O prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSD), esteve nesta quinta-feira (25) em Curitiba, onde se reuniu com o vice-governador do Paraná, Darcy Piana (PSD). O encontro teve como pauta central o desenvolvimento econômico, o incentivo ao empreendedorismo e a importância do fortalecimento dos municípios.
Vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) na área de Empreendedor Individual, Emprego e Renda, Rodrigo vem articulando ações estratégicas voltadas à economia criativa, ao comércio e ao apoio a pequenos empreendedores. Nesse papel, busca aproximar Caruaru de experiências nacionais que possam ser adaptadas à realidade local.
Darcy Piana, que também preside a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), ressaltou o papel das parcerias entre governos e entidades de classe para impulsionar políticas de crescimento. Para Rodrigo, a agenda representa um avanço. “Estamos fortalecendo debates que ampliam a geração de empregos e a inovação, sempre com o olhar voltado para o futuro da nossa cidade e para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, afirmou.
O presidente da Câmara de Vereadores de Arcoverde, Luciano Pacheco (MDB), criou as sextas-feiras culturais para homenagear talentos da terra e região. Dei uma passadinha ontem no Centro de Gastronomia, local do evento, com minha Nayla Valença, para conhecer o modelo e entregar uma das placas comemorativas a jornalista Amanda Oliveira, do blog Falando Francamente, um dos mais acessados da cidade.
O que me deixou intrigado: não havia nenhum secretário municipal, nem ao menos o de Cultura, para prestigiar os valores culturais de Arcoverde em noite, aliás, bastante concorrida. Soube que o prefeito Zeca Cavalcanti (Podemos) também não deu o ar da sua graça, porque tem passado todos os finais de semana no Recife.
O ministro Fernando Haddad (PT) afirmou, hoje, que o Ministério da Fazenda está analisando a quantidade de pedidos de recuperação judicial de determinados setores da economia. O ministro afirmou que há uma avaliação sobre possível “abuso” no uso do instrumento.
“Tem um ”abusozinho’ no uso da recuperação judicial em alguns setores, que a gente tá analisando com mais calma, que nunca teve esse tipo de coisa”, disse Haddad ao ser questionado sobre o aumento de pedidos de recuperação judicial.
Haddad afirmou que o aumento também pode ser reflexo da alta taxa de juros, que aumenta o custo de capital. Em 17 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. “Tem a questão da taxa de juros que atrapalha muito, né? Você rolar tua dívida junto aos bancos e tal [fica mais caro]”, afirmou o ministro.
O ministro evitou apontar quais seriam os setores sob análise e reforçou que ainda não há uma conclusão definitiva. “Nós estamos estudando que em alguns casos isso está chamando a atenção. Mas nós estamos estudando”, afirmou.
“Tem um ou dois setores da economia que tá inspirando um cuidado maior, mas eu não vou fazer uma afirmação de que tá, porque eu ainda tô analisando essa situação”, complementou Haddad.
Apesar da sinalização de possível uso abusivo da recuperação judicial, Haddad não comentou se o governo tomará medidas concretas para lidar com o possível problema. A recuperação judicial é um instrumento previsto em lei e visa permitir que empresas em dificuldades financeiras possam se reorganizar e evitar a falência.
Em Arcoverde, meu pedacinho do céu, reabastecendo, mais vez, o meu livro os ‘Os Leões do Norte’. O Posto Cruzeiro é o ponto que mais vende a obra. Já perdi as contas das vezes que reabasteço. E isso me deixa muito feliz!
‘Os Leões do Norte’ chega em mais quatro cidades do Sertão, a partir da próxima semana, em noites de autógrafos. Belém de São Francisco, na segunda, Salgueiro, na terça, Santa Maria da Boa Vista, na quarta e, por fim, Petrolina, na quinta, onde haverá uma grande homenagem ao ex-governador Nilo Coelho.
