SUV Boreal: a reinvenção da Renault por até R$ 215 mil

Se você é daqueles brasileiros meio céticos com a Renault, prepare-se para uma mudança em tudo que você já viu nos produtos da marca. A Renault apostou todas suas fichas e conseguiu fazer um carro do nada ao bem próximo do “excelente” para marcar seu retorno ao mundo dos SUVs no Brasil. O Boreal vem para enfrentar esse estigma em três versões: Evolution, Techno e Iconic com preços promocionais de lançamento de 178 mil, R$ 200 mil e 215 mil, respectivamente.
O carro é bonito, arrojado e tem presença impactante — e promete dar trabalho para o Compass, da Jeep; T-Cross, da Volkswagen; e o Corolla Cross, da Toyota, seus concorrentes diretos. Tudo nele é. O diretor da marca Caique Ferreira garante: não tem uma peça que esteja sendo aproveitada de modelos anteriores. A não ser a carroceria montada na plataforma dele, do Kardian e da Niagara, uma picape média que está na linha de montagem e promete chegar no início de 2026. O motor um 1.3 turbo (flex) de 163cv e torque de 27,5kgfm. O câmbio é automático de dupla embreagem de seis marchas banhada a óleo. Ele faz de 0km/h a 100km/h em 9,2 segundos — o que garante excelente retomada na rodovia, numa ultrapassagem, por exemplo.
O Boreal também é suave e seguro na velocidade de cruzeiro, com seus vários modos de navegação — que ajudam na autonomia e na economia de combustível, com números previstos de 13,8 km por litro na estrada e 11,3 na cidade, em média. E ainda é, mesmo sendo a combustão, silencioso. O novo SUV da Renault traz tecnologia intuitiva, sendo o primeiro veículo produzido no Brasil com o sistema de infoentretenimento Google Automotive Services. O sistema de som é um premium Harman Kardon, fruto de uma parceria com Jean-Michel Jarre. Com nota A no Inmetro, o Boreal oferece a melhor eficiência energética (1,79MJ) do segmento C-SUV entre os modelos a combustão. Em suma: baixo consumo para os consumidores. Por fim, oferece cinco anos de garantia sem limite de quilometragem.
Leia maisA segurança é outro ponto relevante
O pacote de assistência ao motorista, o Adas, tem 24 itens. Entre eles, controle de manutenção dentro das faixas de circulação, controle de frenagem quando se aproxima muito do carro à frente, câmera de 360º e aviso de aproximação de pessoas, veículos e objetos quando o carro está estacionado para desembarque ou embarque de passageiros com as portas abertas. Conheças os principais equipamentos e sistemas de auxílio à condução.
- Alerta de permanência em faixa: avisa o motorista se o veículo sai de sua faixa de rodagem por meio de um alerta sonoro ou vibração do volante.
- Assistente de permanência em faixa: detecta se o veículo sai de sua faixa de rodagem e aplica uma correção no volante para ajudar o motorista a se manter na faixa.
- Assistente de permanência em faixa em tráfego contrário e com intervenção para ponto cego: atua em situações críticas, como no caso de risco de sair da estrada, presença de um veículo vindo em sentido contrário ou detecção de ultrapassagem perigosa. Alerta o motorista e corrige a direção mantendo o veículo na faixa para reduzir um eventual risco de colisão que tenha sido detectado.
- Alerta de ponto cego: detecta a presença de veículos (carros, caminhões, veículos de duas rodas, etc.) atrás e ao lado do veículo e determina se existe um possível risco de colisão. Neste caso, um sinal luminoso no retrovisor externo do lado do risco de colisão serve de alerta para o motorista.
- Alerta de saída segura dos ocupantes: Este sistema utiliza os dois radares laterais traseiros para identificar veículos vindo de trás no momento, alertando de forma visual e sonora aos ocupantes antes de desembarcarem do veículo.
- Alerta de tráfego cruzado traseiro: permite sair com toda segurança de um espaço em marcha à ré, graças aos radares laterais traseiros que detectam e alertam sobre a aproximação de obstáculos nos cantos do veículo.
