GWM traz novo SUV, agora de 7 lugares, e uma picape a diesel

A chinesa GWM fechou o primeiro semestre de 2025 com crescimento nas vendas muito acima da média do setor automotivo brasileiro. No período, registrou 15.261 veículos emplacados — um aumento de 19,9% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram vendidas 12.730 unidades. O desempenho é ainda mais relevante considerando que o mercado de veículos leves cresceu 3% — o que evidencia um avanço da GWM sete vezes a mais que a média do setor.
Mesmo assim, ele não para de agitar o universo automobilístico brasileiro. Para entrar no segmento das picapes, por exemplo, a marca trouxe a Poer P30. A diferença é que ela tem apenas motorização turbodiesel, mais a tração 4×4 mecânica com reduzida e bloqueio de diferencial – semelhante às demais veteranas concorrentes da categoria. É, por sinal, o primeiro produto da GWM sem eletrificação à venda no mercado brasileiro — como Toyota Hilux, Ford Ranger, Chevrolet S10, Fiat Titano e por aí vai. Preços? R$ 240 mil pela versão Trail e R$ 260 mil pela Exclusive.
O motor é um 2.4 turbodiesel de 184 cv (com tração 4×4) e 48,5kgfm de torque — e logo a 1.500rpm (sendo que 50% do máximo já está disponível a 1.000rpm), fazendo de zero a 100 km/h em 11,2 segundos. O câmbio é automático de nove marchas. Na apresentação do modelo, a GWM ressaltou que é referência mundial em picapes, com mais de 2,65 milhões de unidades vendidas globalmente e com a impressionante marca de 50% de participação no mercado chinês, o maior do mundo. Por lá, a linha Poer é líder do segmento há 27 anos consecutivos.
Leia maisDimensões e capacidade – A Poer tem 5,42m de comprimento e entre-eixos de 3.230mm. É um pouco maior do que as concorrentes (a Ranger, por exemplo, tem 5,37m. Tem 3,20 m de distância entre-eixos. A caçamba tem volume de 1.248 litros, com capacidade de carga de 1.010kg. O tanque de diesel de 78 litros e o reservatório de Arla 32 de 15 litros garantem autonomia estendida.
Garantia – É de 10 anos — a mesma oferecida pela Toyota, embora mais ampla. As duas marcas ofertam esse prazo para motor, transmissão, eixos, freios, caixa de direção e ar-condicionado. Para os demais componentes, o prazo é diferente entre as duas marcas. Na Toyota, itens como suspensão, volante, acabamentos internos, borrachas, cintos de segurança, painel de instrumentos e central multimídia têm garantia de apenas três anos. Na GWM, o prazo sobe para cinco anos.
Fábrica em Iracemápolis – A Poer P30 marca a inauguração da fábrica da GWM em Iracemápolis (SP), a primeira unidade produtiva da marca nas Américas e no Hemisfério Sul, e a terceira fora da China com base completa de produção — as outras estão localizadas na Rússia e na Tailândia. Com área total de 1,2 milhão de m² e 94 mil m² de área construída, a unidade possui atualmente capacidade para produzir 50 mil veículos por ano. É resultado de um investimento de R$ 10 bilhões até 2032.

Haval H9, de 7 lugares – A GWM também aproveitou o lançamento da Poer para mostrar seu novo SUV, o Haval H9. Ele tem 7 lugares e foi projetado para todos os terrenos. Foi desenvolvido ao longo de 6 milhões de quilômetros de testes em 76 tipos de terrenos ao redor do mundo. E estreia com um grande diferencial: um pacote completo de itens de segurança (que incluem controle de cruzeiro adaptativo com Stop & Go, alerta de ponto cego, assistente de permanência em faixa, frenagem autônoma de emergência e monitoramento de tráfego cruzado traseiro).
As vendas do Haval H9 começaram na sexta-feira (12) tanto no site oficial da marca quanto na rede de concessionárias, com preço promocional de R$ 309 mil para a versão única Exclusive TD480. A partir do dia 20 de setembro, o preço será de R$ 319 mil. O Haval H9 vem com motor 2.4 turbodiesel de 184cv e 48,9kgfm de torque, associado à transmissão automática de 9 marchas. E o mais interessante: 50% do torque total já está disponível a apenas 1.000rpm e 100% a 1.500rpm. O modelo traz tração integral 4×4, bloqueio de diferenciais (dianteiro e traseiro), caixa de redução e sete modos de condução para enfrentar desde o asfalto até trilhas severas.
Recursos exclusivos, como a função “Tank Turn”, que reduz o raio de giro em até 1,5 metro, e a visão panorâmica 540° com chassi transparente, tornam o SUV ainda mais versátil. Sua capacidade off-road é reforçada por ângulo de ataque de 31°, saída de 25°, altura livre do solo de 224 mm e habilidade de vencer rampas de até 57% (29,7°) e a maior capacidade de imersão da categoria, de até 800 mm.
Chega o chinês Spark, da Chevrolet – A General Motors já começou o processo de pré-venda do Spark no Brasil. O mini SUV, feito na China, tem como alvo os também chineses BYD Dolphin e GWM ORA 03 — embora seja menos potente. O preço, por sinal, está condizente com os dos rivais: R$ 160 mil, igual ao do Dolphin e R$ 10 mil a menos do que o GWM. Com uma bateria de 42 kWh, o Spark tem um motor elétrico capaz de gerar 101cv de potência e 18,4mkgf de torque — e é capaz de rodar 258km com um abastecimento, segundo o Inmetro.
Para chamar mais a atenção do consumidor, o pequeno Spark tem vários assistentes de condução semiautônoma, como o controle de cruzeiro adaptativo em curvas e assistentes de permanência e centralização e correção de rota. São três pacotes de personalização visual (Trail Motion, Rush e XR) e seis cores disponíveis para a pintura da carroceria, além de opções bege e preta para o interior — que, aliás, é conservador, com duas telas: uma para o quadro de instrumentos, de 8,8’’; e outra, de 10,1’’, para a central multimídia.
O segmento de carros elétricos, como se sabe, é o que mais cresce no país e vai superar as 70 mil unidades em 2025, com 3,6% de participação no mercado de automóveis de passeio. Mas a Chevrolet patina nele: no máximo, vendeu 100 unidades até agosto. Daí a grande aposta no Spark. Ele tem dois porta-malas: o traseiro, de 355 litros (ou 916 litros com os bancos rebatidos); e o dianteiro, sob o capô, de 35 litros. A tampa traseira tem abertura lateral.

