O deputado estadual Edson Vieira (União Brasil) anunciou, em evento realizado em sua residência, em Santa Cruz do Capibaribe, o apoio à prefeita de Casinhas, Juliana de Chaparral, como sua pré-candidata a deputada federal. O encontro, que também celebrou o aniversário do parlamentar, reuniu lideranças políticas de diversas cidades do Agreste.
Edson ressaltou que a decisão foi fruto de diálogo e construção coletiva com o deputado federal Fernando Filho e demais integrantes do União Brasil, além de lideranças do grupo em Santa Cruz. “Após muito diálogo, chegamos ao consenso de que Juliana será nossa pré-candidata a deputada federal. E não havia momento melhor do que este, ao lado de amigos, aqui em casa para fazer esse anúncio ”, afirmou.
Juliana agradeceu o apoio e destacou a importância da união. “Edson é um amigo e um político experiente, que vem realizando um excelente trabalho na Alepe. Essa parceria nasce sólida e trará bons frutos para o Agreste e para todo Pernambuco”, declarou.
O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, falou neste domingo (26) que acertou um acordo para que a China adie as restrições à exportação de terras raras e que retome as compras da soja americana. Em conversas paralelas à Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) em Kuala Lumpur, lideranças dos dois países encaminharam acordos que serão finalizados pelos líderes Donald Trump e Xi Jinping ainda nesta semana.
Objetivo é interromper as tarifas americanas mais rígidas e os controles de exportação de terras raras chinesas, assim como a retomada das vendas de soja dos Estados Unidos para a China. As informações são do portal UOL.
O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos disse que as negociações eliminaram a ameaça das tarifas de 100% impostas por Trump sobre importações chinesas a partir de 1º de novembro. Bessent disse que espera que a China adie a implementação de seu regime de licenciamento de minerais de terras raras e ímãs por um ano, enquanto a política é reconsiderada.
Autoridades chinesas foram mais cautelosas com relação às negociações. Os chineses não forneceram detalhes sobre o resultado das reuniões. Embora a Casa Branca tenha anunciado oficialmente as tão esperadas conversas entre Trump e Xi, o governo chinês ainda não confirmou que os dois líderes se encontrarão durante cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Gyeongju, Coreia do Sul, na quinta-feira (30), para assinar os termos.
China havia anunciado planos de restringir exportações de terras raras aos Estados Unidos. Medida valeria a partir do próximo dia 1º de dezembro. O presidente americano Donald Trump respondeu anunciando tarifas de 100% sobre produtos chineses.
Terras raras são matérias-primas imprescindíveis para a indústria automotiva e de alta tecnologia. Os elementos são usados em baterias e sistemas de IA (Inteligência Artificial). A falta desses insumos pode paralisar a produção em diferentes cadeias industriais.
Estados Unidos também negociam retomada das exportações de soja para China. O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos afirmou nas entrevistas à TV americana que as compras chinesas do grão serão significativas.
China não comprou soja dos Estados Unidos em setembro. Principal importadora mundial do grão, a economia chinesa aumentou as compras do grão de outros fornecedores, em especial do Brasil.
Outros assuntos vão ser negociados. Autoridades americanas e chinesas também vão conversar sobre crise do fentanil, taxas de entrada nos portos dos Estados Unidos e a transferência do TikTok para o controle acionário americano.
Por Jorge Henrique Cartaxo e Lenora Barbo* Especial para o Correio Braziliense
Requebrune é uma pequena vila francesa à beira-mar, na Côted’Azur, entre Menton e Mônaco. Nos anos 1920, o singelo lugarejo, com suas belas paisagens, tornou-se um point de parte da elite intelectual europeia. Coco Chanel — a famosa estilista que, de certa forma, inaugurou a moda do século XX — construiu na região a sua festejada La Pausa, onde recebia a inteligência e a nobreza de então. Entre outros, Salvador Dalí e Winston Churchill foram seus hóspedes.
A célebre arquiteta modernista e designer irlandesa Eileen Gray, casada com o também arquiteto Jean Badovici, construiu, nos anos 1920, sua residência minimalista em Requebrune: a E-1027. O poeta e dramaturgo irlandês William Butler Yeats, Prêmio Nobel de Literatura em 1923, faleceu no Hôtel Idéal Séjour, onde morava, na vizinha cidade de Menton, em 28 de janeiro de 1939.
“Tenho um castelo na Riviera que mede 3,66 metros por 3,66 metros. Fiz para minha esposa e é um lugar extravagante, de conforto e gentileza”, observou Le Corbusier ao se referir à sua pequena cabana de madeira, construída em 1951, numa encosta de Requebrune, de onde contemplava o mar, e onde costumava passar o verão com a esposa, Yvonne Gallis.
Na manhã de 27 de agosto de 1965, Le Corbusier desceu o pequeno morro para o seu mergulho diário nas águas azuis da acolhedora enseada francesa. “O Velho”, como o chamavam os locais, então com 77 anos, teve um infarto e morreu enquanto nadava.
Lucio Costa estava no Rio de Janeiro quando soube, naquele mesmo dia, da morte do amigo e inspirador — no Brasil, referência maior da arquitetura, do urbanismo e da estética modernistas. Charlotte Perriand, a bela arquiteta, decoradora e designer de mobiliário, parceira de Le Corbusier desde 1927, também estava no Rio naquele 27 de agosto. Partiram no mesmo voo, com destino a Paris e, em seguida, para Requebrune. Iriam acompanhar todo o cortejo fúnebre, da pequena vila até o ateliê de Corbusier em Paris e a grande cerimônia no Louvre.
“Havia uma casa perto do cemitério, uma casa burguesa que era justamente utilizada para as cerimônias de velório. Nós chegamos lá, estava fechada. Havia também dois dominicanos esperando para entrar. Subimos então — a Charlotte Perriand, eu e os dois dominicanos — uma escada típica burguesa, aquele mau gosto, aquela coisa, e chegando em cima havia uma sala vazia, iluminada por velas, e o caixão onde ele estava, um caixão horrível. Uma coisa tão chocante, aquele ambiente negativo, que eu fiquei com aquilo atravessado”, relembra Lucio Costa em sua entrevista a Jorge Czajkowski, Maria Cristina Burlamaqui e Ronaldo Brito, em 1987.
Na viagem a Paris, o pequeno grupo pernoitou no Convento Sainte-Marie de La Tourette, em Éveux. Projetado por Le Corbusier e inaugurado em outubro de 1960 — sua última grande obra na França —, o convento dominicano foi considerado Monumento Histórico em dezembro de 1979. Em 2016, a Unesco o declarou Patrimônio Mundial. Em junho de 1970, frei Tito, exilado na França, foi acolhido no convento Sainte-Marie de La Tourette. Foi ali que o dominicano cearense, atormentado pelas torturas sofridas no Brasil, enforcou-se no galho de um álamo, em 10 de agosto de 1974.
“A igreja fica numa encosta em declive e, quando chegamos, os padres dominicanos vieram ao nosso encontro. Estava chuviscando, era noitinha, e eles vieram devagar, aquele passo lento, eterno, de religioso. Passo que não faz barulho. Puseram o caixão nos ombros e desceram o caminho no talude para a entrada. Na nave, ficaram todos alinhados e o Superior leu o elogio do arquiteto que tinha feito o convento deles e que agora estava ali. Cerimônia simples e digna que apagou aquela impressão horrível lá de Menton”, lembrou ainda Lucio Costa, na mesma entrevista.
