Por José Adalbertovsky Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA — O tempo é uma curva no espaço, como diria meu colega o gênio Adalbert Einstein, e o 8 de janeiro foi um ponto fora da curva, mas ainda não acabou. O julgamento da intentona direitista acendeu ainda mais a fatídica data. A existência de quatro generais de estrelas gemadas na cadeia é um fato sem precedentes em nosso País desde o golpe da proclamação da República em 1889.
Esta é uma curva ainda não pacificada. Mais que uma fotografia na parede, esses personagens possuem almas, vísceras e coração e somam, cada um, mais de 40 anos dedicados à instituição do Exército. Impossível zerar do dia para noite esses personagens e suas circunstâncias. 20 anos ou mais de cadeia é uma eternidade. Ou haverá anistia, ou indulto ou revisão de penas.
Leia maisHoje é o dia seguinte mas o 8 de janeiro continua. Só acabou para o caboeta Mauro Cid, que saiu de boa com o sistema. Ser magnânimo engrandece a alma dos vitoriosos, e o tempo dá muitas voltas no espaço.
Bolsonaro é apenas uma fotografia na parede, mas mexe com os móveis na sala. É assombração. A condição de prisão domiciliar para ele é considerada um privilégio. Vai de prisão numa sala da Polícia Federal, de onde assusta menos. Mesmo assim continua a mover os móveis na sala. Em 2018, em Curitiba, Lula tinha direito a dar entrevistas e receber os carinhos da namorada. Só não podia ser candidato. Por isso, indicou o poste Haddad.
Quem será o Haddad de Bolsonaro? Os móveis estão se movendo na sala em torno de Tarcísio de Freitas. A diferença é que este não é um poste, tem luz própria. É um poste que pode até assustar. Há de ser palatável para o sistema.
O guru da seita vermelha também é um retrato na parede. Conquistou o tricampeonato, o que não é pouca coisa. Se tivesse uma gotícula de pudor, se recolheria ao seu triplex para cuidar do pescoço fraturado e da garganta enferrujada. Mas, continua na cena do crime, quer ser tetra, para completar a missão de falir todas as estatais, sua grande meta, em nome do socialismo igualitário, assim como faliu os Correios. Depois quer ser penta, hexa, que é um luxo, até igualar-se ao reinado de Dão Pedro II, o mais longo da história, com 49 anos no poder. Considera-se o insubstituível.
Neste era Tramp anti-esquerda, não haverá mais dólares da CIA nem da Usaid, ele já padece da fadiga dos materiais e arrisca-se a sofrer uma derrota humilhante.
LIXO IDEOLÓGICO — O ditador narcotraficante da Venezuela tá demorando em obedecer ao comando do imperador Donald Tramp para pegar o beco e sumir no oco do mundo. É mantido no poder pelos generais corruptos da PDVSA. Ele é responsável pela maior tragédia humanitária do Continente, com 6 milhões de degredados nas fronteiras, além de devastar a economia do País. Todo castigo é pouco para esse criminoso de guerra. Não fossem as eleições do próximo ano, seria acolhido fraternalmente pela caterva vermelha em nosso País.
*Periodista, escritor e quase poeta
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