O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, hoje, novos investimentos da China no Brasil, da ordem de R$ 27 bilhões. O número foi citado pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil), Jorge Viana, após um fórum entre empresários brasileiros e chineses em Pequim. As informações são do portal G1.
O presidente Lula viajou ao país acompanhado de 11 ministros e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de parlamentares, outras autoridades e cerca de 200 empresários. Antes, a comitiva passou também pela Rússia. “Na última década, a China saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimento direto no Brasil. Trata-se do principal investidor asiático em nosso país, com estoque de mais de US$ 54 bilhões”, citou Lula em discurso.
Segundo o governo, empresas chinesas aplicarão recursos no Brasil em uma série de áreas, desde indústrias a novas marcas de comércio e serviços. A lista inclui investimentos adicionais da montadora chinesa GWM e a inauguração de fábricas de semicondutores da empresa Longsys em São Paulo e Manaus. Também prevê a chegada ao Brasil da maior rede de fast food do mundo, a Mixue, e de um novo aplicativo de delivery, o Keeta. Há ainda investimentos espalhados na aviação, em mineração e no mercado farmacêutico
MONTANHAS DA JAQUEIRA – A Previdência Social tem know how em matéria de corrupção. Tá na veia. Tempos de 2016, um ex-ministro do Planejamento, a companheira dele e mais uma cambada de 12 camaradas viraram réus com base em investigações da Operação Custo Brasil, da Polícia Federal, desenvolvida para investigar operações criminosas em empréstimos a servidores públicos. Em seu ofício ministerial, sua excelência era especialista em planejar trambiques. A companheira dele, com mandato parlamentar, uma belezura, era um persona com moral mais ou menos ilibada. O menos ficara por conta das fraquezas humanas e desumanas. Tirando os defeitos, a belezura é uma ótima pessoa, diziam o marido e os pariceiros dela.
A bonitona foi escolhida para ser parceira do operador das operações não por seus dotes de eugenia e beleza, como se dizia antigamente nos concursos de Miss, e sim por sua fidelidade canina à seita vermelha, inclusiva aos desvios de conduta dos devotos da seita. Na defesa do indefensável, até justificou as patifarias do Petrolão, dizendo ser apenas uma bobagem. Assim vai levando a vida e passando bem, no ritmo da malandragem.
Encantado com a Lady da seita vermelha, o Véio do Pastoril Encarnado só faltou dizer que ela é mais bonita do que Lady Gaga, minha musa. Por final, eu pedi a mão da Mother Monster em casamento, mas ela disse que já tem pretendente e mandou eu ficar na fila. Se houver novidade, me avisa. Já entrei numa academia de música, e tô no aguardo. Por sinal, o show grátis da Mother Monster em Copacabana custou a bagatela de 3 milhões de dólares, igual ao show de Madonna. Quase a metade do novo rombo na Previdência Social. A Gaguinha disse que o Brazil deve ser um País muito rico.
A cada operação de crédito com os servidores, os goelas se apropriavam de uma “gorjeta”. Era tipo uma agiotagem debaixo das barbas do governo pelos figurões da República junto à Previdência. De grão em grão, o ministro e seus vivaldinos amealharam 100 milhões de reais. A Polícia Federal e o Ministério Público entraram em cena e enquadraram as quadrilhas. houve buscas, apreensões, prisões e ranger de dentes.
Depois, a indústria da impunidade acionou as turbinas… e deixa pra lá. A mundiça foi escalada para pagar a conta. Relegado à inércia, sem ter continuidade, ao fim de 10 anos o inquérito foi trancado pelo Superior Tribunal de Justiça. Os gatunos adoraram. Por essas e outras sempre se fala que a Previdência Social está com a bomba injetora intoxicada – tum-tum-tum – e caminha para sofrer um colapso cardíaco financeiro.
Claro que naquele episódio o prejuízo foi pago pelo Tesouro Nacional, ou seja, foi pago pelos pagadores de impostos. Esta é uma crônica atualizadíssima porque remete aos tempos presentes, e a história sempre se repete.
Eu viajei no meu jatinho particular para assistir aos shows da Mother Monster e de Madonna no Rio.
Federação MDB-Republicanos fere de morte Jarbinhas
Se em Pernambuco as chances de o senador Fernando Dueire e o deputado estadual Jarbas Filho, mais conhecido como Jarbinhas, já eram mínimas de manter o controle do MDB, com o anúncio da costura de uma federação entre Republicanos e MDB, destaque na mídia nacional no último fim de semana, deixa eles, literalmente, em maus lençóis.
MDB e Republicanos intensificaram conversas sobre se unirem em uma federação. O Republicanos chegou a discutir a ideia de integrar o grupo de União Brasil e PP, mas desistiu porque seria minoritário na composição. Outra conversa do Republicanos é com o partido que resultará na fusão entre PSDB e Podemos.
Essas negociações, no entanto, ainda precisam aguardar a concretização dessa união para começarem de fato. No MDB, a ideia da federação começou a ser debatida no mês passado, num encontro entre o presidente do partido, Baleia Rossi (MDB), e o do Republicanos, Marcos Pereira, mas ganhou adeptos entre diversas alas do emedebismo após o anúncio da União Progressista.
“A consolidação dessa federação faz com que as pessoas deixem de lado as filigranas do processo e entendam como necessária uma federação”, diz o deputado José Priante (MDB-PA), primo do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Para o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), o partido precisa buscar alianças para se manter como um ator importante na política. “Quem não se federar vai ficar numa divisão inferior, e o MDB é partido de série A, não pode admitir disputar outra série”, afirma.
Baleia e Marcos Pereira voltaram a se reunir terça-feira passada, em Brasília, para discutir com mais profundidade a federação e os possíveis problemas regionais. Também houve um jantar na quarta, organizado por Priante, com representantes dos dois partidos, como Baleia e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos).
