“Quem não deve, não teme”. É a frase que sai da boca dos que comandam o partido Avante no município de Catende, em Pernambuco, distante a 142 km da capital. A expressão deriva do questionamento judicial feito pelo partido na justiça sobre o número de transferências de eleitores de outros municípios, o que aumentou consideravelmente os votantes em relação aos habitantes desta cidade da Mata Sul.
Diante da petição cível feita, pelo Avante, ao juiz eleitoral, Paulo Ricardo, a Federação PSDB/Cidadania peticionou também nos autos pelo indeferimento da medida. Os advogados do Avante estranharam essa pressa em se defender e questionaram a atual federação que detém a administração municipal: “Por que os dois partidos tentam, a todo custo, esconder dados sobre possíveis irregularidades na alta transferência de votos para aquele município?” Questiona um dos advogados do Avante.
Para o corpo jurídico do partido, na cidade onde apenas 14 votos separam os adversários seria uma tentativa desesperadora de manutenção do silêncio. “A custo de quê? Por que tanto medo? O que estaria por trás de pedidos até na segunda instância pra que endereços e ips não sejam apurados?” Indaga um dos advogados.