As eleições que vão definir os nomes que irão comandar o Sistema Confea/Crea e Mútua pelo próximo triênio ocorrem pela primeira vez, este ano, de forma virtual. Acontece amanhã em todo o Brasil. Na regional do Conselho em Pernambuco, pela primeira vez em 89 anos de história, traz uma mulher como principal liderança – a Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho Roberta Meneses.
Com 23 anos da sua vida dedicados integralmente à engenharia, entre as principais apostas de Roberta para o pleito em Pernambuco, onde disputa diretamente com o atual presidente licenciado do Crea-PE, Adriano Lucena, é o seu comprometimento com o Conselho e com os profissionais que o integram no Estado.
Leia maisAo seu favor, pesam além da experiência e vontade de trabalhar ainda mais pelos profissionais que integram o Conselho, ampliando o trabalho desenvolvido por ela à frente da Direção-geral da Mútua-PE, o histórico de transparência e ética que precede o nome da engenheira de norte ao sul de Pernambuco.
A figura de Roberta contrasta e muito com a do seu oponente. Nos últimos três anos, Adriano Lucena tem feito uma gestão bastante duvidosa à frente do Crea-PE. Várias denúncias sobre sua liderança, inclusive, surgiram recentemente.
A lista de escândalos não é nenhum pouco curta e, no caso dos engenheiros, agrônomos e geocientistas confiarem em Roberta a missão de comandar o Sistema no Estado, tende a ser ainda maior. Isto porque, é certo que haverá uma grande auditoria para apurar, de dentro, cada denúncia divulgada contra a gestão de Adriano Lucena desde que assumiu, em 2021.
Afinal, é preciso respostas para as mais diversas arbitrariedades cometidas sem maiores explicações do presidente licenciado e candidato à reeleição. Entre as quais, o motivo dele ter feito a antecipação de quase 60% do valor do aluguel que deveria ser pago em cinco anos, sem licitação, no qual empenhou R$ 448 mil para a instalação da Inspetoria do Crea-PE em Vitória de Santo Antão.
Outro ponto que precisa ser apurado é como uma lista com dados sigilosos de empresas e profissionais do Crea-PE terminaram vazando por uma funcionária colocada por Adriano na entidade.
A locação de uma casa com piscina, que claramente não serve aos propósitos dos profissionais que frequentam a Inspetoria do Crea em Caruaru, por mais de R$3 mil de aluguel mensal, também deverá ser explicada.
A gastança de Adriano não parou por aí. Afinal, não podemos esquecer que Adriano conseguiu torrar mais de R$3,2 milhões para a implantação do Crea 4.0, projeto que prometia tornar o Conselho 100% digital, algo que já existia desde 2015.
Além disso, a falta de responsabilidade de Adriano à frente do Crea-PE fez com que, pela primeira vez na história, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia decidisse pela rescisão do contrato que previa o aporte de R$1,5 milhão na construção da Inspetoria do Crea-PE em Salgueiro. A negativa se deu após a gestão de Adriano Lucena descumprir os requisitos estabelecidos no contrato com o Confea para concessão do aporte.
Por essas e outras, o pleito de amanhã deverá definir o que realmente os profissionais querem do Conselho no Estado. Se um Conselho ético, transparente e com a proposta de se tornar perto, de fato, do profissional, ou uma coleção de improbidades administrativas que distancia a cada dia o Conselho do seu propósito – servir aos interesses do profissional. A conferir!
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