O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, oficializou neste sábado (21.jan.2023) a demissão do comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, de 62 anos.
Múcio se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início da noite deste sábado para tratar do assunto. Depois do encontro, o ministro apresentou o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, de 62 anos, como substituto de Arruda no comando do Exército.
Lula se encontrou com novo comandante do Exército, general Tomás Miguel. Em seu perfil no Twitter, publicou:
Na manhã deste sábado (21.jan), Lula articulou a demissão de Arruda por telefone com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Eram pouco mais de 6h da manhã e ambos decidiram juntos que o melhor a ser feito seria dispensar o até então comandante do Exército.
Leia maisO ministro da Defesa não quis correr o risco de criar uma crise semelhante à que se formou por causa de acampamentos de extremistas em frente a QGs do Exército pelo país. Decidiu que uma atitude mais imediata deveria ser tomada por conta de uma resistência enxergada no comportamento do general Arruda.
A principal causa do desligamento de Arruda foi uma acusação de caixa 2 contra o tenente-coronel Mauro Cid durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo apurou o Poder360, o ex-comandante queria manter a nomeação do militar para comandar o 1° BAC (Batalhão de Ações de Comandos) em Goiânia (GO), a partir de fevereiro de 2023. Lula, por outro lado, queria que a promoção do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fosse revogada por conta das acusações.
OUTRAS DEMISSÕES
Além do caso do tenente-coronel Cid, o general Arruda também resistia a trocar outros oficiais que ocupam cargos estratégicos. Um deles, segundo apurou o Poder360, é o general Dutra (Gustavo Henrique Dutra de Menezes), que comanda desde abril de 2022 o Comando Militar do Planalto.
Outro que deve perder o posto é o tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora, chefe do Batalhão da Guarda Presidencial. Fernandes teve uma discussão registrada em vídeo no 8 de Janeiro dificultando a prisão de vândalos dentro do Palácio do Planalto.
Lula e José Múcio queriam o afastamento de Fernandes, mas o general Arruda resistia.
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