma visita à Expogesso, em Trindade. Mais cedo, os pré-candidatos estiveram reunidos com lideranças políticas do município de Ouricuri, em agenda com apoiadores e lideranças de diversas regiões do Araripe.

Diante da vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto no Nordeste, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, escondem o presidente Jair Bolsonaro das campanhas dos seus principais aliados locais.

No Piauí, o diretório estadual do Progressistas, controlado por Nogueira, acionou o Tribunal Regional Eleitoral para tentar proibir a circulação de imagens de seus candidatos ao lado do presidente. As informações são do Estadão.

Na ação, o partido do ministro justifica que Bolsonaro “possui altíssimo índice de rejeição em pesquisas mais recentes” e diz que o material que circula no WhatsApp dos seus candidatos ao lado do presidente é “fake news”. O Progressistas afirmou ao TRE que, diante da impopularidade do presidente, eles serão prejudicados se aparecerem ao seu lado. A Justiça Eleitoral negou o pedido. “Está claramente nos limites da liberdade de expressão e comunicação”, diz sentença de junho.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 28, mostra que Lula aparece 35 pontos à frente de Bolsonaro nas intenções de voto para o primeiro turno no Nordeste. O que dá ao petista 59% da preferência ante 24% do presidente. Em maio, o instituto mostrou que Bolsonaro é rejeitado por 65% dos eleitores da região, que não votam nele “de jeito nenhum”. Lula é rejeitado por 22% dos nordestinos.

Senador licenciado, Ciro Nogueira tem mandato até fevereiro de 2027. Na disputa deste ano, tenta eleger aliados em diferentes palanques. Entre eles, o responsável pela ação para proibir santinhos vinculando Bolsonaro aos candidatos da sigla, o presidente do PP no Piauí, Júlio Arcoverde, que busca um mandato de deputado federal. Ciro o escolheu para comandar o partido no Estado e empregou o filho do correligionário no seu gabinete no Senado.

Assim como o ministro da Casa Civil, Arthur Lira também esconde o presidente na sua propaganda em Alagoas. Suas publicações o apresentam como “Arthur Lira é foda” e não trazem menção a Bolsonaro. Com R$ 16,5 bilhões de orçamento secreto para distribuir entre seus aliados no Congresso, os marqueteiros de Lira apostam na imagem de um tocador de obras independente e padrinho direto dos recursos para o Estado.

Candidato à reeleição, Lira apoia um antibolsonarista ao governo de Alagoas, o senador licenciado Rodrigo Cunha (União Brasil). Em 1999, o então deputado Jair Bolsonaro votou contra a cassação de um colega que mandou matar a mãe de Cunha e saiu em defesa do mandante do crime político. Na terra de Lira, sobrou para Bolsonaro o palanque de Fernando Collor (PTB-AL).

Enquanto isso, a quilômetros de Alagoas, no Rio de Janeiro, Lira compareceu à convenção do PL vestido com uma camiseta com a inscrição “Bolsonaro 2022″. O presidente retribuiu: “Lira tem colaborado muito com o nosso governo. Graças ao Lira conseguimos aprovar leis que baixaram os combustíveis”.

É quase um jogo duplo. Ao mesmo tempo que comandam a articulação política do governo e a distribuição das verbas do orçamento secreto, os dois aliados mais influentes de Bolsonaro evitam parecer adversários de Lula nas campanhas estaduais, enquanto em Brasília fazem oposição ao petista ecoando o discurso do presidente.

No Piauí, Ciro Nogueira também não dará palanque a Bolsonaro. Seu candidato ao governo, Silvio Mendes (União Brasil), já disse em entrevista que não apoia o presidente. “Vou não. Eu não faço qualquer coisa. Eu tenho muitos princípios. Não vou me afastar dos meus princípios, das minhas crenças”, afirmou. A chapa tem a ex-mulher do ministro Iracema Portella (Progressistas-PI) como vice.

“É preciso acabar com essa frescura de dizer que não é Bolsonaro”, tem afirmado o prefeito de Parnaíba, Mão Santa (União Brasil). Numa disputa polarizada entre Silvio Mendes e o petista Rafael Fonteles, Bolsonaro terá o apoio de Coronel Diego, candidato pelo PL.