Golf GTI: o sucesso das vendas – A Volkswagen já garantiu pelo menos R$ 150 milhões só com só a reserva do primeiro lote (350 unidades) do novo Golf GTI. E isso em um fim de semana. O chega em duas versões: uma, com bancos xadrez e resfriamento, custa R$ 430 mil; outra, com bancos em couro Vienna com aquecimento e resfriamento, sai por R$ 445 mil. A estratégia de venda pareceu a de uma Ferrari, com personalização total. Só clientes que já tiveram esportivos da marca no passado, seja GTS, GLI ou GTI, podiam fazer a reserva — e apenas numa concessionária física. “Isso mostra que estamos na direção certa”, avaliou Ciro Possobom, presidente e CEO da Volkswagen do Brasil.
A lista de espera supera 400 clientes até o momento. O Golf GTI traz o motor EA888, agora renovado na geração Evo4, produzindo 245 cv de potência e 37,7kfgm de torque no conjunto 2.0 turbo de quatro cilindros. São 15 cv extras de potência, com aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 6,1 segundos. Ele também está 3km/h mais rápido no teste de slalom. Diante dessa procura, a VW abriu um segundo lote, ainda mais restrito e com apenas 150 unidades. “Imaginamos vender esses carros em apenas poucas horas”, diz o executivo.
Serão, portanto, 500 carros reservados em 2025, com entregas programadas para o ano que vem. As unidades já estão devidamente prontas para o Brasil, com o ajuste de suspensão correto, programa de emissões de acordo com a homologação brasileira e todas as validações necessárias da engenharia da Volkswagen do Brasil. A compra do Golf GTI 2026 inclui a participação no GTI Experience Club, programa voltado exclusivamente para os compradores do modelo. O clube oferece kit de boas-vindas, identidade visual exclusiva e acesso a eventos de pista e experiências de condução organizadas pela marca.

Vem aí o novo Omoda 5 híbrido – A Omoda & Jaecoo, marca do Grupo Chery, se prepara para a chegada do Omoda 5 ao mercado brasileiro. O modelo trará um design ousado, principalmente da grade integrada e combinada a pontos em gradiente, criando um visual com efeito tridimensional. Na frente, o primeiro modelo 100% híbrido da O&J a ser oferecido no território nacional é realçado pelos DRLs em forma de lâmina. O modelo faz sua estreia no Brasil ainda no último trimestre deste ano.O Omoda 5, alternativa ao SUV-cupê elétrico já à venda (por R$ 110 mil), usa motor 1.5 turbo combinado a um sistema elétrico que dispensa recarga na tomada. São 203 cv e 31 kgfm no total. O foco de ‘combate’ é o Toyota Corolla Cross híbrido — mantendo até a mesma faixa de preço.
Novo RS Q8 Performance em pré-venda – A Audi do Brasil anunciou o início da pré-venda do novo RS Q8 Performance, linha renovada da versão esportiva do utilitário de alto luxo da marca das quatro argolas. Preço? Exatos R$ 1.295.990 — e exclusivo para as primeiras 30 unidades. O modelo chega em versão única e, de fato, oferece desempenho impressionante, conta com freios de cerâmica de série, rodas com aros de 23 polegadas e uma extensa lista de equipamentos.
Além disso, o modelo conquistou em junho de 2024, guiado pelo piloto alemão Frank Stippler, que obteve a marca de 7:36.698, o recorde de SUV com a volta mais rápida no lendário circuito de Nürburgring, na Alemanha. O RS Q8 é equipado com motor 4.0 biturbo V8 de 640 cavalos 86.67kgfm de torque. O veículo oferece eixo traseiro dinâmico, diferencial esportivo quattro e suspensão pneumática com ajuste esportivo, além de transmissão é Tiptronic de oito velocidades. O conjunto mecânico permite ao utilitário esportivo de alto luxo acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos, além de atingir a velocidade máxima de 280 km/h (limitada eletronicamente), ou até 305 km/h (opcionalmente). Trata-se do motor à combustão mais potente já fabricado na história da Audi Sport.

