Ex-comandante do Batalhão de Choque de Pernambuco e conhecido pela linha dura nas operações policiais, o hoje deputado federal Coronel Meira (PL) integra a chamada “bancada da bala” na Câmara. O parlamentar recentemente lançou outdoors em Pernambuco inflando a população a completar a frase de que “bandido bom é bandido”. Em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, ele ressalta que a segurança é uma bandeira histórica, anterior ao mandato que assumiu em janeiro de 2023.
“Eu hoje faço parte com muita honra da bancada da bala. Sempre defendi e defendo esse lema (bandido bom é bandido morto), mas estou dando uma oportunidade ao povo pernambucano. Pode botar bandido “solto”, “preso” ou “morto”. Esse é um lema que a gente defende. Bandido para mim é um custo enorme. Enquanto o cidadão brasileiro, mulher ou homem que acorda de madrugada, ganha um salário-mínimo de R$ 1.500, sacrificado, e que com esse salário tem que comprar gás, tem que comprar tudo. E você vê os bandidos que mataram, que estupraram, que fizeram de tudo de terror da população recebendo um recurso bem maior, com as cinco ou seis refeições garantidas na prisão. Tem presídio aí que dá lanchinho da tarde, com banho de sol, com encontros íntimos. Não pode”, disparou.
Leia mais“Sou favorável à educação, à polícia preventiva, sou favorável de que as crianças sejam recuperadas, e sou favorável para que aquele cidadão que fez um furto pequeno tenha uma oportunidade de ganhar seu dinheiro certo. Agora, eu defendo as vidas do povo, do cidadão, da mulher, do homem, da criança, do jovem. São vidas ceifadas, e aí vem esse presidente dizer que quem rouba um celular é um crime de menor potencial, que muitas vezes é para comprar uma cervejinha. Isso é uma coisa terrível. Queria que fosse um parente dele”, completou Meira.
Sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que culminou em mais de uma centena de mortos, o deputado criticou o governo federal por não ter acionado a Garantia da Lei e Ordem (GLO) para que o Exército pudesse agir na capital carioca. “Era para o governo federal ter instalado a GLO no Rio de Janeiro, porque é uma guerra civil. Agora, instalou no Pará, para proteger, onde está acontecendo a COP-30. Lá é necessária a GLO. Tem que ter a Marinha, o Exército e a Aeronáutica protegendo quem esteve lá”, condenou.
“Minha posição é bem clara. Lula é um bandido. E bandido não gosta de polícia. Eu sou polícia. A minha vontade muitas vezes se por acaso encontrar Lula é passar algema. Porque o cara é bandido, você acha que bandido pode achar boa uma operação legítima e correta, dentro das técnicas todas que foram feitas? Quantas crianças morreram nessa operação? Quantos pais de família, quantas mulheres? Zero. Só morreu bandido, foram 120 abatidos e 80 presos. Teve presos que ninguém fala. E mataram quatro pais de família, os policiais. O que eu estou falando aqui é defesa da vida do cidadão que trabalha, do homem e da mulher”, concluiu.
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