Quando o presidente Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e aplicou a Lei Magnitsky contra juízes da Suprema Corte, a reação do Itamaraty foi cruzar os braços enquanto o presidente Lula adotava o discurso da defesa da soberania e anunciava medidas para ajudar empresas prejudicadas pelo tarifaço. A política de Trump, apoiada pelo bolsonarismo, foi um tiro pela culatra e fez de Lula o candidato favorito nas eleições do ano que vem. A situação se inverteu a tal ponto que vemos a oposição atordoada e o governo mandando no jogo.
Diante da pressão da Casa Branca, o presidente não deixou nossa diplomacia agir. Queria esticar a corda e ganhar votos. Enquanto Lula fazia política, o empresariado brasileiro se mexia em Washington. Joesley Batista, da JBS, Carlos Sanchez, da EMS, João Camargo, do Grupo Esfera, e o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, fizeram aquilo que o professor Witold Henisz da Wharton School define como diplomacia corporativa no seu clássico “Diplomacia Corporativa”.
Joesley Batista aprendeu a fazer diplomacia empresarial com a expansão da JBS, empresa onde trabalham 280 mil pessoas no mundo todo. Sua empresa foi a única das campeãs nacionais financiadas pelo BNDES a vingar. Ele e seu irmão Wesley apanharam muito no Brasil, na Austrália e até nos Estados Unidos. Passaram por situações de altíssimo risco, como processos por corrupção e até cadeia. Mas conseguiram sair mais fortes, diferentemente de outros empresários que sucumbiram ao furacão da Lava Jato.
Desde que botaram os pés nos Estados Unidos, os Batistas não deixaram de atuar politicamente. Foram doadores na 1ª eleição de Trump. Na 2ª, idem. Deram US$ 5 milhões para a festa de posse de Trump em janeiro deste ano.
No início de setembro, Joesley foi recebido pelo presidente norte-americano. A conversa girou sobre a importação de carne brasileira e os argumentos dele foram diretos e precisos: se a Casa Branca não baixar as tarifas da carne brasileira, o preço do hambúrguer aumentará, porque será feito com carnes mais caras.
João Camargo, do Esfera, fez um approach junto à chefe do staff da Casa Branca Susie Wiles, uma das pessoas mais poderosas de Washington com total acesso a Trump. Publicou seus encontros no Instagram.
A ação dos empresários precedeu a chegada do presidente Lula para a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Cada um fez sua parte ajudando a distensionar a relação entre os 2 governos. Carlos Sanchez, da EMS, foi ao Capitólio dizer aos congressistas norte-americanos que o Brasil é um país democrático, com as instituições funcionando e eleições acontecendo.
Quando Trump e Lula se encontraram durante aqueles 39 segundos de “química muito boa”, assim descritos pelo presidente norte-americano, a diplomacia empresarial colhia seus resultados investindo tempo e dinheiro para salvar negócios e empregos.
A diplomacia empresarial tem crescido desde o início dos anos 2000, quando tanto as grandes corporações quanto as empresas menores passaram a conviver com os mais diversos atores políticos, como ONGs, associações comunitárias, mídia e opinião pública. Um fenômeno mundial.
Aqui no Brasil, por exemplo, os líderes do agronegócio tiveram de fazer sua parte diante do bombardeio pesado sofrido durante anos. As ações do empresariado nos EUA são um indicativo de que as coisas começam a mudar para melhor, porque não basta só o governo para tratar dos interesses do país.
O professor suíço Raymond Saner, estudioso da diplomacia empresarial, propõe que as empresas formem seus executivos para atuarem como verdadeiros diplomatas. Ele entende ser esta uma diplomacia mais ampla, na qual o viés estratégico deve compor com os impactos ambientais e sociais.
Um bom exemplo de diplomacia empresarial foi dado pela Coca-Cola. Em 2001, a empresa foi acusada de envolvimento com tortura e assassinato de líderes sindicais na Colômbia. Enfrentou um processo duro, incluindo ações nos EUA e danos à imagem e reputação. Só foi revertido com uma ação da companhia focada na criação de programas de diálogo social, envolvimento de ONGs, sindicatos e organismos multilaterais.