O ateliê de Le Corbusier em Paris ficava no Edifício Molitor, em 24, rue Nungesser et Coli, no 16º arrondissement. Ali ele morou e trabalhou desde 1934 até sua morte em 1965. Uma pequena multidão se aglomerava no local quando Lucio Costa e o cortejo chegaram. Sobre um corredor de acesso, com uma escada ao fundo, estava o amplo ateliê. Na antiga casa de jesuítas, o espaço de trabalho tinha cinco metros de largura e um extenso comprimento. Uma tapeçaria de Corbusier, de cor preta e vermelha, foi afixada ao fundo, compondo o cenário do esquife. Em seguida, ocorreu a cerimônia no Louvre, com o discurso histórico de André Malraux. Assim, numa demonstração incomum de admiração, amizade e respeito, Lucio Costa disse adeus ao seu mestre do urbanismo e da arquitetura modernistas.
Na Europa, Le Corbusier foi mais combatido do que admirado, ainda que suas obras sejam reconhecidas e festejadas, isoladamente, até hoje. Nos Estados Unidos, o modernismo do urbanista e arquiteto franco-suíço também teve seu lugar e vasta influência, mas em um diálogo mais amplo e, digamos assim, eclético. No Brasil, precisamente desde 1937, com o projeto do Ministério da Educação e Saúde e a consultoria de Le Corbusier — a convite pessoal de Lucio Costa —, o modernismo no urbanismo e na arquitetura se fez presente e ainda hoje nos faz sentir seus eflúvios. Claro, sem prejuízo das curvas e linhas originais de Oscar e Costa.
Lucio Marçal Ferreira Ribeiro Lima da Costa, o Lucio Costa, nasceu na cidade de Toulon, na França, em 27 de fevereiro de 1902, na Villa Dorothée Louise, no Mourillon. Seu pai era o almirante Joaquim Ribeiro da Costa, natural de Salvador, e sua mãe, Alina Ferreira, natural de uma região da Amazônia, passou boa parte da infância e adolescência em Lisboa, no internato de Mademoiselle Roussel. Só deixaria a escola para casar, numa cerimônia na igreja de São Jorge. Seguiu para Le Havre, depois Marselha e, em seguida, Toulon, onde nasceu o terceiro filho do casal.
Nesse longo período na Europa, Lucio estudou no Royal Grammar School, em Newcastle (Inglaterra), e no Collège National, em Montreux (Suíça). De volta ao Brasil, em 1917, então com 19 anos, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, estimulado e orientado pelo pai, concluindo o curso de arquitetura e pintura em 1924.
Ainda estudante do terceiro ano, já notável pelos seus desenhos, foi convidado pelo então diretor da Escola, o famoso paisagista Baptista da Costa, a participar de algumas obras na antiga casa de Lopes Quintas, que estava sendo loteada e agora pertencia a familiares do mestre. Nessa toada, Lucio conquistou seu primeiro emprego na firma Rebecchi e, logo em seguida, no Escritório Técnico Heitor de Mello. Foi nessa empresa que Lucio Costa realizou sua primeira obra, em 1921/22: a casa de Rodolfo Chambelland, em estilo inglês, na Avenida Paulo de Frontin.
As novas atividades profissionais retardaram um pouco a conclusão dos cursos na Escola de Belas Artes, mas isso não impediu os avanços de Lucio Costa. Um colega da turma que se formou em 1922 — ele só concluiria em 1924 —, Fernando Valentin, o convidou para abrirem um escritório de arquitetura. As primeiras salas foram alugadas na rua Gonçalves Dias, nº 30, ao lado da Confeitaria Colombo. Meses depois, mudaram para o edifício das Docas de Santos, com sua monumental porta entalhada, na Avenida Rio Branco.
“Era a época do chamado ecletismo arquitetônico. Os estilos ‘históricos’ eram aplicados sans façon, de acordo com a natureza do programa em causa. Tratando-se de igreja, recorria-se ao receituário românico, gótico ou barroco; se edifício público ou palacete, ao Luís XV ou XVI; se banco, ao Renascimento italiano; se casa, a gama variava do normando ao basco, do missões ao colonial”, relembraria, posteriormente, Lucio Costa.
Envolto nas brumas dos amores impossíveis — como ele mesmo sugere —, em 1926 resolve passar uma nova e longa temporada na Europa. No início de 1927, na Itália, adoece, é diagnosticado com um problema pulmonar e internado na Villa Igiea, sob os cuidados de uma bonita irmã de caridade. No quarto contíguo ao de Lucio, recuperava-se uma linda e simpática italiana chamada Fana. Ela gostava de recitar versos de Carducci para o enfermo arquiteto brasileiro. Certa manhã, ele acordou com um alvoroço ao lado: a gentil amiga e cúmplice daquele sofrimento e lirismo havia falecido, vítima de uma violenta hemoptise. Já em Paris, foi orientado a consultar o mais famoso especialista da época. A recuperação foi confirmada!
De volta ao Brasil, estendeu sua vilegiatura até o Caraça, em Minas Gerais, onde ficou um mês como hóspede de Dom Jeronymo. Durante o dia, comprazia-se na contemplação do vasto monumento religioso. Lamentava a destruição, pelos padres franceses, no século XIX, da linda capela do Irmão Lourenço. Gostava do monumento gótico que a substituiu, bem como da preservação da originária balaustrada, dos degraus e da escada — tudo em pedra-sabão — que ainda estavam lá.
Seguiu para Sabará, onde hospedou-se na pensão das “gordas”. Gostava da varanda dos quartos, onde apreciava o Rio das Velhas e contemplava o crepúsculo até a primeira estrela despontar. Depois, Mariana, Ouro Preto e, mais uma vez, Diamantina. Sempre que lembrava essa viagem, registrava o seu constrangimento por não ter percebido, na ocasião, a beleza e o esplendor que nos oferece a Igreja de São Francisco.
De volta ao Rio, em 1929, casou-se com sua Leleta — Julieta, filha do Dr. Modesto Guimarães. O casal foi morar em Corrêas, em Petrópolis, na casa de verão da família. Lucio gostava de lembrar do amontoado de coisas que levaria para a nova casa, sobretudo do aparelho de Macau, comum na Colônia e no Império, mas que daria lugar à louça inglesa na República. Foi com esse serviço que suas filhas, Maria Elisa e Helena, aprenderam a se servir à mesa.
Em 1930, veio a Revolução — o redesenho dos valores, das formas, da estética, da beleza e do mundo. Lucio Costa, o aristocrata gentil, iria se deparar com o moderno, a modernidade e o modernismo. E neles se faria gigante.
*Jorge Henrique Cartaxo é jornalista e diretor de Relações Institucionais do IHG-DF | Lenora Barbo é arquiteta e diretora do Centro de Documentação do IHG-DF
Uma semana após a explosão que provocou o desabamento de um conjunto residencial no bairro de Ouro Preto, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, a Polícia Científica voltou até o local do acidente para uma investigação estrutural do terreno.
De acordo com o perito criminal José Lourenço, a perícia, que ocorreu na manhã deste domingo (26), teve como objetivo compreender a real dimensão da planta do imóvel.
“Tendo em vista que o projeto não tem uma planta oficial, estamos aqui para obter uma real dimensão da planta e saber a exata localização da cozinha, onde foi o epicentro da explosão. Assim, conseguimos compreender melhor o acontecimento”, destacou.
Segundo a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), a principal suspeita é de que um vazamento de gás tenha provocado o acidente. A Polícia Civil investiga o caso, e o laudo pericial concreto deve ser concluído em até 30 dias.
Familiares do proprietário do lote também acompanharam o processo de peritagem. Segundo uma parente que não quis se identificar, a atual preocupação dos donos do terreno é buscar ajuda para os inquilinos que foram afetados. “Estamos nos mobilizando, juntando cestas básicas e tentando dar suporte”, explicou.
Em entrevista por telefone com a equipe da Folha de Pernambuco, a moradora de uma das casas, Sandra Moura, contou que ela, assim como os outros vizinhos, estão se abrigando temporariamente com amigos e familiares. Ela ainda relatou que não recebeu assistência financeira dos órgãos municipais.