Se concretizada, será uma ducha fria no grupo Dueire-Jarbas Filho, que disputa o controle do partido com o grupo do histórico e atual presidente da legenda, Raul Henry, numa eleição marcada para o fim deste mês, na qual todos os cenários levam para uma esmagadora vitória de Henry, hoje alinhado ao projeto de João Campos (PSB) de disputar o Governo do Estado nas eleições do próximo ano.
DIFICULDADES REGIONAIS – A concretização da federação MDB-Republicanos tem, entretanto, dificuldades de caráter regionais. No Espírito Santo, por exemplo, onde Ricardo Ferraço (MDB) deve assumir o governo e disputar a reeleição com a renúncia do governador Renato Casagrande (PSB) para concorrer ao Senado, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), é um potencial candidato ao governo contra ele. Outro Estado complicado é a Bahia, onde o MDB está na vice do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o Republicanos faz parte do grupo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). Ainda há problemas em Pernambuco, com o próprio MDB dividido sobre quem apoiará na eleição para governador em 2026, e em Roraima e Paraíba.
Maior bancada no Senado e apoio a Tarcísio – Lideranças dos dois partidos, no entanto, entendem que é possível conversar nos próximos meses para superar esses conflitos regionais e que a prioridade é fortalecer os partidos nacionalmente. Se unidos, MDB e Republicanos teriam 15 senadores, a maior bancada da Casa, além de 88 deputados e cinco governadores. A possível aliança com o partido do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, afasta mais o MDB da possibilidade de apoiar a reeleição de Lula. Tarcísio é cotado como sucessor de Jair Bolsonaro (PL), caso o ex-presidente continue inelegível, mas ele tem a opção também de mudar de legenda e concorrer pelo PL.
Maioria não quer Lula – Entre dirigentes do MDB, a possibilidade de apoio formal à reeleição de Lula já é praticamente descartada, a não ser que ocorra uma reviravolta que torne o presidente amplamente favorito para a eleição de 2026. A sigla comanda hoje três ministérios: Transportes, Cidades e Planejamento. Um dirigente nacional diz que mais de 90% da bancada federal não concorda com esse apoio, por acreditar que perderá votos se tirar uma foto com o petista e postar nas redes sociais. Apenas a ala nordestina e parte do Norte ainda cogitariam a coligação.
Hélder no lugar de Alckmin – Emedebistas dizem que Helder Barbalho, cotado para assumir como vice de Lula no lugar de Geraldo Alckmin (PSB), já estaria convencido de que a coligação com o petista é improvável e estaria concentrando suas forças na eleição para o Senado. Parlamentares do entorno do governador do Pará afirmam, entretanto, que não há decisão nesse sentido e que é preciso esperar a definição das variáveis de 2026 — entre outras, as condições em que Lula chegará na disputa e qual será o candidato de Bolsonaro, caso seja mantida a sua inelegibilidade.
Tarcísio e Ciro, a chapa da direita – Tenho ouvido nos bastidores de Brasília que o ex-presidente Bolsonaro (PL), inelegível para a disputa em 2026, está se convencendo de que o caminho mais curto para derrotar Lula e tirar o PT do poder é a direita se aglutinar em torno de um projeto presidencial encabeçado pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, atualmente no Republicanos, mas com chances de migrar para o PL, com um vice nordestino. O nome mais cotado é o do senador Ciro Nogueira, um dos principais arquitetos da nova federação formada pelo PP, o seu partido, com o União Brasil.
CURTAS
MEGA FEDERAÇÃO – A federação União-PP, chamada União Progressista, ficou com a maior bancada da Câmara, 109 deputados federais, e do Senado, com 14 senadores (empatado com PSD e PL). Também a maior parcela dos fundos partidário e eleitoral e o maior tempo de propaganda eleitoral na TV e rádio.
VAGAS E TEMPO DE TV – Os demais partidos de centro-direita e direita avaliam que a estrutura da federação União-PP dará ao grupo a condição de pleitear as vagas de candidatos ao Senado ou vice-governador em cada Estado, com a oferta de tempo de TV. Além disso, a aliança entre duas grandes siglas facilitará a montagem das chapas para deputado federal e estadual.
EDINHO NO PODCAST – Ex-ministro-chefe da Secom no Governo Dilma e ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, candidato a presidente do PT, com amplo apoio do Palácio do Planalto e dos atuais dirigentes do PT, é o entrevistado do meu podcast Direto de Brasília, em parceria com a Folha de Pernambuco, da próxima quarta-feira. Esta semana ficou na quarta, e não na terça, por causa da agenda do convidado.
Perguntar não ofende: o MDB será capaz de superar os imbróglios nos Estados para bater o martelo na federação com o Republicanos?
O governo federal está avaliando a possibilidade de utilizar a estrutura das agências dos Correios para oferecer atendimento presencial a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que foram vítimas de descontos indevidos em seus benefícios.
A medida em estudo visa garantir um canal presencial para que esses cidadãos possam solicitar o ressarcimento dos valores subtraídos de maneira irregular das folhas de pagamento do instituto.
O governo também está buscando formas de ampliar a estrutura das agências do próprio INSS para atender o grande contingente de pessoas que devem buscar atendimento no processo de ressarcimento.
A definição do formato definitivo da operação deve ser tomada ao longo da semana, durante reuniões que contarão com a participação de representantes do INSS, dos Correios, do Palácio do Planalto e do Ministério da Previdência Social.
Na próxima terça-feira (13), os beneficiários do INSS poderão consultar se houve qualquer tipo de desconto em seus benefícios, seja ele autorizado ou não. Já na quarta-feira (14), os aposentados e pensionistas terão a possibilidade de requerer a devolução dos valores por meio do aplicativo Meu INSS.
