Citroën 3C 1.6: o que versão tem de melhor (e de pior)
A marca francesa Citroën cresceu sete vezes mais que o mercado brasileiro nesses primeiros meses de 2023. E o Novo C3 é o responsável pela disparada de 82% nas vendas de junho em relação a maio: foram 2.930 veículos emplacados. A chegada do renovado hatch ainda não completou um ano e já vendeu mais de 22 mil unidades no Brasil, chegando ao top five do segmento.
Mas quais são as razões desse sucesso, já que as marcas francesas nunca foram bem-vistas por aqui? A nova administração pela Stellantis certamente é uma boa razão. As mudanças nas concessionárias, principalmente no processo de pós-venda, certamente seria outra. O recente pacote de promoções com ajuda do Governo Federal, outro. E o carro em si, remodelado, com boas novidades e visual mais charmoso, é a grande motivação de vendas.
Este colunista testou a versão mais bem equipada, a Feel Pack 1.6 automática, por uma semana em ambientes urbanos – a vocação natural do modelo. E explica alguns pontos para o bonito hatch ter conquistado esse relativo sucesso. Por exemplo: esqueça o velho C3 redondinho e se acostume com o visual mais quadrado e com as maiores dimensões. Ele cresceu mais 3,7cm no comprimento e 8cm no entre-eixos, embora continue, como todos os hatches, compactos, com porta-malas miúdo, na faixa dos 315 litros de capacidade.

Outra boa ideia da engenharia foi elevar a posição de dirigir, agora bastante elevada – que faz até o modelo parecer um SUV. Além disso, a Citroën, para ajudar no seu ‘renascimento’ no país, tem uns ousados pacotes de financiamento e suas variantes de entrada e saída residuais. O motor poderia ser outro nesta versão também, com o hatch pegando um desses bons turbinados usados pela Fiat e pela Jeep. Mas ficou o 1.6 aspirado flex – que não é ruim, por sinal, mas o mercado tem pedido propulsores turbos. Ele desenvolve até 120cv (com etanol) e oferta torque de 15,4kgfm.
Consumo – O câmbio automático de 6 marchas é macio. Por ser aspirado e 1,6 litros, o propulsor gasta mais. Consumo está sempre vinculado à forma de condução e outros fatores, mas é sempre na faixa dos 10 km/l na cidade e 12 km/l na estrada (com gasolina, claro). O modo ECO ajuda um pouco na economia de combustível ao mudar o comportamento do motor e do câmbio. O modelo também passou por ajustes na suspensão, o que o deixou macio mesmo em trechos de asfalto de terceira qualidade. As rodas de liga-leve diamantadas de 15’’ dão conta. O desenho do sistema de multimídia, bem horizontal, causa estranheza no início, mas é fácil se acostumar. Ela – elevada, no centro do painel, tem 10” e é intuitiva. Aliás, quando se desliga o carro ela se manifesta: quer continuar usando? Vem com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Já o painel de instrumentos peca por não ter conta-giros.
Valor X equipamentos – O preço de tabela no configurador do site da Citroën mostra um valor inicial de R$ R$ 97.790. Com a cor cinza artense com teto preto, a mesma da versão avaliada, custa R$ 2.800 a mais. Como opcional, apenas um pack de proteção (barras laterais nas portas e protetor de cárter) ao custo de R$ 900. Valor final: R$ 101.490. Por ser um carro na faixa dos R$ 100 mil, merecia mais equipamentos. São, por exemplo, apenas dois airbags, os frontais, obrigatórios por lei. Tem indicadores de direção laterais nos retrovisores externos – o que é bom. E sensor de detecção de pressão dos pneus. Câmera de ré e limpador e desembaçador do vidro traseiro, este fundamental em hacth, estão lá presentes também. Faltam, também, uma alça de segurança no teto para o passageiro e ajuste de altura no cinto de segurança do passageiro. O acabamento é à base de plástico – e novamente a relação preço/equipamentos fica desbalanceada.