Segundo a Prefeitura de Olinda, equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social atuaram no local nos dias iniciais do acidente prestando assistência às famílias atingidas. O suporte incluiu, de acordo com a gestão, a oferta de abrigo temporário, orientações jurídicas e ajuda para emissão de documentos perdidos.
Além de Sandra, familiares dos donos do terreno que estiveram no local hoje também mencionaram a promessa de um auxílio financeiro que supostamente seria entregue pela prefeitura aos moradores.
Procurada para esclarecer a informação, a prefeitura disse ter mapeado as famílias afetadas, inquilinos do imóvel e moradores das residências vizinhas oferecendo “imediato suporte psicológico e assistencial, incluindo vagas em abrigo municipal. No entanto, nenhuma das famílias aceitou a hospedagem, optando por se deslocar para casas de parentes”.
Relembre o caso
O acidente aconteceu na manhã do domingo (19), após uma forte explosão provocar o desabamento dos oito imóveis residenciais localizados na Rua Drº Bernadino Sena Dias.
No total, 12 pessoas foram atingidas pelos escombros e pelo fogo. Dessas, nove ficaram feridas e outras duas pessoas morreram no local. Um terceiro morador faleceu na última quarta-feira (22), após ser hospitalizado com 85% do corpo queimado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou um amplo envio de forças militares para a América Latina com o objetivo declarado de combater o narcotráfico, mas o venezuelano Nicolás Maduro teme que a operação tenha como meta provocar uma mudança de regime em Caracas.
O avanço das tropas americanas e os ataques contra supostos traficantes de drogas no mares do Caribe e do Pacífico despertaram receios de um conflito militar mais amplo, além de gerarem novos embates verbais entre Trump e líderes da região.
A seguir, a AFP analisa o poder militar de Washington e de Caracas, o balanço das ofensivas americanas e as consequências diplomáticas das tensões.
Forças militares
Os Estados Unidos mobilizaram no Caribe oito navios da Marinha, incluindo três destróieres, um cruzador, um navio de combate litorâneo e três embarcações de assalto anfíbio com um contingente de fuzileiros navais. Também deslocaram dez caças furtivos F-35 para Porto Rico. Trump ordenou ainda o envio do porta-aviões USS Geral R. Ford, o que reforça significativamente o poderio militar americano na região.
Na quinta-feira, Washington posicionou pelo menos um bombardeiro B1-B diante da costa venezuelana, após já ter sobrevoado o país por várias horas na semana anterior com aeronaves B-52.
Em caso de confronto direto, a Venezuela ficaria em clara desvantagem militar diante dos Estados Unidos. O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos aponta que as Forças Armadas venezuelanas contam com cerca de 123 mil militares e 220 mil integrantes de milícias civis voluntárias formadas por simpatizantes de Maduro, embora especialistas considerem esses números inflados.
Maduro afirmou, no início da semana, que o país possui 5 mil mísseis terra-ar russos para se defender das forças americanas. O presidente ordenou exercícios militares em todo o território e reforçou as fronteiras diante do aumento da tensão.
Milhares de civis venezuelanos também se juntaram a milícias locais em resposta ao apelo de Maduro por uma “defesa popular” do país, que enfrenta grave crise econômica. Muitos participam de treinamentos com armas em quartéis e bairros residenciais.
Ataques a embarcações
Por ordem de Trump, as forças americanas começaram em setembro uma série de ataques contra barcos suspeitos de contrabando de drogas, que já resultaram na destruição de ao menos dez embarcações, nove lanchas e um semissubmersível.
Essas operações deixaram ao menos 43 mortos, segundo um levantamento da AFP com base em dados oficiais, embora Washington ainda não tenha apresentado provas de que os alvos realmente transportavam narcóticos.
Especialistas alertam que execuções sumárias são ilegais, mesmo quando se tratam de traficantes confirmados.
O Pentágono informou ao Congresso que os Estados Unidos estão em “conflito armado” com os cartéis latino-americanos de drogas, classificou-os como grupos terroristas e passou a se referir aos supostos contrabandistas como “combatentes ilegais”.
Confrontos verbais
Washington acusa Maduro de chefiar um cartel de drogas e oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares (268 milhões de reais) por sua captura. Trump também afirmou ter autorizado ações secretas contra o governo venezuelano.
Maduro pediu calma e declarou: “No crazy war, please (sem guerra louca, por favor)”, enquanto o ministro da Defesa prometeu resistir a qualquer tentativa de instalar um governo “ajoelhado” diante dos Estados Unidos. Outros líderes latino-americanos também se manifestaram.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, crítico das ofensivas americanas no Caribe e no Pacífico, trocou ataques verbais com Trump. Nesta sexta-feira, Washington impôs sanções a Petro, acusando-o de “permitir que os cartéis prosperassem” na Colômbia. Desafiador, o colombiano respondeu nas redes sociais: “Nem um passo atrás e jamais de joelhos”.
Já o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, declarou à AFP que o Brasil “não pode aceitar uma intervenção estrangeira” na Venezuela.
Aquele que já esteve do outro lado da pele, onde os nomes se dissolvem como sal na boca do tempo e só resta o sopro, sabe que o abismo não é ausência, mas espaço onde a alma aprende a respirar sem ilusão. Ele tocou o avesso da existência com dedos sangrados e olhos exaustos, e ali não encontrou apenas o frio do abandono, mas o calor exato da própria presença, uma brasa oculta que resistia sob o entulho. Caminhou por águas antigas, onde o tempo não era medida, mas pressentimento, sem farol à vista, guiado apenas por lampejos interiores, vestígios de uma infância quase nua, onde o impossível ainda era chão e as cicatrizes ainda não tinham nome. Construiu galés com as mãos cruas, sem gritos, sem alarde, movido apenas pela convicção muda de que estava vivo, e de que o ato de seguir, mesmo sem garantias, já era uma forma de eternidade.
Ele viu desabar os templos onde repousavam antigas crenças. Viu ruírem os altares de uma esperança esculpida em vidro fatigado. Libertou-se de presenças que pareciam eternas, deixou cair os papéis que antes encenavam a própria identidade e abandonou promessas que apenas decoravam o vazio. E ainda assim, seu coração, tambor antigo de rituais esquecidos, seguiu batendo entre as ruínas. Sua alma, desfiada como véu de luto ancestral, continuou entoando, mesmo na escuridão, um canto que só os que caminham sós compreendem. Já não esperava milagres. Caminhava com a firmeza dos que sabem que o caminho já está sob os pés, pois foram os próprios pés que o desenharam.
Não era mais conduzido por ventos alheios. O corpo havia decorado os trilhos. Os pés sabiam conversar com as pedras. O ritmo da respiração se harmonizava com o silêncio que existe no interior das árvores. Já não buscava sinalização exterior. Cada cicatriz havia se tornado um mapa. Cada queda, uma lição não verbal. Cada perda, uma janela aberta. Havia nele a presença serena de quem conhece o próprio território, mesmo que feito de ruínas, mesmo que habitado por fantasmas já reconhecidos e nomeados.
E se por vezes percebia em si uma certa contenção, um retraimento das exuberâncias antigas, isso não o diminuía, o intensificava. Era menos disponível para distrações, mais afinado com a substância. Menos atento ao aplauso, mais escutador do próprio silêncio. Era menos superfície, mais substância. Menos reflexo, mais fonte. E isso não era fraqueza: era precisão. Era síntese. Era núcleo. A exuberância havia se recolhido para dentro como uma fogueira que arde em brasa, e ali, no centro do seu ser, a luz não se apagava, apenas se aprofundava.