No entanto, o governo demonstra preocupação com a parcela da população que enfrenta dificuldades para acessar a internet ou não possui familiaridade com o uso de aplicativos. Como alternativa, o INSS orienta que os segurados entrem em contato com a Central de Atendimento 135.
O INSS já conta com a parceria com os Correios para a realização de outros serviços. O atendimento nas agências poderá ser expandido para atender a essa nova demanda emergencial de ressarcimento.
Em 2024, o Ministério da Previdência, o INSS e os Correios ampliaram uma cooperação que permite aos segurados solicitar o benefício por incapacidade temporária por meio do sistema Atestmed em aproximadamente 2,6 mil agências próprias dos Correios espalhadas pelo país.
Essa estrutura já existente poderá ser fundamental para ampliar e descentralizar o atendimento do INSS, especialmente em localidades mais distantes e carentes, onde o acesso à internet ou aos serviços do governo é mais limitado.
Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), três em cada quatro brasileiros dependem do SUS para serviços médicos como consultas, exames e tratamentos. Isso explica a superlotação do serviço público: em janeiro, a fila para consultas era de 5,7 milhões de pessoas.
Nesse cenário, uma proposta vem ganhando fôlego nos bastidores do governo Lula: a criação de uma espécie de plano de saúde de baixo custo, regulamentado pela ANS, com um mercado potencial de 50 milhões de brasileiros. A iniciativa, em fase de estudos, mas andando a passos largos na agência, pretende oferecer serviços básicos, como consultas e exames, sem a cobertura de internações e tratamentos, a um preço fixo mensal mais acessível do que os modelos disponíveis no mercado. As informações são da Revista Veja.
O objetivo é diminuir a fila de pacientes do SUS, liberando espaço para as camadas mais pobres da população. Esse novo modelo também permitiria a operadores privados tentar conquistar um vistoso mercado potencial de beneficiários da classe C.
Para entender o que está em jogo, é preciso analisar primeiro o xadrez político que envolve o tema. O atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assumiu o posto há menos de dois meses com uma missão delegada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: garantir uma marca ao governo na área da saúde, algo que sua antecessora, Nísia Trindade, não foi capaz de fazer.
A ideia maior é reduzir o tempo de espera de consultas, exames e cirurgias do SUS. Para isso, prometeu esforços para deslanchar o Mais Acesso a Especialistas, programa lançado no ano passado e que tem como meta, justamente, acelerar o acesso de pacientes às áreas mais demandadas no SUS: oftalmologia, cardiologia, ortopedia, oncologia e otorrinolaringologia.
O que Padilha pretende é reformular o programa e apresentá-lo com diretrizes promissoras. Uma das pernas para diminuir a alta demanda, inclusive, seria a parceria com hospitais privados para aliviar a fila do SUS, algo que já foi avalizado por Lula, que está de olho na reeleição em 2026.
O plano de “baixo custo” complementaria o esforço de redução das filas do SUS no caso de consultas — por falta de nome melhor, ele foi batizado por ora de “Plano para consultas médicas estritamente eletivas e exames” . A ideia foi apresentada pela ANS e tem sido fortemente apoiada por operadoras de saúde, que querem comercializar o produto. O item já passou pela fase de consulta pública, encerrada em abril, e deverá ser implementado de forma experimental, no que é chamado de “sandbox regulatório”, assim que as áreas técnicas finalizarem o seu relatório.
O documento precisa passar por avaliação conjunta com o Ministério da Saúde, exame jurídico da Procuradoria Federal junto à ANS e, uma vez formatada a proposta final, ela deve ser submetida à aprovação da Diretoria Colegiada da agência. Pessoas familiarizadas com o trâmite dizem que, apesar de uma ou outra resistência, a iniciativa, com a bênção de Lula e de Padilha, caminha para ser aprovada. Um dos pontos a serem afinados é a confirmação de Wadih Damous, ex-deputado do PT e aliado de Lula, à frente da ANS: ele aguarda ser sabatinado pelo Senado.
Há um outro motivo para a ANS defender a nova modalidade: fazer frente à expansão do mercado não regulado de serviços pós-pagos de cobertura médica, que é o caso de cartões de desconto e de clínicas populares. Esses serviços, hoje consumidos por cerca de 50 milhões de pessoas, sobretudo da classe C, são legais, mas não seguem regulamentação da agência. Já o plano estudado prevê um preço fixo na faixa de 100 reais mensais. Esse serviço deve atuar em concordância com as regras de cobertura da ANS e as diretrizes do SUS.
Mais que isso, pleiteia ter uma integração maior público-privada, na qual o paciente obteria um diagnóstico pelo plano e, no caso de tratamentos mais complexos, seria encaminhado à rede pública — caminho que hoje não é possível. “A ideia é oferecer uma opção de produto regulado, com segurança e garantia de cobertura para consultas eletivas de todas as especialidades e uma ampla lista de exames, muitos de alta complexidade, como colonoscopia, endoscopia, tomografia e ressonância magnética, biópsia, por um baixo custo mensal e sem limite de quantidade”, diz a ANS em nota enviada à redação de VEJA.
Embora ainda esteja a caminho da regulamentação, a iniciativa desperta algumas críticas, principalmente de institutos de defesa do consumidor, como o Idec. Esse instituto foi à Justiça contra a ANS questionando a legalidade da resolução que permitiu testar planos de saúde sem internação. Os problemas levantados na fase de consulta pública foram respondidos com a garantia de que eles serão resolvidos na fase de testes.
É compreensível a preocupação com algo que vai impactar uma área sensível, mas não se pode obstruir a discussão e a experimentação, com as necessárias correções, se for o caso, de uma iniciativa que pode ajudar a melhorar o complexo e problemático sistema de saúde brasileiro.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, viajou à China ao lado do presidente Lula para apresentar uma carteira de projetos a investidores chineses. Durante sua participação no Fórum Empresarial Brasil-China, que ocorrerá em Pequim, o ministro destacará a agenda de projetos previstos para os anos de 2025 e 2026 no setor portuário e hidroviário do Brasil.