Com a Shell se deu o contrário no caso da poluição do delta do rio Níger, na Nigéria. A empresa se negou a conversar com os agricultores nigerianos e, em 2008, eles entraram na Justiça contra a companhia. Em 2021, um tribunal holandês condenou a Shell. A sentença foi confirmada 4 anos depois por uma Corte do Reino Unido. Um dano contundente para a imagem da companhia.
Voltando ao caso brasileiro, o New York Times publicou uma reportagem mostrando que a política de Trump está empurrando o Brasil para os braços da China e este caminho pode ser irreversível. O argumento foi reforçado pelos empresários e, tudo indica, fez efeito. O caso do café, por exemplo, é exemplar. Os EUA taxaram, a China aumentou as compras, porque os chineses sabem que quando o café faltar poderão vender a um preço maior.
Se por um lado a guerra tarifária desencadeada por Trump teve efeitos negativos sobre as exportações brasileiras, por outro obrigou os empresários a deixarem a zona de conforto e entrar no jogo diplomático. Enquanto Lula fazia sua política batendo de frente com Trump, eles foram tratar de garantir mercado externo, empregos e produção. Afinal, continua valendo a máxima de Henry Kissinger sobre o jogo do poder: “A América não tem amigos e inimigos permanentes; tem interesses”.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, é o convidado do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’, da próxima terça-feira (30). Entre os assuntos abordados na entrevista, Múcio vai expor a sua opinião sobre uma das pautas mais polêmicas que tramitam no Congresso Nacional atualmente, o PL da Anistia, agora rebatizado como PL da Dosimetria.
Em entrevista recente, o ministro acredita que o Projeto de Lei será uma oportunidade para fazer justiça, mas que é preciso trazer o Supremo Tribunal Federal (STF) para a conversa. De acordo com Múcio, é preciso respeitar as penas impostas pela 2ª Turma do STF, que teria condenado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão. Segundo a nova proposta em tramitação, a pena poderia ser reduzida a um ano e sete meses em regime domiciliar.
Engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, José Múcio cumpriu mandatos eletivos como prefeito de Rio Formoso (1982 a 1983) e deputado federal (1991 a 2011). Entre as principais atividades parlamentares, foi presidente nacional do PFL (1992 a 1993); líder do PTB na Câmara dos Deputados; e líder do Governo, de 7 de março de 2007 a 30 de novembro de 2007.
Na carreira pública, ele foi presidente da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), secretário dos Transportes, Comunicações e Energia do Estado de Pernambuco, secretário municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente de Recife, ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, ministro do Tribunal de Contas da União e presidente do TCU.
O podcast ‘Direto de Brasília’ vai ao ar na próxima terça-feira (30), das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, incluindo também cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Retransmitem o programa a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid. A Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado, também retransmite, assim como a LW TV, de Arcoverde.
Os parceiros neste projeto são o Grupo Ferreira de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana, a Faculdade Vale do Pajeú, o grupo Grau Técnico e o Berlitz Idiomas.
Era 1986, e Pernambuco se preparava para uma eleição histórica. Miguel Arraes, recém-retornado do exílio, voltava a disputar o governo pelo PMDB. Do outro lado, José Múcio Monteiro, jovem e ambicioso, representava o PFL e uma nova geração de líderes. A disputa parecia destinada ao conflito, mas, para surpresa de muitos, gerou mais respeito do que rancor.
O episódio mais lembrado aconteceu em um debate televisivo. Arraes, firme, e Múcio, conciliador, debatiam sobre os acampamentos de camponeses. Cada palavra carregava convicção e ética, deixando claro que, mesmo rivais, ambos partilhavam o desejo de servir Pernambuco. A semente do respeito mútuo estava lançada.
Após a vitória de Arraes, José Múcio poderia ter se afastado ou guardado ressentimentos. Mas optou pela cordialidade. Visitou Arraes no Palácio das Princesas, gesto simples, mas carregado de significado. Nascia ali uma amizade rara, feita de respeito, admiração e reconhecimento da história do outro.