Sua liberdade não era feita de escolhas barulhentas, mas de permanência interior. Estava em pé, não porque alguém o sustentava, mas porque ele mesmo erguera seu eixo, pedra sobre pedra, tempo sobre tempo. Já não mendigava presença. Não ansiava por testemunhas. A própria respiração era suficiente. Seu canto existia, mesmo sem plateia. A música era íntima, mas inteira. A dança acontecia, mesmo que os olhos do mundo não vissem.
E o mundo, às vezes, passava por ele como quem passa por uma árvore antiga sem saber que ela carrega frutos secretos. Porque sua grandeza não reluzia, queimava. Não se exibia, emanava. Sua grandeza era subterrânea, feita de raízes profundas, de seiva lenta, de gestos não performáticos. Apenas quem tivesse olhos treinados pela dor e pela beleza seria capaz de enxergar. Havia nele um ser que não apenas havia atravessado o fogo, mas o integrara. Um ser que, mesmo marcado, guardara intacta a ternura. E isso era sua força.
Por isso, aquele que atravessou a dor com lucidez não se quebrou, se consagrou. Não se fez menor, tornou-se eterno. Criou raízes que descem até o centro do mundo. E quem tem raiz não desaparece, não recua, não desaba.
Cresce. Agudo e incandescido. Sempre.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete integrantes do “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado têm até segunda-feira (27) para recorrerem da condenação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Elas deverão apresentar até 23h59 o principal recurso disponível: os embargos de declaração. Esse tipo de recurso permite que os advogados questionem contradições ou omissões nos votos dos ministros, mas raramente mudam o resultado da condenação. Na prática, costumam ser rejeitados e são utilizados como manobra para adiar o fim da ação penal e, no caso, a prisão dos condenados. As informações são da CNN Brasil.
Os recursos serão analisados e votados em plenário virtual pelos ministros da Primeira Turma. Não há prazo para que esse julgamento seja marcado, mas a tendência é de celeridade.
Se rejeitados os embargos, as defesas normalmente podem apresentar mais um. Se o segundo também for negado, o STF reconhece o “trânsito em julgado” da ação, que é quando a condenação passa a ser definitiva.
É a partir daí que as penas começam a ser cumpridas e os condenados podem ser presos. Com a pena mais alta do grupo, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.
Conforme apurou a CNN, o tenente-coronel Mauro Cid deve ser o único do núcleo 1 a não apresentar recurso. Com isso, a ação pode se encerrar para ele antes dos outros.
Caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, publicar o certificado de trânsito em julgado e dar início à execução penal de Cid. Com isso, a defesa do militar poderá solicitar novamente uma declaração do cumprimento de pena. Condenado a dois anos de reclusão em regime aberto, Cid já cumpriu dois anos e cinco meses em restrição de liberdade e sob medidas cautelares.
Alunos da Escola Técnica Estadual Arlindo Ferreira dos Santos, em Sertânia, divulgaram uma nota de repúdio contra a atual direção da unidade, denunciando maus-tratos a animais, negação de alimentação a um estudante e o encerramento de projetos estudantis. No documento, eles afirmam que a gestão tem agido com “falta de empatia, respeito e compromisso com a comunidade escolar” e anunciam a coleta de assinaturas para um abaixo-assinado que pede investigação imediata, providências da Secretaria de Educação e possível afastamento do diretor.
A posse do escritor Roberto Pereira, amanhã (27), às 19h, na Academia Pernambucana de Letras, vem cercada de muita expectativa em face da presença de imortais da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, da Academia de Letras de Goiana e a de Escada, além dos Institutos Históricos de Pernambuco, do Grupo de Amigos do Turismo (GAT), dos seus colegas de engenharia, cuja turma é conhecida, na UFPE, por turma dos jacarés, além de sua legião de ex-alunos do Radier.
Pereira assumirá a Cadeira 35, antes ocupada pelo escritor Marcos Vilaça, quando, no seu discurso de investidura, vai fazer a defesa da Cultura e da preservação do Patrimônio Histórico, sendo este um dos elos da ligação entre o sucessor e o sucedido. O cerimonialista será Silas da Costa e Silva, uma das referências de Pernambuco neste campo de atuação.
Após a solenidade será servido um coquetel e, nos jardins, as apresentações do Bloco das Ilusões e do Caboclinho Sete Flexas de Goiana, respectivamente, patrocinadas pela Empetur e Fundarpe, entidades antes presididas por Roberto Pereira.
O novo acadêmico fará também uma homenagem ao seu pai, Nilo Pereira, e ao seu irmão, Geraldo Pereira, antes, em épocas diferentes, imortais da Pernambucana de Letras. Roberto Pereira é autor dos livros “O idealismo da Confederação do Equador (opúsculo)”, de “Um olhar sobre o imaginário cultural” e o “Arte e cultura, pensar, livre pensar”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que o tema Bolsonaro “claramente incomoda” Lula ao reagir ao encontro entre o presidente brasileiro e Donald Trump à margem da cúpula da Asean, bloco que reúne economias do Sudeste Asiático, na Malásia.
Após o encontro descrito como “ótimo” por Lula, e que terminou com a sinalização de um possível acordo segundo Trump, Eduardo compartilhou vídeo com o momento em que um repórter questiona sobre Jair Bolsonaro. No vídeo, o americano elogia o ex-presidente, mas desconversa quando perguntado se ele seria pauta da reunião. As informações são do jornal O Globo.
“Lula encontra Trump e na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: Bolsonaro. Imagine o que foi tratado a portas fechadas?”, escreveu Eduardo em post no X, sugerindo que nos bastidores o encontro pode ter sido menos amigável do que o relato das equipes dos dois países.
Lula encontra Trump e na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: BOLSONARO. Imagine o que foi tratado a portas fechadas? pic.twitter.com/rle550vJlH
Em outra publicação, Eduardo ironizou o fato de brasileiro ter se oferecido para mediar o conflito entre Trump e Maduro. “Nos poucos minutos com o 01 da economia mundial trataram de… Venezuela”, comentou o deputado.
Com a publicação, Eduardo mantém o tom das últimas semanas, em que busca minimizar a aproximação entre Trump e Lula. Os dois presidentes tiveram encontro de “boa química” nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Em outubro, Lula e Trump conversaram por telefone e quebraram o gelo. Após a conversa virtual dos presidentes, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniram-se em Washington.
Os argentinos votam neste domingo (26) para renovar o Legislativo do país, em uma eleição que, na prática, será um referendo sobre o governo do presidente da Argentina, Javier Milei. As urnas foram abertas às 8h da manhã.
Os eleitores, que se mostram divididos nas pesquisas de opinião, definirão se Milei renova o fôlego em meio a crises de popularidade e de falta de reservas cambiais ou se virará “uma figura em declínio”, segundo analistas consultados pela agência de notícias Reuters. As informações são do portal g1.
As eleições deste domingo renovarão perto de metade da Câmara dos Deputados da Argentina — 127 das 257 cadeiras — e um terço do Senado — 24 das 72 cadeiras. Segundo as principais pesquisas de opinião, o partido de Milei está ligeiramente à frente da principal legenda de oposição.
A eleição é a grande chance de Milei conseguir aumentar sua presença no Congresso. Atualmente, o movimento de oposição peronista detém a maior minoria em ambas as Casas — Câmara dos Deputados e Senado — e tem cerca de metade de suas cadeiras na Câmara em disputa pela reeleição.
O partido relativamente novo de Milei, A Liberdade Avança, tem apenas 37 dos 257 deputados e seis dos 72 senadores. As disputas mais importantes ocorrerão na densamente povoada província de Buenos Aires, onde Milei já amargurou uma derrota em eleições locais em setembro.