Em seu discurso na Sessão Ministerial, um dos quatro painéis do evento, Costa Filho enfatizará as sólidas relações comerciais e diplomáticas entre os dois países. Ele anunciará a meta do Governo Federal de realizar 60 leilões de concessões entre 2023 e 2026, com a expectativa de atrair cerca de R$ 30 bilhões em investimentos para os portos brasileiros.
O ministro ressaltará que essa será a maior quantidade de leilões da história e que os investimentos previstos superam os realizados no período anterior ao governo Lula, quando foram feitos 42 leilões com apenas R$ 6 bilhões contratados. O Fórum contará com outros três painéis, incluindo temas como Investimentos e Novas Oportunidades de Financiamento, Transição Energética e Sustentabilidade, e Segurança Alimentar.
Costa Filho mencionará o Programa de Arrendamento Portuário, que visa modernizar a infraestrutura portuária do Brasil e fomentar o desenvolvimento regional, destacando que um terço dos leilões se concentrará no agronegócio. Ele lembrará que a China, sendo o principal destino das exportações brasileiras, representa uma grande oportunidade para produtos como soja, carne bovina e açúcar.
O ministro também apresentará o Túnel Santos-Guarujá, com leilão previsto para agosto deste ano e que representa um investimento de R$ 6 bilhões, sendo o maior projeto em infraestrutura do Novo PAC. O túnel, que será o primeiro submerso da América Latina, terá 870 metros de extensão e 21 metros de profundidade.
Além disso, a movimentação de cargas nos portos deverá crescer, com a expectativa de um aumento de 2% em 2025. A movimentação de contêineres nos portos também deve apresentar resultados positivos, conforme as projeções para o próximo ano.
A agenda do ministro incluirá reuniões bilaterais com autoridades do governo chinês e empresas, visando fortalecer a cooperação e atrair novos investimentos para o Brasil.
Ao tomar parte nas celebrações do “Dia da Vitória” em Moscou – data em que a Rússia festeja a vitória na 2ª Guerra contra o nazismo alemão e que o autocrata Vladimir Putin usa para fazer propaganda de seu regime tirano –, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva selou não um triunfo diplomático ou um gesto de realismo pragmático, mas um vexame moral e um fiasco geopolítico para o Brasil. Ao lado de autocratas de todos os cantos, Lula foi aquilo que os antigos agentes secretos soviéticos chamariam de “idiota útil”: um ocidental deslumbrado e voluntarioso – e descartável após servir às ambições do império russo.
Em teoria, a participação de um presidente brasileiro nas comemorações do fim da 2ª Guerra poderia significar a celebração da liberdade contra a tirania, da coragem do povo russo, do papel civilizatório da Rússia nas artes, nas letras, nas ciências, ou mesmo uma oportunidade para um estadista astuto tecer alianças diplomáticas num mundo multipolar – e até explorar canais para promover uma paz justa entre Rússia e Ucrânia. Na prática, Lula foi o exato oposto.
O cortejo foi a peça de propaganda fabricada por um regime que encarna o que há de mais próximo ao fascismo hoje: uma autocracia que envilece sua nação e oprime seu povo, silenciando a oposição, perseguindo minorias, fraudando eleições para sustentar um líder vitalício adornado por uma iconografia imperial. É também um Estado predador, que desestabiliza governos, invade vizinhos e massacra civis sob a bandeira fraudulenta da “desnazificação”. A semelhança com as ambições irredentistas de Hitler, que invocava a germanidade para saquear territórios da Checoslováquia e da Polônia, é óbvia demais para ser ignorada.
Ironicamente, o gesto de Lula também o aproxima do presidente dos EUA, Donald Trump. Ambos têm apreço por autocratas, disputam um lugar no coração de Putin e culpam a Ucrânia por uma guerra de agressão que a Rússia começou.
Como em todos os governos petistas, Lula conduz uma política externa pautada não por interesses de Estado, mas por taras ideológicas e por sua ambição de ser festejado como vedete terceiro-mundista. Foi assim na aloprada mediação nuclear com o Irã, em 2010. É assim na contemporização sistemática de ditaduras como Cuba, Venezuela e Nicarágua. E é assim também, à custa da credibilidade internacional do Brasil, na relação amistosa com Vladimir Putin, um déspota que reintroduziu a guerra na Europa e exumou a guerra fria, flertando com um conflito mundial nuclear.
Ao celebrar o imperialismo de Putin, Lula, numa só tacada, surrou os princípios constitucionais que regem a política externa brasileira – autodeterminação dos povos, prevalência dos direitos humanos e solução pacífica dos conflitos. Também conspurcou a memória dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira que tombaram ombro a ombro com os aliados europeus em nome da liberdade na 2ª Guerra. E jogou mais uma pá de cal na tal “frente ampla democrática” que o elegeu em 2022, sequestrando aquele pacto cívico para usá-lo como instrumento de autopromoção ideológica.
O resultado é que o Brasil se afasta dos polos democráticos e reformistas do mundo e se aproxima da constelação sombria de regimes autoritários do novo eixo de caos. Em vez de se mover com pragmatismo e independência num mundo multipolar, Lula opta por um multilateralismo de fachada, que relativiza regras, desrespeita tratados e consagra a lei do mais forte – justamente a lógica que mais prejudica um país como o Brasil, que não dispõe do poder das armas ou do dinheiro, só da diplomacia, da persuasão e da adesão às normas internacionais para proteger seus interesses.
A imagem de Lula na Praça Vermelha, ladeado por facínoras, assistindo ao desfile de tanques e mísseis que vão massacrar inocentes na Ucrânia e outros povos, marcará na História o dia da infâmia da política externa brasileira, um dia em que o Brasil, sem ganhar rigorosamente nada em troca, arruinou seus princípios republicanos e democráticos, bajulando criminosos de guerra e adulando ditadores por puro capricho do demiurgo petista.