- Assistente de parada de emergência: alerta o motorista de forma visual e sonora e pode desacelerar o veículo e até parar na mesma faixa de rolagem caso haja inatividade do motorista.
- Frenagem automática de emergência: alerta quando há risco de colisão, podendo acionar a frenagem se o motorista não reagir.
As três versões
Evolution – R$ 179.990
- Controle de velocidade adaptativo inteligente
- Painel de instrumentos digital de 7″
- Ar-condicionado automático e digital dual-zone
- Câmbio automático EDC de 6 marchas
Techno – R$ 199.990
- Aviso de saída dos ocupantes
- Painel de instrumentos digital de 10″ com replicação de mapa
- Cinco modos de condução (eco, comfort, sport, smart e perso), somados a todos os itens da Evolution.
Iconic – R$ 214.990
- Câmera 360º com visão 3D
- Teto solar panorâmico elétrico
- Multimídia OpenR de 10″ com Google built-in e som premium Harman Kardon® com 10 alto falantes
- Painel de instrumentos digital de 10″ com replicação de mapa
- Controle de velocidade adaptativo inteligente
- Painel de instrumentos digital de 7″
- Ar-condicionado automático e digital dual-zone
- Câmbio automático EDC de 6 marchas, mais todos os itens da versão Techno

Conheça o C10, o novo SUV de origem chinesa da Stellantis
O grupo automobilístico global Stellantis, dono da Fiat, Jeep, Peugeot, Ram e Citroën, acaba de lançar a sua nova marca, a Leapmotor. A chinesa traz produtos eletrificados e já está amparada por uma rede de concessionários e pós-venda de 36 lojas em 29 cidades. Os primeiros produtos da Leapmotor que serão vendidos na região serão os SUVs C10 Elétrico (BEV), B10 Elétrico (BEV) e o C10 Ultra-Híbrido (REEV). A Stellantis está investindo R$ 32 bilhões entre 2025 e 2030, o maior da história na indústria automotiva sul-americana.
O primeiro modelo a chegar é o C10 e é o único SUV da história do país a oferecer uma tecnologia inovadora em sua versão ultra-híbrida — dotada de um motor a combustão projetado somente para gerar energia — que, por sinal, pode ser usada para recarregar as baterias do carro ou alimentar o motor elétrico de tração. O visual de ambas (elétrica e híbrida) é idêntico. De diferente, aliás, o bocal de reabastecimento de combustível do C10 híbrido. O elétrico tem preço de lançamento partindo de R$ 190 mil. O híbrido, de R$ 200 mil. Os faróis dianteiros são de leds com tecnologia adaptativa (que ajusta a luminosidade conforme condições climáticas e tráfego) e integrados ao para-choque. Na parte inferior, faróis de neblina (também de leds) emolduram a entrada de ar equipada com persianas móveis, que só se abrem quando necessário, melhorando ainda mais a eficiência energética.
As rodas são de liga-leve de 20” escurecidas. As maçanetas, embutidas, para reduzir o atrito do carro com o ar em altas velocidades. No interior, amplo, vários detalhes interessantes, como o movimento de boas-vindas do banco do motorista, que recua eletricamente por alguns centímetros após a porta ser aberta, retornando à posição memorizada após a entrada do condutor. Para entrar no carro, basta um exclusivo cartão NFC no celular. A chave digital integrada ao smartphone permite que o veículo detecte a proximidade do condutor e abra o carro sozinho, sem a necessidade de tirar o celular do bolso ou desbloquear a tela. Ao entrar, basta aproximar o cartão NFC no console central ou colocar uma senha numérica personalizável na tela para iniciar a condução.
Espaço e comodidades – Todos os assentos adotam espumas de diferentes densidades, apoiando integralmente o corpo de seus ocupantes e garantindo conforto não importando o tempo da viagem. Os bancos dianteiros com ajuste elétrico ainda possuem um sistema completo de aquecimento e ventilação integrado, enquanto quem viajar atrás desfruta da amplitude do espaço para as pernas, graças ao assoalho traseiro plano e ao entre-eixos com mais de 2,82 metros — além de ter difusores de ar-condicionado exclusivos para a segunda fileira e dois conectores USB adicionais.