“Se 2025 indicar que Milei é uma figura em declínio, os investidores começarão a se preparar para uma opção mais de centro ou centro-esquerda para 2027”, disse à Reuters o analista Marcelo Garcia, diretor da consultoria Horizon Engage, especializada em risco.
Ele afirmou que, se o partido de Milei conquistar mais de 35% dos votos, isso seria visto como um sinal positivo de apoio , usando como termômetro os 30% que Milei obteve no primeiro turno das eleições presidenciais de 2023. Se Milei se aproximar dos 40%, isso seria visto como “uma eleição muito boa”, disse Garcia.
Casado com uma das filhas do pastor Silas Malafaia, o professor Anderson Silveira se tornou o principal captador de emendas parlamentares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). À frente do Programa Esporte Para a Vida Toda (Previt), Silveira coordenou um projeto que recebeu R$ 14 milhões do Ministério do Esporte em 2024 — mais que o dobro do segundo colocado da instituição. A iniciativa, no entanto, provocou uma crise interna na universidade e resultou na renúncia coletiva da diretoria da Fundação de Apoio da Rural (Fapur). Com informações do jornal O Globo.
O Globo identificou cabos eleitorais e aliados de deputados entre os beneficiados do programa, que destina R$ 11,7 milhões em bolsas, sendo R$ 7 milhões para pessoas de fora da universidade. O Previt prevê 75 núcleos esportivos em mais de 20 municípios fluminenses; ao menos 14 funcionam em igrejas, com envolvimento direto de pastores. O financiamento foi feito por meio de um Termo de Execução Descentralizada do ministério, o que dificulta rastrear os parlamentares responsáveis pelas emendas.
De acordo com o jornal, os deputados Laura Carneiro (PSD-RJ) e Roberto Monteiro (PL-RJ) — respectivamente aliados do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do governador Cláudio Castro — indicaram núcleos do programa. Anderson Silveira admite que parlamentares sugerem localidades, mas afirma não saber quem direcionou os recursos. “Ele (Malafaia) nem sabe que eu trabalho com esse tipo de coisa. Os parlamentares não determinam, mas eles chegam a solicitar que haja, quando possível, uma atenção para essa ou aquela região. Pode acontecer de o parlamentar fazer algum tipo de propaganda no próprio núcleo, mas isso está fora do nosso controle”, disse.
A distribuição de bolsas em valores considerados “atípicos” para os padrões da UFRRJ preocupou instâncias internas da universidade. Mais de 80% dos R$ 14 milhões do Previt foram destinados a esse tipo de auxílio, o que fez o projeto ser visto como de baixo retorno acadêmico, por priorizar o público externo. A Fapur, responsável pela execução financeira, renunciou em bloco em agosto, alegando anomalias na condução da iniciativa. A antiga diretoria afirmou em carta que deixava a fundação “com o sentimento do dever cumprido”, sem citar diretamente o motivo da saída.
Anderson, por sua vez, alega que o projeto sofreu atrasos por falhas administrativas da Fapur e que o Ministério do Esporte orientou o aumento das bolsas para evitar a devolução de verbas não utilizadas. “O projeto chegou a atrasar por incapacidade da fundação de gerir os recursos”, justificou. O valor do Previt representa metade dos R$ 33 milhões captados pela Fapur via emendas nos últimos cinco anos, segundo o jornal.
A influência política também se reflete nas contratações. Jorge Luiz Almeida Dalta, aliado de Laura Carneiro e membro do Instituto Nelson Carneiro, recebe R$ 6 mil mensais como coordenador administrativo do Previt. Já em São Gonçalo, o pastor Cleverson Pinheiro, contratado para “apoio comunitário”, gravou vídeo agradecendo ao deputado Roberto Monteiro por levar o projeto à região. Procurada, a UFRRJ disse que as seleções priorizaram pessoas com experiência em projetos sociais e sem vínculo pessoal de qualquer tipo, e negou associação religiosa ou ideológica na escolha dos locais.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse neste domingo (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou à disposição para atuar como interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela. Mais cedo, Lula se reuniu com presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. Segundo o chanceler brasileiro, Lula disse que a América do Sul é uma região de paz e que é necessário buscar soluções aceitáveis.
“O presidente Lula levantou o tema e disse que a América Latina e a América do Sul, onde estamos, é uma região de paz. E ele se prontificou a ser um contato, um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países”, afirmou. As informações são da Agência Brasil.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram tropas terrestres e um porta-aviões para o Caribe. O governo Trump bombardeou embarcações, sob a justificativa de estar combatendo as rotas de narcotráfico que abastecem os Estados Unidos. Trata-se da mais recente operação da campanha antidrogas do presidente Donald Trump na região.
Para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o reforço militar na região objetiva tirá-lo do poder.
Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Lula e Donald Trump, tiveram hoje uma reunião histórica à margem da cúpula da Asean, bloco que reúne economias do Sudeste Asiático, na Malásia, do qual os dois participam como convidados.
O brasileiro falou em suspensão do tariafaço de 50% imposto aos produtos brasileiros exportados para os EUA, e o americano indicou que pode fazer concessões com o aprofundamento das negociações entre os dois países. “Vamos chegar a um acordo”, afirmou o presidente dos EUA sobre as negociações com o Brasil. O encontro durou cerca de 50 minutos em tom amigável, inclusive com o convite recíproco de visitas oficiais a seus países.
Lula escreveu, nas redes sociais, que teve uma “ótima reunião” com o americano Donald Trump, neste domingo, na Malásia. Neste momento, ele participa de um encontro com empresários em Kuala Lumpur.
“Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”, escreveu o brasileiro.
Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as… pic.twitter.com/aTXZthrb9Z
A reunião bilateral começou às 15h30 (horário local) — 4h30 no horário de Brasília —, no Centro da Cidade de Kuala Lumpur (KLCC). Ao todo, durou cerca de 50 minutos.
Na primeira parte do encontro, Lula e Trump falaram com os jornalistas por cerca de 10 minutos. Questionado se os Estados Unidos reduziriam as tarifas sobre o Brasil, Trump indicou: “Vamos discutir isso por um tempo. Sabemos o que cada um quer.” Trump afirmou ainda ser uma honra estar com o presidente do Brasil e que provavelmente eles fariam “alguns bons acordos”.
A conversa entre os dois foi o primeiro encontro presencial desde uma rápida conversa durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, e ocorre na esteira da imposição de tarifas de 50% sobre a exportação de produtos brasileiros para os Estados Unidos e de sanções a autoridades brasileiras em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que Lula afirmou não haver assunto proibido e que o Brasil pediu para o tarifaço ser suspenso durante as negociações. Auxiliares do ministro disseram que Lula explicou a Trump que o julgamento de Bolsonaro seguiu o devido processo legal no Brasil.
Quem estava na sala
Vieira; o assessor do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Márcio Elias Rosa; e Audo Faleiro, diplomata da equipe do assessor especial da presidência Celso Amorim, acompanharam a conversa ao lado de Lula.
Do lado americano, estavam o secretário de Estado, Marco Rubio; o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante do Comércio, Jamieson Greer.
Nasci no mato, na caatinga, entre o avelós e o mandacaru, mas nem por isso tenho razão de não me apaixonar pelo azul infinito do mar. Já minha Nayla nem de sargaço gosta, é pura flor do mandacaru, mulher guerreira, presa às suas raizes. Tem cheiro de marmeleiro, a beleza e sensualidade de um beija-flor.
É daquelas sertanejas com alma que flerta os lírios do campo. Valoriza a vida, a simplicidade da gente que tem paz fazendo a conexão com a natureza. Que se encanta e se emociona com a beleza do nascer do sol, o canto dos pássaros, a satisfação de plantar e colher. No pomar de nossa choupana em Arcoverde rega as plantas com um sorriso largo.