O chanceler paralelo Celso Amorim disse que Lula iria a Moscou como um “mensageiro da paz”. Foi apenas um mensageiro da torpeza.
Em Lauro de Freitas, na Bahia, uma necessidade pessoal acabou se transformando em um movimento social de grande impacto. A influenciadora digital Michelle Martins de Oliveira, criadora do perfil @mamãesbaianas, decidiu em 2017 fundar um grupo virtual para mães da região. O que nasceu como uma tentativa de se conectar com outras gestantes e descobrir fornecedores locais, hoje é a maior comunidade materna da Bahia, com mais de 22 mil mulheres distribuídas em 126 grupos de WhatsApp, além de 15 grupos para pais.
O projeto surgiu durante a primeira gestação de Michelle, quando ela foi orientada a fazer repouso. Morando em Lauro de Freitas e habituada a resolver tudo em Salvador, ela sentiu a necessidade de criar uma rede de apoio local.
“O Mamães Baianas foi criado em abril de 2017, por uma necessidade pessoal. Eu estava grávida e tive que entrar em repouso”, explicou Michelle. “Eu não conhecia nada nem ninguém em Lauro, então perguntei nos grupos de gestante se alguém conhecia um grupo de mães daqui. Ninguém conhecia. Então eu criei o Mamães de Lauro”, contou.
De um grupo de WhatsApp ao maior movimento materno da Bahia
O primeiro grupo reunia apenas 30 mães, mas a iniciativa começou a se destacar quando Michelle passou a fechar parcerias com empresas que ofereciam benefícios exclusivos para as integrantes. Com isso, o número de participantes explodiu.
“As mães que já participavam foram pedindo para adicionar as amigas, irmãs, vizinhas”, lembrou. O primeiro encontro presencial lotou um espaço com capacidade para 100 pessoas e se tornou um marco na trajetória da comunidade.
A popularidade obrigou Michelle a criar listas de espera e novos grupos sucessivamente. “As pessoas queriam entrar, mas não tinha mais vaga. Eu comecei a salvar o número de todos como ‘lista de espera 01, lista de espera 02… Mas ninguém saía. Quando percebi já tinha mais de 50 mães na lista de espera. Aí criei o grupo 2”, contou.
Com o sucesso das parcerias, principalmente com uma clínica de vacinação que atendia também em Salvador, o projeto expandiu seus horizontes e passou a atender mães da capital. Foi quando o “Mamães de Lauro” virou “Mamães Baianas”.
Parcerias, embaixadoras e expansão digital
Hoje, a rede conta com mais de 180 parceiros comerciais, oferecendo vantagens nas áreas de saúde, educação, eventos, alimentação e lazer. No Instagram, o perfil @mamãesbaianas reúne mais de 75 mil seguidores, enquanto o canal irmão @papaisbaianos soma mais de 5 mil pais.
A dimensão da iniciativa exigiu uma estrutura mais robusta. Michelle precisou de ajuda para administrar os grupos, que chegaram a 67 sob sua gestão direta. “Até termos 67 grupos eu acompanhava pessoalmente cada um, todos os dias. Mas acabou ficando humanamente impossível”, relatou.
A solução veio por meio da colaboração de outras mães da comunidade. “Hoje são 22 embaixadoras, que moderam os grupos de WhatsApp e me ajudam a ampliar esse apoio virtual”, afirmou. “Sem elas, sem dúvidas, já teríamos colapsado. Além de tudo elas trouxeram novos olhares e novas experiências para o Mamães Baianas”, completou.
Impacto social e sentimento de pertencimento
A comunidade não é apenas uma rede de vantagens. Ela se tornou uma plataforma de acolhimento, troca de experiências e empoderamento feminino. Michelle reforça o impacto do sentimento de pertencimento que a rede gera nas participantes. “Ficamos ainda mais fortes, afinal, é isso que acontece quando mães se juntam! Nosso slogan é justamente esse: ‘juntas somos mais fortes’”, afirma
Além dos grupos de bate-papo e canais de ofertas que ajudam mais de 10 mil mães a economizar mensalmente, a comunidade organiza encontros presenciais e rodas de conversa com especialistas em maternidade, reforçando o elo entre o mundo digital e a vida real.
A governadora Raquel Lyra embarca hoje para Nova Iorque, onde participa de uma série de compromissos até 16 de maio. A agenda faz parte da Brazilian Week e inclui eventos voltados à discussão de negócios e cooperação internacional, como o LIDE Brazil Investment Forum e a Sugar & Ethanol Conference.
Além da participação em fóruns, Raquel deve se reunir com representantes de instituições financeiras. A comitiva estadual pretende apresentar projetos de Pernambuco em áreas como infraestrutura, energia, inovação e finanças sustentáveis. O grupo também busca estreitar relações com universidades e instituições financeiras com atuação internacional, ampliando as possibilidades de parcerias para o Estado.
Além da governadora, a comitiva do Governo de Pernambuco conta com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti; o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), André Teixeira Filho; o secretário da Assessoria Especial à Governadora e Relações Internacionais, João Salles; o secretário de Comunicação, Rodolfo Costa Pinto; e a secretária executiva de Imprensa, Daniella Brito.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) admitiu a aliados mais próximos que abriria mão de concorrer à reeleição à Câmara de Deputados para integrar o governo Lula (PT) até o fim de 2026, caso convidado pelo presidente.
Nessas conversas, Boulos afirmou que sua prioridade é trabalhar pela reeleição de Lula. Ele pondera que, apesar da votação expressiva em 2022, o PSOL não depende da candidatura dele para atingir as exigências que garantam ao partido acesso ao fundo partidário e à propaganda política. A expectativa é que Lula tome sua decisão na volta da viagem oficial à China.