Décadas depois, José Múcio lembraria dessa postura como marco de sua própria filosofia política: adversário nas urnas, amigo na vida. Essa amizade se tornaria um fio condutor de sua carreira e das relações com a família Arraes.
O neto de Arraes, Eduardo Campos, cresceu cercado por histórias de coragem, exílio e resistência. Herdou o protagonismo político do avô e, ao longo do tempo, consolidou sua própria imagem de governante moderno. Entre Eduardo e José Múcio havia respeito e diálogo, mesmo quando visões políticas divergiam.
Essa relação mostrou como é possível conciliar inovação e tradição. Múcio admirava a capacidade de Eduardo de projetar Pernambuco nacionalmente, enquanto Eduardo reconhecia em Múcio um amigo fiel e conselheiro sábio.
Hoje, João Campos, filho de Eduardo, comanda a Prefeitura do Recife, mantendo vivo o legado da família. José Múcio permanece ao lado do jovem prefeito, provando que a amizade construída com Arraes e Eduardo se estende à nova geração.
Essa ligação demonstra que política não precisa ser feita apenas de disputas e interesses: pode ser também construída sobre confiança, lealdade e compromisso com o bem coletivo. João Campos representa a continuidade de um legado pautado em ética, diálogo e serviço à população.
Engenheiro de formação e agrônomo por vocação, José Múcio iniciou sua carreira transformando a Zona da Mata, introduzindo a ceringueira e fortalecendo o desenvolvimento local. Foi vice-prefeito e prefeito de Rio Formoso, presidente da CELPE, secretário de Energia e Transporte no governo Roberto Magalhães, deputado federal por quatro mandatos, ministro do TCU e hoje, ministro da Defesa.
Ao longo da trajetória, construiu reputação de conciliador, integrador e amigo fiel. “Aprendi desde cedo a construir pontes”, ele costuma dizer, e essa habilidade marcou sua relação com líderes, amigos e famílias políticas, incluindo os Arraes.
Entre as amizades de José Múcio, destaca-se Eudson Catão, com quem mantém laços desde 1983. No Agreste Meridional, essa amizade atravessa décadas, marcada por respeito, confiança e experiências compartilhadas. Em Palmeirina, Múcio recebeu seu primeiro título de cidadão, selando uma relação que se tornaria simbólica para sua vida pessoal e política.
Eudson Catão testemunhou a construção de pontes que se estenderam por gerações, desde Arraes até João Campos. Sua presença reforça o lado humano de Múcio, lembrando que a política é feita de pessoas, de relações e de lealdade.
José Múcio é amigo de três gerações da família Arraes: do avô Miguel, do pai Eduardo e do filho João. Cada vínculo é uma demonstração de como respeito e amizade podem coexistir com a política, superando rivalidades e transformando a história.
O exemplo de Múcio, junto com Eudson Catão, mostra que a ética, a civilidade e a humanidade não são valores em extinção. Pelo contrário, são o alicerce de um legado que atravessa décadas e inspira novas gerações.
Com a morte de Arraes e Eduardo, José Múcio segue ativo no cenário nacional como ministro da Defesa, mantendo a reputação de integridade e visão estratégica. João Campos, ao liderar o Recife, leva adiante o legado da família e mantém vivas as relações que atravessam gerações.
A amizade com Eudson Catão permanece firme, símbolo de que é possível equilibrar poder, legado familiar e relações humanas. Pernambuco, através dessa história, ensina que a política também pode ser feita de respeito, amizade e continuidade de valores. É isso!
A Câmara de Vereadores de Triunfo, a cidade mais linda do Sertão pernambucano, que não canso de divulgar suas belezas e atrativos turísticos, com destaque para o clima frio, aprovou, ontem, por unanimidade, meu título de Cidadão Honorário. Quanta honra para um pobre plebeu!