Como matuto também, do santuário Pajeú das flores, onde todas as almas são de cantadores, entendo perfeitamente a alma sertaneja da minha Nayla. O Sertão é mais do que um lugar, é um sentimento de paz e pertencimento. Como disse João Guimarães Rosa, o Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar.
Em “Grande Sertão e Veredas”, João Guimarães Rosa, outro gigante que pintou o sertão de todas as cores, fala do encorajamento para a vida que só se observa numa gente que tem o sangue da resistência na veia e no coração: “O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Com o tempo, dou todas as razões para minha Nayla: é em Arcoverde, onde o meu tempo desacelera, que a felicidade se encontra nas pequenas coisas da vida.
É onde o meu coração encontra seu lugar, longe da correria do mundo. A vida é feita de batalhas, ninguém compreende melhor isso do que ela, mas nem por isso precisamos viver num campo de guerra. Se o nosso campo não planta, a cidade não janta. A colheita vem para quem tem a paciência de cultivar, que está na simplicidade do homem do campo, não entre os homens que guerreiam nos perímetros urbanos, no asfalto quente e de noites sem orvalho.
Melhor viver entre o canto dos pássaros e o vento nas árvores, com um luar na roça a contemplar até adormecer. Para mim, a natureza é inspiração, poesia em forma de paisagem, e o refúgio onde a alma encontra sossego. Se me pedirem para reduzir ao essencial a diferença entre o campo e a cidade, então aí está ela: o efeito que tem em nós uma sirene no horizonte. No campo, a sirene vem do canto dos pássaros.
É no Sertão, para os que não entendem a sua rica cultura que se instala no mato e brota nos roçados, que as abelhas fazem mel enquanto o sol brilha, onde o riso é um raio de sol da alma, onde as flores sempre tornam as pessoas melhores, mais felizes e mais prestativas. Luz do Sertão é alimento e remédio para a mente.
A força que vem de dentro da alma sertaneja de minha Nayla é a mesma que fez Cora Coralina transportar o seu Goiás para o nosso Sertão. “Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida e não desistir da luta, recomeçar na derrota. Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores”.
O grande José de Alencar enxergou um Sertão de conflitos sociais e políticos. A paisagem árida é um elemento central na sua obra. A seca, a terra e a caatinga são elementos descritos e que moldam a vida de seus personagens. Mas a força do sertanejo se sobrepõe a tudo isso, até mesmo ao mundo imaginário de José Alencar, que viu que o sertanejo é antes de tudo um forte.
Forte porque não desiste nunca. Forte porque a sua força é maior do que qualquer estiagem. Forte porque o sertanejo planta com fé onde falta água, recomeça quantas vezes for preciso. É mais forte ainda porque é no chão rachado onde ele semeia o amor.
Fastback Impetus híbrido: o que ela tem de diferente das outras versões?
Escolher um carro para comprar costuma deixar qualquer consumidor em dúvida. Ele tem que levar em conta preço, necessidade de uso, valorização, gosto pessoal, confiabilidade da marca e por aí vai. E quando essas dúvidas surgem quando ele decide a marca e o modelo e mesmo assim fica hesitante quanto à versão a optar? No caso do Fiat Fastback, ele pode escolher, por exemplo, motorização (1.0 ou 1.3 turbos), calibração diferente (caso da Abarth), tecnologia (híbrida ou a combustão) e possibilidades de customização quase infinitas.
A coluna Bigu testou por uma semana a Impetus, a mais equipada da linha e com motor turbo híbrido leve de 130cv de potência e 20,4kgfm de torque — e câmbio automático do tipo CVT com 7 simulação de sete marchas. A versão custa, no site Monte o Seu, da Fiat, 167.990 (ou R$ 10 mil a menos do cobrado pela Abarth). Ao optar por um cor metálica (muito bonita, por sinal) como a cinza Silverstone com teto preto, o consumidor precisa acrescentar R$ 1.990. Incluir o Connect Me e sensor de ponto cego exige mais R$ 3.990. Por fim, com o teto solar, mais R$ 4.990. No final, e era assim a versão testada, o comprador tem que dispor de R$ 178.960. Sem falar na aba de ofertas tentadoras de acessórios, uma das mais completas do mercado.
Mas vale checar na concessionária de sua preferência: a versão está sendo ofertada com bons descontos. O SUV cupê foi lançado em 2022 e ganhou há três meses (na linha 2026) um leve redesenho. Na verdade, a Fiat apenas adotou uma nova grade frontal, com linhas mais retas e novo acabamento em preto brilhante nas entradas de ar dianteiras. Também passou a ofertar teto solar na Impetus. O sistema híbrido veio no fim de 2024 — e basicamente nem é percebido na condução diária, a não ser via quadro de instrumentos, que mostra a atuação do motor elétrico, a regeneração e a carga da bateria. Ah, e dependendo do comportamento do motorista, ele reduz as emissões e o consumo em até 10%, segundo a marca. E ainda garante desconto ou até isenção do IPVA.
Segurança – O pacote de segurança é bom para a relação padrão-preço. Mas, em vez de quatro airbags, a versão merecia seis. Vale ressaltar que a Fiat anuncia, e sempre reforça isso, que os 4 airbags são de seis zonas de proteção: frontais e laterais de tórax e cabeça para motorista e passageiros. Os sistemas de auxílio à condução (Adas) incluem frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança involuntária de faixa, comutação automática de farol alto, monitoramento de ponto cego.
Vida urbana – Em função disso e de vários outros equipamentos de conforto e comodidade, a Impetus é a versão mais indicada para a vida urbana, para quem perde horas no trânsito em vias cada vez mais engarrafadas. Ela tem, por exemplo, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré e rebatimento elétrico dos espelhos retrovisores – bastante úteis para se estacionar em vagas minúsculas. Os bancos de couro são confortáveis; o carregador de celular por indução; por demais prático. Assim como o freio de estacionamento eletrônico com função auto hold. O painel de instrumentos digital tem tela de 7″ e o multimídia de 10″. A qualidade do som não empolga, mas também não decepciona.
Conveniências – O ar-condicionado é digital automático, mas poderia ser bizona. O porta-malas tem dimensões caprichadas, capazes de satisfazer até uma família-buscapé. São, oficialmente, 600 litros de capacidade. E, ainda, há um bom espaço interno, resultado do teto mais elevado na traseira e dos 4,44m de comprimento, e apesar das medidas do entre-eixos (2,53m) – que é menor do que o do T-Cross (2,65m). O desempenho do conjunto 1.0 híbrido é bom, principalmente nas saídas (não falei de acelerações bruscas, as clássicas arrancadas). Nas estradas, também passa segurança nas ultrapassagens.
O consumo registrado pelo próprio carro, sem que houvesse esforço ou preocupação do condutor para reduzi-lo, foi bom. O tanque, abastecido pela concessionária com etanol, nem esvaziou no período do teste, com um consumo de uns 9km/l a 10km/l (combinando com um trecho de 150km em rodovia). Com gasolina, segundo dados do Inmetro, o T200 híbrido faz 12,6 km/l (cidade) e 13,9 km/l (estrada). De qualquer forma, por mais que se aponte possibilidades de melhoria, é um sucesso: no varejo (tirando fora as locadoras, por exemplo), é o segundo modelo mais vendido da marca, superando até os ‘populares’ Mobi e Argo.
