É o décimo quarto livro do jornalista Magno Martins, que participa de sessão de autógrafos a partir das 18h da segunda-feira, no Boteco Porto Ferreiro, que fica no bairro das Graças.

Ao todo, são 22 governadores abordados na obra, fruto de extensa pesquisa jornalística e historiográfica, segundo o autor, que está completando 40 anos de jornalismo político. Magno informa que tentou dar uma contribuição à memória política e institucional do Estado, destacando não só conquistas e realizações nos mandatos de cada governador, mas também “o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional”.

Também oferece ao leitor bastidores e contextos que enriquecem a compreensão sobre as transformações políticas de quase um século. Quem mais influenciou, também quem foi mais influenciado. O livro tem prefácio do advogado e professor Maurício Hands.

O design gráfico, capa e caricaturas são de Samuca Andrade; e tem ilustrações de Greg. A publicação não só homenageia os governadores de Pernambuco, como “promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões”, segundo o autor.

Ainda não vi o livro, pois será lançado na próxima semana. Faço, então, algumas perguntas ao autor.

#OxeRecife – Dos 22 governadores citados no livro, quais os que conseguiram mandatos pelo voto direto?
Magno – Agamenon Magalhães foi interventor. Ao ser convocado para o governo federal por Getúlio Vargas, deixou Etelvino Lins no seu lugar. Depois, conseguiu se eleger pelo voto direto. Já Moura Cavalcanti, Nilo Coelho e Marco Antônio Maciel foram governadores biônicos, escolhidos pelos governos militares, que assumiram o poder a  partir de 1964.

#OxeRecife – Qual o que você acredita ter deixado mais marcas?
Magno – Agamenon Magalhães, que acabou com os mocambos, enfrentou o cangaço e que teve destaque no cenário político nacional.  Como Ministro da Justiça, devolveu o direito ao voto, com eleições diretas. Acredito que, para o Recife, tenha sido uma espécie de Getúlio Vargas tupininquim.

#OxeRecife –  Qual o governo mais conturbado, o primeiro mandato de Miguel Arraes?
Magno – Diria que foi o de Etelvino Lins (que, em 1945, ficou como interventor no lugar de Agamenon e, posteriormente, eleito em 1952). Na gestão dele ocorreu o assassinato do  estudante Demócrito de Souza Filho, e ele teve de renunciar, embora depois tenha conseguido se eleger senador

#OxeRecife – De todos os 22, só Miguel Arraes foi deposto do cargo devido a um golpe militar?
Magno – Só Arraes. Mas também foi o único que  foi eleito por três vezes governador de Pernambuco, as duas últimas após a anistia e a redemocratização.

#OxeRecife – Alguns dos nossos prefeitos foram depois eleitos governadores. Mas há os que foram bons prefeitos, mas nem tão bons governadores, concorda?
Magno – Sim. Joaquim Francisco foi melhor prefeito do que governador. Arraes, podemos dizer que foi melhor governador do que prefeito. Jarbas foi bom nos dois cargos., o prefeito mais popular do brasil.

#OxeRecife – Quais os governadores mais excêntricos ou que vivenciaram fatos curiosos?
Magno – Há muitas curiosidades no livro que chamam atenção, como os batedores que marcaram a gestão de Moura Cavalcante, de 1975 a 79. Considerado o último chefe estadual de linha dura do regime militar, escolhido biônico pelo ex-presidente Ernesto Geisel, Moura era adepto de algumas posturas estranhas para exibir poder, como o recurso a batedores e sirenes nos seus deslocamentos em carro oficial para cumprir agenda na Região Metropolitana. Por onde passava, o trânsito era fechado para dar passagem exclusivamente a sua barulhenta comitiva.

#OxeRecife – E o mais esquecido?
Magno – Dentre os 22 ex-governadores, há alguns que só são identificados hoje em pesquisas ou tratados. É o caso do general Cordeiro de Farias, que governou Pernambucano entre os anos de 1955 a 1958. Também foi interventor do Rio Grande do Sul. Sua gestão foi marcada por ações voltadas ao desenvolvimento do interior, como a construção de estradas e açudes, e o incentivo à agricultura de subsistência e ao mercado de trabalho local. Foi comandante da Escola Superior de Guerra e chefe do Estado Maior das Forças Armadas.

Serviço
Lançamento do livro “Os Leões do Norte” – Magno Martins
Data: 9 de junho de 2025 (segunda-feira)
Horário: A partir das 18h
Local: Boteco Porto Ferreiro
Endereço: Av. Rui Barbosa, 458 – Graças
Editora: EuEscrevo Editora (@euescrevo / www.euescrevoeditora.com)
Valor: R$ 80 (204 páginas)
Aberto ao público
Mais informações: 81. 98222.4888

Entre os principais motivos para a aprovação da gestão estão a percepção de que o prefeito “é um bom administrador” (15,5%), de que “a cidade está progredindo” (14,8%), de que ele “é uma boa pessoa” (9%), de que “ajuda a população” (8,6%) e de que “trabalha melhor que prefeitos anteriores” (8,6%). A imagem pessoal do prefeito também é vista de forma positiva por 74,2% da população, enquanto 18,3% a consideram negativa e 7,5% não opinaram.

A aprovação varia entre os diferentes segmentos da população. Na zona rural, o índice é de 81,3%, contra 69% na zona urbana. Entre os homens, 69,8% aprovam a gestão, enquanto entre as mulheres o número sobe para 75%. Na análise por faixa etária, a aprovação é de 70,9% entre 16 e 24 anos; 70,7% entre 25 e 34 anos; 67,9% entre 35 e 44 anos; 73,7% entre 45 e 59 anos; e 78,6% entre os que têm 60 anos ou mais. Quanto ao grau de instrução, a aprovação é de 74,1% entre os que estudaram até o 9º ano, 70% entre os que concluíram o ensino médio e 66,6% entre os que possuem ensino superior. Por faixa de renda, 74,6% dos que ganham até dois salários mínimos aprovam a gestão, contra 70,2% entre os que recebem mais de dois salários.