A iniciativa foi do vereador José Carlos Solon (Podemos), na foto, mas com o carimbo e as digitais do embaixador de Triunfo, Rogério Mota, que há muito vinha se movimentando para a Câmara me conceder tamanha honraria. Como eu, Mota é um apaixonado pela cidade. Não sei, na verdade, qual das suas maiores paixões entre Triunfo e o Santa Cruz, que está na peinha para virar campeão da série D.
Sou um jornalista municipalista por origem e convicção, matuto de Afogados da Ingazeira, onde comecei minha carreira como correspondente do Diário de Pernambuco nos anos 80. Já na largada, difundi Triunfo como roteiro turístico do Estado. Para mim, é a Gramado nordestina.
Tem frio o ano inteiro, está localizada num ponto mais alto do Estado, o Pico do Papagaio, a 1.260 metros acima do nível do mar, um roteiro turístico rural por excelência, com destaque para suas cachoeiras e engenhos, além do teleférico, bons restaurantes e hotéis, entre eles o do Sesc, no ponto mais alto da cidade.
Triunfo tem mais do que isso, um povo caloroso e acolhedor, que sabe valorizar a terra e receber com carinho uma legião de turistas que visita a cidade o ano inteiro, notadamente entre junho e julho, quando sua temperatura chega a registrar 10 graus, sensação de clima europeu.
Obrigado, Triunfo, por me acolher! Já perdi as contas dos títulos honorários que coleciono, começando por Recife, que amo tanto e que divide meu espaço profissional com Brasília, que também adoro.
O projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá grandes iniciativas que agradarão a todas as regiões do Brasil. De um lado, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês. O projeto será votado e muito provavelmente aprovado na Câmara na próxima quarta-feira. Beneficiará com força o Sul e o Sudeste, que têm mais trabalhadores formais e são historicamente mais ricos.
Essas duas regiões somam 7 Estados. Todos estarão entre os 10 mais beneficiados com a mudança do IR, na conta considerando a porcentagem da população atingida.
O projeto do IR deixará de cobrar imposto de 10 a 11 milhões de pessoas, segundo o governo. Outros cerca de 5 milhões terão desconto por receberem na faixa de R$ 5.000 a R$ 7.000 por mês. Esse grupo que será beneficiado, muitos da chamada “classe média”, desaprova mais o governo Lula do que a média geral da população. O Planalto aposta na medida para reduzir a rejeição do petista e alavancar votos em 2026.
Do outro lado da balança eleitoral, ficarão os programas sociais, em especial o Bolsa Família e o Pé-de-Meia. O impacto dessas iniciativas está concentrado no Nordeste e no Norte. A parcela mais pobre da população já é mais simpática a Lula, mas é fato que a derrama de dinheiro público nessas duas regiões ajudará a movimentar a economia local e a aumentar a sensação de bem-estar em ano eleitoral. Clique aqui e confira a matéria completa.
A Câmara dos Deputados começou a estruturar, na última quinta-feira (25), um programa para ampliar o diálogo da Casa com autoridades locais e a sociedade civil.
A iniciativa, que havia sido anunciada em julho, faz parte de uma série de medidas da gestão do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) para melhorar a imagem e a comunicação da Casa.
O programa ‘Câmara Pelo Brasil’ começará a ganhar forma dias após a Casa e Motta se tornarem alvos de manifestações populares espalhadas pelo Brasil contrárias à aprovação da chamada PEC da Blindagem e do PL da Anistia.
Ao portal G1, o presidente da Câmara afirmou que o programa terá a função de assumir o “protagonismo” das agendas externas da Casa.
“Desde o trabalho externo das comissões permanentes e temporárias como também as agendas públicas de relação com toda sociedade brasileira”, explicou.
O projeto será coordenado por deputados que representarão as cinco regiões do país: Júnior Ferrari (PSD-PA) pelo Norte; Toninho Wandscheer (PP-PR) pelo Sul; Leo Prates (PDT-BA) pelo Nordeste; e Da Vitória (PP-ES) pelo Sudeste.