O porta-malas é de até 465 litros (435l na versão híbrida) e tampa traseira elétrica inteligente: por meio de um comando na própria tampa ou diretamente no sistema multimídia, é possível programar o limite de abertura, recurso essencial para a abertura do porta-malas em garagens com teto baixo ou vagas próximas à parede. E, no C10 Elétrico, ainda há ainda um compartimento adicional extra, na dianteira do veículo, com 32 litros de volume. Para se precaver em caso de imprevistos no trânsito, é possível acionar as quatro câmeras posicionadas na carroceria e retrovisores para realizar uma gravação contínua de 360º ao redor do carro, com armazenamento das imagens sendo feitas diretamente em um pen-drive. E o navegador on-line integrado analisa a melhor rota até seu destino, levando em conta engarrafamentos, nível de carga da bateria ao fim do trajeto e até mesmo a quantidade de semáforos em seu caminho.
O Leapmotor C10 é equipado com sistema de som com 12 alto-falantes e subwoofer para criar um áudio envolvente no padrão 7.1 (iguais aos home-theater residenciais de primeira linha) com 840W de potência e integrado ao sistema de iluminação ambiente, que pode alterar cores e intensidades das luzes conforme o ritmo da música. Microfones posicionados em pontos estratégicos permitem diferenciar qual ocupante do veículo está falando, então quando o passageiro dianteiro pedir via comando de voz para reduzir a temperatura do ar-condicionado, somente o lado direito será alterado.
Geely EX2 chega ao Brasil a partir de R$ 120 mil – O Geely EX2 acaba de ser lançado no Brasil. Líder de vendas no mercado chinês, o maior e um dos mais disputados do mundo, ele está disponível em duas versões, com preços de R$ 123.800 para a versão Pro e R$ 136.800 para a versão Max. Como tem ocorrido constantemente, há ‘condição especial de lançamento’: as versões PRO e MAX serão comercializadas por R$ 120 mil e R$ 135.100, respectivamente. Na Max, os clientes também poderão optar por um carregador do tipo wallbox. A Geely já tem no Brasil o SUV elétrico Geely EX5, lançado em julho. Elétrico, ele oferece, dependendo da versão, itens importantes como sistemas avançados de segurança (Adas), câmera panorâmica de 540 graus, banco do motorista elétrico e teto em pintura contrastante.
Gasolina: cai na distribuidora, sobe nos postos – Em outubro, o preço médio da gasolina nos postos do Brasil registrou uma leve alta de 0,32% em comparação com setembro, chegando a R$ 6,36, mesmo após a redução de 4,9% no preço do combustível para as distribuidoras, anunciada pela Petrobras e em vigor desde o dia 21 de outubro. Já o etanol registrou leve queda de 0,23% no mesmo período, recuando ao preço médio de R$ 4,40. Os números são da mais recente análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa.
Na análise por regiões, a maioria acompanhou a alta para o gasolina, com exceção do Norte, a única região a registrar queda para o combustível, de 0,15% (R$ 6,82, maior média entre regiões), e do Sudeste, que registrou estabilidade em relação a setembro (R$ 6,21, menor média entre regiões). O Sul apresentou a maior alta do período, de 0,80% (R$ 6,33). Já em relação ao etanol, apesar da queda na média nacional, a maioria das regiões registrou altas, com destaque para o Centro-Oeste, com aumento de 1,81% (R$ 4,50). Apenas o Nordeste teve queda para o biocombustível no período, de 0,20%, fazendo com que a média da região chegasse a R$ 4,93.
Mercado automotivo: melhor do que em 2024 – O setor automotivo deve fechar 2025 com resultados melhores do que no ano anterior, segundo a nova edição da Análise Setorial, elaborada pelo Data OLX Autos, fonte de inteligência automotiva do Grupo OLX. Segundo o estudo, as vendas de carros novos acumuladas em 12 meses a contar de setembro cresceram 6,1% e a produção subiu 8,9%. O desempenho indica que, caso as vendas e a produção do último trimestre se mantenham nos patamares de 2024, devem superar as projeções das entidades de classe (Fenauto e Anfavea).