O que é híbrido leve – O sistema da Stellantis é chamado pomposamente de BSG (ou Belt Starter Generator, numa tradução livre ‘gerador de partida de correia’). Trata-se de um sistema elétrico que substitui o alternador e o motor de partida, auxiliando nesta partida e no desligamento do motor a combustão. Por isso, é também conhecido como híbrido leve. Ele não faz nenhuma roda girar, mas ajuda na assistência das acelerações e, por alguns instantes, oferece potência, poupando o trabalho do motor a combustão. É alimentado por uma bateria adicional de 12V de íons de lítio (localizada sob o banco do motorista). Nem chega a acrescentar potência e torque ao carro. Na verdade, oferta uns 4cv e 1kgfm de torque a mais. Mas recupera energia durante as frenagens e desacelerações e recarrega as baterias. O sistema start-stop (desliga o motor a combustão em paradas e religa-o rapidamente por meio do elétrico) é meio chato por desativar o ar condicionado. Não, nem adianta tentar desabilitar o start-stop. Isso não é permitido.
GWM lança o Wey 07 por R$ 429 mil – O SUV híbrido plug-in de luxo com seis lugares da GWM estreia no Brasil esta semana em versão única recheada de equipamentos e acabamento premium, focado no segmento de luxo eletrificado. O preço de R$ 429 mil vale para uma potência combinada de 517cv e impressionantes 83,62 kgfm de torque, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,9 segundos. O Wey 07 é equipado com motor a gasolina 1.5 turbo com dois elétricos (um dianteiro e um traseiro). Isso garante tração integral (AWD). A transmissão dedicada híbrida de 4 marchas foi desenvolvida pela própria GWM para maximizar a eficiência energética e o conforto de rodagem.
O sistema opera em múltiplos modos automáticos, sempre em conjunto com os dois motores elétricos: EV, HEV, Esporte, Eco, AWD, Neve, Areia, Lama e Normal. Esse conjunto propulsor trabalha em sintonia com uma bateria de lítio de alta tensão com capacidade de 42,5 kWh, permitindo que o SUV tenha uma autonomia elétrica de 128 km, segundo o Inmetro. Como virou tradição entre os híbridos da GWM, o Wey 07 possui a opção de recarga rápida e lenta. No modo DC (corrente contínua), a potência é de até 60 kW, permitindo que a bateria seja carregada de 30% a 80% em apenas 26 min, enquanto que no modo AC (corrente alternada), a bateria vá de 15% a 100% em cerca de 6h30min graças à potência admitida de até 6,6 kW.
As proporções são imponentes: 5,15m de comprimento, 1,80 metro de altura e entre-eixos de 3,05m. A capacidade do porta-malas é de 239 litros com todas as fileiras em uso, mas chega a 1.040 litros com a terceira rebatida. O modelo conta com capacidade de reboque de até 750 kg e altura livre do solo de 180 mm, com inclinação máxima de rampa de 60% (31°).
Materiais nobres – O interior do Wey 07 combina design minimalista e materiais nobres. Os bancos dianteiros contam com 12 ajustes elétricos, 8 modos de massagem (com três níveis de intensidade), aquecimento, ventilação e memória de posição. O assento do passageiro da primeira fileira oferece ainda um recurso exclusivo chamado Gravidade Zero, que automaticamente reclina o banco até a posição de 110°, que alivia a pressão na coluna de tal modo que cria a sensação de estar flutuando. Por isso, o cinto de segurança é totalmente integrado ao assento para garantir não apenas o máximo conforto de ajuste ao corpo, mas principalmente toda a segurança necessária.
A segunda fileira traz bancos com 10 ajustes elétricos, apoios de pernas e lombar, dois modos de massagem com dois níveis de intensidade, ventilação e aquecimento independentes, persianas retráteis para privacidade e uma mesinha retrátil (posicionada atrás do encosto do banco do motorista). O modelo ainda oferece Wi-Fi que permite conectar até 8 dispositivos. O pacote de segurança inclui 22 sensores (5 radares, 12 ultrassônicos e 5 câmeras), entregando um sistema de condução semi autônoma de nível 2+. O sistema de som Hi-Fi de 1.670 W RMS tem 16 alto-falantes. O SUV também traz caixa térmica com função de aquecimento e refrigeração entre -6°C e 50°C. A função Vehicle-to-Load (V2L) permite utilizar a bateria de alta tensão para alimentar equipamentos elétricos externos de até 3.300 W, como cafeteiras, laptops ou grelhas, tornando o modelo ideal para lazer e viagens.
Pulse Abarth homenageia a série Stranger Things – A Fiat é uma das parceiras comerciais da 5ª e última temporada de Stranger Things, série que é um dos maiores sucessos na Netflix. E para celebrar a parceria, a Fiat acaba de lançar a edição especial do Pulse Abarth Stranger Things. Os apaixonados pela série agora poderão levar para casa um pedaço desse universo misterioso e eletrizante do “mundo invertido”. Ao todo, serão 511 unidades — referência ao número da protagonista Eleven — disponíveis para os fãs da marca e da série. A Abarth é uma divisão esportiva da marca, focada numa melhor performance.
A série, desenvolvida exclusivamente em alusão à produção da Netflix, conta com diversos detalhes especiais que remetem à história. Na parte interna, o Pulse Abarth Stranger Things ganhou vinil e costura preta como acabamento, placa com a numeração do carro, easter egg no painel de portas do motorista, além de bancos com bordado Stranger Things. Já no exterior, faixa adesiva nas laterais que representa as garras do Demogorgon, o monstro da série, acabamento da grade inferior, cortina de ar e retrovisores em vermelho ou preto (dependendo da cor da carroceria), placa com o nome da série no motor, soleira de porta Stranger Things e nova serigrafia nos vidros, com três easter eggs de detalhes icônicos sobre a série.
A série Stranger Things, lançada pelo serviço de streaming em julho de 2016, reúne milhões de fãs ao redor do mundo e é um dos maiores fandoms do serviço de streaming. Reconhecida por um enredo envolvente, ela se passa na década de 1980 e conta com personagens que, apesar de jovens, enfrentam os desafios do “mundo invertido” com coragem. A primeira parte da 5ª temporada estreia no dia 26 de novembro. O preço não foi divulgado. A versão estará disponível para compra no dia 30 de outubro. A edição especial também será comercializada na Argentina e México.
Linha 2026 do Tiggo 7: o que muda? – A Caoa Chery apresentou a linha 2026, com novidades tecnológicas como itens de série. A principal novidade é a central multimídia de alta definição, agora presente em todas as versões do Tiggo 7. O sistema recebeu uma interface renovada, mais intuitiva e fluida, com suporte sem fio para Android e CarPlay. Também vem com comando por voz inteligente, que amplia a praticidade no uso diário. Segundo a marca, o desempenho do sistema é garantido pelo novo chip SemiDrive X9, que oferece maior capacidade de processamento e garante respostas mais rápidas e operação mais estável — um avanço que melhora a experiência de conectividade e entretenimento a bordo. Os preços não mudaram. Confira:
Sport: R$ 139.990
Pro Max Drive: R$ 169.990
Pro Hybrid Max Drive: R$ 169.990
Pro PHEV: R$ 219.990
SQ6 Sportback e-tron custa R$ 685 mil – A Audi do Brasil iniciou as vendas do SQ6 Sportback e-tron no Brasil por R$ 685 mil. Construído sobre a plataforma elétrica premium (PPE), o SQ6 Sportback e-tron utiliza dois motores elétricos que entregam potência combinada de 517cv e 81,07kgfm de torque. Ele tem tração integral quattro e acelera de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos, tem velocidade máxima limitada a 230 km/h. A bateria de íons de lítio de 800 volts permite carregamento rápido de 10% a 80% em cerca de 20 minutos, e a autonomia chega a 428 km, segundo dados do Inmetro. O modelo traz o que a Audi chama de ‘palco digital’: telas de 14,5, 11,9 e 10,9 polegadas para motorista e passageiro e um sistema de som Bang & Olufsen Premium 3D com 16 alto-falantes e 705 watts.