O cientista político e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Vitor Sandes explica que o custo político de se investir na “bolsonarização” num Estado como o Piauí “é bastante elevado”. Na avaliação dele, o ministro Ciro Nogueira sabe separar as coisas. “Ele faz vídeos falando do Bolsonaro, das obras e tal, mas não vincula isso à candidatura do Silvio Mendes.”

A cientista política e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Carolina de Paula complementa ao afirmar que os políticos do Centrão “estão aguardando o que vai acontecer, pensando também na sua própria eleição, no seu próprio Estado”. Segundo ela, as prioridades têm uma escala. “Primeiro, eles precisam se eleger. Depois, eleger os aliados. Em terceiro lugar, talvez, esteja o Bolsonaro”, disse.

Divergências

Fernando Collor

O senador e ex-presidente da República vai concorrer ao governo de Alagoas. Ele tem o apoio de Jair Bolsonaro (PL) e é presença constante em eventos com o atual presidente.

Rodrigo Cunha

Senador licenciado, é o candidato do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), ao governo de Alagoas. Cunha rejeita a presença de Bolsonaro em seu palanque.

Coronel Diego

O PL confirmou a candidatura do militar ao governo do Piauí, em convenção realizada na semana passada. Ele apoia a reeleição de Bolsonaro, que ficou sem palanque entre os dois principais candidatos.

Silvio Mendes

Ex-prefeito de Teresina, Mendes é o candidato de Ciro Nogueira ao governo do Piauí. Ele disputa pelo União Brasil ao lado da ex-mulher do ministro, a deputada Iracema Portela (Progressistas), candidata a vice na chapa, e faz oposição a Bolsonaro.

Em vídeo postado, há pouco, no qual Danilo Cabral insiste na estratégia de “ressuscitar” Eduardo Campos, o pré-candidato do PSB ao Governo do Estado revela, mais uma vez, o seu único propósito nesta campanha: usar duas muletas. A de Eduardo e a do ex-presidente Lula. Um samba de uma nota só que indica que não dará em nada, conforme vão sinalizando as pesquisas.

Em Salgueiro, um dos seus principais redutos eleitorais no Sertão, o deputado federal Gonzaga Patriota, o decano da Câmara dos Deputados, histórico socialista, participou de um grande ato, ontem, pela candidatura de Miguel Coelho, do União Brasil, ao Governo do Estado.

Lá, sua sobrinha Paizinha, ex-candidata à vice na chapa do ex-prefeito Clebel, em 2020, já está apoiando Miguel. Ninguém entendeu, mas em Salgueiro Patriota faz dobradinha com Fabinho Lisandro (Patriota), candidato a deputado estadual e que já está também apoiando Miguel.

Já gravei com Liv Moraes o Sextou em homenagem a Dominguinhos, pai dela, que também é cantora e filha de artista também, a forrozeira Guadalupe. Emocionada, Liv falou da trajetória do grande mestre Dominguinhos, contou segredos de algumas composições e falou até da polêmica que envolveu o enterro do pai.

Dominguinhos havia dito numa entrevista que queria ser sepultado em Garanhuns, sua terra natal, mas o enterro acabou sendo em Paulista, região metropolitana do Recife. Só anos depois seus restos mortais foram levados para a Suíça pernambucana. Liv mora entre São Paulo e Pernambuco, é uma excelente intérprete e confessa que seu pai foi a grande paixão da sua vida.

O Sextou vai ao ar das 18h às 19h pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia. Se você deseja ouvir pela Internet, baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store ou clique no link do Frente a Frente acima.

O tributo a Dominguinhos está imperdível!

Em busca do apoio de partidos do bloco à candidatura do ex-presidente Lula, caciques do PT mandaram um recado a lideranças do Centrão: aqueles que ajudarem na campanha do petista terão prioridade na divisão de espaços do eventual futuro governo dele. As informações são do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

Nas conversas, líderes petistas explicam que Lula não pretende vetar nenhum partido de centro de sua base aliada no Congresso Nacional. Mas avisam que a prioridade na distribuição de cargos será daqueles que ajudarem o petista antes da eleição.

Como mostrou a coluna, ao menos dois dos partidos da atual base do presidente Jair Bolsonaro mantêm interlocutores com Lula, o PT e outras legendas de esquerda. São eles: o Republicanos e o Progressistas do ministro Ciro Nogueira.