O mercado externo também merece destaque. Segundo o estudo, após um ano e meio de saldos negativos no comércio de veículos de passageiros com outros países, voltamos a ter superávit no resultado acumulado em 12 meses em agosto e setembro deste ano. A principal explicação para a reversão do déficit é o elevado crescimento das vendas para a Argentina. “Os dados mostram um setor resiliente, a despeito dos desafios impostos pelas altas taxas de juros, que afetaram negativamente o mercado de crédito para aquisição de automóveis”, afirma Flávio Passos, VP de Autos do Grupo OLX.
Juros e tarifaço – Quanto à conjuntura macroeconômica, o documento mostra que, após quase seis meses do início da guerra comercial no cenário global, o setor automobilístico brasileiro não foi significativamente afetado. No setor automotivo, o programa Carro Sustentável influenciou na queda da inflação de veículos novos. Já a inflação de carros usados permaneceu relativamente estável, com 1,44% em setembro. Os juros para financiamento de veículos se encontram em patamares superiores ao do ano passado, apesar de quedas recentes nas taxas para pessoas físicas e jurídicas.
Isto se relaciona principalmente ao valor da Selic, em 15% desde setembro de 2024. A concessão de crédito real para a compra de automóveis começou a apresentar redução em março para pessoas físicas e em fevereiro para jurídicas. No comparativo com dezembro de 2024, houve recuo de 2,5% e 6,5% em agosto para os dois perfis, respectivamente. Os financiamentos de automóveis e comerciais leves concedidos de janeiro a setembro de 2025 caíram 2,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Por outro lado, os financiamentos de veículos novos subiram 2,7%, enquanto os de veículos usados caíram 3,2%.

GWM bate novo recorde – A GWM Brasil registrou em outubro o melhor resultado de sua história no país, com 5.228 veículos comercializados, marcando o quarto recorde mensal consecutivo de 2025. Pela primeira vez desde sua chegada, a marca ultrapassou a barreira dos 5 mil carros vendidos em um único mês. Com isso, a GWM mantém a liderança absoluta no segmento de híbridos, impulsionada pelo Haval H6, que registrou 3.374 unidades vendidas, consolidando-se como o modelo híbrido mais comercializado do Brasil. “Isso mostra que nossa estratégia está no caminho certo”, afirma Diego Fernandes, COO da GWM Brasil. No acumulado de janeiro a outubro, a GWM apresenta crescimento de 34% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o mercado automotivo nacional avançou apenas 1%.

Tera é o carro de passeio mais vendido – A Volkswagen do Brasil fechou o mês de outubro com novo integrante na liderança. Com apenas cinco meses de mercado, o Tera assumiu a primeira colocação entre os carros de passeio no Brasil com 10.161 unidades emplacadas. Outros três modelos da VW marcaram presença no Top 10 de vendas: Polo, T-Cross e Saveiro. No comparativo com setembro, o aumento foi de 33% nas vendas e, desde junho, já são mais de 27 mil unidades vendidas. Ao todo, a Volkswagen do Brasil alcançou 16,8% de market share no mês de outubro, somando 41.769 carros entregues. Mesmo com o seu irmão menor assumindo a liderança, o T‑Cross segue como o SUV mais vendido do Brasil no acumulado do ano, com 73.102 unidades emplacadas em 2025 (janeiro-outubro). E mesmo com uma parada de produção no mês de setembro, o modelo retomou as vendas e já apresentou um aumento de 50% nos resultados de vendas em outubro, fechando o mês com 7.113 emplacamentos.

Correia dentada banhada a óleo: manutenção e cuidados: Com a popularização dos motores de menor cilindrada nos automóveis lançados nos últimos anos, algumas tecnologias ganharam destaque no mercado. E a correia dentada banhada a óleo é uma delas. Desenvolvida para oferecer mais eficiência e durabilidade, sua manutenção exige o cumprimento rigoroso das recomendações do fabricante. No entanto, a frequência de falhas registradas em alguns motores tem feito com que o sistema ganhe destaque entre reparadores e proprietários. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, Marlon Dias, coordenador técnico da Takao, marca de componentes para motor, explica os aspectos mais importantes relacionados ao funcionamento e à manutenção deste componente.