Paralisação das montadoras – A Anfavea, a associação brasileira dos fabricantes de automóveis, admite que a produção de veículos no país pode parar devido à escassez crítica de semicondutores. Esse problema já afeta a produção em algumas fábricas automotivas na Europa e arrisca prejudicar as operações brasileiras em questão de semanas. “A nova crise dos chips se deve a disputas geopolíticas intensificadas neste mês, depois que o governo holandês assumiu o controle da Nexperia, subsidiária de um grupo chinês que atua naquele país”, destaca a Anfavea em seu comunicado. Em resposta, a China impôs restrições à exportação de componentes eletrônicos, o que já afeta montadoras europeias. O presidente da entidade, Igor Calvet, diz que, com 1,3 milhão de empregos em jogo em toda a cadeia automotiva, é fundamental que se busque uma solução em um momento já desafiador, marcado por altos juros e desaquecimento da demanda.
Cuidados com o compressor evitam falhas do ar-condicionado – Este equipamento deixou de ser apenas um item de conforto para se tornar um componente essencial nos veículos: garante bem-estar e segurança aos ocupantes, controlando a temperatura da cabine e ajudando a desembaçar os vidros em dias frios ou chuvosos. No entanto, seu bom funcionamento depende da manutenção correta do compressor, peça central do sistema de refrigeração. Negligenciar esse cuidado pode levar a falhas precoces e altos custos de reparo.
Para evitar isso, Pedro Valêncio, supervisor de suporte ao cliente da Delphi, explica quais os cuidados durante o uso e a manutenção do componente. “Muitas pessoas acreditam que basta recarregar o gás para manter o ar-condicionado funcionando”, diz Valêncio. “Na realidade, é preciso seguir um conjunto de procedimentos — que inclui limpeza, troca de filtros, verificação de anéis de vedação e, também, a lubrificação correta do compressor.” Se o ar-condicionado começar a fazer barulho ou não resfriar adequadamente pode indicar de que algo no sistema deve estar comprometido. A emissão de odores desagradáveis pode indicar a presença de fungos ou bactérias no sistema. Ao identificar esses sintomas deve-se realizar testes específicos com ferramentas adequadas, para evitar diagnósticos superficiais.
Melhores práticas de reparo – Para substituir ou reparar o compressor, alguns procedimentos são indispensáveis:
Troca do condensador e do filtro secador/acumulador: essas peças acumulam resíduos metálicos e umidade não podem ser simplesmente limpas. A substituição é a única maneira de garantir a remoção completa de contaminantes e evitar a falha do compressor.
Substituição de filtros: esses componentes são projetados para absorver a umidade e filtrar detritos do sistema. Uma vez que o sistema é aberto, a capacidade do filtro de absorver umidade é comprometida. Não os substituir pode levar à corrosão interna e ao acúmulo de contaminantes.
Limpeza do sistema com nitrogênio: previne a entrada de umidade e a consequente corrosão interna. Deve ser utilizado um produto de limpeza específico com nitrogênio, nunca com ar comprimido. O nitrogênio é um gás inerte e seco e que não introduz umidade no sistema, diferentemente do ar comprimido que pode conter vapor d’água e causar danos futuros.
Substituição dos anéis de vedação (O-rings): sempre substituir todos os O-rings que foram desconectados. Com o tempo, eles podem endurecer, rachar ou deformar, perdendo sua capacidade de vedação. Para o procedimento é recomendável o uso de peças específicas em HNBR (Borracha de Nitrila Butadieno Hidrogenada).
Vácuo adequado: realizar um vácuo no sistema por pelo menos 30 a 45 minutos para remover o ar e a umidade, já que qualquer presença residual pode congelar, bloquear a válvula de expansão e causar corrosão interna.
Carga correta de fluido e óleo: usar apenas o fluido refrigerante e o óleo lubrificante especificados pelo fabricante do veículo e do compressor. Misturar diferentes tipos pode levar a falhas do compressor.
A lubrificação do sistema é crucial: compressores novos precisam ser devidamente pré-lubrificados, com a quantidade e o tipo de óleo corretos.
“Assim como um motor precisa estar adequadamente lubrificado antes de ser acionado, o compressor também exige atenção especial”, alerta Valêncio. A pré-lubrificação é obrigatória para evitar ruídos e falhas prematuras. Existem compressores pré-lubrificados (com óleo) e modelos secos, que requerem a adição de óleo novo antes do funcionamento. Em ambos os casos, é essencial utilizar o tipo e a quantidade corretos, conforme especificado pelo fabricante.
Para oferecer um serviço confiável, a oficina deve investir em equipamentos e rotinas de manutenção:
Inspeção e calibração de ferramentas de diagnóstico e estações de carga de refrigerante;
Verificação de mangueiras, filtros e anéis de vedação;
Testes de vácuo profundo para garantir estanqueidade do sistema;
Substituição do filtro secador a cada dois anos ou sempre que o sistema for aberto.
A manutenção adequada do compressor não é apenas um detalhe técnico: é essencial para a durabilidade dos componentes e para a satisfação do cliente. Pular etapas pode parecer uma economia de tempo, mas pode resultar em retrabalho, custos adicionais e compromete a confiança do cliente no serviço prestado pela oficina. Por isso, é fundamental as instruções do fabricante em cada etapa do processo. Além disso, aplicar as melhores práticas da indústria — como lubrificação adequada, limpeza minuciosa e substituição preventiva de componentes — melhora a qualidade do serviço e ajuda a prevenir falhas futuras.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Recife foi palco da 6ª Conferência Nacional Mapa Educação, realizada neste sábado (25), no Centro Cultural Cais do Sertão, com a presença de cerca de 300 jovens de todos os estados brasileiros. O prefeito João Campos (PSB) participou da abertura do evento ao lado da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), fundadora do Mapa Educação. Pela primeira vez no Nordeste, a conferência teve como tema “Educação, Juventudes e Tecnologia” e proporcionou um ambiente de escuta, diálogo e articulação entre jovens lideranças e gestores públicos.
Durante sua fala, o prefeito destacou a importância de políticas educacionais com planejamento de longo prazo. “Assumi quatro compromissos na educação e estamos cumprindo um a um. Duplicamos as vagas de creche, criamos um amplo programa de alfabetização na idade certa, ampliamos o ensino integral e lançamos o Embarque Digital, garantindo formação superior gratuita em tecnologia para jovens da rede pública. Se a gente faz essas quatro coisas, já fez mais do que quase todo mundo no Brasil. Mas além disso, é preciso ter um plano de voo de longo prazo e entregas rápidas que gerem credibilidade e tragam resultados práticos”, afirmou João Campos.
O gestor também ressaltou a importância do papel do terceiro setor na construção de soluções educacionais. “Hoje, o terceiro setor brasileiro da educação é o mais organizado. Temos uma espécie de cartilha, uma receita clara do que fazer. O gestor bem-intencionado sabe por onde começar. A tarefa é traduzir isso em algo palpável e garantir que vire agenda, de governo, de orçamento, de discurso. Quando vira prioridade, a cidade avança”, completou.
A deputada Tabata Amaral compartilhou sua trajetória pessoal e a motivação que a levou à política. “A educação é a principal razão pela qual entrei na política. Cresci na periferia, estudei em escola pública e fui beneficiada por políticas como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, idealizada por Eduardo Campos. Na universidade, conheci pessoas que também sentiam essa angústia com a desigualdade. Foi aí que nasceu o Mapa Educação. Eu acreditava que política era só corrupção e troca de votos, até entender que a boa política precisa ser ocupada por nós”, destacou a parlamentar.
A programação do evento segue até amanhã (26) com oficinas, rodas de conversa e atividades culturais, como o Festival da Educação. Além de João e Tabata, também participaram representantes do Conselho Nacional de Juventude, secretarias estaduais e municipais, organizações do terceiro setor e empresas ligadas à inovação e educação.