Haverá um comitê de gestão do programa, que será coordenado por Da Vitória. O deputado foi um dos formuladores da iniciativa e tem trabalhado com Motta no escopo do projeto desde o início deste ano.
Com troca de 22 secretários em menos de três anos, Raquel Lyra implanta “estado de mudança em Pernambuco”
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
A saída de duas figuras importantes do governo de Raquel Lyra (PSD) na mesma semana não deixa de ser mais um desgaste para a gestão, por dois motivos principais. Primeiro, porque já são 22 nomes substituídos em menos de três anos de administração — quase um secretariado inteiro. Isso demonstra dificuldades da governadora em montar time e gerir equipes. Pernambuco realmente vive um “estado de mudança” desde 2023.
É natural que, em uma gestão de quatro anos, haja algum ajuste aqui ou ali, trocas pontuais, às vezes por motivos pessoais daqueles que deixam os cargos. Mas 22 pessoas em menos de três anos é, no mínimo, curioso.
Segundo, porque Raquel Lyra está em um momento de baixa nas pesquisas de intenção de voto ante o seu provável oponente, o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Por essa razão, a gestora tem um adversário ainda mais duro do que o socialista: o tempo.
Se quiser buscar a reeleição, Raquel não tem muito tempo para convencer os pernambucanos e pernambucanas de que seu governo deu certo e merece mais quatro anos. Faltam praticamente três meses para a governadora entrar em seu último ano como chefe do Poder Executivo — justamente o ano eleitoral.
O momento é de Raquel tentar reverter a desvantagem para João e entrar em 2026 competitiva para a disputa. Mas, com gente saindo do governo e sempre deixando a imagem de que o problema foi na relação interna — ou com a própria governadora, ou com pessoas próximas a ela —, fica difícil dizer que a gestão está no rumo certo.
Há informações de bastidores de que o ex-secretário da Fazenda, Wilson de Paula, de uma das pastas mais importantes, e a secretária da Controladoria-Geral, Érika Lacet, responsável pela auditoria interna do governo, deixaram a administração para não lidar com a vice-governadora, Priscila Krause, nos 15 dias de licença de Raquel, em outubro.
Independentemente das razões, são mais duas baixas, justo em uma fase da gestão Raquel Lyra de busca pela transformação da imagem de governo atrapalhado e ruim de diálogo para governo que vai bem e merece continuar — ou seja, momento de evitar desgaste.
Discurso para as mulheres cai por terra – Também complicou para Raquel Lyra manter o discurso feminista. A 22ª mudança no secretariado da gestora, com a saída de Érika Lacet da Controladoria-Geral, marcou o encolhimento da participação de mulheres auxiliares diretas da primeira mulher eleita governadora de Pernambuco. Ao assumir o cargo, em 2023, Raquel prometeu protagonismo feminino nomeando 13 secretárias e 14 secretários. Dois anos e oito meses depois, das 30 secretarias atuais, apenas dez têm mulheres como titulares. Um encolhimento de 48% para 33% de participação feminina no primeiro escalão.
Homenagem a José Múcio – O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, foi agraciado pela Universidade de Pernambuco (UPE) com o título de Doutor Honoris Causa, em decisão do conselho superior da instituição. A homenagem, anunciada na mesma semana em que o pernambucano celebrou aniversário, reconhece sua longa trajetória política e as contribuições prestadas ao desenvolvimento do estado e do país, marcando um gesto de respeito e valorização à sua dedicação ao serviço público.
Troca-troca dos prefeitos – O prefeito de João Alfredo, Zé Martins, oficializou sua saída do PSB e a filiação ao PSD, presidido por Raquel Lyra. O movimento representa mais uma baixa para os socialistas e reforça a sigla da governadora, que já concentra o maior número de prefeitos em atividade no estado. A mudança ocorre um dia após o PSB ter comemorado a adesão do prefeito de Xexéu, Thiago de Miel (PSD), ao palanque de João Campos para o Governo de Pernambuco em 2026.