Como antecipou a Folha, o presidente avalia o nome de Boulos para a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo. Segundo seus colaboradores, o petista cogita convidar Boulos para o posto desde o início do ano, quando traçou sua reforma ministerial.
Uma eventual candidatura de Boulos a um novo mandato de deputado federal é apontada como um obstáculo para essa articulação. Há cerca de um mês, Lula sondou o psolista sobre a possibilidade de não disputar em 2026 para permanecer no governo até o fim de seu mandato.
Uma das dificuldades enfrentadas pelo presidente da República na reforma ministerial é a necessidade de desincompatibilização. Por lei, os ministros que forem concorrer às eleições devem deixar o cargo até seis meses antes do primeiro turno.
Hoje, a estimativa é a de que cerca de 20 ministros saiam do governo para a disputa. Diante disso, Lula tem reforçado a aliados que não gostaria de nomear novos ministros que planejem deixar os postos em abril de 2026.
Lula não formalizou um convite a Boulos. Ainda assim, segundo relatos, o parlamentar teria concordado com essa condição para se engajar no projeto político do petista.
Só que uma série de percalços, como as quedas dos ex-ministros Juscelino Filho (União Brasil-MA) e Carlos Lupi (PDT-RJ), tem adiado o desfecho da reforma.
Liderança do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Boulos poderá reforçar a articulação com movimentos sociais e a defesa do governo nas redes sociais.
Na corrida pela Prefeitura de São Paulo, Lula se empenhou pessoalmente para que o PT apoiasse a candidatura de Boulos, tendo idealizado a composição da chapa que teve Marta Suplicy na vice. Em meio às negociações com seu partido, o presidente chegou a dizer que considerava Boulos mais petista do que alguns filiados ao PT.
Sob influência de Lula, o PT abriu mão de candidatura na maior cidade do país para apoiá-lo. Boulos chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Ricardo Nunes (MDB), reeleito com o apoio do bolsonarismo.
Lula tem confiança e apreço por Boulos. No ano passado, fez campanha por ele, uma das poucas em que o presidente efetivamente se engajou —mas na reta final não foi a São Paulo. Aliados citaram seu quadro de saúde na época, quando ele caiu no banheiro do Palácio do Alvorada.
Em 2022, durante a transição de governo, Boulos esteve cotado para assumir algum ministério, tendo participado do grupo de trabalho de Cidades. Mas isso não ocorreu, uma vez que ele já era à época pré-candidato à prefeitura.
No esboço da reforma ministerial, o nome cogitado para a Secretaria-Geral era o da ex-presidente do PT Gleisi Hoffmann. Mas, com sua nomeação para a articulação política, Lula passou a considerar Boulos para a vaga.
Segundo aliados, sua intenção é reanimar o eleitorado de esquerda. No momento em que uma ala do Centrão que está no governo ameaça aderir a adversários do presidente nas eleições, a estratégia seria consolidar a base histórica para chegar com segurança a outubro de 2026.
Na segunda-feira (5), Lula deu mais um passo em sua reforma ministerial com o objetivo de conexão com o campo da esquerda ao substituir a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (PT), pela também petista Márcia Lopes.
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), disse em entrevista a jornalistas, hoje, que as fraudes de descontos associativos não autorizados junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não começou no governo atual, mas irá “terminar”. As informações são da CNN Brasil.
“Não começou agora [os descontos a aposentados e pensionistas], começou lá atrás, mas vai terminar agora. Os descontos já foram totalmente suspensos, não tem mais nenhum”, disse em evento na capital paulista.
Alckmin reforça aquela que vem sendo a mensagem do governo ao responder sobre o escândalo: de que os descontos não autorizados se iniciaram na década passada e que suas instâncias agiram para revelá-lo.
Na sequência, Alckmin reiterou informações já divulgadas pela gestão federal, como de que o INSS fará a devolução de R$ 292 milhões entre maio e junho — valor referente às mensalidades de abril que, mesmo após o bloqueio, foram descontadas.
O também ministro ainda destacou que a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de associações e empresas envolvidas na investigação que poderiam ser utilizados para os ressarcimentos.
O esquema de fraude foi revelado em operação da Controladoria-Geral da União (CGU) e Polícia Federal (PF) no último dia 23. A ação culminou nas trocas das chefias do INSS e do Ministério da Previdência Social, além do afastamento de servidores públicos.
Camaragibe viveu um domingo especial com a realização da 1ª Corrida da Doutora, evento que entrou para a história do município ao reunir mais de 1.500 corredores logo nas primeiras horas da manhã. A largada aconteceu às 6h, na Rua Padrão Ozeas, com percursos de 3 km e 5 km, contemplando desde atletas profissionais até moradores apaixonados por esporte e qualidade de vida.
A corrida, idealizada pela vereadora Dra. Daiana em homenagem ao aniversário de emancipação da cidade, teve estrutura completa, com pontos de hidratação, apoio médico, premiações com medalhas e muito entusiasmo. Segundo ela, a emoção foi intensa ao ver o sonho se tornando realidade. “A Corrida da Doutora foi um sonho realizado. Ver mais de 1.500 pessoas correndo, celebrando nossa cidade, foi emocionante. Esse evento representa saúde, inclusão e amor por Camaragibe. Já estamos planejando a segunda edição”, afirmou.
Presente no evento, o prefeito Diego Cabral destacou a importância da corrida para a promoção de uma cidade mais ativa e integrada. “Foi um evento grandioso, que mostra o quanto nossa cidade está viva, unida e em movimento. A Corrida da Doutora entra para a história de Camaragibe como símbolo de superação e de compromisso com o bem-estar da nossa gente”, declarou.