A pesquisa foi baseada em 400 entrevistas aplicadas na zona urbana, nos distritos e na zona rural do município. A margem de erro é de 4,1 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 90%.

Outro destaque do evento foi o lançamento da Chamada Nordeste, iniciativa que une Sudene, Consórcio Nordeste, BNDES, BNB, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Finep, com aporte de R$ 10 bilhões para projetos estratégicos na região. Os recursos estarão disponíveis para setores prioritários definidos pela política industrial.

“Estabelecemos quatro linhas temáticas – Energia Renováveis, Bioeconomia, Hidrogênio Verde, Data Center Verde e Automotiva – alinhadas com a nova política industrial para atração de investimentos no Nordeste. Queremos promover o desenvolvimento regional com crescimento econômico mais robusto, inclusão social e ambientalmente responsável”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, que marcou presença no evento.

Durante a solenidade, o presidente do Conselho de Administração da Acumuladoras Moura, Sérgio Moura, citou a importância das políticas públicas e da Sudene na construção do Grupo Moura. Nos últimos 10 anos, os instrumentos de ação da Sudene colaboraram com o crescimento do grupo, com aprovação de quatro pleitos de incentivos fiscais e o financiamento através do FNE.

Infraestrutura de referência

O mais novo empreendimento que integra a unidade produtiva do Grupo Moura amplia para mais de 200 mil toneladas anuais a capacidade de reciclagem de chumbo proveniente de baterias usadas, reinserindo o metal no ciclo produtivo e reduzindo a dependência de matéria-prima extraída do solo. A planta ainda traz tecnologias automatizadas que elevam os padrões de controle ambiental, eficiência energética e segurança. Destacam-se o uso de energia eólica, estruturas para captação e reaproveitamento de águas pluviais, além de fornos que utilizam oxigênio associado ao gás natural, reduzindo emissões de carbono.

A declaração do parlamentar ocorre em meio à escalada de tensão entre o Palácio do Campo das Princesas e a Alepe. Deputados têm cobrado explicações sobre o destino de R$ 9,2 bilhões em empréstimos já aprovados desde 2023.

A oposição e parte dos independentes também apontam falta de diálogo por parte da governadora Raquel Lyra (PSD), o que tem contribuído para o agravamento do impasse.

Projetos Travados
Entre os projetos travados na Alepe estão o reajuste do piso dos professores, a autorização de concurso do Tribunal de Contas do Estado (que abriu inscrições sem definir número de vagas), e nomeações para órgãos como a Adagro, Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco.

A indicação de Virgílio de Oliveira, filho do deputado Waldemar Oliveira, para a administração de Fernando de Noronha também faz parte desses impasses.

Sobre o tema, Waldemar negou que haja resistência pessoal à nomeação de seu filho. Ele apontou que o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), e o presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), deputado Alberto Feitosa (PL), atribuíram o bloqueio das pautas à ausência de pagamento das emendas parlamentares impositivas por parte do governo.

“A Assembleia está cometendo um equívoco ao travar a pauta do estado. Acho que deixou de ser uma questão política e começou a prejudicar o cidadão”, avaliou.

Entre os principais focos está a mitigação das perdas de água por evaporação em reservatórios, sobretudo no semiárido pernambucano. Outro eixo central do investimento é o desenvolvimento de soluções sustentáveis e tecnológicas para o tratamento do lodo gerado nas Estações de Tratamento de Água (ETA’s). A Compesa está incorporando tecnologias como nanotecnologia — que utiliza materiais em escala minúscula para tornar os equipamentos mais eficientes e econômicos —, além de ensaios não destrutivos, modelagem computacional, simulação avançada e inteligência artificial (IA) aplicada à automação e à análise preditiva dos processos.

A verdadeira inovação, contudo, está na mudança de paradigma: com as pesquisas e os desenvolvimentos previstos, espera-se que o lodo das ETA’s deixe de ser tratado como um resíduo problemático para ser reconhecido como um recurso estratégico. A proposta é agregar valor a esse material, transformando-o em insumo útil para cadeias produtivas como a indústria e a agricultura, impulsionando, assim, uma economia circular, sustentável e alinhada às exigências ambientais do século XXI.

Parte dos recursos também será destinado ao desenvolvimento de soluções para automação dos sistemas de abastecimento, ao uso de coagulantes naturais e à aplicação de processos de fotodegradação da matéria orgânica em estações do Agreste e do Sertão.

Segundo a Compesa, todos os investimentos em pesquisa e desenvolvimento são oportunidades para a melhoria operacional da companhia. Cada centavo captado está sendo aplicado em soluções práticas, com potencial de transformar os desafios da operação em referências reais de inovação e sustentabilidade. E, com os resultados positivos das pesquisas, essas soluções poderão ser replicadas para outras unidades operacionais da Compesa, multiplicando os benefícios para diversos sistemas de abastecimento de água.

A perspectiva da Compesa para os próximos meses é ampliar a captação de recursos por meio de novos projetos em fase de submissão, que podem garantir entre R$ 600 mil e R$ 900 mil adicionais. Com essas ações, a Compesa se consolida como referência regional em inovação no setor de saneamento, reforçando seu compromisso com a eficiência, a sustentabilidade e a segurança hídrica para a população pernambucana.