Nova Montana RS a R$ 151.890 – A nova versão topo de linha da Chevrolet Montava, a RS, com visual ‘esportivado’, acaba de ser apresentada globalmente pela General Motors. Ela custa R$ 151.890, fica acima da Premier, e se diferencia pelo desenho e acabamentos exclusivos de itens como grade, rodas, rack de teto e santoantônio – e alguns detalhes internos. O modelo traz, de série, faróis Full LED, OnStar, wi-fi, atualização remota de sistemas eletrônicos, ar-condicionado digital, seis airbags e alerta de ponto cego. Ela só chega efetivamente às concessionárias a partir de agosto.
A versão RS tem ainda painel multimídia integrado com tela de 8″, função áudio streaming e bluetooth para até 2 smartphones simultaneamente, Android Auto e Apple CarPlay com projeção sem o uso de cabo e carregador por indução. No computador de bordo, informações que incluem indicador de vida útil do óleo e monitoramento de pressão dos pneus. A caçamba é multiflex – com a tampa traseira com possui o recurso de alívio de peso na subida e descida.
Acessórios – Os demais itens, são acessórios à parte – como faróis auxiliares de LED, subwoofer da marca JBL especialmente dimensionado à acústica da cabine e as divisórias para a caçamba. Há, também, itens para um toque extra de personalização: pedaleiras esportivas em alumínio, soleiras de portas iluminadas, escapamento em aço inoxidável e por aí vai. Eles vendem bem? “As configurações mais equipadas representam mais de dois terços das vendas”, conta Paula Saiani, diretora de Marketing de Produto da GM América do Sul. “Há um perfil de clientes que busca um automóvel multiuso com elementos exclusivos de design e com acabamento mais arrojado. Daí a ideia de criarmos a versão RS para a picape e num posicionamento topo de linha, algo disruptivo na Chevrolet”, explica. A RS também é equipada com motor 1.2 turbo flex com até 133 cavalos de potência e 21,4 kgfm de torque – e pesa 1.310k. Por isso, faz de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos, com velocidade máxima limitada eletronicamente em 180 km/h. Segundo dados do Inmetro, o modelo percorre na estrada, com gasolina, 13,3 km/l e, na cidade, 11,1 km/l. Com etanol os números são: 9,3 km/l e 7,7 km/l, respectivamente.

Linha Volvo XC60 2024 – O tradicional SUV híbrido plug-in da marca sueca acaba de chegar às lojas com pequenos ajustes no interior, novas rodas – inspiradas nos modelos 100% elétricos – e mais uma opção de cor. As rodas, segundo a Volvo, oferecem uma melhor aerodinâmica para o carro. No interior, nada mudou – ainda bem, provavelmente. O design e o excelente acabamento premium continuam sendo uma referência, com opções livres de couro animal. A Ultimate Dark agora também oferece aquecimento dos bancos. O sistema de áudio das versões Ultimate, Ultimate Dark e Polestar é Harman Kardon com 14 alto-falantes e subwoofer de 660 Watts. O de conectividade é o Google Automotive Services, com internet integrada e aplicativos e serviços do Google incorporados.
Outra tecnologia melhorada no XC60 está no carregador de bordo (OBC), que agora passa a operar com frequência de 6,4 kW, quase o dobro de velocidade da versão anterior, resultando em uma carga completa em apenas 3 horas. O conjunto de motores gera potência de 462hp e 709kgfm de torque e fazem o modelo ir de 0 a 100 km/h em apenas 4,8 segundos. Ele é o modelo mais vendido no segmento oremium híbridos plug-in, com mais de 2,4 mil unidades vendidas no primeiro semestre deste ano.
Confira os preços
XC60 Plus – R$ 419.950
XC60 Ultimate – R$ 449.950
XC60 Ultimate Dark – R$ 459.950
XC60 Polestar – R$ 486.950
Venda de eletrificados cresce 58% – Já disse por aqui e repito: fiquem atentos aos carros eletrificados. Um dia você terá um. A ABVE, que reúne os vendedores desse segmento, divulgou que no primeiro semestre de 2023 os emplacamentos de automóveis e comerciais leves eletrificados avançaram 58% na comparação com o mesmo período do ano anterior – sendo o melhor resultado da série histórica. Foram 32.239 emplacamentos de eletrificados entre janeiro e junho de 2023, um crescimento de 58% em relação ao primeiro semestre de 2022 (20.427). Na prática, um resultado que quase iguala o total de todo o ano de 2021, quando foram vendidos 34.990 veículos elétricos e híbridos no país.


