Visitar Curitiba, a charmosa capital do Paraná, a primeira etapa de encantamento está em Santa Felicidade, o bairro da gastronomia e dos agitos da vida noturna. É lindo, maravilhoso, repleto de opções para quem aprecia uma boa mesa. Com estilo europeu, pela arquitetura e casarões, Santa Felicidade surgiu no ano de 1878 com a chegada de imigrantes descendentes dos primeiros colonizadores italianos do século XIV.
Durante décadas, esses colonizadores foram responsáveis pelas características econômicas e culturais do bairro. Por esse motivo, Santa Felicidade se tornou um grande centro turístico que atrai milhares de visitantes devido sua fama nacional e internacional. Ao todo, 16 áreas residenciais envolvem a região, incluindo o próprio bairro Santa Felicidade, que fica a 7km do Centro.
Leia maisTudo começou no antigo caminho que ligava a capital ao velho norte do Estado, hoje conhecida como Estrada do Cerne. Em sua formação histórica, Santa Felicidade atraiu muitos colonos vindos do norte da Itália, especialmente das regiões de Vêneto e Trento. Os imigrantes dedicaram-se inicialmente à produção de queijos, vinhos e hortigranjeiros.
Além disso, o nome do bairro é uma homenagem para uma antiga proprietária de terras da região no século XIX, a portuguesa Dona Felicidade Borges, que doou parte de suas terras para os imigrantes italianos. Em 1891, atendendo à forte religiosidade dos imigrantes italianos, foi edificada a Igreja São José, em Santa Felicidade.

Em 1899, construiu-se a primeira escola. Na virada do século XIX para o século XX, a região já era habitada por cerca de 200 famílias. Mas algumas construções dessa época ainda existem na região, como a Casa Culpi, a Casa dos Arcos, a Casa dos Gerânios e a Casa das Pinturas. O Santa Felicidade é um bairro de fácil acesso e mobilidade, seja com carro de passeio ou até mesmo utilizando transporte público coletivo, é muito tranquilo para moradores e para visitantes que desejam conhecer todos os pontos turísticos presentes no local.

Por ser um verdadeiro ponto turístico de Curitiba, o bairro Santa Felicidade possui diversas opções de cultura e lazer que são considerados referências históricas. O Bosque Italiano, também conhecido como Bosque São Cristóvão, abriga o Memorial de Imigração Italiana, uma homenagem aos imigrantes italianos que transformaram o bairro em uma referência gastronômica em Curitiba.

Além disso, o local conta com espaços para realização de festas típicas, barracas, polenteria e palco para apresentações. Já a Casa Culpi, construída por Giovanni Baptista Culpi em 1887 para ser residência e comércio de secos e molhados, é conhecida como uma edificação histórica e, atualmente pertence à Prefeitura municipal de Curitiba que a transformou em um Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
Conhecida pelo sobrado Nona Carolina, a Casa dos Gerânios, por sua vez, foi construída em 1891 por Nicolau Boscardin, um dos primeiros moradores da região a se destacar no bairro. A casa sempre chamou atenção por apresentar características rurais, como a cobertura de telhas alemãs e beiral de cimalha.
O sobrado ficou conhecido como Casa dos Gerânios porque o enfeite das janelas era feito com ervas e arbustos de gerânios. Mas, além dos pontos turísticos, o bairro abriga alguns clubes de futebol amador, como Trieste Futebol Clube, Sociedade Operária Beneficente Iguaçu e Associação Beneficente Esportiva Flamengo.

Comida boa é o que não falta em Santa Felicidade, por ser um bairro de cultura italiana, ele acabou se tornando um importante polo gastronômico, com diversas opções de restaurantes italianos, além de muitas vinícolas. O Madalosso, onde almocei hoje com minha Nayla Valença e Walmir Santos, assessor do secretário estadual de Saúde, Beto Preto (PSD), é um dos restaurantes mais tradicionais de Curitiba e o maior da América Latina. Famoso por seu rodízio de comida típica italiana, oferece 14 pratos tradicionais como risoto, nhoque, polenta, lasanha, espaguete, rondelli e canelone, entre outros.

Como opções de sobremesa estão tortas, profiteroles, salada de frutas, pudins e creme de papaia com licor de cassis. Já a Petiscaria do Victor é uma boa alternativa para quem gosta de frutos do mar. Entre as sugestões da casa estão: Crosta Negra (peixe da preferência do cliente empanado em broa preta e acompanhado de risoto de camarão e rúcula) e Prato da Colônia (dourado, molho de creme de palmito com camarão e arroz).
Mas outra opção também muito apreciada é o Linguado Grelhado que acompanha arroz, molho de camarão e maionese de camarão. Por fim, a Confeitaria PaniCiello, onde se encontram deliciosas receitas de doces, salgados, folhados, pães, mini sanduíches e tortas salgadas. Primando pela qualidade, a PaniCiello oferece também um agradável espaço para lanches ou para um saboroso café.
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