Quem também acompanhou de perto o evento foi o deputado estadual João de Nadegi, que fez questão de enaltecer a mobilização popular e a iniciativa da vereadora. “É gratificante ver Camaragibe pulsando com tanta energia. A vereadora Dra. Daiana está de parabéns por essa iniciativa que une esporte, cidadania e valorização da nossa terra. O sucesso dessa corrida é o reflexo do carinho do povo”, pontuou.
A corrida já nasce como uma tradição e reforça o compromisso das lideranças locais com ações que incentivam a saúde, o esporte e o orgulho de ser camaragibense.
Após 19 anos de funcionamento, a Faculdade Damas (Fadic) anunciou o encerramento de suas atividades e a transferência de seus alunos para a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). De acordo com a faculdade, o fechamento é motivado pela decisão da instituição de focar sua atuação na educação básica.
Por meio de nota divulgada à imprensa na última sexta-feira (10), a instituição anunciou que a cooperação com a Católica terá um trâmite facilitado para a recepção dos estudantes. O acordo prevê a manutenção do valor do crédito que vinha sendo praticado pela Fadic.
“Acreditamos que a missão no ensino superior cumpriu o seu propósito com maestria em uma cronologia de sucesso. Colecionamos conquistas relevantes: a aprovação de um Mestrado com duas linhas de pesquisa, a indexação de revistas científicas na Capes, parcerias com universidades internacionais de renome, o elevado índice de aprovação na OAB e o selo OAB Recomenda, entre tantas outras”, diz a nota.
A Fadic garante que o encerramento seguirá etapas com organização e planejamento. Para o segundo semestre de 2025, os estudantes de Relações Internacionais devem concluir o curso.
Transferência
Por sua vez, os alunos do mestrado seguirão com suas atividades na Fadic até fevereiro de 2026. Os demais estudantes serão orientados por uma equipe de transição durante o processo de transferência.
A partir da próxima segunda-feira (12), a instituição realizará um plantão permanente de atendimento presencial, das 17h às 20h. O atendimento personalizado deve ser agendado no site da instituição.
O Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) recomendou, em alegações finais — última etapa antes da sentença —, a cassação dos mandatos do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), e de seu vice, Paulo Martins (PL), por suposto abuso de poder político e de autoridade durante o período pré-eleitoral de 2024.
No mesmo parecer, o MPE também pediu que Pimentel, Martins e o ex-prefeito Rafael Greca (PSD) fiquem inelegíveis por oito anos. A decisão agora cabe à Justiça Eleitoral.
Em nota encaminhada à CNN, Pimentel diz repudiar “toda e qualquer atitude que possa configurar ameaça ou constrangimento a servidores públicos”. “Respeito o parecer do Ministério Público, mas ressalto que se trata da opinião da promotoria. Aguardo a decisão judicial, com a certeza que o caso será arquivado, já que não há nenhum fato que demonstre que a campanha tinha conhecimento ou deu anuência para qualquer ato irregular”, acrescentou.
A ação foi movida pela jornalista Cristina Graeml (Podemos), que foi candidata à Prefeitura de Curitiba em 2024 pelo PMB, e apura suposto abuso de poder político e de autoridade na arrecadação de recursos para a campanha de Pimentel.
Segundo a denúncia, o ex-superintendente de tecnologia da Prefeitura de Curitiba Antônio Carlos Rebello teria coagido servidores comissionados a comprar convites de R$ 3 mil para um jantar de arrecadação do PSD realizado no dia 3 de setembro de 2024. O dinheiro seria destinado à campanha do então candidato.
Em seu comunicado, Pimentel afirma que o evento foi organizado pelo partido e não por sua candidatura, “que usou apenas recursos do Fundo Eleitoral e doações de pessoas físicas no limite da lei”.
A ação teve como base áudios divulgados pelo portal Metrópoles, nos quais o ex-superintendente Antônio Rebello aparece ameaçando exonerar servidores comissionados que se recusassem a colaborar. A defesa sustenta que as gravações são clandestinas e, por isso, não servem como prova.
Aliados de Eduardo Pimentel afirmam reservadamente que o jantar citado ocorreu no âmbito do PSD estadual, responsável por financiar campanhas em diversas cidades do Paraná. Eles classificam o parecer do Ministério Público Eleitoral — que tem oito páginas — como frágil e baseado em prova considerada ilícita.
Para a promotora eleitoral Cynthia Maria de Almeida Pierri, há provas robustas que sustentam a acusação, mesmo sem considerar os áudios. Para ela, “a repercussão midiática, por si só, demonstra a gravidade e o impacto do ocorrido”.
Ela menciona ainda a rápida exoneração do investigado Antônio Rebello, logo após a divulgação dos fatos, como um forte indício da veracidade e gravidade da conduta a ele imputada, representando uma admissão tácita da irregularidade por parte da administração. A promotora fala da existência de “diversas” doações no valor exato de R$ 3 mil, correspondente ao preço do convite, realizadas ao PSD em período próximo ao jantar.
“Portanto, mesmo desconsiderando-se o conteúdo direto dos áudios por eventual ilicitude, o conjunto probatório remanescente é suficiente para demonstrar a ocorrência da coação e do consequente abuso de poder”, diz a promotora. Ela acrescenta que há exceções que permitem o uso desse tipo de gravação como prova, como quando é feita em ambiente público.
Diante dos fatos, Pierri pede, em seu parecer, que a Justiça reconheça a prática de abuso de poder político e de autoridade por parte dos investigados; declare a inelegibilidade de Pimentel, Rebello e Greca por oito anos; e decrete a cassação do registro ou diploma de Pimentel e Martins.
Procurada pela CNN, a assessoria do ex-prefeito Rafael Greca informou que ele não irá se manifestar. À época dos fatos, quando Greca ainda era prefeito, a Prefeitura informou em nota sobre a exoneração de Pires Rebello, afirmando que “a atitude do servidor em questão teve como base seu julgamento pessoal, sem orientação ou anuência da Secretaria de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação, ou de outra instância da Prefeitura”. A CNN também procurou o vice-prefeito Paulo Martins e aguarda retorno.
