A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22), abre margem para investigar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por atos antidemocráticos, avaliam fontes da PF (Polícia Federal) e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a trama golpista na Corte, afirmam que ficou explícito o “papel central” do senador na articulação de uma aglomeração que poderia facilitar a fuga de Bolsonaro. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisDe acordo com esses interlocutores, não se descarta a abertura de um inquérito formal contra o senador, com a sua imediata convocação para se explicar oficialmente, em depoimento. O filho mais velho do ex-presidente ainda não se manifestou publicamente sobre a prisão do pai.
A PF afirmou ao Supremo que Flávio adotou “o mesmo modus operandi empregado pela organização criminosa que tentou um golpe de Estado no ano de 2022, utilizando a metodologia da milícia digital para disseminar mensagens de ataque e ódio contra as instituições.”
Ao decidir prender Bolsonaro preventivamente, ou seja, antes do início formal da pena de 27 anos e três meses de prisão, Moraes disse que Flávio “pretende reeditar acampamentos golpistas e causar caos social no Brasil, ignorando sua responsabilidade como senador”.
Para o ministro, Flávio repete a estratégia de “utilizar manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais”. Moraes diz que a vigília configuraria “altíssimo risco” para a efetividade da prisão domiciliar, da ordem pública e da aplicação da lei.
A mobilização de apoiadores do ex-presidente em frente ao quartel-general do Exército, em 2022, levou à prisão e à condenação de centenas de pessoas. O STF viu correlação entre o acampamento e os ataques de 8 de janeiro, no ano seguinte.
O vídeo de Flávio convocando para a vigília, diz Moraes, revela “o caráter beligerante em relação ao Judiciário, em reiteração da narrativa falsa no sentido de que a condenação do réu Jair Bolsonaro seria consequência de uma ‘perseguição’ e de uma ‘ditadura’ desta Suprema Corte”.
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