Crise interna no MDB de PE – Membros do Diretório Estadual do MDB em Pernambuco se manifestaram em oposição à decisão tomada pela Executiva estadual da legenda de passar para a oposição ao governo Raquel Lyra (PSD) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Por meio de nota assinada por 17 integrantes da sigla, divulgada ontem, o grupo questiona a legitimidade da escolha. O deputado estadual Jarbas Filho (MDB) já havia se manifestado contrário à mudança e declarou que o presidente da agremiação em Pernambuco estaria descumprindo decisões judiciais ao realizar o encontro.
Janja em Caruaru – De olho na importância do voto evangélico, a primeira-dama do Brasil, Janja, estará em Caruaru, no Agreste, na próxima terça-feira (30), para participar de um culto com mulheres evangélicas em uma igreja da cidade. A programação está sendo organizada pela esposa do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), Thania Queiroz. O casal se organiza para receber Janja em sua residência, à noite, junto a outras mulheres caruaruenses.
CURTAS
Celso Sabino entrega cargo 1 – O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), entregou uma carta de demissão ao presidente Lula (PT), ontem. A renúncia veio depois que o União Brasil determinou que todos os filiados com cargos federais saíssem do governo sob pena de expulsão do partido.
Celso Sabino entrega cargo 2 – Apesar de entregar o cargo, Celso Sabino seguirá na pasta até a próxima quinta-feira (2), a pedido do presidente Lula, para acompanhar inaugurações ligadas à COP30, em Belém, no Pará. As informações são do portal Poder360.
Motta pegando carona no momento de Lula – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (RP-PB), afirmou, ontem, que Lula caminha para “sua quarta eleição”. Motta comentava desafios da Câmara com a polarização e citou indiretamente o presidente. “Nós temos, pela primeira vez, o presidente da República três vezes eleito desde a redemocratização do país, já caminhando para a sua quarta eleição, já em processo de reeleição”, disse.
Perguntar não ofende: Quantos membros do primeiro escalão de Raquel Lyra estarão no governo até o final?
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou nesta quinta-feira (25) seus votos em dois processos de réus acusados de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
No primeiro caso, Fux defendeu a absolvição de Cristiane Angélica Dumont Araújo, acusada de participar das invasões ao Palácio do Planalto e ao Congresso.
Para o ministro, as imagens não mostram qualquer indício de que a ela tenha danificado bens públicos. Fux destacou ainda que os elementos colhidos no processo contradizem a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apontou os crimes de crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de bem tombado. As informações são do g1.
Já no segundo processo, Fux votou para condenar Lucimário Benedito Decamargo Gouveia a 1 ano e 6 meses de prisão por deterioração de patrimônio tombado. A PF encontrou vídeos dele invadindo o Palácio do Planalto.
O ministro votou contra a condenação nos demais crimes, por entender que não há provas de que o réu tenha aderido a um plano golpista.
Apesar das divergências de Fux, a Primeira Turma do STF já formou maioria para condenar os dois réus a 14 anos de prisão, nos termos do voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Os demais ministros entenderam que os dois réus cometeram os crimes apontados pela PGR.
A posição jurídica de Fux nesses casos é a mesma que ele adotou no julgamento do núcleo crucial da trama golpista, quando a Primeira Turma decidiu condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus por pelos cinco crimes. Fux votou para condenar o ex-ministro Braga Netto e o delator Mauro Cid pelos crimes contra o Estado, mas não os demais réus.
Em julgamentos anteriores do 8 de Janeiro, pelo contrário, Fux havia votado para condenar os réus pelos crimes de ataque à democracia.
Na madrugada desta sexta-feira (26), o cantor Natanzinho Lima teve o show invadido por uma fã.
A situação aconteceu durante a Festa de Setembro de Tavares, no Sertão da Paraíba, quando uma mulher invadiu o palco, furou a segurança e chegou a morder o braço do artista, além de rasgar a camisa do artista. As informações são do Diario de Pernambuco.