O médico e ex-prefeito de Tabira, Édson Moura, criticou duramente a inauguração da Casa de Parto Normal Humanizado em Serra Talhada, ocorrida na última sexta-feira (9), com a presença da prefeita Márcia Conrado, dos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e dos senadores Humberto Costa e Teresa Leitão. Para Édson, o equipamento representa um retrocesso no cuidado com a saúde da mulher. “Foi um tiro no pé. Ao invés de fazer uma casa de parto, deveriam fazer uma unidade de hemodiálise”, afirmou.
Doutor Édson, que tem um hospital em Afogados da Ingazeira e exerceu mandato de deputado estadual, chamou a proposta de “volta ao Império Romano”. Ele diz que passou décadas lidando com complicações do parto natural e defende a cesariana como forma mais segura de nascimento. “Hoje em dia, ninguém quer parto normal. As mulheres querem ter um filho sadio — e só conseguem isso com a cesariana”, declarou em vídeo.
Ainda, o médico criticou a condução do projeto por gestores que não têm formação médica. “Alexandre Padilha nunca foi médico. Nem Márcia Conrado foi médica. Isso teria que ser feito por um médico experiente, com 40, 50 anos de profissão”, disparou. Segundo ele, a decisão desconsidera a evolução dos hábitos familiares e o desejo das mulheres. “De 100, talvez duas ou três querem parto normal”, completou.
A Casa de Parto Normal Humanizado, em Serra Talhada, recebeu investimento de R$ 2,5 milhões — R$ 2,1 milhões oriundos de emenda parlamentar do senador Humberto Costa e R$ 500 mil da prefeitura. A estrutura tem capacidade para realizar até 70 partos por mês e busca ampliar o acesso a partos humanizados na região.
A Polícia Federal revelou que a CONTAG foi responsável por realizar a maioria dos descontos na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024, totalizando mais de R$ 2 bilhões. O relatório detalha que, em 19 municípios, principalmente no Nordeste, mais da metade dos aposentados tiveram mensalidades descontadas, com três cidades registrando índices superiores a 80%. As informações são do portal R7.
A Contag solicitou ao INSS o desbloqueio automático dos benefícios para implementar descontos sem controle adequado. A Controladoria-Geral da União destacou a vulnerabilidade dos aposentados afetados, muitos deles idosos residentes em áreas rurais com acesso limitado a transporte e internet.
Um caso específico envolve um aposentado no Amazonas vinculado a uma associação distante quase mil quilômetros de sua residência, levantando dúvidas sobre a legitimidade dessa associação. Enquanto as investigações continuam, o governo busca definir como será feita a devolução dos valores descontados indevidamente. A Justiça Federal autorizou o bloqueio de descontos não autorizados pela Contag após uma ação popular.
A Contag afirma que todos os descontos foram autorizados pelos beneficiários mediante assinatura de autorização e apresentação de documentos pessoais.
Com a filiação de Eduardo Leite (RS) ao PSD na última sexta-feira (9) e a migração de Raquel Lyra (PE) para o mesmo partido em março, o PSDB se vê cada vez mais esvaziado e ainda pode perder o seu único governador, Eduardo Riedel (MS). Discreto, mas atento às movimentações, o tucano tem sido alvo de sondagens tanto do PSD quanto do PL, e seu futuro político está em aberto. Na mesma toada, o grupo político de Leite no Rio Grande do Sul, que inclui 30 prefeitos, foi incentivado pelo governador a acompanhá-lo em sua nova sigla.
Riedel já foi convidado, nos bastidores, pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, a ingressar na legenda. Paralelamente, o governador recebeu propostas no Partido Liberal. Uma reunião com dirigentes do partido de Jair Bolsonaro foi marcada para o próximo dia 21, e a expectativa é de que Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla, esteja presente. As informações são do jornal O Globo.
Apesar do convite do PL, interlocutores próximos a Riedel avaliam com cautela essa possibilidade. Com uma base ampla que vai do PT ao próprio PL, a avaliação é de que o governador de Mato Grosso do Sul não teria motivos para se vincular de forma direta ao bolsonarismo, o que poderia atrapalhar futuras alianças. A imagem de moderação e equilíbrio tem sido uma das marcas de sua gestão.
Por ora, não há previsão de anúncio oficial. Riedel embarca nos próximos dias para uma viagem aos Estados Unidos, onde deve se reunir com investidores. Segundo aliados, qualquer definição deve ocorrer apenas após seu retorno ao Brasil.
Enquanto isso, a permanência no PSDB parece cada vez menos viável. Assim como Leite, Riedel aguardava a fusão entre o PSDB e o Podemos como uma tentativa de reestruturação da sigla. A expectativa era de que a nova legenda pudesse formar uma federação com partidos de maior presença nacional, como Republicanos ou MDB. No entanto, esse cenário perdeu força nas últimas semanas: o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, já descartou publicamente essa possibilidade, e, embora ainda haja diálogo com o MDB de Baleia Rossi, as chances são vistas como remotas.
No Rio Grande do Sul, o possível movimento dos prefeitos do grupo de Leite rumo ao PSD pode acabar com um dos últimos redutos de influência da sigla no país. No mês passado, em entrevista à Rádio Cultura, o vice-prefeito de Erechim, Flávio Tirello (PSDB), antecipou que todos os tucanos seguiriam o governador gaúcho, caso ele trocasse de partido:
— É importante salientar que é um movimento coletivo, de todo o PSDB gaúcho e de todas as nossas lideranças. A única brincadeira é que nosso presidente municipal, Wallace Soares, diz que vai ficar só para apagar a luz e fechar a porta. Na hora que fizermos um movimento de saída, faremos todos juntos.