Toyota lança a Hiace, a “van da Hilux” – A Toyota do Brasil acaba de entrar no estratégico mercado brasileiro de vans. E com a Hiace, modelo consagrado globalmente e com 58 anos de tradição e mais de 6 milhões de unidades vendidas em mais de 150 países ao longo de seis gerações. Ela oferece até 10 anos de garantia e as três primeiras manutenções gratuitas. Neste primeiro momento, a Hiace será ofertada na versão Minibus com 15+1 lugares por R$ 365 mil. As demais opções Furgão, Ambulância e Refrigerada/Isolada chegarão a partir de novembro.
O modelo se destaca pela altura de 2,28 m, abaixo do vão livre que costuma ser adotado para garagens de edifícios comerciais e residências (2,40 m), facilitando o uso urbano. Com 16 assentos distribuídos estrategicamente para ampliar a área de circulação dos ocupantes, a Hiace Minibus oferece bancos reclináveis, saídas de ar-condicionado individuais no teto, alças de apoio e uma última fileira rebatível, ideal para o transporte eventual de cargas e bagagens. A van usa o motor 2.8 turbodiesel de 174 cv de potência e torque de 45,8 kgfm, com médias de consumo de 8,5 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada, segundo dados do Inmetro. O câmbio é automático de seis marchas com opção de trocas manuais – o mesmo utilizado na Hilux.
Mudanças no Ram Connect – O conjunto de serviços conectados da Ram agora está disponível para todas as picapes à venda no Brasil, em três pacotes: o Safe, com funcionalidades de segurança e socorro inteligente; o Smart Control, que inclui controle à distância e mapa inteligente; e o Premium + Wi-Fi, mais completo. Outra novidade é quanto às funcionalidades essenciais (atualização remota de software, informações e status de saúde da picape, modo privado e notificações na central multimídia), que passam a ser disponibilizados de forma gratuita aos clientes por cinco anos (anteriormente 3 anos).
Já o Wi-Fi embarcado permite conectar até oito dispositivos simultaneamente via hotspot.

Cinco dicas para proteger a pintura do veículo – Mais do que estética, a pintura do carro atua como uma barreira de proteção contra corrosão e danos externos, preservando também o valor de revenda do veículo. Com o tempo, a exposição aos raios ultravioletas, a poluição, fezes de aves, galhos de árvores e até lavagens inadequadas, podem comprometer o brilho e a integridade da camada protetora. Para Marco Lisboa, CEO e fundador da KoalaCar, uma microfranquia de limpeza a seco de veículos, proteger a pintura é um investimento que evita prejuízos futuros e polimentos corretivos. “Assim como é de costume fazer uma revisão no carro, trocar os pneus e se atentar a parte mecânica, cuidar da pintura também é preciso e são os pequenos descuidos que aceleram o desgaste e reduzem o brilho do carro”, explica Marco, que separou 5 dicas essenciais para manter o veículo impecável:
Lavagem adequada – Evite detergentes domésticos, que removem a camada de cera protetora. Use produtos próprios para esse tipo de superfície ou opte por fazer a limpeza a seco, que além de eficiente e prática para remover sujeiras, também evita o desperdício de água.
Proteja contra o sol – A exposição excessiva à radiação UV pode causar o desbotamento da cor da pintura do carro, deixando-o com uma aparência opaca e envelhecida. Além disso, pode acelerar o processo de oxidação da coloração, o que leva a manchas e corrosão. “É possível encontrar no mercado uma super cera que cria uma película de proteção sobre a lataria, vedando os microporos da pintura. Isso reduz os danos causados pela exposição aos raios solares, sendo ideal para quem costuma deixar o carro estacionado ao ar livre durante todo o dia. Para quem já está com a tintura do veículo prejudicada, é possível fazer o polimento para reavivar a cor e o brilho da lataria, além de eliminar riscos”, diz Lisboa
Remova sujeiras – Fezes de pássaros, partículas de árvores, respingos de asfalto e manchas de insetos devem ser removidos rapidamente, pois contêm agentes ácidos que podem marcar a pintura se ficarem por muito tempo.
Faça aplicação de selante – O selante sintético tem durabilidade maior e resistência extra na lataria. A reaplicação varia entre dois e seis meses e reforça a proteção da pintura.
Use acessórios de qualidade – Panos ásperos ou sujos provocam microarranhões no veículo. Prefira toalhas de microfibra limpas e macias, e troque-as regularmente para evitar contaminação cruzada. Para Marco Lisboa, o segredo está na prevenção: “Cuidar da proteção contra UV e da manutenção do veículo não só prolonga a vida útil dos componentes, como também ajuda a manter a estética em boas condições. Quanto menos a camada de verniz sofre, mais tempo o carro mantém a aparência de novo”, reforça.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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