Funcionamento – O sistema de correia dentada banhada a óleo consiste na instalação da correia de sincronismo, responsável por coordenar o movimento entre o virabrequim e o comando de válvulas, imersas no óleo lubrificante do motor. Essa configuração reduz o atrito entre as partes móveis, promovendo menos vibração e ruído durante o funcionamento. Diferentemente das correias “secas”, que operam fora do cárter, as versões banhadas a óleo são fabricadas com compostos especiais de borracha sintética e fibras resistentes à ação química do lubrificante. O contato constante com o óleo diminui o atrito interno e melhora a dissipação de calor, contribuindo para o desempenho geral do motor. Em comparação com as correntes metálicas, o conjunto é mais leve, o que favorece o consumo de combustível e a dirigibilidade.
Maior durabilidade – Outra vantagem em relação à corrente de comando é a maior durabilidade. Em alguns casos, o intervalo de substituição indicado pelo fabricante pode superar 200 mil quilômetros, permitindo longos períodos de uso sem necessidade de intervenções mecânicas, o que facilita a manutenção e reduz custos para o proprietário. Entretanto, para usufruir plenamente destas vantagens, cuidados específicos devem ser observados, principalmente no que se refere ao óleo lubrificante. “A correia banhada a óleo é eficiente e moderna, mas exige disciplina. O óleo precisa estar sempre dentro das especificações da montadora, e os intervalos de troca não podem ser negligenciados. Caso contrário, o risco de falha é alto”, alerta Marlon Dias. “Essa peça trabalha imersa no óleo do motor e, por isso, precisa de uma composição resistente à corrosão provocada pelo lubrificante”, complementa.
Troca de óleo – Para garantir mais durabilidade, as correias são produzidas com compostos de borracha e materiais como aramida e polímeros de alta resistência térmica. No entanto, o descumprimento do prazo de troca ou o uso de óleo fora da especificação indicada pelo fabricante comprometem a integridade do componente, podendo causar falhas em todo o conjunto motriz. “Partículas, aditivos incompatíveis ou atrasos na troca do óleo podem acelerar a degradação da correia. Fibras soltas podem obstruir o pescador do óleo, causar danos ao sistema de lubrificação e, consequentemente, afetar o virabrequim, as bronzinas e outros componentes do motor”, explica o coordenador técnico da Takao. O mau funcionamento da correia banhada a óleo pode ser identificado por alguns sinais, como o acendimento da luz de óleo no painel durante o funcionamento do motor ou a presença de partículas estranhas no lubrificante. Quando isso ocorre, o prejuízo pode ser elevado, comprometendo toda a integridade do conjunto mecânico.
Ações específicas – A substituição da correia banhada a óleo requer procedimentos específicos: é necessário drenar completamente o óleo do motor, remover os componentes que dão acesso ao sistema — como coxim do motor, filtros e carcaça da correia — retirar a correia antiga e o tensor e, em seguida, instalar as novas peças (correia, tensor e juntas). Depois, realiza-se a limpeza completa do sistema de lubrificação e o reabastecimento do motor com o lubrificante indicado pelo fabricante. Por fim, faz-se a remontagem de todos os itens na ordem inversa da desmontagem. Segundo o especialista, esse é apenas o procedimento básico para substituição da correia, sem considerar os possíveis danos já causados ao motor.
Lubrificantes corretos – A compatibilidade química entre o óleo e o material da correia é fundamental. O uso de lubrificantes fora da especificação, mesmo que de boa qualidade, pode causar inchaço, descolamento de dentes ou desfiamento das fibras, levando à falha prematura do sistema. “Não adianta usar um óleo com a mesma viscosidade do lubrificante original. É preciso obedecer a todos os parâmetros de uso, incluindo a norma SAE e os padrões de aprovação adotados pela montadora”, reforça Marlon. Essas informações estão disponíveis nos manuais dos veículos e devem ser rigorosamente seguidas para garantir a utilização do lubrificante correto. Isso preserva a integridade das peças após a troca e evita danos ao conjunto. O especialista ainda destaca a importância de utilizar apenas produtos homologados pelos fabricantes, de origem reconhecida e adquiridos em distribuidores e estabelecimentos confiáveis.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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