Por José Adalbertovsky Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Os primeiros 100 dias do novo Governo Lula são simbólicos. Esta seria a crônica da paz e amor, regados a picanha e cerveja. Na alvorada do novo tempo dirão: ainda é muito cedo, são 7 horas da matina. Num dos clássicos da canção pop internacional dos anos 1960s e 1970s, Bob Dylan cantou: a resposta está soprando no vento, blowin’ in the wind. Aqueles foram os anos dos sonhos psicodélicos e revolucionários. Os sonhos acabaram e os pesadelos continuam.
O governo da esquerda decretou luta feroz contra o Banco Central, contra o dólar, conta a Bolsa de Valores, contra o agronegócio e contra o fantasma de Bolsonaro. Somente não decretou guerra contra os lobos e as lobas do Centrão e os caboclos mamadores do Orçamento Secreto. Existe uma sentença histórica: os governos socialistas e de esquerda não esquecem jamais e não aprendem jamais. Até hoje esta sentença não foi revogada. E o Doutor Chuchu se mantém em stand-by.
Leia maisO vermelhão prometeu perseguir o ex-juiz Sérgio Moro até nas profundezas do mar. Esqueceu os desembargadores de segunda e terceira instância que também condenaram os corruptos do Petrolão. A resposta está soprando no vento e em nossas ventas.
FOLHA, 25 anos – No transcurso do 25º aniversário de existência desta Folha de Pernambuco, sinto-me no dever de prestar meu depoimento sobre o empresário e comunicador editorial Eduardo de Queiroz Monteiro. Em primeiro plano, eu o identifico como um líder empresarial visionário. Ouvi certa vez do timoneiro Armando Monteiro, pai, que Eduardo era um empreendedor ousado.
Noutros tempos, quando o grupo EQM arrendou o Diário de Pernambuco, fui demitido do jornal por um editor de plantão. Na época, movido por destilados malévolos e em meio ao terrorismo dos famigerados Programas de Demissões Voluntárias do Banco do Brasil, perdi o equilíbrio emocional e cometi desatinos. Nesse contexto, fui injusto com Eduardo.
O tempo rodou as catracas. Uma noite encontrei com Eduardo no lançamento de um livro do pai de Mogno Martins, Seu Gastão. Meti os peitos e encarei a fera: “Eduardo, gostaria de falar com você”. “Pois sim, Adalberto”. Fiz um mea culpa, questão de consciência. “Estamos zerados”, ele respondeu. Ficamos zen. Poderoso e vitorioso, se fosse um cara pobre em espírito poderia ter alimentado ressentimentos ou ser hostil comigo. Mas, o cara é magnânimo e generoso.
Novo lance, fevereiro de 2020. Nessa época eu escrevia eventualmente para a página Opinião do DP. Enviei uma cópia de artigo para E.M. e ele respondeu: “Escreva para nossa Folha, nos dê essa honra.” Oxente, só se for agora, respondi. Desde então acionou seus competentes discípulos Leusa Santos e Fábio Guibu para publicar minhas garatujas. E cá estou o papaizinho, honrado em ocupar espaço nobre nesta Folha, líder na mídia de Pernambuco e nacional. Também sou testemunha da lealdade e gratidão de Eduardo em relação ao nosso amigo comum deputado Inocêncio Oliveira, que hoje cumpre o repouso do guerreiro em sua choupana na Av. Boa Viagem.
Hasta la vista, Eduardo, tu sôis um cara rochedo!
*Periodista e escritor
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