O período de 2020 a meados de 2022 trouxe muitos traumas ao Brasil em função da pandemia da Covid-19, que resultou em mais de 700 mil mortes em função do vírus. Naquele período, ainda no governo Bolsonaro, três médicos e um militar comandaram o Ministério da Saúde, o que gerou muita instabilidade no governo de Jair Bolsonaro. Ainda assim, o último dos titulares, Marcelo Queiroga, defende com unhas e dentes a gestão da pandemia naquele período.
“Bolsonaro não deixou faltar nada para o povo brasileiro durante a pandemia. Nós trouxemos as vacinas. Agora, a gente não ia forçar as pessoas a tomar vacina, porque não dá certo. Por exemplo, sexo forçado é bom? Não. É estupro. Não funciona. O povo brasileiro queria tomar a vacina, então esses mandados de vacinação são absolutamente errados. É por isso que eu vacinei muito mais do que a gestão petista”, declarou, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.00
Leia maisSegundo Marcelo Queiroga, algumas medidas adotadas naquele período teriam se mostrado ineficazes quando analisadas no momento atual, como o lockdown. “Aquilo foi um caos. Imagina o impacto sobre a saúde mental dos idosos presos em casa, sem poder ver seus netos. Além do impacto para a economia. Essas posições de fechamento, de lockdown, foram tomadas com base em opinião de especialistas, não de ensaios clínicos robustos, como se queria para algumas questões relativas à pandemia. Penso que não surtiu o efeito desejado. Naturalmente, quem propôs isso tinha boa intenção, mas o resultado não foi o esperado, porque a gente lida com as pessoas”, explicou o ex-ministro.
Queiroga assumiu a pasta em março de 2021, pouco após o início da vacinação, e ficou até o final do governo. Ele recordou que, no dia em que tomou posse, morreram cerca de 2.700 pessoas, e aproveitou para cutucar um de seus antecessores, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que deixou a pasta em abril de 2020, logo no início da pandemia.
“O presidente me disse que precisamos de eficiência no enfrentamento à pandemia. Porque tinha aquele primeiro ministro que só falava. Era uma mistura de papagaio com pavão: vaidoso como um pavão e falante como um papagaio. Ele passou um ano só falando e deixando o Bolsonaro ‘p’ da vida, porque ele queria efetividade. Então tratei de conquistar a confiança do presidente. Bolsonaro é um político que fala a língua do povo, tem essa capacidade. Ele ia dando uma sintonia fina das questões próprias do governo e eu traduzia isso com programas, com respaldo técnico. Por isso que em seis meses conseguimos reduzir 90% dos óbitos por Covid-19. As pessoas não falam isso. Imagina se essa gente do PT estivesse à frente do governo? Primeiro, teria tido escândalos de corrupção muito grandes, como vimos uma pequena amostra do tal Consórcio Nordeste. Eles teriam comprado vacinas de Cuba, da China. Era isso que o PT iria fazer”, disparou Queiroga.00
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