Motorrad mostra a elétrica BMW CE 02 – Dois anos depois do lançamento da CE 04, a BMW Motorrad apresenta a CE 02, motocicleta elétrica que reforça a estratégia de mobilidade da marca. Ela é defendida pela marca como “um parceiro dinâmico para um novo tipo de mobilidade”, pois foi criada para o ambiente urbano, com um perfil ágil e prático, com design reduzido ao essencial. Ainda não há previsão de chegada ao Brasil, muito menos preço. A CE 02 tem rodas grandes, tanto para garantir robustez quanto diversão ao pilotar em terrenos de diversos tipos. A versão com potência de 3,2kW (4cv) tem velocidade máxima limitada a 45km/h, enquanto a versão de 11kW (15cv) oferece uma experiência de condução dinâmica, com velocidade máxima de 95km/h, permitindo deslocamentos urbanos prolongados. Graças ao seu baixo peso, de apenas 132kg (versão de 11kW) ou 119 kg (versão de 4kW), e à baixa altura do assento, de apenas 750mm, a nova CE 02 também se destaca por suas características de manuseio. Ela tem dois modos de pilotagem padrão: Flow e Surf. O Flow oferece a configuração ideal para navegar no tráfego urbano, enquanto o Surf oferece uma experiência de pilotagem dinâmica, além do tráfego intenso da cidade. Por outro lado, o modo de direção “Flash”, disponível no equipamento opcional Highline e também como acessório original da BMW Motorrad, funciona como uma adição esportiva e dinâmica. Ela vem de série com um carregador externo dotado de uma potência de até 0,9kW, permitindo que os processos de carregamento sejam realizados de forma rápida e conveniente em tomadas domésticas padrão.
Honda ADV 2024: R$ 23.060 – Conhecida pela capacidade de uma motocicleta trail aliada à versatilidade de uma scooter, a Honda ADV teve seu preço na linha 2024 fixado em R$ 23.060. De novidades? Apenas nas cores, com a chegada do vermelho perolizado e do verde fosco. A scooter foi apresentada no mercado nacional no início de 2021 e é admirada no Brasil por encontrar seu habitat ideal: vias com pavimentação ruim (ou sem nada mesmo), já que o modelo tem chassi tubular de aço reforçado, suspensões de longo curso e os pneus on-off calçados em rodas de 14 polegadas na dianteira e 13 na traseira.
Produção de motos cresce 13,9% – A Abraciclo, associação que reúne os fabricantes de motocicletas, informou que, de janeiro a junho, saíram das linhas de montagem 764,3 mil motocicletas. A quantidade é 13,9% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado – e o melhor resultado para um primeiro semestre desde 2014. A expectativa é de que a produção em 2023 seja de 1,56 milhão de unidades.

Rock e alto-falantes – Na quinta-feira passada, 13, se comemorou o Dia do Rock. Nada melhor do que som, principalmente rock, em carros, não? Por isso, valem as dicas abaixo para uma atenção especial aos alto-falantes. Esse capricho nos sistemas de som e elétricos no carro ajuda as notas musicais graves, médias e agudas ressoarem com qualidade e profundidade.
Higienização – A limpeza de componentes elétricos e eletrônicos do veículo é essencial para o pleno funcionamento do sistema de som quanto dos demais dispositivos que conduzem energia. Isso porque a fluidez na condução energética se torna muito mais eficiente em superfícies livres de resíduos. Com o tempo, os contatos elétricos podem acumular sujeiras, gordura, óleo, poeira, e dificultar a passagem de energia ou qualidade da transmissão necessária. Em alguns casos pode gerar até superaquecimento dos dispositivos.
Só com profissionais – A limpeza do sistema elétrico deve ser realizada na manutenção veicular por profissionais especializados, pois existe a necessidade de montagem e desmontagem dos condutores. “Produtos formulados com solvente são importantes para esse tipo de limpeza porque são capazes de remover todos os contaminantes dos dispositivos e oferecem evaporação rápida, gerando superfícies limpas e secas, essencial para áreas de condução de energia”, explica Célio Renato Ruiz, gerente de assistência técnica para adesivos e selantes da Henkel para América Latina.
Trato no visual – O capricho nas aparências de painel, console e sistema de áudio em geral também faz toda a diferença para uma jornada rock and roll. Soluções em spray com silicone geram revestimento transparente nas superfícies externas de diferentes tipos (metálicas, plásticas, couro, entre outras). Essa camada imperceptível criada com silicone pulverizável à base de solvente amplia o brilho e dá maior proteção às peças. “Esses tipos de silicone têm propriedades que repelem a água, óleo e poeira, promovendo uma superfície com mais brilho e dando maior proteção”, acrescenta Célio Ruiz.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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