Por Ryann Albuquerque
Do Blog da Folha
A vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause (PSD), afirmou nesta quarta-feira (18) que tem “certeza absoluta” de que os projetos que autorizam o governo do estado a contratar novos empréstimos serão aprovados pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
As propostas, que somam R$ 3,2 bilhões em operações de crédito, enfrentam impasse na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) e só devem ser votadas após o recesso parlamentar, em agosto.
“A respeito de todo o impasse que os senhores e as senhoras acompanham na imprensa, a gente tem certeza absoluta — e aqui estamos com quatro deputados fundamentais nesse processo — que vai prevalecer o interesse do Estado de Pernambuco”, declarou Krause durante a posse do novo diretor-presidente da Adagro, Moshe Dayan, no bairro do Cordeiro, no Recife.
Leia maisA vice-governadora defendeu as iniciativas e argumentou que os recursos são essenciais para garantir investimentos estruturantes no Estado. Segundo ela, o governo tem feito um esforço contínuo para reorganizar as contas públicas e viabilizar a retomada de financiamentos.
“Nosso programa de qualidade de gastos aportou mais de R$ 750 milhões em custeio ruim, o que nos permitiu recuperar a capacidade de pagamento para contrair novas operações de crédito”, afirmou.
Os dois projetos de lei em tramitação na Alepe preveem autorizações para contratação de empréstimos de R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhão, respectivamente. Um deles está parado há quase três meses na Casa, sob relatoria do deputado Waldemar Borges (PSB), que segue analisando o envio de informações do Poder Executivo para concluir seu parecer. A expectativa do governo é que a discussão avance com o retorno das atividades legislativas.
Krause também reforçou que o papel do Parlamento é fiscalizar a aplicação dos recursos, e não impedir que o Estado acesse investimentos.
“Fui parlamentar por 18 anos, inclusive de oposição, e nunca se deixou de aprovar projetos de autorização de empréstimo para investimento, fosse na Prefeitura do Recife ou no Governo do Estado. O meu papel era fiscalizar a aplicação dos recursos”, concluiu.
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